Você está na página 1de 12

Epistemologia

A economia e a ecologia (manter a casa limpa), devem andar sempre de mãos dadas e nos
anos 80 deu-se o casamento entre eles.

Surgiu alguns conceitos de desenvolvimento e de eco desenvolvimento. Será aposto num


desenvolvimento não haver custo do ambiente.

Desenvolvimento sustentável -temos que apostar num desenvolvimento que sustente também
o ambiente, um desenvolvimento presente mas que sustente o futuro.

A palavra economia é polisemantica (é usado em vários sentidos). No sentido banal em que


corresponde ao sentido técnico, para a caracterização de uma situação. Ex: as economias
africanas são pré-industriais; também como pensamento económico ou ideologia, por
exemplo a economia socialista; no sentido politico económico, por exemplo um conjunto de
estratégias utilizadas pelo governo; e também como ciência económica, por exemplo o
exercial ou uma área de conhecimento humano.

4- Níveis de conhecimento humano:

 Conhecimento vulgar ou corrente - tem por apreciação superficial ou o senso comum.


 Conhecimento cientifico – tem haver com uma apreciação mais intensa.
 Conhecimento filosófico – tem como objecto, ou chegar aos últimos porquês do
conhecimento.
 Conhecimento teológico – conhecimento do divino. Mas o que mais nos interessa é o
conhecimento científico.

As ciências podemos classifica-las como sendo ciências formais ou factuais.

 Ciências formais tem haver com áreas como a matemática ou a lógica. Elas trabalham
com identidades mentais e não matérias, são ciências racionais e não palpáveis.
 Ciências factuais debruçam sobre factos reais, materiais ou palpáveis.

Podemos dividir a ciência factual em natureza ou ciências naturais, física, biologia, etc. a
natureza é o objecto real de estudo.

Sociedade é que é o seu objecto de estudo (economia, direito, historia, sociologia ou seja
ciências sociais.

A realidade social é um todo e cada ciência vai estudar a parte que mais lhe interessa. Cada
uma cada uma vai ter um objecto específico ou científico.

Há 3 requisitos fundamentais que uma área de conhecimento tem que ter para que ela seja
considerada ciência:

 Ter uma terminologia própria ou linguagem própria.


 Um objecto especifico ou cientifico próprio.
 Tem que utilizar o método científico para analisar o seu objecto.
O método científico tem 4 fases:

 Observação e recolha de dados.


 O levantamento de hipóteses explicativas
 A experimentação
 Fase da formulação das leis ou teorias.

Em vez de experimentação fazemos uma nova observação baseando em dados históricos e


estatísticos.

A primeira diferença tem haver com a terceira fase.

A segunda diferença tem haver com a natureza das suas leis.

As leis sociais são deterministas ou seja verificam-se na globalidade.

O século XIX foi verificado como sendo o século dos juristas e o século XX e o século XXI como
sendo dos economistas.

A economia é central porque ela esta sempre presente nas nossas vidas ou mesmos dizendo
no dia-a-dia. O motor de toda a economia é a produção, o produtor o seu objectivo é obter
lucros. Por isso que o consumo é muito importante ou fundamental na economia. Nos somos
agentes económicos mesmo que seja so no consumo. A economia tem um grande papel na
sociedade.

 Adam Smith é considerado pai da economia, pois ele trouxe para a nossa realidade os
dois princípios de racionalidade e de equilíbrio. Ele escreveu um livro que lhe deu o
titulo de pai da economia, ele era professor da filosofia moral e escreveu um livro «
ensaio sobre a natureza e as riquezas das nações» esse livro foi escrito como um
auxilio para as suas aulas em 1776. Nesse livro era abordado varias questões de vida
social. Os princípios que encontramos na base da economia são os princípios da
racionalidade e do equilíbrio.

Esse dois princípios podemos considera-los como sendo as bases da economia ou mesmo os
pilares.

A uma relação de inter dependência entre a economia e as outras áreas de vida social, como
sendo a realidade e um todo e nos entregamos uma parte a cada uma.

A economia tem uma aproximação com a educação, saúde, habitação e justiça. A economia e a
educação têm uma relação muito estreita, e essa relação tem 2 sentidos: um pais com baixa
economia não tem muitas condições para investir na economia, e segundo se não há uma
grande existência de educação não há também muitas pessoas formadas ou especializadas.
Temos também uma relação estreita entre a economia e a saúde, uma relação essa que um
pais tem que investir.

Como a realidade é uma coisa só a economia para resolver os seus problemas ela tem que
recorrer a outras ciências como o direito que ambas têm uma relação muito forte. A economia
e a estatística tb têm uma relação muito forte.
A economia tem de desenvolver uma interdisciplinaridade com as outras ciências para que
possa concluir como sucesso os seus estudos. A economia não é auto-suficiente o que implica
que ela terá que recorrer a recursos que outras ciências já obtiveram.

