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Resumos 11.

º ano Explicação Economia

Unidade 8: Agentes económicos e o circuito económico

Diferença entre microagentes e macroagentes

Um microagente é um agente particular.


Ex: Auchan, Continente, Caixa Geral de Depósitos

Um macroagente é um agente agregado.


Ex: Empresas não financeiras e Instituições Financeiras

Operações económicas

● sobre bens ou serviços: produção ou consumo;


● distribuição e redistribuição: pagamento/recebimento de salários e
pagamento/recebimento de subsídios
● financeiras: depósitos bancários, empréstimos, aplicações financeiras e investimento

Os agentes económicos têm autonomia: é a capacidade para realizar operações


económicas, tomando decisões.

Diferença entre fluxos reais e fluxos monetários

Os fluxos são relações entre os agentes económicos.

Fluxos Reais→ São as interações entre os agentes económicos que têm forma material.

Ex: horas de trabalho ou quantidade de matérias-primas, bens ou serviços.

Inconveniente: Pouca utilidade porque não são expressos na mesma unidade.

Fluxos Monetários→ Conversão de um fluxo real num fluxo monetário através do uso da
moeda.

Vantagem: Expressos na mesma unidade através do uso da moeda.

Circuito Económico

É a representação da atividade económica de uma região ou país.

Agentes económicos

Famílias, Empresas não financeiras, Instituições financeiras, Estado/ Administração Pública


e Resto do Mundo.

Elaborado por Ana Carvalho 2


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Famílias e Empresas Não Financeiras

1.Famílias----------------------------------------------------------------------> Empresas Não Financeiras

2.Famílias <----------------------------------------------------------------------Empresas Não Financeiras

1.Despesas de consumo +Investimento

2.Ordenados/salários: Fator Trabalho


Rendas (arrendamentos) e Lucros(investimento): Fator Capital

Nota: Ordenado é utilizado em atividades do setor terciário, enquanto que Salário é usado
em atividades do setor secundário.

Famílias e Instituições Financeiras

3.Famílias---------------------------------------------------------------------------> Instituições Financeiras

4.Famílias <-------------------------------------------------------------------------- Instituições Financeiras

3. Depósitos+Seguros+ Pagamentos da dívida do empréstimo (Amortizações+Juros)

4. Indemnizações+Juros de depósito+Ordenados:Fator Trabalho+Empréstimo

Famílias e Estado

5.Famílias-------------------------------------------------------------------------------------------------> Estado

6.Famílias <------------------------------------------------------------------------------------------------ Estado

5. Impostos+Contribuições para a Segurança Social

Recordar…
Impostos: são receitas para fazer face às despesas relacionadas com a satisfação das
necessidades coletivas

Contribuições para a Segurança Social: percentagem sobre a remuneração do trabalho,


permitindo a sustentabilidade da Segurança Social (reformas).

6. Vencimentos (Fator Trabalho)+ Subsídios (Pensões, abonos)

Empresas Não Financeiras e Instituições Financeiras

7.Empresas Não Financeiras--------------------------------------------------> Instituições Financeiras

8.Empresas Não Financeiras <------------------------------------------------- Instituições Financeiras

7.Depósitos+Amortizações+Juros+Lucros+Prémio de Seguro
Elaborado por Ana Carvalho 3
Resumos 11.º ano Explicação Economia

Recordar…
Lucros= Preço de venda-Preço de custo

8.Investimento+Juros de depósito+Empréstimos+Indemnizações

Empresas Não Financeiras e Estado

9.Empresas Não Financeiras------------------------------------------------------------------------> Estado

10.Empresas Não Financeiras <---------------------------------------------------------------------- Estado

9. Impostos+Contribuições para a Segurança Social

10. Despesas de Consumo+Subsídios à produção (Bens essenciais devem ser acessíveis a


toda a população)

Instituições Financeiras e Estado

11.Instituições Financeiras---------------------------------------------------------------------------> Estado

12.Instituições Financeiras <-------------------------------------------------------------------------- Estado

11. Impostos+Contribuições para a Segurança Social+Juros de depósito+Indemnizações de


seguro +Empréstimos

12. Depósitos+Prémios de seguro+Juros+Amortizações

Empresas Não Financeiras e Resto do Mundo

Economia Fechada: Não há relação com o exterior.


