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Conectivos Lógicos

Operação Conectivo Estrutura Lógica Exemplos


A bicicleta não é
Negação ¬ Não p
azul
Thiago é
Conjunção ^ Peq médico e João é
Engenheiro
Thiago é
Disjunção Inclusiva v P ou q médico ou João é
Engenheiro
Ou Thiago é
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Médico ou João é
Engenheiro
Se Thiago é
Condicional → Se p então q Médico então João é
Engenheiro
Thiago é médico se
Bicondicional ↔ P se e somente se q e somente se João é
Engenheiro

Conjunção: Vimos pela tabela acima que a operação da conjunção liga duas ou mais
proposições simples pelo conectivo “e”. Observemos o exemplo:

Irei ao cinema e ao clube. Vamos montar a tabela verdade para a proposição composta
destacando todas as valorações possíveis.

Conjunção: p ^ q (p e q)

P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F

 P: Irei ao cinema
 Q: Irei ao clube

Observamos que a proposição resultante da conjunção só será verdadeira quando as


proposições simples individuais forem verdadeiras.
Disjunção Inclusiva: Vimos que a operação da disjunção inclusiva liga duas ou mais
proposições simples pelo conectivo “ou”. Observemos o exemplo

Dar-te-ei uma camisa ou um calção. Vamos montar a tabela verdade para a proposição
composta destacando todas as valorações possíveis.

Disjunção: p v q (p ou q)

P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F

 P: Dar-te-ei uma camisa


 Q: Dar-te-ei um calção

Observamos que a proposição resultante da disjunção inclusiva só será falsa quando


as proposições simples individuais forem falsas.

Disjunção Exclusiva: Vimos que a estrutura da disjunção exclusiva é “ou p, ou q”

Ex: Ou irei jogar basquete ou irei à casa de João

Montando a tabela verdade teremos


Disjunção Exclusiva: p v q (ou p ou q)

P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F

 P: Irei Jogar Basquete


 Q: Irei à casa de João

Observe a diferença entre a disjunção inclusiva e exclusiva! Como o próprio nome diz
“exclusiva” a proposição resultante da disjunção exclusiva só será “V” se uma das
partes for “F” e a outra “V” (independentemente da ordem) não podendo acontecer “V”
nos dois casos, caso aconteça a proposição resultante desta operação será falsa.

Condicional; vimos que a estrutura condicional se refere a “Se p então q”.

Ex: Se nasci em Salvador, então sou baiano.


 P: Nasci em salvador
 Q: Sou Baiano

Nesta estrutura vale destacar os termos suficiente e necessário

Observe que:

Se nasci em Salvador suficientemente sou baiano,


Agora, se sou baiano necessariamente nasci em Salvador

Regra: O que esta a esquerda da seta é sempre condição suficiente e o que está à direita
é sempre condição necessária. (p → q).

Tabela Verdade da estrutura condicional.


Condicional: p → q (Se... então)

P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V

Observe que a condicional só será falsa se a antecedente (lado esquerdo da seta) for
verdadeiro e a consequente (lado direito) da seta for falso.

Bicondicional: É a estrutura formada por duas condicionais... “p se e somente se q”.

Observe que;
Ex:

4 é maior que 2 se e somente se 2 for menor que 4.

 P: 4 é maior que 2
 Q: 2 é menor que 4

Temos que a Bicondicional é equivalente á:

 P → Q (Se 4 é maior que 2, então 2 é menor que 4)


 Q → P (Se 2 é menor que 4, então 4 é maior que 2)

A Bicondicional expressa uma condição suficiente e necessária.

4 ser maior que 2 é condição suficiente e necessária para 2 ser menor do que 4.
Tabela Verdade

Bicondicional: p ↔ q (p se e somente se q)

P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V

A proposição resultante da bicondicional só será falsa se as proposições individuais


possuírem valoração diferente.

Negação: ¬p
P: O Brasil é um País pertencente a América do Sul.
¬P: O Brasil não é um País pertencente a América do Sul
Q: X é Par
¬Q: X não é par

As tabelas verdades são apenas um meio de saber a valoração das proposições


consideradas, não há a necessidade de serem decoradas, uma vez que são fáceis de
serem entendidas. Porém existem pessoas que acham mais fácil decorá-las, enfim vai do
pensamento de cada um.

