Você está na página 1de 19

Exercícios de exame de filosofia

1. Considere o argumento seguinte.

Se o Manuel perder o último comboio do dia, então dorme em casa de amigos.

Logo, o Manuel dorme em casa de amigos.

Utilizando uma das regras de inferência estudadas e, em conformidade com essa regra, introduzindo
uma segunda premissa, o argumento anterior torna-se válido. Escreva a premissa que torna o
argumento válido e a regra de inferência usada.

2. Utilize o dicionário seguinte para formalizar as quatro frases apresentadas.

Dicionário

P: Stuart Mill é liberal.

Q: Stuart Mill é socialista.

I) Stuart Mill não é liberal.

II) Stuart Mill é liberal ou socialista.

III) Se Stuart Mill é liberal, então não é socialista.

IV) É falso que Stuart Mill seja liberal e socialista.

3. Atente na afirmação seguinte.

Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas, apesar de ter nascido em Estagira.

Para formalizar a proposição expressa pela afirmação anterior, o dicionário correto é

(A) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Aristóteles nasceu em


Estagira.

(B) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Ter nascido em Estagira.

(C) P: Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas; Q: Aristóteles nasceu em Estagira.

(D) P: Aristóteles viveu em Atenas e trabalhou em Atenas; Q: Apesar de ter nascido em Estagira.

4. Nos argumentos que são válidos, mas que não são sólidos,

(A) a conclusão não se segue das premissas.

(B) as premissas são contraditórias.

(C) pelo menos uma das premissas é falsa.

(D) a conclusão tem de ser falsa.

5. Qual das seguintes formas proposicionais representará uma proposição falsa, caso tanto P como
Q representem proposições verdadeiras?

(A) ¬ P ˅ Q
(B) ¬ P ↔ ¬ Q

(C) P → ¬ Q

(D) ¬ (¬ P ˄ ¬ Q)

6. Atente no argumento seguinte.

Se a alma for eterna, vale a pena sermos bons. Ora, a alma não é eterna. Portanto, não vale a pena
sermos bons.

O argumento anterior é um caso

(A) de inferência por modus ponens.

(B) de inferência por modus tollens.

(C) da falácia da negação da antecedente.

(D) da falácia da negação da consequente.

7. Considere as condicionais seguintes.

1. Adília Lopes é poetisa se escreve rimas e quadras.

2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.

A proposição de que Adília Lopes escreve rimas e quadras

(A) é a consequente nas duas condicionais apresentadas.

(B) é a antecedente nas duas condicionais apresentadas.

(C) é a antecedente na condicional 1 e é a consequente na condicional 2.

(D) é a consequente na condicional 1 e é a antecedente na condicional 2.

8.

Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma seria

(A) inválido, pois existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.

(B) inválido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem falsas.
(C) válido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem verdadeiras.

(D) válido, pois não existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.

9. O Carlos encontrou a Diana numa esplanada sobre o rio Guadiana. A Diana disse-lhe: ‒ Gosto de
rios, mas também gosto de lagos rodeados de montanhas. O Carlos acrescentou: ‒ Nesse caso,
gostas de alguns lagos suíços, pois na Suíça há lagos rodeados de montanhas.

Qual dos dois tipos de argumentos – dedutivo ou não dedutivo – usou o Carlos para concluir que a
Diana gosta de alguns lagos suíços? Justifique.

10. Leia o diálogo seguinte.

Laura – Quem não se interessa por matemática nem física não deveria ter acesso a tecnologias que
dependem da matemática e da física, como os computadores e os telemóveis.

João – Porquê, Laura?

Laura – Porque quem não reconhece o valor da matemática e da física não merece beneficiar dos
resultados do conhecimento produzido por matemáticos e físicos.

João – Esse teu argumento parece-me fraco. Se aceitássemos a razão que deste para retirar
computadores e telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física, também teríamos
de retirar o acesso a tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia ou química.

O João apresenta

(A) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar computadores e
telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física.

(B) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar computadores e telemóveis a
quem não se interessa por matemática nem física.

(C) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar o acesso a
tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia nem química.

(D) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar o acesso a tratamentos
médicos a quem não se interessa por biologia nem química.

11. «Não me venha dizer que a sua opinião sobre os direitos dos animais é a palavra final sobre a
questão que estamos a debater. E, por favor, não invoque sondagens de opinião, uma doutrina
religiosa ou um partido político para encerrar o debate. Já o filósofo Robert Nozick afirmou que
nenhuma opinião pode ter a pretensão de ser a palavra final num debate.»

Quem se opusesse deste modo à apresentação de uma opinião definitiva sobre os direitos dos
animais recorreria a

(A) uma generalização.

