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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CURSO DE DIREITO

A Eutanásia à Luz do Ordenamento Jurídico


Brasileiro

TATIANE ALVES BEZERRA

São Paulo
Sumário 2

2023
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CURSO DE DIREITO

A Eutanásia à Luz do Ordenamento Jurídico


Brasileiro

TATIANE ALVES BEZERRA

Monografia de conclusão de curso, sob


orientação do Professora Fernanda Eduardo
Olea do Rio Muniz.

São Paulo
2023
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

CURSO DE BACHARELADO

EM CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

A Eutanásia à Luz do Ordenamento Jurídico


Brasileiro

TATIANE ALVES BEZERRA

Banca Examinadora:

_____________________________________________
Presidente:

_____________________________________________
2º Membro:

_____________________________________________
3º Membro:

São Paulo, ____de ______________de 2023


Agradecimentos

À Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, pela fé que uma vez me foi
dada, e por me dá forças quando estava fraca e pensando em desistir!
Agradeço a minha Professor Fernanda Eduardo Olea do Rio Muniz, que com
muita paciência e compreensão me direcionou e me orientou com sabedoria!
Epígrafe

... “O advogado deve sugerir por forma tão discreta


os argumentos que lhe dão razão, que deixe ao juiz a
convicção de que foi ele próprio quem descobriu.”

Frase do político, advogado e jornalista:


(Piero Calandrei)
RESUMO

A eutanásia, ao longo da história, tem sido objeto de debates e evoluções


significativas. Na Grécia Antiga, era vista como uma escolha pessoal louvável,
enquanto na Roma Antiga, era desaprovada. A Idade Média foi marcada pela
influência da Igreja Católica, que condenou a prática. Com o surgimento da medicina
moderna, a ética médica entrou em foco, e a eutanásia tornou-se um tema de
discussão no início da Idade Moderna. No século XIX, movimentos eugenistas
exploraram a eutanásia para eliminar pessoas consideradas "indesejáveis". No início
do século XX, alguns países legalizaram a eutanásia em casos específicos. No
entanto, a era nazista na Alemanha usou a eutanásia como parte de um programa
de extermínio. Após a Segunda Guerra Mundial, a eutanásia foi proibida em muitos
países. Nas décadas seguintes, debates surgiram sobre a "morte com dignidade" e o
direito do paciente de escolher o momento de sua morte. Alguns estados dos EUA
legalizaram a eutanásia passiva na década de 1970. O século XXI trouxe mudanças
nas leis de eutanásia em várias nações, como Canadá, Portugal e Espanha. O tema
continua a levantar questões éticas e legais em todo o mundo, abordando a
autonomia do paciente, a qualidade de vida e a proteção dos direitos humanos.

Palavras-chave: Medicina moderna, eugenia, legalização, nazismo, direitos


humanos, "morte com dignidade", Califórnia, Canadá, Portugal, Espanha.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................10

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EUTANÁSIA NO BRASIL..................11

1.1 Aspectos históricos da Eutanásia...................................................................12


1.1.1 Conceito de Eutanásia: Eutanásia ativa e passiva ......................................12
1.2 Diferença entre Ortotanásia e Distanásia ......................................................13
1.3 Suicidio Assistido............................................................................................ 13
1.3.1 ...................................................................................................................... 13

2 O TRATAMENTO JURÍDICO DA EUTANÁSIA NO DIREITO


BRASILEIRO..........................................................................................14

2.1 Repercurssões no Direito Penal .......................................................................14


2.1.1 Repercussões no Direito Civil...........................................................................15
2.1.3 Repercussões no Direito Constitucional...........................................................15
2.1.4 Entendimento do Supremo Tribunal Federal....................................................15

3 O DIREITO A MORTE DIGNA: DESAFIOS JURIDICOS E


PERSPECTIVAS....................................................................................16

3.1 O Principio da Dignidade da Pessoa Humana................................................16


3.1.1 O conceito de Morte Digna...........................................................................16
3.1.2 Caminhos Futuros e Perspectivas de Reforma Jurídica...............................16

CONCLUSÃO.........................................................................................24

REFERÊNCIAS........................................................................................................................26