Vejamos um exemplo da Conjunção “E”

Analisemos a sentença como uma promessa

“Irei a Argentina E irei ao Chile “

O que se espera dessa proposição (promessa)?

Que o indivíduo vá para a argentina e também para o Chile (V e V= V) Promessa “V”


válida

Agora;

 Suponhamos que ele só vá a Argentina e não vá aí Chile (V e F = F) Promessa


“F” furada
 Suponhamos que ele não vá a Argentina e somente vai ao Chile (F e V = F)
Promessa descumprida, “F” furada
 Suponhamos que ela não vá a Argentina nem ao Chile (F e F =F) Promessa “F”
furada
 Vemos o que torna a proposição verdadeira no caso da conjunção é que ambas
as partes sejam “V”.
Lógica Proposicional
Álgebra das proposições, também conhecida por lógica proposicional é um tema
muito cobrado especialmente em concursos públicos e também em alguns cursos de
graduação, mais precisamente de engenharia e computação. Mas afinal, o que nos
remete o estudo da Álgebra das proposições?

Assim como na matemática básica estudamos operações algébricas com números reais e
complexos, na álgebra das proposições estudaremos operações envolvendo proposições.

O que é uma Proposição?


Proposição: É uma sentença declarativa, seja ela expressa de forma afirmativa ou
negativa, na qual podemos atribuir um valor lógico “V” (verdadeiro) ou “F” (falso).
Uma proposição também pode ser expressa por símbolos. Vejamos alguns exemplos:

Brasília é a capital do Brasil – É uma sentença declarativa expressa de forma afirmativa.


Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira seu valor lógico é “V”.

A argentina não é um país pertencente ao continente Africano – É uma sentença


declarativa expressa na forma negativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a
sentença é verdadeira, seu valor lógico é “V”.

Todos os homens são mortais – É uma sentença declarativa expressa na forma


afirmativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira, seu valor
lógico é “V”

10 é um número par positivo – É uma sentença declarativa expressa na forma


afirmativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira, seu valor
lógico é “V”

7+5 = 10 – É uma sentença declarativa expressa na forma afirmativa. Podemos atribuir


um valor lógico, como a sentença é falsa, seu valor lógico é “F”.

x -2=5 – Não é uma proposição, pois não sabemos o valor da variável “x”, ou melhor,
não podemos atribuir um valor lógico “V” ou “F”. Porém para “torná-la” proposição
bastaremos usar os chamados quantificadores.

Vejamos;

Para todo x, x pertencente aos Z (números inteiros) , x-2=5. É uma proposição pois
agora podemos atribuir-lhe um valor lógico, porém sabemos ser falsa uma vez que
apenas o número “7” torna a sentença verdadeira.

Agora que sabemos o que são proposições, automaticamente as sentenças que não são
proposições são;
 Sentenças Interrogativas: Ex; “Como você se chama”?
 Sentenças Imperativas: Ex “Venha aqui rápido.”
 Sentenças Exclamativas: Ex; “Opa!”
 Poemas
 Sentenças abertas: Como já fora dito; Ex; “x <7”

Passaremos agora para o estudo dos princípios que regem as Proposições:

1. Princípio da Identidade: Uma proposição Verdadeira é Verdadeira, e uma


proposição Falsa é Falsa
2. Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição ou é verdadeira ou falsa não
existindo uma terceira possibilidade.
3. Princípio da Não-Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e
falsa simultaneamente.

Representação das proposições: As proposições são representadas por letras minúsculas.


Geralmente “p”, “q”, “r” e “s”.

Vejamos: “Brasília é a capital do Brasil”, pode ser representada por “q”, e seu valor
lógico por; Val (q)= V

Negação de Proposições Compostas


Após um prévio conhecimento sobre as definições de proposições (conectivos
lógicos, tabela verdade, negação de uma proposição simples) podemos iniciar o estudo
sobre “negação de proposições compostas”, mas antes iremos definir o que é
equivalência lógica.

Equivalência lógica
São proposições que apresentam a mesma tabela verdade, ou seja, são proposições que
expressas de um modo diferente possuem o mesmo valor lógico.

