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Fiscal I
• É uma prestação:
1. exigida a (ou devida por) detentores de capacidade
contributiva;
Impostos Taxas
Principio da
capacidade A sua medida assenta no princípio da
contributiva
proporcionalidade taxa/prestação
estadual proporcionada ou taxa/custos
específicos causados à respectiva
comunidade
As taxas…
• São (contra)prestações patrimoniais de carácter
bilateral, ou seja, assentam numa relação jurídica do
tipo do ut des = à contraprestação tributária do
particular a favor do Estado e demais entes públicos
corresponde uma anterior prestação específica, uma
actividades desses mesmos entes (prestação concreta
de um serviço público; disponibilização de um bem do
domínio público e/ou remoção de um obstáculo
jurídico a particulares - art. 4.º, n.º 2 LGT) especialmente
dirigida ao respectivo obrigado, não visando comportar,
portanto, prestações difusas tal como os impostos.
Artigo 165.º CRP
(Reserva relativa de competência legislativa)
1. É da exclusiva competência da Assembleia
da República legislar sobre as seguintes
matérias, salvo autorização ao Governo:
(…)
i) Criação de impostos e sistema fiscal e
regime geral das taxas e demais
contribuições financeiras a favor das
entidades públicas;
• Diferença muito relevante quanto ao regime
constitucional: o princípio da legalidade fiscal só vale
para os impostos.
• Taxa ou imposto?
o Unilateralidade dos impostos e bilateralidade das taxas
o A medida ou critério do tributo: se for com base na
p r o p o r c i o n a l i d a d e e n t re o t r i b u t o e a re s p e c t i v a
contraprestação específica é taxa; se a medida/critério for a
capacidade contributiva (arts. 103.º, n.º 1 e 104.º, nºs 1 a 4 da
CRP; art. 4.º, n.º 1 da LGT) é imposto;
o Aplica-se aos impostos o princípio da não retroactividade (art.
103.º, n.º 3 CRP), enquanto as taxas são norteadas pelo
princípio geral da segurança jurídica decorrente do Estado
Democrático de Direito (art. 2.º CRP);
o As confusões terminológicas: o nome não é tudo...
Dois testes…
• Para averiguar a natureza jurídica do tributo é
necessário fazer o teste da bilateralidade e o da
proporcionalidade, uma vez que o tributo pode ser
bilateral, mas não haver proporcionalidade entre a
prestação e a contraprestação específica
Taxas
Rendimento colectável (euros)
(em percentagem)
Normal
Média
(A)
(B)
Até 7000
14,50
14,500
De mais de 7000 até 20 000
28,50
23,600
De mais de 20 000 até 40 000
37
30,300
De mais de 40 000 até 80 000
45
37,650
Superior a 80 000
48
-‐‑
24
O sistema fiscal português
1. Impostos sobre o rendimento
• Imposto sobre o rendimento das pessoas
singulares (IRS) - Valor anual dos rendimentos das
categorias do trabalho dependente, empresariais e
profissionais, capitais, prediais, patrimoniais e pensões,
auferidos por pessoas singulares
Exemplo: IRS
Impostos periódicos e impostos de obrigação única
Impostos de
• Correspondem a actos isolados, mesmo
obrigação quando são repetidos.
única
• Os prazos de prescrição (8 anos) – art. 48.º LGT - e
caducidade (4 anos)- art. 45.º LGT - contam-se:
36
1.
Estando em causa uma dívida de IVA referente a
2002, e sendo este imposto de obrigação única o
termo inicial do prazo de prescrição (de 8 anos)
conta-se, por via da alteração que o art. 40.º da Lei
n.º 55-B/2004 introduziu no n.º 1 do art. 48.º da LGT, a
partir do ano civil seguinte àquele em que se verificou
a exigibilidade do imposto, ou seja, a partir de
1/1/2003.
Logo, em 1/1/2011 a AT deixa de poder promover a
cobrança coerciva das dívidas fiscais.
2.
ü É um imposto indirecto, de acordo com o critério económico
da repercussão económica e o critério jurídico da relação
jurídica base do imposto ou da fonte da obrigação do
imposto
ü É um imposto de obrigação única
ü Imposto real
ü Imposto de quota variável, taxa fixa
ü Imposto não intencionalmente distorcedor
EM SUMA:
• Critérios de distinção
Até 2500
32
2 501 a 3500
52
3 501 a 7500
123
7501 a 11 999
200
c) Artigo 68.º do CIRS - Taxas gerais
1. As taxas do imposto são as constantes da tabela seguinte:
Taxas
Rendimento colectável (euros)
(em percentagem)
Normal
Média
(A)
(B)
Até 7000
14,50
14,500
De mais de 7000 até 20 000
28,50
23,600
De mais de 20 000 até 40 000
37
30,300
De mais de 40 000 até 80 000
45
37,650
Superior a 80 000
48
-‐‑
Impostos
progressivos
A matéria colectável é
Progressividade por igualmente dividida em
escalões
várias partes, sendo cada
uma delas tributada à
taxa correspondente.