Interdependência entre a economia e o país.

Hoje temos o fenómeno da globalização da economia. Porque se acontece um problema num


pais ele afecta vários outros países numa variação da noite para o dia. A crise que vivemos
hoje começou nos estados unidos mas é vivida por vários países.

Qualquer economista se só levar em conta apenas a fronteira do seu país, ele caíra em erro.
Ex: as duas grandes guerras mundiais.

Objecto de estudo da economia

A ciência que absolutamente estuda os fenómenos económicos mas isso não nos dirá nada
porque é muito difícil definir o objecto de estudo da economia, porque a uma forte
interdependência. Não é fácil definir o seu objecto de estudo porque ela esta em constante
mudança.

Qualquer fenómeno social pode ser estudado pela economia. A economia só se interessa por
fenómenos que tenha problemas económicos. As necessidades, a escassez, e a recolha são os
alicerces da economia. As necessidades são limitadas e crescentes.

Este problema pode ser demonstrado em 4 fenómenos económicos:

 A produção
 Distribuição (comercio e transporte)
 Repartição
 Consume

A produção é a actividade económica socialmente organizada que consiste em criar bens


serviços necessários a satisfação das necessidades. Abrange a agricultura, a indústria e os
serviços.

A distribuição é fase que permite deslocar os produtos desde a fase inicial da sua produção ate
as mãos do consumidor. Na generalidade dos casos os bens são produzidos longe do
consumidor, então a distribuição é o elo de ligação entre a produção e o consumo e utiliza
como meios o transporte e o comercio.

A repartição é um conjunto de operações que fazem a distribuição dos rendimentos gerados


com a produção para os diversos intervenientes do processo produtivo, assim os salários vão
para os trabalhadores, as rendas para os proprietários (o estabelecimento poderá ser ou não
da empresa), os juros vão para os capitalistas e os lucros para os empresários.

O consumo os rendimentos repartidos são utilizados para a aquisição de bens e serviços para a
satisfação das nossas necessidades. Consumo é o destino a dar para o rendimento disponível.
E aos rendimentos disponíveis podemos dar-lhes destinos como a utilização de uma parte para
a satisfação das necessidades imediatas, e a parte não gasta pode ser entesourada (por
moeda, ouro, obras de arte, etc. mas a moeda pode correr o risco de desvalorização), colocada
financeiramente através de depósitos bancários, ou investida.

Os dois princípios económicos:

O princípio da racionalidade que é de esperar que as pessoas tomam decisões racionais e


portanto levar a um equilíbrio.

Principio do equilíbrio em que cada pessoa pode pensar em si próprio, com menor esforço,
mas depois a um equilíbrio.

Os agentes económicos
Temos as famílias que a função principal delas é o consumo, as empresas que tem como
função a produção, as instituições financeiras que financiam a produção, o estado e o exterior.

Temos duas áreas da economia: micro agente em que cada família é um micro agente, e a
macro economia e que todas a famílias são macro agentes.

Entre esses agentes estabelecem relações que se traduzem em movimentações de bens e


serviços que designamos de fluxos. E em fluxos distinguimos dois tipos: fluxos reais que é a
movimentação de bens e serviços, e também fluxos monetários que é a movimentação de
moedas.

Circuito económico (ver no caderno) esse é um circuito económico:

Registos monetários

Três formas de registar fluxos económicos:

Circuito monetário
Sistema de contas que permite registar se o sistema esta em equilíbrio.

Matriz

Exercícios:

Considera os seguintes dados:

Ordenados pagos pelas empresas as famílias 50 u.m

Vencimentos pagos pelo estado as famílias 10 u.m

Compras feitas pela famílias as empresas 45 u.m

Impostos pagos pelas famílias ao estado 9 u.m

Juros entregues pelas instituições financeiras as famílias 1 u.m

Poupança das famílias entregues as instituições financeiras 7 u.m

Compras feitas pelo estado as empresa 2 u.m

Exportações feitas pelas empresas 9 u.m

Importações feitas pelas empresas 10 u.m

Investimento feito pelas instituições financeiras nas empresas 9 u.m

Impostos pagos pelas empresas ao estado 3 u.m

Poupança das empresas entregue as instituições financeiras 2 u.m

Impostos pagos pelas instituições financeiras ao estado 1 u.m

Poupança do estado entregue as instituições financeiras 1 u.m

Registe estes fluxos, quer no sistema de contas quer na matriz e verifique o equilíbrio do
sistema.