Ex:

Se Brasília é a Capital do Brasil então Santiago é a Capital do Chile (p → q)

Se Santiago não é a capital do Chile então Brasília não é a Capital do Brasil. (¬q → ¬p)

Vejamos as tabelas verdade de ambas às proposições compostas:

Condicional: p → q

P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Condicional: ¬q → ¬p

¬Q ¬P ¬Q → ¬P
F F V
V F F
F V V
V V V

Podemos verificar que as duas proposições possuem a mesma tabela verdade


(valoração), portanto são equivalentes.

P → Q <=> ¬Q → ¬P (Representação da “equivalência lógica”)

Agora passemos para negação das proposições compostas

Negação da operação da Conjunção. “p e q”


¬ (P ^ Q) <=> ¬P v ¬Q

Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “E”, basta
negarmos ambas as proposições individuais(simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo
conectivo “ou”. Ou seja, transformaremos uma conjunção em uma disjunção. Vejamos;

Ex: “Pedro é Mineiro e João é Capixaba”.

 P= Pedro é Mineiro
 Q= João é Capixaba

Negando-a, temos;

Pedro não é mineiro ou João não é capixaba.

Pela tabela verdade podemos” confirmar” a negação da proposição.

P Q P^Q ¬ (P ^ Q) ¬P ¬Q ¬P v ¬Q
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V
Negação da operação da Disjunção Inclusiva. “p ou q”

P v Q <=> ¬P ^ ¬Q (Lei de Morgan)

Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “OU”,
basta negarmos ambas as proposições individuais(simples) e trocarmos o
conectivo “ou” pelo conectivo “e”. Ou seja, “transformaremos” uma disjunção inclusiva
em uma conjunção. Vejamos;

“Augusto é feio ou Maria é Bonita”.

 P= Augusto é feio
 Q= Maria é bonita

Negando-a, temos;

“Augusto não é feio e Maria não é bonita”.

Pela tabela verdade podemos” confirmar” a negação da proposição.

P Q PvQ ¬ (P v Q) ¬P ¬Q ¬P ^ ¬Q
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V
Negação da operação da Disjunção Exclusiva. “ou p ou q”

¬ (P v Q) <=> P ↔ Q

Para negarmos uma proposição com a estrutura de uma disjunção exclusiva, transformá-
la-emos em uma estrutura bicondicional. Vejamos;

“Ou João é rico ou Pedro é Bonito”.

 P= João é rico
 Q= Pedro é Bonito

Negando-a temos;

“João é rico se e somente se Pedro é bonito”

Pela tabela verdade podemos” confirmar” a negação da proposição

P Q PvQ ¬ (P v Q) P↔Q
V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V
Obviamente podemos perceber que a negação de uma estrutura bicondicional é também
a disjunção exclusiva

Negação da operação da condicional (ou implicação).

¬ (p → q) <=> p^ ¬q

Para negarmos uma proposição condicional, repete-se a primeira parte troca-se o


conectivo por “e” e nega-se a segunda parte. Vejamos

Ex: Se sou inteligente então passarei de ano.

 P= Sou inteligente
 Q= Passarei de ano

Negando-a, temos;

“Sou inteligente e não passarei de ano”

Pela tabela verdade podemos” confirmar” a negação da proposição.

P Q P→Q ¬ (P → Q) ¬Q P ^ ¬Q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F

Classificação de Proposições lógicas


As proposições lógicas podem ser classificadas em dois tipos:

 Proposição simples - São representadas de forma única. Ex: O cachorro é um


mamífero
 Proposição composta - São formadas por um conjunto de proposições simples,
(duas ou mais proposições simples ligadas por “conectivos lógicos”).

Ex: Brasília é a capital do Brasil ou Lima é a capital do Peru.

Podemos ver que atribuir um valor lógico para uma proposição simples é fácil, mas e
para uma proposição composta como faremos isso?

Utilizaremos um recurso chamado de tabelas verdade.

As tabelas verdade são usadas para representar todos os valores lógicos possíveis de
uma proposição. Voltemos ao exemplo anterior.

Brasília é a capital do Brasil”, pode ser representada por “p”. Representando –a na


tabela verdade, temos:
p
V
F

Sabendo que uma tabela verdade é a representação de todas as possibilidades lógicas de


uma proposição, agora vamos estudar os conectivos lógicos que ligam as proposições
compostas para sim podermos analisar os valores lógicos de uma proposição composta.

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