(B) um apelo à ignorância.

(C) uma derrapagem.

(D) um argumento de autoridade.

12. Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar à
conclusão.
Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de Plutão, e
orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.

13. Considere as frases seguintes.

Se a Maria é ecologista, então prefere comprar um automóvel elétrico. A Maria prefere comprar um
automóvel elétrico.

Suponha que estas frases são as premissas de um argumento. Será possível, a partir das premissas
dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista? Justifique.

14. Considere o argumento seguinte.

O Pedro está a chegar ao parque onde habitualmente o seu cão corre. Por isso, vai tirar-lhe a trela.

Selecione a premissa que, sendo introduzida no argumento, lhe confere a maior força indutiva.

(A) Sempre que o Pedro tira a trela ao cão, este corre livremente no parque.

(B) Sempre que os donos dos cães chegaram aos parques onde os cães podem correr, tiraram-lhes a
trela.

(C) Da última vez que levou o cão ao parque, o Pedro tirou-lhe a trela quando estavam a chegar.

(D) Muitas vezes, os donos de cães tiram-lhes a trela quando estão a chegar aos parques onde os
deixam correr.

15. Considere o seguinte caso.

Nos anos 50, o psicólogo Harry Harlow isolou macacos bebés em jaulas por períodos prolongados,
assegurando-se de que eram alimentados, mas privando-os de qualquer contacto, designadamente
com as mães. Observou que a ausência de contacto nos primeiros meses de vida produzia
perturbações psicológicas permanentes nos macacos. E concluiu que o contacto corporal e o
conforto dele decorrente eram fundamentais para o desenvolvimento equilibrado dos bebés
humanos.

A conclusão alcançada resulta de um argumento

(A) por analogia, pois é baseada na semelhança da relação entre bebés e mães, nos macacos e nos
humanos.

(B) de autoridade, pois as experiências foram conduzidas por um especialista na área da psicologia
do desenvolvimento.

(C) por analogia, pois decorre da observação de diversos macacos bebés colocados em condições
semelhantes.

(D) de autoridade, pois é baseada em experiências com macacos que não são permitidas com bebés
humanos.

16. Formalize o argumento seguinte, começando por apresentar o dicionário.

Não é verdade que a Luísa tenha estudado turismo e teatro. Por conseguinte, a Luísa estudou
turismo ou teatro.

17. Que proposição se pode inferir validamente das duas proposições seguintes, usando uma das
regras de inferência estudadas?
Aristides de Sousa Mendes desprezava a sua vida ou era altruísta.

É falso que Aristides de Sousa Mendes desprezasse a sua vida.

18. A tradução de «Platão é filósofo e grego» é P ˄ Q, em que P é «Platão é filósofo» e Q é «Platão


é grego». Recorrendo ao dicionário apresentado, traduza as proposições seguintes:

a) Caso Platão seja filósofo, é grego.

b) Platão é filósofo ou não é grego.

19. Considere que a proposição seguinte é a conclusão de uma inferência com uma única
premissa.

Se Joana Schenker é campeã mundial de bodyboard, então treina intensamente.

Escreva a premissa que, mediante a aplicação de uma das formas de inferência válida estudadas,
permite obter a conclusão apresentada. Na sua resposta, identifique a forma de inferência válida
aplicada.

20. No texto seguinte, encontra-se um argumento que tem uma das formas lógicas válidas
estudadas.

Tomé da Fonseca, um velho general reformado, revive com frequência a atividade militar. À sua
maneira, foi desde a infância uma pessoa sociável e enérgica, e o universo militar sempre lhe deu
muito prazer. Ora, o velho general não revive com frequência a atividade militar se não jogar muitas
vezes jogos de estratégia. Portanto, Tomé da Fonseca joga muitas vezes jogos de estratégia.
Formalize o argumento que se encontra no texto, indicando o dicionário utilizado.

21.Considere o argumento seguinte.

O direito à vida implica o direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis. Assim, numa sociedade justa, se todos têm igual direito à vida, então todos têm
igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis. Por
conseguinte, numa sociedade justa, não é aceitável que o acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis dependa do poder económico dos indivíduos ou das suas famílias. Em contrapartida,
numa sociedade injusta, impera literalmente o princípio do «salve-se quem puder».

A conclusão do argumento anterior é

(A) o acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis não deve depender do poder económico
dos indivíduos ou das suas famílias.

(B) numa sociedade injusta, apenas se salva quem pode pagar o acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.

(C) todos temos igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis.

(D) não ter direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis
é o mesmo que não ter direito à vida.

