Direito tributário regula a aquisição de receita do estado, mas não sua utilização, que cabe ao

Direito financeiro.

Atividades
Estatais de
interesse do
Direito Tributário

Instituição de Cobrança de Fiscalização de

Tributos Tributos Tributos

O Direito tributário é obrigacional.

(Direito Obrigacional vs. Direito Real/Direito das Coisas)

Direito Obrigacional = Interpartes (entre os homens, entre o homem e o estado). Direito

relacional

Direito Real = Direito entre o homem e a coisa. Direito de posse da coisa, ou outro direito em
relação a coisa.

O Direito tributário é comum.

(Direito Comum vs. Direito Especial)

O Direito Comum se aplica a uma coletividade indistinta. (ex.: o povo). O Direito Especial se
aplica a um recorte desta coletividade. (ex.: Menores, Deficientes).

O direito tributário é comum, pois se aplica à coletividade.

O Direito tributário é Material.

(Direito Material vs. Direito Formal/Processual)

Direito Material se aplica a essência do objeto. Direito objetivo. Relacionado ao fato concreto
(ex.: Direito de posse; Direito de alimentos; Obrigação de dívida)

Direito Formal ou Processual se aplica à parte do direito encarregada da execução dos direitos
materiais, através de procedimentos e princípios previstos em lei e doutrina. (ex.: Jurisdição,
processo, partes de processo)

O Direito tributário é público

Direito público é o que rege direitos e obrigações das quais o estado seja parte.

Direito privado é o direito entre os entes privados, sejam empresas privadas entre si, com
pessoas, entre pessoas ou pessoas e coisas.

Desta forma, o direito tributário tem quadro naturezas jurídicas:

 Natureza Jurídica
do Direito
Tributário

Direito
Direito Comum Direito Material Direito Público
Obrigacional

A finalidade do Direito Tributário é delimitar o poder de tributar, e não pela mera arrecadação.

Estado Patrimonial > Estado de Polícia > Estado Fiscal

Receitas: Lei n. 4.320/64

Arrecadação
do Estado

Entradas

Receitas Demais
(Ingresso entradas
Definitivo) (provisórias)

Originárias Derivadas

A arrecadação do estado compreende entradas, que é uma expressão genérica para ingressos
permanentes (receitas) e outras entradas (provisórias) decorrentes de empréstimos ou outras
fontes. As receitas (entradas definitivas de recursos) são subdivididas em duas categorias.
Receitas originárias são receitas provenientes da exploração de ativos do próprio estado
através do regime de direito privado. Ex. receita através de empresa pública, aluguel, fianças,
etc. Receitas derivadas são provenientes de patrimônio privado. Ex. Tributação.
 Direito Tributário Direito Financeiro
taxonomia ramo de direito público ramo de direito público
(domínio da (domínio da deontologia)
deontologia)
objeto disciplina normativa das disciplina normativa das
atividades atividades financeiras do
estatais de instituição, Estado (despesa pública,
cobrança e receita pública e
fiscalização de tributos orçamento público)
competência concorrente entre União, concorrente entre União,
legislativa Estados e Estados e
Distrito Federal (art. 24, I, da Distrito Federal (art. 24, I, da
CF) CF)
disciplina arts. 145 a 156 e 195 arts. 163 a 169
constitucional
lei Lei n. 5.172/66 (Código Lei n. 4.320/64 (Estabelece
fundamental Tributário normas gerais sobre
Nacional) Direito Financeiro)
conceito de “toda prestação pecuniária “a receita derivada instituída
tributo compulsória, em moeda ou pelas entidades de
cujo direito público,
valor nela se possa exprimir, compreendendo os impostos,
que as
não constitua sanção de ato taxas e contribuições nos
ilícito, termos da Constituição e
instituída em lei e cobrada das leis vigentes em matéria
mediante atividade financeira,
administrativa destinando-se o seu produto
plenamente vinculada” (art. 3º ao custeio de
do atividades gerais ou
CTN específicas exercidas por
essas entidades” (art. 9º da
Lei n. 4.320/64)
dica especial quando o dinheiro do estuda a destinação do
contribuinte dinheiro arrecadado pelo
ingressa nos cofres públicos fisco
termina o campo de interesse
do
Direito Tributário