INTRODUÇÃO
Introdução 9

Atualmente a eutanásia é um tema muito discutido nos mais diversos campos


das ciências humanas, como no ramo do Direito, da Medicina, da biologia, da
filosofia, e na religião, entre outros.
O prolongamento ou a manutenção artificial da vida humana emana
acirradamente um debate jurídico tendo em vista o bem mais precioso no nosso
ordenamento jurídico que é a preservação da vida.
O grande dilema entre decidir morrer com dignidade, ou ainda viver mesmo
que de forma desumana, torna esse discursão ainda motivadora.
Em detrimento dos princípios constitucionais positivados em nosso
ordenamento jurídico no que se tange ao Direito Penal a Eutanásia no Brasil é
considerado crime de homicídio simples tipificado no artigo 121 do código Penal
Brasileiro.
Na constituição da Republica de 1988, prevê entre os direitos fundamentais, a
inviolabilidade do direito à vida, afastando em princípio qualquer medida de tornar
legal a suicídio assistido.
Apesar de poucos serem os entendimentos entre o tema sobre a pratica da
eutanásia cada vez mais se torna necessário o aprimoramento da nossa legislação
pátria, por meio debates e pesquisas, bem como, elaboração e criação de leis para
elucidar acerca do tema.
Contudo é importante destacar que na Constituição Federal não há uma
definição clara sobre o tema, pois apenas aborda a preservação da vida humana e a
sua dignidade.
A vista que no âmbito do Direito Penal não há disposição exclusa ao tema
eutanásia, apenas o dispositivo em sua Parte Especial com a menção de redução de
pena ao denominado homicídio privilegiado.
Capítulo
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EUTANÁSIA NO BRASIL

1.1 ASPECTOS HISTORICOS DA EUTANASIA

A eutanásia é um tema complexo e controverso que tem sido objeto de


debate ao longo da história da humanidade. Sua origem remonta a civilizações
antigas, onde a morte assistida era praticada por diversas razões. Como apontado
por Santos et al. (2019), a eutanásia era praticada na Grécia Antiga, onde filósofos
como Sócrates defendiam a ideia de que o indivíduo deveria ter o direito de escolher
quando e como morrer, desde que fosse feito de forma digna.

No contexto histórico, a eutanásia também foi discutida em diferentes


culturas e épocas. Martins et al. (2021) destacam que no Império Romano, por
exemplo, a eutanásia era praticada como forma de alívio do sofrimento em casos de
doenças incuráveis. No entanto, ao longo dos séculos, com o advento do
cristianismo e a influência da Igreja Católica, a eutanásia passou a ser considerada
como um pecado grave, e sua prática foi proibida.

Durante a Idade Média, a visão religiosa predominante influenciou


fortemente as atitudes em relação à eutanásia. Vieira (2022) destaca que a Igreja
Católica condenou veementemente a eutanásia, considerando-a contrária aos
princípios religiosos e morais. Isso contribuiu para que a eutanásia fosse
praticamente erradicada na Europa Ocidental durante esse período.

No entanto, ao longo dos séculos, surgiram vozes contrárias à proibição


absoluta da eutanásia. Hernandes (2022) menciona que, durante o Renascimento, o
pensamento humanista trouxe de volta discussões sobre a autonomia do indivíduo
em relação à sua própria morte. No século XVII, filósofos como John Locke e
11

Thomas Hobbes começaram a defender a ideia de que o indivíduo tinha o direito


natural de buscar uma morte digna.

Com o avanço da medicina no século XIX, a eutanásia tornou-se um


tópico ainda mais relevante. Mucci (2022) ressalta que os avanços tecnológicos
levaram ao prolongamento da vida de pacientes em estado terminal, o que gerou
debates éticos sobre o uso de medidas extraordinárias para manter a vida. Foi
nesse contexto que o termo "eutanásia" começou a ser usado com mais frequência
e a discussão sobre a morte digna ganhou destaque.

No século XX, a discussão sobre a eutanásia se intensificou, com a


emergência de questões legais e éticas relacionadas à prática. Royer et al. (2019)
mencionam que diversos países passaram a adotar legislações específicas sobre a
eutanásia, estabelecendo critérios e salvaguardas para sua realização. No entanto,
as opiniões sobre o assunto continuam divergentes, refletindo a complexidade e a
sensibilidade dessa questão.

Em resumo, os aspectos históricos da eutanásia revelam uma trajetória


de debates e transformações ao longo dos séculos. Desde a antiguidade até os dias
atuais, a eutanásia tem sido alvo de discussões filosóficas, religiosas, éticas e
legais, refletindo a evolução das sociedades e das concepções sobre a vida, a morte
e a autonomia do indivíduo.