22.
23. A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que

(A) se algo exprime sentimentos, então é arte.

(B) a acrobacia nunca poderá exprimir sentimentos.

(C) a acrobacia é uma arte, mas não exprime sentimentos.

(D) é falso que a acrobacia seja uma arte

24. Considere o caso seguinte.

A Vanessa e a Mariana são amigas. Gostam dos mesmos jogos e da mesma música. Usam o cabelo
da mesma maneira e vestem o mesmo tipo de roupa. A Vanessa recebeu de prenda uma guitarra
elétrica e adorou. Pouco tempo depois, o pai da Mariana decidiu oferecer à filha uma guitarra
elétrica. Construa o argumento por analogia que justificou a decisão do pai da Mariana.

25. Leia o texto seguinte.

Ontem, em Roma, Adam Nordwell, o chefe índio da tribo Chippewa, protagonizou uma reviravolta
interessante. Ao descer do avião, proveniente da Califórnia, vestido com todo o esplendor tribal,
Nordwell anunciou, em nome do povo índio americano, que tomava posse da Itália «por direito de
descoberta», tal como Cristóvão Colombo fizera quando chegara à América. «Proclamo este o dia da
descoberta da Itália», disse Nordwell. «Que direito tinha Colombo de descobrir a América, quando
esta já era habitada pelo seu povo há milhares de anos? O mesmo direito tenho eu agora de vir à
Itália proclamar a descoberta do vosso país.» In A. Weston, A Arte de Argumentar, Lisboa, Gradiva,
1996, p. 44 No texto anterior, Adam Nordwell argumenta contra o direito de Cristóvão Colombo a
proclamar a descoberta da América.

De que tipo é o argumento apresentado por Adam Nordwell? Justifique.

26. Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los. Por isso, os
lugares de estacionamento devem passar a ser maiores. É um facto que precisamos de cidades
com mais espaços verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as pessoas não
terem onde deixar os seus carros.

A conclusão deste argumento é

(A) «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»

(B) «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los.»

(C) «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»

(D) «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área de estacionamento.»
27. «Alguns cozinheiros premiados são portugueses. Logo, alguns portugueses são cozinheiros
premiados.»

Para determinar a validade do argumento anterior,

(A) apenas é preciso apurar se a conclusão e a premissa são verdades conhecidas.

(B) apenas é preciso verificar se a conclusão pode ser falsa, caso a premissa seja verdadeira.

(C) é preciso saber se há cozinheiros premiados que sejam também portugueses.

(D) é preciso conhecer, pelo menos, um português que seja um cozinheiro premiado.

28. Considere o argumento seguinte.

«Alguns futebolistas ganham muito dinheiro. Outros, porém, ganham pouco. No entanto, o futebol é
um desporto bastante igualitário. Se o compararmos com a natação, o basquetebol ou o râguebi,
percebemos porquê. Qualquer um pode jogar futebol, mas, para jogar basquetebol ou râguebi,
poucos atletas são suficientemente altos ou musculosos. E pode-se jogar futebol em qualquer lugar,
desde que alguém tenha uma bola, ao passo que a natação exige instalações desportivas muito
dispendiosas. Na verdade, só um grande investimento permite dispor de uma piscina.»

A conclusão do argumento é

(A) «só um grande investimento permite dispor de uma piscina».

(B) «alguns futebolistas ganham muito dinheiro».

(C) «pode-se jogar futebol em qualquer lugar».

(D) «o futebol é um desporto bastante igualitário».

29. Admitindo que um argumento indutivo tem como conclusão bastante provável que o próximo
desfile de Carnaval em Torres Vedras será animado, a premissa desse argumento seria

(A) os desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram sempre animados.

(B) todos os desfiles de Carnaval em Torres Vedras serão animados.

(C) alguns desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram animados.

(D) talvez os desfiles de Carnaval em Torres Vedras sejam animados.

30. Num bom argumento indutivo,

(A) as premissas são verdadeiras e a conclusão não pode ser falsa.

(B) as premissas são verdadeiras e é improvável que a conclusão seja falsa.

(C) as premissas não têm de ser verdadeiras, bastando que sejam prováveis.

(D) uma das premissas, pelo menos, tem de ser verdadeira.

31. Identifique o argumento de autoridade.

(A) É hoje bastante claro para os investigadores que os testes clínicos causam mais sofrimento aos
macacos do que aos ratos. Por isso, é pior fazer testes clínicos em macacos do que em ratos.
(B) Apesar de a ciência e a religião serem muito diferentes, há uma característica que as aproxima,
pois, como Einstein afirmou, tanto a ciência como a religião aspiram à verdade e à compreensão do
Universo.