1) o Direito Tributário goza de autonomia didática frente aos demais

ramos
jurídicos;
2) a autonomia do Direito Tributário é sempre
relativa28, e não absoluta, na
medida em que o ramo está interligado com diversas outras disciplinas
jurídicas;
3) o Direito Tributário possui princípios específicos e normas próprias,
tornando-o uma disciplina especializada em relação a outros
ramos jurídicos.
 Funções Tributárias

Fiscalização de
Instituição de tributos Cobrança de tributos
tributos

Competência Competência
Competência
tributária (Poder tributária (Poder
tributária (Poder
legislativo - executivo - delegável
executivo - delegável)
Indelegável) (parafiscalidade)

Ato discricionário
Ato vinculado
(poder de polícia)

Parafiscalidade: delegação da função de fiscalização de tributos a outro

ente federado ou particular.

Competência tributária Vs Capacidade tributária:

Competência tributária é o poder do poder público de gerar obrigação tributária através da

instituição de tributos. Poder indelegável da esfera legislativa.

Capacidade tributária é o poder de arrecadar e fiscalizar os tributos previstos em lei, sob

responsabilidade do poder executivo, que pode delegar a outra entidade pública ou mesmo
privada, desde que com previsão legal. A transferência da capacidade tributária carrega
consigo as garantias e privilégios processuais da entidade originalmente responsável.

“Delegar a cobrança do tributo é uma decisão que, embora possa ser revogada a
qualquer tempo pela pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido (art.
7º, § 2º, do CTN), implica relevantes consequências para a entidade delegante
especialmente pela renúncia do montante a ser arrecadado. Por isso, é inaceitável
parafiscalidade por meio de ato unilateral do Poder Executivo, devendo a
questão ser submetida à apreciação do Poder Legislativo da esfera competente
para instituir o tributo. Portanto, a parafiscalidade exige lei ordinária aprovada
pela entidade federativa competente para criação do tributo cuja arrecadação
se pretende delegar.”
Ps.: Há possibilidade de delegação da capacidade tributária mediante medida provisória do
chefe do poder executivo, desde que atendidos os critérios de relevância e urgência.

Sujeito ativo da parafiscalidade: aquele que delega o poder de fiscalização e arrecadação a

outrem.
Sujeito passivo da parafiscalidade: Aquele que recebe a atribuição de fiscalizar ou arrecadar
tributos, através da delegação do sujeito ativo, sendo também conhecido como entidade
parafiscal.

Extrafiscalidade (tributação indutiva) – Tem o objetivo de, além de arrecadar recursos, induzir
comportamentos no contribuinte para fins econômicos ou sociais. Ex.: IPTU progressivo em
imóvel sem construção ou subutilizado.

Cabe ao presidente da república a iniciativa de instauração de processo legislativo versando

sobre qualquer tema de direito tributário de competência dos territórios federais.
Nas demais entidades federadas, a iniciativa de instauração de processo legislativo é
concorrente entre o poder executivo e poder legislativo.

A competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário é concorrente entre
união e estados federados, prevalecendo a união, podendo os estados legislarem na omissão
da união.

O CTN formalmente é uma lei ordinária e

materialmente uma lei complementar.
Norma nacional vs norma federal:
Norma nacional abrange todos os entes federados (união, estados e municípios).
Norma federal abrange apenas a união.
CTN é uma lei ordinária por natureza (pois criada antes da CF como ordinária, foi recepcionada
por esta como lei complementar), materialmente lei complementar, e que tem caráter de
norma nacional.
 Fontes do Direito
tributário

Fontes Formais Fontes Formais Fontes Dogmáticas

Primárias Secundárias Órgãos habilitados Doutrina,

(Principais ou (acessórias ou para produção de Jurisprudência,
imediatas) mediatas) normas jurídicas costumes
 Constituição
Federal

Define as
hipóteses de
incidência ao
Legislador Define Temas
de direito
tributário
Aspecto Aspecto Aspecto Aspecto Aspecto
pessoal temporal territorial material quantitativo

reserva de lei re
espécies competência
ar