Economia Aberta: Há relação com o exterior.

13.Empresas Não Financeiras----------------------------------------------------------> Resto do Mundo

14.Empresas Não Financeiras <--------------------------------------------------------- Resto do Mundo

13. Valor das importações do país


14. Valor das exportações do país

Se as exportações> importações, há fluxo de compensação para o Resto do Mundo. Se as


importações > exportações, há fluxo de compensação para as Instituições Financeiras.

Equilíbrio Económico

As contas têm de ser equilibradas:

Recursos= Empregos
Entrada de dinheiro/Recebimentos = Saída de dinheiro/Pagamentos
Elaborado por Ana Carvalho 4
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Produto= Despesa= Rendimento

Valor dos bens e serviços produzidos = Valor dos bens e serviços utilizados = Valor dos
salários, rendas, juros, lucros

Unidade 9: A Contabilidade Nacional-noção e objetivos

Porque surge? Porque todos os governos têm de saber a situação económica do seu país.

O que é? É o conjunto de operações que servem para apurar o valor do produto, do


rendimento e da despesa.

Como usam? Para a avaliação da situação socioeconómica e para a tomada de decisões em


termos de política nacional.

Para o cálculo da Contabilidade Nacional:

● Unidades Institucionais: São entidades que têm autonomia de decisão e o registo


contabilístico completo.

Ex: Sociedades, Famílias

● Setores Institucionais

Têm um comportamento económico análogo: atividade principal é semelhante.


Agentes com comportamento característico de uma economia (produzir, consumir).
Autonomia de decisão (famílias decidem consumir).

Território Económico

Temos de ter em conta o local onde se realiza a produção para apurar a Contabilidade
Nacional.

Engloba o território geográfico (interior das fronteiras de um país), o espaço aéreo nacional,
as embaixadas, os consulados, as zonas francas e jazigos minerais.

Com o Resto do Mundo, realizamos trocas:

Unidade Institucional Residente: Território Económico


Unidade Institucional Não Residente: Fora do Território Económico

Óticas de Cálculo

● Produção: Valor acrescentado dos bens e serviços produzidos;


● Despesa: Utilização dada ao produto: consumo, investimento…
● Rendimento: Venda dos bens e serviços produzidos e como esses rendimentos são
distribuídos (Salários, Rendas, Juros, Lucros)

Elaborado por Ana Carvalho 5


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Ótica da Produção

Os bens e os serviços produzidos são contabilizados segundo o ramo de atividade económica


que lhes dá origem.

Problema de Múltipla Contagem: O valor do bem está registado mais que uma vez.

Ex: A empresa piscatória fornece o peixe (produção) à empresa de conservas de peixe


(consumo intermédio).

Solução: Método dos Produtos Finais (1) ou Método dos Valores Acrescentados (2)

(1) Bens destinados ao consumidor final, já não sofrem transformação. Ex: conservas de
peixe.
(2) Valor da Produção- Consumos Intermédios

Pelos dois métodos, tem de dar o mesmo valor.

Ótica da Despesa

Componentes

● Consumo Privado dos residentes: todas as despesas efetuadas pelos particulares


para satisfazer as necessidades;
● Consumo Público: todas as despesas em bens e serviços da Administração
Pública/Estado;

Consumo Final= Consumo Público + Consumo Privado

● Investimento: todas as despesas em bens e serviços para o setor público ou privado;

Investimento Bruto= Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) + Variação de Existências (VE)

FBCF=Investimento em Capital Fixo


VE= stock final-stock inicial

● Exportações: se o produzimos, tivemos despesa;


● Importações: a despesa não é nossa, então temos de retirar.