(C) Do mesmo modo que não sabemos definir bem-estar, também não sabemos definir saúde. Mas
todos reconhecemos que a saúde é indispensável. Daqui se infere que também o bem-estar é
indispensável.

(D) Nas questões sociais, devemos ouvir a maioria; ora, a maioria pensa que, por razões ambientais,
é importante usar transportes públicos nos grandes centros urbanos. Segue-se daí que todos
devemos pensar o mesmo.

32. «Segundo a UNICEF, devido à epidemia de ébola que, em 2014, atingiu o continente africano,
4000 crianças perderam ambos os pais e 13 000 crianças perderam um dos pais. Portanto, a
epidemia de ébola causou 17 000 órfãos em África.»

O argumento anterior é

(A) uma indução a partir de uma amostra representativa.

(B) uma indução a partir de um número insuficiente de casos.

(C) um bom argumento de autoridade.

(D) um mau argumento de autoridade.

33. Um argumento é dedutivamente válido quando

(A) é provável que as premissas ou a conclusão sejam verdadeiras.

(B) as premissas são verdadeiras e a conclusão também é verdadeira.

(C) é impossível que a conclusão seja falsa e as premissas verdadeiras.

(D) a conclusão é verdadeira, mesmo que as premissas sejam falsas.

34. Identifique o argumento por analogia.

(A) Se uma maçã apodrece, tem de ser retirada da cesta, para não contaminar as outras. Do mesmo
modo, é preciso retirar da sociedade quem comete um crime.

(B) Todas as pessoas têm direito à segurança. Ora, apesar dos crimes que cometeram, os criminosos
são pessoas e, nessa medida, também têm direito à segurança.

(C) Os criminosos devem ser castigados segundo a regra «olho por olho, dente por dente», pois essa
é uma regra muito antiga e as regras antigas são as melhores.

(D) Países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, mantêm a pena de morte, e isso
significa que a pena de morte não é contrária ao desenvolvimento.

35. «Sir Peter Medawar, que recebeu o Prémio Nobel da Medicina pelas suas importantes
descobertas no campo da imunologia, apoiou a perspetiva de Popper sobre a ciência. Logo, a
perspetiva de Popper sobre a ciência é verdadeira.»

O argumento anterior constitui

(A) um bom argumento de autoridade.


(B) um mau argumento de autoridade.

(C) uma generalização precipitada.

(D) uma generalização fundamentada.

36. «Os tubarões vivem no mar, como as sardinhas. Ora, as sardinhas são peixes. Portanto, os
tubarões também são peixes.»

Quem apresenta este argumento está a recorrer a

(A) um mau argumento por analogia.

(B) um bom argumento por analogia.

(C) uma má generalização.

(D) uma boa generalização.

37. Num argumento indutivamente forte, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem

(A) uma grande probabilidade de ser verdadeira.

(B) a garantia de ser verdadeira.

(C) de ser uma verdade completamente evidente.

(D) de ser aceite como verdadeira.

38. Relativamente aos argumentos indutivamente fortes, é correto afirmar que

(A) a conclusão é verdadeira sempre que as premissas são verdadeiras.

(B) a verdade das premissas torna improvável a falsidade da conclusão.

(C) a verdade das premissas nunca dá credibilidade à conclusão.

(D) a falsidade da conclusão é incompatível com a verdade das premissas.

Respostas

1.

Identificação da premissa e da regra de inferência usada: ‒ (premissa) O Manuel perde o último


comboio do dia; ‒ (regra de inferência) Modus ponens.

2.

Formalização das frases apresentadas:


I) ¬P

II) P ˅ Q

III) P → ¬Q

IV) ¬ (P ˄ Q)

3. Atente na afirmação seguinte.

Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas, apesar de ter nascido em Estagira.

Para formalizar a proposição expressa pela afirmação anterior, o dicionário correto é

(A) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Aristóteles nasceu em


Estagira.

(B) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Ter nascido em Estagira.

(C) P: Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas; Q: Aristóteles nasceu em Estagira.

(D) P: Aristóteles viveu em Atenas e trabalhou em Atenas; Q: Apesar de ter nascido em Estagira.

4. Nos argumentos que são válidos, mas que não são sólidos,

(A) a conclusão não se segue das premissas.

(B) as premissas são contraditórias.

(C) pelo menos uma das premissas é falsa.

(D) a conclusão tem de ser falsa.

5. Qual das seguintes formas proposicionais representará uma proposição falsa, caso tanto P como
Q representem proposições verdadeiras?

