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RECIFE - PE
DEZEMBRO 2022
VALESKA BERARDO
RECIFE - PE
DEZEMBRO 2022
RESUMO
Goals : To identify the percentage of patients with poor prognosis admitted to palliative care
wards and analyze the issues that prevented compliance with orthothanasia to avoid
dysthanasia at the end of life from bioethics optic.
Method: Quantitative and qualitative cross-sectional study through analysis of data collected
through interviews with health professionals and medical records in a Palliative Care ward in
two institutions, one in Portugal and the second in Brazil.
Introdução
É eticamente reprovável deixar de prestar cuidado porque a pessoa é idosa. Por outro
lado, exagerar nos procedimentos quando não levam a melhoria real é igualmente
censurável . Os critérios para realizar procedimento diagnóstico ou terapêutico em idosos
devem ser : Prognóstico; Qualidade de Vida e Estado Geral do Paciente. (CREMESP:
Bioética, Dilema e Diálogos Contemporâneos). Mesmo nesta publicação do Cremesp
notamos a falta do critério Respeito às decisões devidamente expressas do paciente idoso. A
pergunta é porque não há o respeito a tais decisões, muitas vezes documentadas? Que
questões éticas ou outras questões fazem o profissional de saúde realizar procedimentos
antiéticos no processo da morte? Como podemos criar um programa que assegure ao idoso
com doença incurável a plena obediência aos seus desejos expressos e humanize sua morte?
Somente o médico pode realizar a ortotanásia, e ainda não está obrigado a prolongar a
vida do paciente contra a vontade deste. Desta forma, diante de dores intensas sofridas pelo
paciente terminal, consideradas por este como intoleráveis e inúteis, o médico deve agir para
amenizá-las, mesmo que a consequência do processo seja a morte do paciente. (VIEIRA,
Tereza Rodrigues. Bioética e direito. São Paulo: Jurídica Brasileira, 1999, p. 90.)
Alguns estudos recentes abordam as preferências atuais dos idosos nas tomadas de
decisões em seus cuidados de fim de vida considerando os princípios bioéticos. As decisões
de cuidados em fim de vida devem refletir as preferências atuais dos pacientes e de suas
famílias, sendo importante que sejam bem informados sobre todos os cuidados possíveis para
alívio de sofrimento frente à doenças incuráveis e progressivas. Avaliar as escolhas pessoais
do paciente e de sua família, antecipar situações e planejar o cuidado são ações que indicam
qualidade no cuidado no final da vida. Compartilhar objetivos de cuidado e discuti-los no
contexto de uma consulta ambulatorial com o médico do paciente e equipe parece ser um
passo inicial importante no processo de planejamento para cuidados de fim de vida. No
entanto, é frequentemente observado que as discussões não ocorrem em tempo hábil sobre as
preferências ou valores dos idosos, o que interfere na eficácia dos cuidados de fim de vida.
(Oliveira SG, Pacheco STA, Nunes MDR, Caldas CP, Cunha AL, Peres PLP Bioethical
aspects of the care provided to older adults (http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.47321)
Como parte do planejamento avançado na prestação de cuidados de fim de vida, os
idosos e suas famílias podem ser mais bem envolvidos em conversas sobre quais riscos valem
a pena correr e quais podem evitar, decidindo quais resultados e riscos eles e suas famílias
estão dispostos a buscar e os que desejam evitar, pois muitas vezes suas preferências não são
consideradas na realização dos procedimentos e cuidados por falta de conhecimento dos
profissionais sobre essas questões referentes ao planejamento avançado da morte natural.
Uma comunicação mais efetiva aumenta o melhor cuidado ao final da vida. Outra
questão importante que merece ser discutida é a preferência dos idosos quanto ao local de sua
morte. Quase metade dos familiares acredita que o idoso preferiria que a morte ocorresse em
sua casa; no entanto, o local mais comum de óbito é o hospital, principalmente a UTI.
Portanto, a adoção de estratégias para garantir um atendimento centrado na pessoa que reflita
os objetivos, valores e preferências de cada indivíduo torna-se essencial para melhorar os
cuidados e para respeitar a autonomia dos idosos nos cuidados no fim da vida. (Oliveira SG,
Pacheco STA, Nunes MDR, Caldas CP, Cunha AL, Peres PLP Bioethical aspects of the care
provided to older adults DOI: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.47321)
Problema
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 7: responsabilidade civil. 25.
ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
KOVACKS, M.J.. Educação para a morte. Psicologia: ciência e profissão, 25, pp.484-497.,
2005
OLIVEIRA SG, PACHECO STA, NUNES MDR, CALDAS CP, CUNHA AL, PERES PLP
Bioethical aspects of the care provided to older adults DOI:
http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.47321)
STEWART M ; BROWN J , B ; WESTON W. ; McWHINNEY I, McWILLIAM C ;
FREEMAN T . Medicina Centrada na Pessoa , transformando o método clínico. ARTMED 3ª
Edição. São Paulo, 2017.
VIEIRA, Tereza Rodrigues. Bioética e direito. São Paulo: Jurídica Brasileira, 1999, p. 90
NORMAS ABNT