Cálculo do PIB= Despesa Interna (DI) = Consumo Final + Investimento + Exportações-


Importações

Procura Interna= Consumo Final + Investimento


Procura Global= Consumo Final + Investimento + Exportações
Despesa Interna= Procura Global - Importações

Elaborado por Ana Carvalho 6


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Ótica do Rendimento

● Remunerações do trabalho (Salários);


● Excedente Bruto de Exploração EBE (Lucros, Rendas, Juros);
● Impostos indiretos;
● Subsídios à produção;

Cálculo do PIB= Rendimento Interno (DI) = Salários + EBE + Impostos indiretos - Subsídios

Conclusão Recursos=Empregos

Identidade básica da Contabilidade Nacional

Ótica do produto = Ótica da despesa = Ótica do rendimento

Independentemente da ótica, obtemos sempre o mesmo valor!

Diferença entre Produto Bruto e Produto Líquido

Durante o processo produtivo, as máquinas vão se deteriorando por desgaste.

O produto bruto não é deduzido o valor do desgaste das máquinas e o produto líquido é
deduzido o valor do desgaste das máquinas.

Produto Bruto= Produto Líquido + Amortizações

Diferença entre Produto Interno e Produto Nacional

O produto interno engloba o que é realizado dentro do território económico, enquanto que o
território nacional é dentro e fora do território económico, desde que tenha a nacionalidade.

Produto Nacional= Produto Interno + SRRM

Diferença entre Produto a preços correntes e Produto a preços constantes

O produto a preços correntes (PIB nominal) são os bens e serviços valorizados ao ano em
causa, enquanto o produto a preços constantes (PIB real) são os bens e serviços valorizados
ao ano base.

O PIB nominal engloba a inflação, o PIB real não!


Produto a preços constantes= (Produto a preços correntes / Deflator do produto) *100

Deflator do produto= (PIB nominal /PIB real) *100

Como se compara o PIB de um ano com o ano anterior?

Através de uma taxa de variação= (PIB ano t- PIB ano t-1)/(PIB ano t-1)*100

Elaborado por Ana Carvalho 7


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Diferença entre Produto a custo de fatores e Produto a preços de mercado

O produto a custo de fatores é o preço a que o produto sai da empresa, enquanto o produto
a preços de mercado é o produto que vai ser comercializado no mercado.

Produto a preços de mercado= Produto a custo de fatores + Impostos Indiretos - Subsídios à


produção

A Contabilidade Nacional não tem em conta:


● Economia não observada: Não se vê, é ilegal;

→ Autoconsumo: Ex: eu tenho uma terra em que produzo couves, mas não vendo;
→ Setor Informal: É legal, mas escapam à Contabilidade Nacional, ou seja, não é para fugir
ao fisco mas é para reduzir os custos.
→ Economia subterrânea: Fugir ao fisco-evitar o pagamento de impostos, não declarar tudo
o que se produz.

Limitações da Contabilidade Nacional

➢ Externalidades: efeito positivo ou negativo na economia e no bem-estar da população


que não são contabilizados;

Positivo: Externalidades Positivas

➢ Educação + Construção de um novo hospital;

Negativo: Externalidades Negativas

➢ Lançamento de gases poluentes para a atmosfera por empresas industriais, o que se


traduz em consequências negativas para a saúde e para o meio ambiente que não é
possível medir em termos económicos;

Limitações na interpretação dos resultados dados pela Contabilidade Nacional

● Não traduz o bem-estar material da sociedade;


● O produto não traduz efetivamente a qualidade de vida da população;
● Esconde as desigualdades na repartição dos rendimentos;

Calcula-se o rendimento, mas não a distribuição;

Unidade 10: As relações económicas internacionais

A satisfação das necessidades exige o consumo de bens e serviços, sendo que é a partir do
comércio que se obtém:

● Comércio interno: Troca de bens e serviços entre residentes do mesmo país. Ex:
interno em Portugal

Elaborado por Ana Carvalho 8


Resumos 11.º ano Explicação Economia

● Comércio externo: Troca de bens, serviços e capitais entre um país e os outros países;

# Resto do Mundo: Nenhum país consegue viver isolado

Ex: comércio entre a França e Marrocos em 2021

● Comércio internacional: Troca de bens, serviços e capitais entre os países em geral.