(A) ¬ P ˅ Q

(B) ¬ P ↔ ¬ Q

(C) P → ¬ Q

(D) ¬ (¬ P ˄ ¬ Q)

6. Atente no argumento seguinte.

Se a alma for eterna, vale a pena sermos bons. Ora, a alma não é eterna. Portanto, não vale a pena
sermos bons.

O argumento anterior é um caso

(A) de inferência por modus ponens.

(B) de inferência por modus tollens.

(C) da falácia da negação da antecedente.

(D) da falácia da negação da consequente.

7. Considere as condicionais seguintes.


1. Adília Lopes é poetisa se escreve rimas e quadras.

2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.

A proposição de que Adília Lopes escreve rimas e quadras

(A) é a consequente nas duas condicionais apresentadas.

(B) é a antecedente nas duas condicionais apresentadas.

(C) é a antecedente na condicional 1 e é a consequente na condicional 2.

(D) é a consequente na condicional 1 e é a antecedente na condicional 2.

8.

Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma seria

(A) inválido, pois existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.

(B) inválido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem falsas.

(C) válido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem verdadeiras.

(D) válido, pois não existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.

9. O Carlos encontrou a Diana numa esplanada sobre o rio Guadiana. A Diana disse-lhe: ‒ Gosto de
rios, mas também gosto de lagos rodeados de montanhas. O Carlos acrescentou: ‒ Nesse caso,
gostas de alguns lagos suíços, pois na Suíça há lagos rodeados de montanhas.

Qual dos dois tipos de argumentos – dedutivo ou não dedutivo – usou o Carlos para concluir que a
Diana gosta de alguns lagos suíços? Justifique.

Indicação do tipo de argumento que o Carlos usou para concluir que a Diana gosta de alguns lagos
suíços: ‒ (argumento) dedutivo.

Justificação: ‒ num argumento dedutivo/dedutivamente válido, a conclusão é uma consequência


lógica das premissas / é impossível a conclusão ser falsa caso as premissas sejam todas
verdadeiras; ‒ se for verdade que na Suíça há lagos rodeados de montanhas e que a Diana gosta
de lagos rodeados de montanhas, então tem de ser verdade que a Diana gosta de alguns lagos
suíços.
10. Leia o diálogo seguinte.

Laura – Quem não se interessa por matemática nem física não deveria ter acesso a tecnologias que
dependem da matemática e da física, como os computadores e os telemóveis.

João – Porquê, Laura?

Laura – Porque quem não reconhece o valor da matemática e da física não merece beneficiar dos
resultados do conhecimento produzido por matemáticos e físicos.

João – Esse teu argumento parece-me fraco. Se aceitássemos a razão que deste para retirar
computadores e telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física, também teríamos
de retirar o acesso a tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia ou química.

O João apresenta

(A) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar computadores e
telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física.

(B) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar computadores e telemóveis a
quem não se interessa por matemática nem física.

(C) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar o acesso a
tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia nem química.

(D) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar o acesso a tratamentos
médicos a quem não se interessa por biologia nem química.

11. «Não me venha dizer que a sua opinião sobre os direitos dos animais é a palavra final sobre a
questão que estamos a debater. E, por favor, não invoque sondagens de opinião, uma doutrina
religiosa ou um partido político para encerrar o debate. Já o filósofo Robert Nozick afirmou que
nenhuma opinião pode ter a pretensão de ser a palavra final num debate.»

Quem se opusesse deste modo à apresentação de uma opinião definitiva sobre os direitos dos
animais recorreria a

(A) uma generalização.

(B) um apelo à ignorância.

(C) uma derrapagem.

(D) um argumento de autoridade.

12. Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar à
conclusão.

Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de Plutão, e
orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.

Identificação da conclusão do argumento e da regra de inferência utilizada: ‒ (Conclusão) Caronte


não é um satélite natural de Plutão; ‒ (Regra de inferência válida) Modus tollens.

13. Considere as frases seguintes.

Se a Maria é ecologista, então prefere comprar um automóvel elétrico. A Maria prefere comprar um
automóvel elétrico.
Suponha que estas frases são as premissas de um argumento. Será possível, a partir das premissas
dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista? Justifique.

Indicação da impossibilidade de, a partir das premissas dadas, inferir validamente a conclusão
dada: ‒ (a partir das premissas dadas) não é possível (inferir validamente que a Maria é
ecologista). Justificação:

‒ a verdade das duas premissas (uma condicional e a afirmação da consequente dessa condicional)
não assegura/implica que a Maria seja ecologista (nem que o não seja) OU nas premissas são
dadas uma condicional e a afirmação da consequente dessa condicional, das quais não se segue a
afirmação da antecedente OU pretender inferir que a Maria é ecologista seria incorrer na falácia
da afirmação da consequente

14. Considere o argumento seguinte.

O Pedro está a chegar ao parque onde habitualmente o seu cão corre. Por isso, vai tirar-lhe a trela.