Matriz:

Entradas/saídas Instituições
Famílias Empresas financeiras Estado Exterior Total

Famílias ******** 45 U.M 7 U.M 9 U.M ------------- 61


Empresas 50 U.M ******** 2 U.M 3 U.M 10 U.M 65
Instituições 1 U.M 9 U.M ********* 1 U.M ------------- 11
financeiras
Estado 10 U.M 2 U.M 1 U.M ******* ------------- 13
Exterior --------------- 9 U.M 1 -------------- ******* 10
Total 61 65 11 13 10 160
Sistema de contas

Famílias

Entradas Saídas
50 45
1 7
10 9
Total = 61 Total =61

Empresas

Entradas Saídas
45 50
9 2
2 3
9 10
Total = 65 Total =65

Instituições financeiras

Entradas Saídas
7 1
2 9
1 1
1
Total = 11 Total = 11

Estado

Entradas Saídas
9 10
3 2
1 1
Total = 13 Total = 13

Exterior

Entradas Saídas
10 9
1
Total = 10 Total = 10
Conceitos económicos fundamentais

 Necessidades económicas
 Bens económicos
 Custo económico
 Valor económico
 Teoria/doutrina
 Utilidade económica

Necessidades económicas são estados de insatisfação. São necessidades económicas se foram


acompanhados de: conhecimento da existência do bem ou se o bem for acessível.

As necessidades podem ser classificadas de diferentes formas:

-primarias e secundárias

Quanto ao custo podem ser:

-económicos e não económicos

Podem ser negativas ou positivas

-individuais ou colectivas

-de satisfação activa ou passiva.

* Primárias ou vitais – esta ligada a própria sobrevivência do ser humano, por exemplo a fome
e a sede, cuja satisfação depende da própria sobrevivência do homem.

* Secundarias ou de luxo – a sua não satisfação não põe em risco a vida do próprio homem.

* Não económicos – são aqueles que para satisfazer-mos não precisamos de realizar nenhum
custo, por exemplo o ar, de despender algum dinheiro com a sua satisfação.

* Económicos – para nos satisfazer-mos temos que despender algum custo monetário.

* Positivas – são aquelas que nos satisfazemos através da sensação ou provocação de prazer.

* Negativas – nos satisfazem eliminando satisfações desagradáveis.

* Individuais – são aquelas que originam da própria condição humana e cada um o sente
individualmente ou independente.

* Colectivas – aquelas que só sentimos porque vivemos em sociedade, originam na inserção


social, por exemplo a justiça, segurança, telecomunicações.

* De satisfação activa – são aquelas que para satisfazer temos que despender de algum
esforço, temos de desenvolver alguma actividade (principio da exclusão).

* De satisfação passiva – elas são satisfeitas sem que temos que desenvolver alguma
actividade, só o facto de existir o bem a pessoa beneficia (principio da não exclusão).
CARACTERISTICAS DAS NECESSIDADES

- Ilimitados ou seja infinitos, não conseguimos escrever todas as necessidades numa única
lista, e os bens são sempre escassos, porque os bens são ilimitados.

- Variáveis – variam, cronologicamente, e de pessoa para pessoa, de tempo para tempo. As


necessidades dos nossos antepassados são diferentes dos que temos hoje, de espaço para
espaço porque cada país cada zona tem as suas necessidades (as roupas de frio).

- Sociáveis, é para variar o valor de um bem, temos como base a lei de Gossen.

A 1ª lei de Gossen diz-nos que a primeira atribuímos uma utilidade maior a um bem, mas
depois a utilidade vai diminuindo sucessivamente ate o seu ponto de saciabilidade. A medida
que vamos utilizando um bem a necessidade vai diminuindo ate o ponto de saciabilidade.
(atribuímos mas valor a um diamante do que a agua, mas a agua é mais útil do que o
diamante). É designada de lei da utilidade marginal decrescente.

- Substituível – uma necessidade pode ser satisfeita com muitos bens diferentes ou
substituíveis.

- Renováveis – isso os torna ilimitados, por exemplo tenho fome hoje mas amanha ela terá
aumentado.

Classificação de bens

Livres – não temos que despender nenhum custo para o obter.

Económicos – temos que realizar algum custo, são escassos.

Materiais ou corpóreos - são bens palpáveis, são possíveis de ser captados pelos sentidos.

Imateriais ou incorpóreos ou serviços – são bens não palpáveis ou serviços prestados, por
exemplo conselho de um advogado, para os satisfazer temos que despender de algum custo,
tem um papel fundamental.

Directo ou de gozo ou de consumo final – são bens que estão na fase final do processo
produtivo e que podem ser utilizados na satisfação de uma necessidade imediata.

Directos de consumo são bens cuja existência física desaparece logo com o seu consumo ou
utilização.