Ex: Trocas comerciais de África em 2021

Externo + Internacional → Exportações + Importações → Troca de divisas (ouro, dólar, libra)

Fatores que estão na base do comércio internacional

❖ Especialização: apostar na produção e na exportação dos bens para os quais


possuem os melhores recursos e na importação dos bens que não conseguem ou que
produzem com pouca eficiência, atendendo aos fatores produtivos que dispõe;

❖ Globalização: a produção mundializa-se, as empresas tornam-se transnacionais, os


mercados são globais;
Desenvolvimento dos transportes, tecnologias de informação e comunicação;
Eliminação das barreiras e livre circulação dos bens e serviços;

❖ Crescimento Económico

Exportações
● Expansão das atividades económicas;
● Maiores possibilidades de produção;
● Maiores possibilidades de consumo;
● Mais emprego;
● Aumento do rendimento;
● Maior bem-estar;

A balança de pagamentos

É necessário elaborar um documento estatístico oficial, onde se registam sistematicamente


todas as transações económicas efetuadas entre residentes e não residentes de um país,
num determinado período de tempo.

Atenção: Não há pagamentos, porque há transação sem pagamentos como remessas dos
emigrantes e imigrantes. O critério é a mudança de propriedade entre os residentes e não
residentes.

Quem o faz? Bancos centrais de cada país no Banco de Portugal


Deve respeitar? Princípio das partidas dobradas
Débito (Saída) = Crédito (Entrada)

Elaborado por Ana Carvalho 9


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Composição da balança de pagamentos

● Balança Corrente
- De bens (1);
- De serviços (2);
- Rendimento Primário: salário, juros, rendas, lucros;
- Rendimento Secundário: transferências correntes;

● Balança de Capital
● Balança Financeira
● Erro e Omissões (para onde vai os desequilíbrios devido a fontes de informação
incorretas)

Balança Corrente

1.
Exportações --------------> Resto do Mundo
<------------
Divisas

Importações <-------------- Resto do Mundo


------------>
Divisas

Saldo= Crédito- Débito

➔ Débito > Crédito ou M>X Déficit


➔ Crédito > Débito ou X>M Superávit

2. Importância do turismo;

Operações de câmbio: Quando se realiza trocas entre os países, a moeda não é sempre a
mesma de cada um dos países.

❖ O câmbio é trocar a moeda nacional por qualquer uma das outras;

Vai depender da inflação…

● associado à depreciação do valor da moeda: perda de valor aquisitivo da moeda em


virtude da subida dos preços;
● e da política da desvalorização da moeda: tornar o preço dos bens exportados mais
baratos através da diminuição do valor da moeda de um país relativamente à moeda
de outro país → Moeda mais barata;

Balança de Capital

❖ Não tenham um caráter corrente (transferências correntes);

Elaborado por Ana Carvalho 10


Resumos 11.º ano Explicação Economia

❖ Não constituam fonte de financiamento da atividade económica (investimento);

→ Fundos provenientes da UE relativos à afetação dos fundos comunitários para


investimento;

Atenção: Subsídios é na balança corrente da UE

→ Compra e venda de licenças;


→ Contratos (jogadores de futebol);
→ Marcas;

Balança Corrente + Capital <0 Necessidade líquida de financiamento


>0 Capacidade líquida de financiamento

Balança Financeira

● Investimento
→ IDE (direto estrangeiro de Portugal no exterior e do exterior em Portugal);
→ Ações
→ Títulos de dívida pública;
→ Empréstimos;
→ Ativos de reserva (ouro no Banco Central)

Saldo conjunto da balança corrente e de capital + Erros e omissões = Saldo da Balança


Financeira

Indicadores do comércio internacional de bens

★ Estrutura setorial das importações e exportações de bens:


-Identificar os bens com maior peso nas importações e nas exportações de um país;
-Conhecer a importância de cada ramo e setor;

★ Estrutura geográfica das importações e exportações de bens:


- Conhecer o principal país ou grupos de países de origem das importações ou de
destino das exportações;
- Avaliar a respetiva importância;

★ Grau de abertura ao exterior:


-Contribuição das exportações para o PIB de um país e o peso das importações no
PIB de um país;

= (Valor das exportações + Valor das importações) / PIB *100

-Capacidade que um país tem de pagar as importações a partir das receitas


provenientes das exportações;
= (Valor das exportações / Valor das importações) *100

Elaborado por Ana Carvalho 11


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Saldo da balança de bens Taxa de cobertura das importações pelas exportações


Positivo > 100% (ÓTIMO)
Negativo < 100%
Nulo = 100%

Políticas comerciais

❖ Livre-cambismo

Liberdade → não há barreiras: deve-se especializar na produção e nos produtos que são
mais eficientes (princípio das vantagens comparativas: David Ricardo e Adam Smith)

Divisão internacional do Trabalho (DIT): divisão da produção mundial, de acordo com os


recursos de cada país.