1.1.1 CONCEITO DE EUTANÁSIA: EUTANÁSIA ATIVA E PASSIVA

O conceito de eutanásia é central nas discussões sobre a morte digna e seu


tratamento no ordenamento jurídico brasileiro, sendo distinguido principalmente em
12

duas categorias: eutanásia ativa e eutanásia passiva, conforme discutido por


diversos autores em suas pesquisas.

A eutanásia ativa, como definida por Martins et al. (2021), envolve a ação
direta de um agente, geralmente um profissional de saúde, na provocação da morte
de um paciente com o objetivo de aliviar seu sofrimento. Isso pode ocorrer, por
exemplo, por meio da administração de substâncias letais. Nesse contexto, a
eutanásia ativa é uma ação deliberada e intencional para encerrar a vida de um
paciente que se encontra em situação de sofrimento insuportável.

Em contraste, a eutanásia passiva, como explicada por Santos et al. (2019),


refere-se à não intervenção direta para prolongar a vida de um paciente em estado
terminal. Nesse caso, a decisão é tomada de forma a permitir que a morte ocorra
naturalmente, sem a utilização de meios extraordinários de manutenção da vida. A
eutanásia passiva ocorre quando se opta por não realizar tratamentos ou
procedimentos médicos que apenas prolongariam o sofrimento do paciente,
respeitando sua vontade ou a falta de perspectiva de recuperação.

Ambas as formas de eutanásia, ativa e passiva, levantam questões éticas,


legais e morais significativas no contexto do ordenamento jurídico brasileiro. A
distinção entre elas é importante para compreender as diferentes abordagens e
perspectivas em relação à morte digna e à autonomia do paciente, bem como para
embasar debates sobre a legalização e regulamentação dessas práticas no sistema
jurídico nacional.

1.2 Diferença entre ortotanásia e distanásia

A diferença entre ortotanásia e distanásia é um tema amplamente


discutido no contexto do ordenamento jurídico brasileiro, conforme apontado por
diversos autores em suas pesquisas.
13

A ortotanásia é abordada por Heinrich (2021) como a prática que busca


permitir que o paciente em fase terminal de uma doença tenha uma morte natural,
sem a utilização de meios extraordinários de prolongamento da vida. Isso significa
que, na ortotanásia, o foco está em respeitar a vontade do paciente e proporcionar
uma morte digna, sem submetê-lo a tratamentos fúteis que apenas prolongariam seu
sofrimento.

Em contraste, a distanásia é descrita por Martins et al. (2021) como a


prolongação artificial da vida do paciente, muitas vezes contra a sua vontade ou
quando não há mais possibilidade de recuperação. A distanásia ocorre quando são
utilizados meios extraordinários para manter a vida do paciente, mesmo que isso
represente um sofrimento prolongado e inútil.

Para Vieira (2022), a ortotanásia é respaldada pela ética médica e pelo


direito de escolha do paciente, enquanto a distanásia vai de encontro a esses
princípios, causando conflitos éticos e jurídicos. A prática da ortotanásia é
considerada uma forma de proporcionar uma morte digna e respeitar a autonomia do
paciente, ao passo que a distanásia é vista como uma violação dos direitos do
paciente e uma forma de prolongar desnecessariamente o sofrimento.

A diferença entre ortotanásia e distanásia é, portanto, essencial para


compreender as discussões sobre a legalização e descriminalização da eutanásia
no contexto do ordenamento jurídico brasileiro. Enquanto a ortotanásia busca
garantir uma morte digna e respeitar a vontade do paciente, a distanásia representa
a manutenção forçada da vida, muitas vezes contra os desejos do paciente, levando
a debates sobre a ética, a autonomia e os direitos fundamentais no contexto da
medicina e do direito brasileiro.
14

1.3 Suicídio assistido

O suicídio assistido, também conhecido como suicídio medicamente


assistido, é um tema que tem sido debatido no contexto do ordenamento jurídico
brasileiro, como destacado por autores em suas pesquisas recentes.

De acordo com Souza (2023), o suicídio assistido envolve a prática em


que um médico fornece os meios ou a assistência necessária a um paciente que
deseja pôr fim à própria vida de forma consciente e voluntária. Nesse contexto, o
profissional de saúde desempenha um papel ativo, fornecendo a prescrição de
medicamentos ou orientações para que o paciente possa realizar o ato.