Selecione a premissa que, sendo introduzida no argumento, lhe confere a maior força indutiva.

(A) Sempre que o Pedro tira a trela ao cão, este corre livremente no parque.

(B) Sempre que os donos dos cães chegaram aos parques onde os cães podem correr, tiraram-lhes
a trela.

(C) Da última vez que levou o cão ao parque, o Pedro tirou-lhe a trela quando estavam a chegar.

(D) Muitas vezes, os donos de cães tiram-lhes a trela quando estão a chegar aos parques onde os
deixam correr.

15. Considere o seguinte caso.

Nos anos 50, o psicólogo Harry Harlow isolou macacos bebés em jaulas por períodos prolongados,
assegurando-se de que eram alimentados, mas privando-os de qualquer contacto, designadamente
com as mães. Observou que a ausência de contacto nos primeiros meses de vida produzia
perturbações psicológicas permanentes nos macacos. E concluiu que o contacto corporal e o
conforto dele decorrente eram fundamentais para o desenvolvimento equilibrado dos bebés
humanos.

A conclusão alcançada resulta de um argumento

(A) por analogia, pois é baseada na semelhança da relação entre bebés e mães, nos macacos e nos
humanos.

(B) de autoridade, pois as experiências foram conduzidas por um especialista na área da psicologia
do desenvolvimento.

(C) por analogia, pois decorre da observação de diversos macacos bebés colocados em condições
semelhantes.

(D) de autoridade, pois é baseada em experiências com macacos que não são permitidas com bebés
humanos.

16. Formalize o argumento seguinte, começando por apresentar o dicionário.

Não é verdade que a Luísa tenha estudado turismo e teatro. Por conseguinte, a Luísa estudou
turismo ou teatro.
Dicionário:

P: A Luísa estudou turismo.

Q: A Luísa estudou teatro.

Formalização: ¬ (P ˄ Q) ∴ P ˅ Q

17. Que proposição se pode inferir validamente das duas proposições seguintes, usando uma das
regras de inferência estudadas?

Aristides de Sousa Mendes desprezava a sua vida ou era altruísta.

É falso que Aristides de Sousa Mendes desprezasse a sua vida.

Apresentação da proposição solicitada: ‒ Aristides de Sousa Mendes era altruísta.

18. A tradução de «Platão é filósofo e grego» é P ˄ Q, em que P é «Platão é filósofo» e Q é «Platão


é grego». Recorrendo ao dicionário apresentado, traduza as proposições seguintes:

a) Caso Platão seja filósofo, é grego.

b) Platão é filósofo ou não é grego.

19. Considere que a proposição seguinte é a conclusão de uma inferência com uma única
premissa.

Se Joana Schenker é campeã mundial de bodyboard, então treina intensamente.

Escreva a premissa que, mediante a aplicação de uma das formas de inferência válida estudadas,
permite obter a conclusão apresentada. Na sua resposta, identifique a forma de inferência válida
aplicada.

Apresentação da premissa que permite obter a conclusão dada: ‒ Se Joana Schenker não treina
intensamente, então não é campeã mundial de bodyboard.

Identificação da forma de inferência válida aplicada: ‒ Contraposição.

20. No texto seguinte, encontra-se um argumento que tem uma das formas lógicas válidas
estudadas.

Tomé da Fonseca, um velho general reformado, revive com frequência a atividade militar. À sua
maneira, foi desde a infância uma pessoa sociável e enérgica, e o universo militar sempre lhe deu
muito prazer. Ora, o velho general não revive com frequência a atividade militar se não jogar muitas
vezes jogos de estratégia. Portanto, Tomé da Fonseca joga muitas vezes jogos de estratégia.
Formalize o argumento que se encontra no texto, indicando o dicionário utilizado.
21.Considere o argumento seguinte.

O direito à vida implica o direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis. Assim, numa sociedade justa, se todos têm igual direito à vida, então todos têm
igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis. Por
conseguinte, numa sociedade justa, não é aceitável que o acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis dependa do poder económico dos indivíduos ou das suas famílias. Em contrapartida,
numa sociedade injusta, impera literalmente o princípio do «salve-se quem puder».

A conclusão do argumento anterior é

(A) o acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis não deve depender do poder económico
dos indivíduos ou das suas famílias.

(B) numa sociedade injusta, apenas se salva quem pode pagar o acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.