❖ Protecionismo

Barreiras → proteja a economia nacional em relação à concorrência externa e não importam;

Países extremistas: autarcia

Instrumentos de Protecionismo

➢ Contingente: limitar a quantidade de importações;


➢ Subsídios à produção: por parte do Estado para tornar as exportações mais baratas;
➢ Dumping: venda de produtos a preços inferiores aos praticados no país: ILEGAL;

Barreiras alfandegárias: entraves às importações


➔ Tarifárias (impostos sobre os produtos importados);
➔ Não tarifárias (limitar quantidades);

Unidade 11: O setor público em Portugal

São os bens e serviços fornecidos pelo Estado gratuitamente ou a preços inferiores as do


mercado.

Em Portugal, têm um Estado de Bem-estar:


● Estado: É uma sociedade politicamente organizada em território privado, cujas
características é a soberania e independência;
● Bem-estar: Excessivo peso da intervenção do Estado na Economia (50-60%);

Exemplos: Centros de Saúde e Escolas Públicas

Estrutura do Setor Público

● Setor Público Administrativo (SPA)

Elaborado por Ana Carvalho 12


Resumos 11.º ano Explicação Economia

➢ Administração Central
Ex: Ministérios;
➢ Administração Regional
Ex: Regiões Autónomas;
➢ Administração Local
Ex: Câmaras Municipais e Freguesias;
➢ Segurança Social
Ex: Sistema que pretende assegurar direitos básicos e a igualdade de oportunidades,
promovendo o bem-estar e a coesão social;
➢ Fundos Autónomos
Ex: Fundo Ambiental e Fundo de Resolução;

● Setor Público Empresarial (SPE)- parte do produtor

➢ Empresas Públicas
Ex: Metropolitano de Lisboa;
Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, SA;
➢ Empresas Participadas
Ex: Águas de Portugal;

Estado

➔ Liberal
Interfere de forma limitada;
Apenas garante o funcionamento do mercado;

➔ Intervencionista
Surge, porque o mercado não conseguia prever e minimizar as crises;
Forte intervenção económica e social;

Finalidades da intervenção do Estado na Economia

● Eficiência
Utilização eficaz dos recursos;
Ex: Cheques para incentivar a eficiência energética dos edifícios;

● Estabilidade
Redução das flutuações da atividade económica;
Minimizar os efeitos das crises económicas e financeiras;
Ex: Apoio à criação de emprego;

● Equidade
Igualdade de oportunidades;
Justiça Social;
Ex: Fornecimento de bens públicos;

Elaborado por Ana Carvalho 13


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Instrumentos da intervenção do Estado na esfera económica e social

● Planeamento económico
Desenvolvimento da Economia;
Obrigatório para o Setor Público;
Sugestão para o Setor Privado;

● Políticas económicas e sociais


Ações para atingir determinados objetivos, adotando medidas e utilizando
instrumentos macroeconómicos;

Conjunturais: Curto Prazo (até 1 ano);


Estruturais: Médio Prazo (1-5);
Longo Prazo (+5);

● Orçamento do Estado
Documento onde se encontram as receitas e as despesas do Estado para um
determinado período de tempo, geralmente um ano;

Objetivos: Promoção do crescimento e Estabilização da Economia;

Receitas Públicas

★ Correntes: Receitas Fiscais (Impostos diretos e indiretos);


Contribuições Sociais;
Venda de bens e serviços;

★ Capital: Vendas de bens de investimento;


Transferências dos fundos europeus;

Receitas Fiscais:

Impostos Progressivos→ se o rendimento aumentar, a taxa é elevada


➔ Diminui as desigualdades sociais;
➔ Promove a equidade;