Impostos sobre o rendimento, sobre
o património e sobre o consumo
E m t e s e , p e r m i t e m R e p r e s e n t a m a
gerar receita fiscal e
melhorar a eficiência na
generalidade dos
afectação de recursos i m p o s t o s , s ã o
(tributação correctiva). u t i l i z a d o s c o m
E x . : t r i b u t a ç ã o v i s t a a p e n a s à
ambiental
o b t e n ç ã o d e
receitas.
61
Princípios jurídico-‐‑constitucionais
da tributação
Princípio da legalidade fiscal
63
Princípio da legalidade fiscal
Duas vertentes
Determinação do objecto, do
sentido, da extensão e da duração da
autorização legislativa
Resolução do caso prático
• Violação do princípio da legalidade fiscal, na sua dimensão de
reserva de lei formal;
• Este princípio, previsto no art. 165.º/1, al. i), não vale apenas para a
“criação” propriamente dita, mas também para a definição de todos
os elementos essenciais dos impostos.
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• Quanto aos elementos não essenciais dos impostos, onde se
inserem os elementos dos impostos referentes à liquidação e à
cobrança dispõe o art. 103.º/ n.º 3 da CRP que os mesmos têm
de ser feitos nos termos da lei. Contudo, não se encontram
sujeitos à reserva de lei parlamentar (103.º, n.º 2 e 165.º/n.º1/i)
da CRP), mas a reserva de diploma legislativo, isto é, aos actos
legislativos previstos no n.º 1 do art. 112.º da CRP.
• A actividade da administração fiscal (gestão e administração
do imposto, que corresponde à liquidação em sentido amplo)
rege-se pelo princípio da legalidade administrativa o que
significa que carece sempre de lei prévia (princípio da
precedência, preferência e prevalência da lei)
• Art. 6.º da CRP – Portugal é politicamente um
Estado Unitário com Regiões Autónomas
MAS
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• Podem exercer por via regulamentar (na dependência da lei)
alguns poderes tributários próprios – art. 238.º/4 da CRP
• São os municípios, mediante deliberação da assembleia
municipal, que fixam a taxa de IMI a aplicar em cada ano, dentro
dos intervalos previstos na alínea c) do n.º 1, do art. 112.º do CIMI,
podendo esta ser fixada por freguesia (n.º 5, art. 112.º).
• Aplicam-se a nível nacional, as seguintes taxas:
o prédios rústicos: 0,8%;
o prédios urbanos: 0,3% a 0,5%.
Nos prédios mistos, aplicar-se-á ao valor patrimonial tributário de
cada parte, a respectiva taxa. Os municípios, mediante deliberação
da assembleia municipal, podem majorar ou reduzir as taxas gerais,
em determinadas situações previstas no artigo 112º do CIMI
(exemplo: operações de reabilitação) baseando-se em tabelas e
valores fixados.
Os poderes tributários das Autarquias
Locais
Mas
ü A incidência;
Art. 103.º/2, 2.ª parte ü A taxa ou alíquota do
CRP
imposto
ü Os beneficios fiscais
ü As garantias dos
contribuintes
Mais Menos
discricionariedade
discricionariedade
81
Resolução do caso prático
• Princípio da tipicidade fiscal (artigo 103.º/2 CRP) enquanto
dimensão material do princípio da legalidade fiscal – os
elementos essenciais dos impostos (incidência, taxa,
benefícios fiscais e garantias dos contribuintes);
• Exigência de densidade das normas jurídicas fiscais que
versem sobre os elementos essenciais dos impostos e a
correspondente limitação da discricionariedade
administrativa (margem de livre apreciação/conceitos
indeterminados); a atual compressão da determinabilidade
das normas jurídicas fiscais em razão de interesses públicos
relevantes, como os da luta contra a fraude, a evasão e
elisão fiscais;
• Aplicação ao caso concreto: conceitos indeterminados
(“valor de mercado”, “pessoas independentes”), margem de
livre apreciação (“pode ser objecto de correcção”)
Princípio da segurança jurídica e
protecção da confiança
Não se esgota na proibição de impostos retroactivos (art. 103.º/3 CRP)
Quid iuris?