(C) todos temos igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis.

(D) não ter direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis
é o mesmo que não ter direito à vida.

22.

Opção C

23. A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que

(A) se algo exprime sentimentos, então é arte.

(B) a acrobacia nunca poderá exprimir sentimentos.

(C) a acrobacia é uma arte, mas não exprime sentimentos.

(D) é falso que a acrobacia seja uma arte

24. Considere o caso seguinte.


A Vanessa e a Mariana são amigas. Gostam dos mesmos jogos e da mesma música. Usam o cabelo
da mesma maneira e vestem o mesmo tipo de roupa. A Vanessa recebeu de prenda uma guitarra
elétrica e adorou. Pouco tempo depois, o pai da Mariana decidiu oferecer à filha uma guitarra
elétrica. Construa o argumento por analogia que justificou a decisão do pai da Mariana.

Construção do argumento por analogia solicitado: A Vanessa tem gostos semelhantes aos da
Mariana. A Vanessa gostou de receber uma guitarra elétrica. Logo, a Mariana gostará de receber
uma guitarra elétrica.

25. Leia o texto seguinte.

Ontem, em Roma, Adam Nordwell, o chefe índio da tribo Chippewa, protagonizou uma reviravolta
interessante. Ao descer do avião, proveniente da Califórnia, vestido com todo o esplendor tribal,
Nordwell anunciou, em nome do povo índio americano, que tomava posse da Itália «por direito de
descoberta», tal como Cristóvão Colombo fizera quando chegara à América. «Proclamo este o dia da
descoberta da Itália», disse Nordwell. «Que direito tinha Colombo de descobrir a América, quando
esta já era habitada pelo seu povo há milhares de anos? O mesmo direito tenho eu agora de vir à
Itália proclamar a descoberta do vosso país.» In A. Weston, A Arte de Argumentar, Lisboa, Gradiva,
1996, p. 44 No texto anterior, Adam Nordwell argumenta contra o direito de Cristóvão Colombo a
proclamar a descoberta da América.

De que tipo é o argumento apresentado por Adam Nordwell? Justifique.

Identificação do argumento: ‒ argumento por analogia.

Justificação: ‒ Adam Nordwell compara a chegada de Cristóvão Colombo à América com a sua
chegada à Itália, considerando que, se Colombo descobriu a América por ter sido o primeiro
europeu a chegar lá, de modo semelhante ele próprio teria descoberto a Itália por ter sido o
primeiro do seu povo a chegar lá; ‒ Adam Nordwell pretende, a partir de uma semelhança
evidente (tanto o orador como Cristóvão Colombo chegaram a uma região habitada), inferir uma
semelhança menos evidente (nem o orador nem Cristóvão Colombo fizeram uma descoberta),
mostrando que, se a sua declaração de que descobriu a Itália é ilegítima (porque a Itália já era
habitada pelos italianos), também a declaração de Colombo de que descobriu a América o é
(porque, de modo semelhante, também a América já era habitada pelo seu povo).

26. Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los. Por isso, os
lugares de estacionamento devem passar a ser maiores. É um facto que precisamos de cidades
com mais espaços verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as pessoas não
terem onde deixar os seus carros.

A conclusão deste argumento é

(A) «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»

(B) «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los.»

(C) «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»

(D) «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área de estacionamento.»

27. «Alguns cozinheiros premiados são portugueses. Logo, alguns portugueses são cozinheiros
premiados.»

Para determinar a validade do argumento anterior,


(A) apenas é preciso apurar se a conclusão e a premissa são verdades conhecidas.

(B) apenas é preciso verificar se a conclusão pode ser falsa, caso a premissa seja verdadeira.

(C) é preciso saber se há cozinheiros premiados que sejam também portugueses.

(D) é preciso conhecer, pelo menos, um português que seja um cozinheiro premiado.

28. Considere o argumento seguinte.

«Alguns futebolistas ganham muito dinheiro. Outros, porém, ganham pouco. No entanto, o futebol é
um desporto bastante igualitário. Se o compararmos com a natação, o basquetebol ou o râguebi,
percebemos porquê. Qualquer um pode jogar futebol, mas, para jogar basquetebol ou râguebi,
poucos atletas são suficientemente altos ou musculosos. E pode-se jogar futebol em qualquer lugar,
desde que alguém tenha uma bola, ao passo que a natação exige instalações desportivas muito
dispendiosas. Na verdade, só um grande investimento permite dispor de uma piscina.»

A conclusão do argumento é

(A) «só um grande investimento permite dispor de uma piscina».

(B) «alguns futebolistas ganham muito dinheiro».

(C) «pode-se jogar futebol em qualquer lugar».