Impostos Regressivos→ a taxa diminui com o rendimento


Impostos Proporcionais→ a taxa é independente do rendimento IVA

Despesas Públicas

Adquirir bens e serviços para a satisfação das necessidades públicas;

★ Correntes: Terminam no mesmo ano;

Ex: Vencimentos dos funcionários públicos;


Transferências Sociais;

Elaborado por Ana Carvalho 14


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Aumento dos gastos públicos: + consumo público e privado + investimento das empresas;
Aumento dos gastos com pessoal: + aumento do rendimento disponível das famílias +
consumo privado + produção + emprego

★ Capital: Perduram em anos seguintes;

Aumento das despesas de capital: + investimento + produção + produtividade + emprego

Ex: Construção de infraestruturas;


Compra de ações;

Saldo Orçamental É um importante indicador da situação económica de um determinado


país:

Receitas Públicas - Despesas Públicas

=0 equilíbrio
>0 superávit
<0 déficit Empréstimos

● Corrente: Receitas Correntes - Despesas Correntes


● Capital: Receitas de Capital- Despesas de Capital
● Global: Receitas Públicas- Despesas Públicas

Exceto emissão de dívida pública e amortizações da dívida pública

● Primário: Global- Juros da dívida pública

Pacto da Estabilidade e Crescimento (PEC)

EURO
→ défice 3% do PIB
→ dívida 60% do PIB

Banco Central Europeu (BCE)

→ taxa de inflação 2%

Políticas Económicas

Política Fiscal

Objetivos: estabilidade, equidade, redistribuição dos rendimentos e crescimento económico;


Instrumentos: impostos;

Exemplo:

Elaborado por Ana Carvalho 15


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Variação dos Impostos → Política Fiscal Expansionista → Diminuição dos Impostos →


Aumento do Consumo Privado + Crescimento do Investimento → Aumento da procura +
Aumento da produção e da produtividade + Aumento do emprego + Aumento dos preços

Política Orçamental

Objetivos: Correção dos ciclos económicos, estabilidade e crescimento económico;


Instrumentos: receitas públicas e despesas públicas;

Exemplo:

Expansionista: Expansão da Economia acompanhada de tensões inflacionistas e aumento do


défice;
Contracionista: Inverte a fase recessiva do ciclo económico;

Política Monetária

Objetivos: Controlo da oferta de moeda, estabilidade de preços;


Instrumentos: taxa de juro, taxa de câmbio, reservas bancárias e limites ao crédito;

Exemplo:

Expansionista: Redução das taxas de juro, diminuição das reservas bancárias e inexistência
de limites ao crédito; → Aumento da oferta de moeda

Contracionista: Aumento das taxas de juro, aumento das reservas bancárias e imposição de
limites ao crédito; → Redução da oferta de moeda

Política de preços

Objetivos: Controlo de preços e de inflação;


Instrumentos: fixação de preços e controlo administrativo de preços produzido pelo Setor
Público Empresarial (SPE);

Exemplo:

Regulada pelo Estado;


Exceto em alguns bens não sujeitos às leis do mercado, como por exemplo, os transportes
públicos;

Políticas Sociais

● Combater ao desemprego;
● Reduzir as desigualdades sociais;
● Justiça Social;
● Equidade;

Elaborado por Ana Carvalho 16


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Objetivos Medidas

Combater ao desemprego Redução da taxa de 1) Do lado da procura do trabalho;


desemprego; 2) Do lado da oferta do trabalho;
3) Partilha do trabalho;

Redistribuir o rendimento Redução das desigualdades 4) Impostos diretos progressivos;


sociais; 5) Aumento das transferências
Reforço da coesão social; sociais;
Equidade; 6) Oferta de bens públicos;

1) Empresas: Descida ou congelamento dos salários e dos encargos através de


subsídios concedidos pelo Estado às empresas que empreguem mão de obra e
contribuam para a flexibilização (exemplo: facilidade de despedimento) do mercado
de trabalho;

2) Trabalhadores:
Diminuição da idade da reforma e prolongamento da formação dos jovens (entra os
jovens, saem os velhos);
Desenvolvimento do nível educacional, da qualificação profissional e formação
permanente aos trabalhadores;