Directos de uso podem ser consumidos continuamente e não desaparecem com o seu
consumo.

Indirecto ou de produção ou de capital – eles servem para produzir outros produtos (são bens
de capital de produção), esses sim é que irão satisfazer uma necessidade.

Em indirectos podemos encontrar:

Matérias-primas que entram no processo produtivo, desaparece e aparece no produto final.


Subsidiarias – desaparece no processo mas não aparece no produto final, por exemplo o
gasóleo.

Instrumentais – não desaparece no processo produtivo, e não fica incorporado no produto


final.

Presentes – são aqueles que estão produzidos

Futuros – são aqueles que não estão produzidos e são economicamente relevantes, não
podemos contar apenas com os presentes porque estão planeados.

Duradoiros – são aquelas que podemos utilizar varias vezes sem que a sua presença física
acaba e sejam postas na 1ª utilização.

Não duradoiros – são aquelas que desaparecem logo com a primeira utilização.

Naturais – são naturais

Produzidas – são produtos finais produzidos

Sucedâneos

Complementares – para satisfação de um necessidade é necessário um outro.

A utilidade é a possibilidade que um bem tem para satisfazer uma necessidade.

Utilidade económica é um bem útil para a economia desde que satisfaça uma necessidade. O
bem pode ser útil ou prejudicial.

Temos utilidades marginais/iniciais e totais.

Se somarmos todas os pontos ou nesse caso as letras obtemos a utilidade total.

A utilidade de cada bem separadamente dá-se o nome de utilidade marginal e na dose em que
paramos é também a utilidade marginal.
Como a utilidade é subjectiva atribuímos a utilidade dependendo do grau de saciedade.

Impostos:

 Impostos fixos, em que todas as pessoas pagam a mesma quantia independentemente


do seu rendimento.
 Impostos a taxa fixa, em que todos pagam a mesma taxa (percentagem), pagam a
mesma percentagem segundo o salário de cada um.
 Impostos a taxa progressiva, em que quem ganha mais paga mais, quanto maior for o
rendimento maior é a taxa a pagar.

Diminui mais a diferença entre as famílias e o estado ganha mais para garantir uma melhor
política social.

Copos Utilidade marginal Utilidade total


1 4 4
2 3 4+3=7
3 2 4+3+2=9
4 -1 4+3+2+(-1) =8
5 -2 4+3+2+(-1) +(-2) =6

Utilidade marginal

Utilidade total
O custo económico integra dois elementos:

 Elemento positivo que é o esforço utilizado na produção de um bem seja monetário,


físico, etc. o tempo gasto poderia ser gasto em outra coisa.
 Elemento negativo que é também designado de custo de oportunidade, em que tudo
tem que ser contabilizado.

O custo designa-se de desutilidade – cresce com a actividade (é o custo que eu utilizo para
obter um bem.

Desutilidade –

enquanto que a utilidade vai diminuindo, o


custo ou a desutilidade vai aumentando.

Um gráfico representando a utilidade e a desutilidade:

a parte em vermelho é a utilidade e a


desutilidade marginal.

A parte em azul significa a desutilidade inicial

Desutilidade marginal é o custo de cada dose adicional.

Utilidade ponderada – quanto maior for a utilidade ponderada mais viável é o custo. Quando o
custo for igual ou inferior a utilidade já não é viável produzir.

Utilidade ponderada = utilidade sobre desutilidade.

Valor económico
É um juízo de natureza económica que um indivíduo ou grupo faz de um bem. Porque acho
que um bem vale mais ou é igual a outro bem.

O preço é a expressão monetária do valor de um bem.

Valor de uso – é um valor que um bem tem para uma determinada pessoa,
independentemente do interesse de outras pessoas perante esse mesmo bem.

Valor de troca – é o valor de mercado, ele é atribuído para todas as pessoas e elas estão
dispostas a pagar uma certa quantia para obter esse bem. Segundo Aristóteles.

8 Teorias sobre o valor económico:

 Teoria da utilidade (século XVI pelo senhor Davanzat)


 Teoria da utilidade e da raridade (Cantilho)
 Teoria do valor intrínseco de um bem (Richard Cantilho)
 Teoria do custo de produção (teoria clássica do valor, Adam Smith e David Ricardo
 Teoria do custo de reprodução
 Teoria marxista do valor
 Teoria marginalista do valor
 Teoria sincrética (é a contemporânea ou actual.)

Teoria da utilidade diz-nos que o atribui o valor a um bem é a sua utilidade. Não é a utilidade
que atribui o valor a um bem.

Mercado

Mercado é o espaço real onde todos se encontram, uns para vender outras para comprar. Isso
na forma tradicional.

Tipos de mercado

Você também pode gostar