(D) «o futebol é um desporto bastante igualitário».

29. Admitindo que um argumento indutivo tem como conclusão bastante provável que o próximo
desfile de Carnaval em Torres Vedras será animado, a premissa desse argumento seria

(A) os desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram sempre animados.

(B) todos os desfiles de Carnaval em Torres Vedras serão animados.

(C) alguns desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram animados.

(D) talvez os desfiles de Carnaval em Torres Vedras sejam animados.

30. Num bom argumento indutivo,

(A) as premissas são verdadeiras e a conclusão não pode ser falsa.

(B) as premissas são verdadeiras e é improvável que a conclusão seja falsa.

(C) as premissas não têm de ser verdadeiras, bastando que sejam prováveis.

(D) uma das premissas, pelo menos, tem de ser verdadeira.

31. Identifique o argumento de autoridade.

(A) É hoje bastante claro para os investigadores que os testes clínicos causam mais sofrimento aos
macacos do que aos ratos. Por isso, é pior fazer testes clínicos em macacos do que em ratos.

(B) Apesar de a ciência e a religião serem muito diferentes, há uma característica que as aproxima,
pois, como Einstein afirmou, tanto a ciência como a religião aspiram à verdade e à compreensão
do Universo.
(C) Do mesmo modo que não sabemos definir bem-estar, também não sabemos definir saúde. Mas
todos reconhecemos que a saúde é indispensável. Daqui se infere que também o bem-estar é
indispensável.

(D) Nas questões sociais, devemos ouvir a maioria; ora, a maioria pensa que, por razões ambientais,
é importante usar transportes públicos nos grandes centros urbanos. Segue-se daí que todos
devemos pensar o mesmo.

32. «Segundo a UNICEF, devido à epidemia de ébola que, em 2014, atingiu o continente africano,
4000 crianças perderam ambos os pais e 13 000 crianças perderam um dos pais. Portanto, a
epidemia de ébola causou 17 000 órfãos em África.»

O argumento anterior é

(A) uma indução a partir de uma amostra representativa.

(B) uma indução a partir de um número insuficiente de casos.

(C) um bom argumento de autoridade.

(D) um mau argumento de autoridade.

33. Um argumento é dedutivamente válido quando

(A) é provável que as premissas ou a conclusão sejam verdadeiras.

(B) as premissas são verdadeiras e a conclusão também é verdadeira.

(C) é impossível que a conclusão seja falsa e as premissas verdadeiras.

(D) a conclusão é verdadeira, mesmo que as premissas sejam falsas.

34. Identifique o argumento por analogia.

(A) Se uma maçã apodrece, tem de ser retirada da cesta, para não contaminar as outras. Do
mesmo modo, é preciso retirar da sociedade quem comete um crime.

(B) Todas as pessoas têm direito à segurança. Ora, apesar dos crimes que cometeram, os criminosos
são pessoas e, nessa medida, também têm direito à segurança.

(C) Os criminosos devem ser castigados segundo a regra «olho por olho, dente por dente», pois essa
é uma regra muito antiga e as regras antigas são as melhores.

(D) Países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, mantêm a pena de morte, e isso
significa que a pena de morte não é contrária ao desenvolvimento.

35. «Sir Peter Medawar, que recebeu o Prémio Nobel da Medicina pelas suas importantes
descobertas no campo da imunologia, apoiou a perspetiva de Popper sobre a ciência. Logo, a
perspetiva de Popper sobre a ciência é verdadeira.»

O argumento anterior constitui

(A) um bom argumento de autoridade.

(B) um mau argumento de autoridade.

(C) uma generalização precipitada.


(D) uma generalização fundamentada.

36. «Os tubarões vivem no mar, como as sardinhas. Ora, as sardinhas são peixes. Portanto, os
tubarões também são peixes.»

Quem apresenta este argumento está a recorrer a

(A) um mau argumento por analogia.

(B) um bom argumento por analogia.

(C) uma má generalização.

(D) uma boa generalização.

37. Num argumento indutivamente forte, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem

(A) uma grande probabilidade de ser verdadeira.

(B) a garantia de ser verdadeira.

(C) de ser uma verdade completamente evidente.

(D) de ser aceite como verdadeira.

38. Relativamente aos argumentos indutivamente fortes, é correto afirmar que

(A) a conclusão é verdadeira sempre que as premissas são verdadeiras.

(B) a verdade das premissas torna improvável a falsidade da conclusão.

(C) a verdade das premissas nunca dá credibilidade à conclusão.

(D) a falsidade da conclusão é incompatível com a verdade das premissas.

Você também pode gostar