3) Redução do horário de trabalho;


Partilha do mesmo posto de trabalho por dois trabalhadores que ficam a trabalhar em
part-time;

Objetivo: Acabar com a precariedade do mercado de trabalho;

Exemplos de política de redistribuição dos rendimentos:

4) Quem recebe mais, paga uma maior taxa;


5) Pensões, subsídios de desemprego para famílias desfavorecidas;
6) Educação, saúde e transportes;

O risco de pobreza diminui: a percentagem da população cujo rendimento equivalente se


encontra abaixo do limiar de pobreza é menor do que anteriormente às transferências sociais;

Unidade 12: A economia portuguesa no contexto da União Europeia

Integração Económica

Reunião das Economias e dos mercados nacionais em Economias e mercados de maior


dimensão, eliminando as barreiras à livre circulação de bens, capitais, serviços e pessoas.

Formas de Integração Económica

● Sistema de preferências aduaneiras: os países aderentes concedem mutuamente


vantagens aduaneiras

Elaborado por Ana Carvalho 17


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Ex: Commonwealth

● Zona de Comércio Livre: Livre circulação de bens entre os países membros. Cada
país mantém uma pauta aduaneira no comércio com países terceiros.
Ex: EFTA, NAFTA

● União Aduaneira: Livre circulação de bens entre os países membros. Aplicação de


uma pauta aduaneira comum no comércio com os países terceiros.
Ex: Mercosul

● Mercado Comum ou mercado único: Livre circulação de bens, serviços, capitais e


processos entre os países membros. Aplicação de uma pauta aduaneira comum no
comércio com países terceiros.
Ex: União Europeia

● União Económica: O mercado único é acompanhado pela adoção de políticas


económicas comuns.
Ex: União Europeia

● União Económica e Monetária: A união económica é acompanhada pela adoção de


uma moeda única e de uma política monetária comum.
Ex: União Europeia

Etapas da construção da União Europeia

1951: A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)

❖ Assinatura do Tratado de Paris dos países Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e
Luxemburgo;
❖ Mercado Comum no ramo do carvão e do aço, desenvolvimento económico e
progresso social e consolidar a paz recentemente conquistada;

1957: A Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia


Atómica/Nuclear (CEEA ou EURATOM)

❖ Assinatura do Tratado de Roma;


❖ Criação de uma União Aduaneira e introdução de uma pauta aduaneira comum,
aplicável às mercadorias provenientes de países terceiros;

1986: Ato Único Europeu

❖ Construção do Mercado Único Europeu;


❖ Concretização das 4 liberdades fundamentais: bens, pessoas, capitais e serviços e
uma pauta aduaneira relativa a países terceiros;

Elaborado por Ana Carvalho 18


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Os primeiros alargamentos- da Europa dos 6 à Europa dos 12

1973: Reino Unido, Irlanda, Dinamarca


1981: Grécia
1986: Portugal e Espanha

1992: Tratado de Maastricht

❖ Criação de uma união económica e monetária (UEM) e de uma moeda única,


acompanhada de uma política monetária comum, a cargo do BCE;
❖ A Comunidade Europeia passou a designar-se de União Europeia;
❖ Fixou os critérios de convergência nominal a cumprir pelos Estados Membros que
adotassem a moeda única;

1999: Euro passou a ser usado como moeda dentro e entre os Estados-membros da UEM;
2002: Entrada em circulação das notas e moedas em euros; 7

A política monetária comum é definida pelo BCE e a política orçamental é competência dos
governos nacionais.

Política Monetária Comum É de responsabilidade do Banco Central


Europeu (BCE) e tem como objetivo
principal a manutenção da estabilidade dos
preços.

Política Orçamental É da responsabilidade dos governos dos


Estados-Membros da UE, embora sujeita a
regras da UE, fixadas pelos critérios e pelo
PEC.

Novos alargamentos

1995: Áustria, Finlândia e Suécia


2004: Eslovénia, Eslováquia, República Checa, Chipre, Estónia, Letónia, Malta, Polónia,
Lituânia, Hungria
2007: Roménia e Bulgária
2013: Croácia

Brexit

Saída do Reino Unido: UE passou a ser constituída por 27 Estados-membros.

Países da Área do Euro

Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,


França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e
Portugal.

Elaborado por Ana Carvalho 19


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Instituições da União Europeia

Soberania Comum: Parte da soberania dos Estados Nacionais é transferida por vontade
própria para entidades supranacionais da UE.

Comissão Europeia Propõe a legislação europeia e executa-


a.Representa os interesses da UE.

Conselho Europeu Define as orientações e prioridades


políticas da UE.

Conselho da UE Aprova, em conjunto com o Parlamento


Europeu a legislação europeia.
Representa os interesses dos Estados-
membros.

Tribunal da Justiça Garantir a aplicação dos direitos da UE.

Tribunal de Contas Controla a gestão das finanças europeias.

Banco Central Europeu Faz a gestão do euro. Define e executa a


política monetária comum.

Provedor de Justiça Investiga a má administração por parte das


instituições europeias.

Autoridade Europeia para a Proteção dos Protege as informações pessoais coletivas


Dados e residentes da União, armazenadas pelas
instituições europeias.

Comité Económica e Social Representa trabalhadores, empregadores e


outros grupos de interesse.

Comité das Regiões Representa as autoridades regionais e


locais dos Estados-membros

Parlamento Europeu Altera e aprova a legislação europeia.


Apenas o orçamento da UE. Exerce o
controlo democrático da UE.

Banco Europeu de Investimento Financia projetos inseridos nas políticas da


UE.

O orçamento da União Europeia e as políticas comunitárias

Os planos de despesa são elaborados a longo prazo no Quadro Financeiro Plurianual (QFP),
onde é definido as despesas anuais da UE nas diferentes rubricas durante um período de 5
a 7 anos.

Orçamento anual da UE: Fixa as despesas e receitas da UE para um ano, assegurando o


financiamento das políticas e programas da UE.

Elaborado por Ana Carvalho 20


Resumos 11.º ano Explicação Economia

Políticas comunitárias e fundos europeus

Fundos europeus: Políticas e ações comunitárias desenvolvidas a nível nacional, regional e


local são apoiadas por fundos, sendo as mesmas suportadas por políticas e programas
europeus.

→ Objetivo: Coesão económica, social e territorial: Fundos Estruturais e de Investimento


Europeus (FEIE);
→ Aumentar o investimento, criar emprego e ambientes sustentáveis, promover a
convergência real, ou seja, diminuir as disparidades entre os Estados-membros e as regiões;

Princípio da solidariedade financeira: Contribuição dos países mais ricos para o orçamento é
proporcionalmente maior e, em contrapartida, a fatia destinada aos países e regiões mais
pobres é proporcionalmente menor.

Política Agrícola Comum (PAC)

Fundo Europeu Agrícola de Melhorar a competitividade agrícola;


0Desenvolvimento Rural (FEADR) assegurar a gestão sustentável dos
recursos naturais e o desenvolvimento
territorial equilibrado.

Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos Fomentar a pesca sustentável; garantir a


das Pescas e da Agricultura (FEAMPA) segurança alimentar; assegurar oceanos
seguros e limpos.

Política Regional e de Coesão

Fundo Europeu de Desenvolvimento Reduzir as disparidades entre os níveis de


Regional (FEDER) desenvolvimento das regiões; promover
uma Europa mais inteligente, mais verde e
mais social.

Fundo Social Europeu Mais (FSE+) Promover o emprego; melhorar a


qualificação; promover a aprendizagem ao
longo da vida e favorecer a inclusão.

Fundo de Coesão (FC) Investir no crescimento e no emprego;


fomentar a mobilidade nacional, regional,
local e transfronteiriços.

Fundo para uma Transição Junta (FIJ) Apoiar os territórios mais afetados pela
transição para uma economia com impacto
neutro no clima.

Alguns problemas e desafios que se colocam à União Europeia

● Crise económica e social da pandemia da COVID-19;


● O ambiente e o clima;
● O envelhecimento da população;
● Migrações;

Elaborado por Ana Carvalho 21

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