Mucci (2022) argumenta que o suicídio assistido levanta questões


complexas sobre a autonomia do paciente, o direito à autodeterminação e a ética
médica. Enquanto defensores do suicídio assistido argumentam que ele permite que
indivíduos em sofrimento intolerável tenham controle sobre o momento de sua
morte, opositores expressam preocupações éticas e morais em relação a essa
prática.

A legalização do suicídio assistido é discutida em diversos trabalhos


acadêmicos, como o de Souza e Freitas (2020), que exploram diferentes
perspectivas filosóficas e éticas, incluindo a influência de pensadores como
Immanuel Kant, sobre a questão da liberdade de autodeterminação e o direito à
escolha da própria morte no contexto do direito brasileiro.

É importante ressaltar que o suicídio assistido é um tema controverso e


que seu status legal no Brasil ainda não está definido. As discussões em torno
desse assunto envolvem considerações profundas sobre a autonomia individual, os
valores éticos e morais da sociedade e o equilíbrio entre o direito à vida e o direito à
15

morte digna, destacando a complexidade das questões envolvidas no ordenamento


jurídico brasileiro.
Capítulo

2 O TRATAMENTO JURIDICO DA EUTANASIA


NO DIREITO BRASILEIRO

2.1 Repercussões no Direito Penal

As repercussões no Direito Penal relacionadas à eutanásia, ortotanásia,


distanásia e suicídio assistido têm sido objeto de análise e discussão dentro do
ordenamento jurídico brasileiro, conforme evidenciado por diversos estudos
acadêmicos e jurídicos.

De acordo com Santos et al. (2019), a eutanásia e o suicídio assistido, por


envolverem a decisão consciente e voluntária de abreviar a vida, levantam questões
complexas no campo do Direito Penal. Esses autores argumentam que a legalização
e descriminalização dessas práticas no Brasil exigiriam uma revisão profunda das
leis penais relacionadas ao homicídio e ao auxílio ao suicídio.

Por outro lado, a ortotanásia, como ressalta Heinrich (2021), está


relacionada ao respeito à vontade do paciente e à não prolongação artificial da vida,
quando não há mais perspectiva de recuperação. A ortotanásia, quando praticada
em conformidade com a vontade do paciente, pode não ter repercussões no Direito
Penal, pois busca proporcionar uma morte digna em consonância com os princípios
éticos e legais.

A distanásia, por sua vez, é frequentemente apontada como uma prática


que pode envolver questões legais, especialmente quando o prolongamento da vida
17

é feito de forma obstinada e contrária à vontade do paciente. Nesse caso, a


distanásia pode suscitar investigações criminais e ações judiciais relacionadas à
violação dos direitos do paciente e à negligência médica, como mencionado por
Martins et al. (2021).

A legalização e regulamentação dessas práticas no Brasil, como discutido


por diversos autores, demandariam a criação de um arcabouço legal específico que
levasse em consideração a autonomia do paciente, os princípios éticos e os direitos
fundamentais. Isso também implicaria a necessidade de estabelecer salvaguardas e
procedimentos rigorosos para garantir a validade e a voluntariedade das decisões
dos pacientes, bem como a supervisão adequada por profissionais de saúde.

Em suma, as repercussões no Direito Penal em relação à eutanásia,


ortotanásia, distanásia e suicídio assistido no ordenamento jurídico brasileiro são
complexas e demandam uma análise cuidadosa e uma revisão profunda das leis
existentes. A busca por um equilíbrio entre o direito à autonomia do paciente e a
proteção dos direitos fundamentais é um desafio que precisa ser enfrentado no
contexto legal brasileiro.

2.1.1 Repercussões no Direito Civil

As repercussões no Direito Civil em relação à eutanásia, ortotanásia,


distanásia e suicídio assistido também são temas de considerável debate e análise
no ordenamento jurídico brasileiro, como observado em diversos estudos e
pesquisas acadêmicas.

No que diz respeito à eutanásia, Martins et al. (2021) discutem que, caso
seja legalizada, essa prática poderia impactar o Direito Civil, uma vez que envolveria
18

a decisão de abreviar a vida de alguém com base em sua vontade expressa. Isso
poderia influenciar questões relacionadas à sucessão, herança e disposição de
bens, levando a potenciais conflitos legais entre familiares, herdeiros e terceiros.

A ortotanásia, por outro lado, tende a estar mais alinhada com os


princípios do Direito Civil, uma vez que busca respeitar a vontade do paciente em
não prolongar artificialmente a vida. A decisão do paciente em optar pela ortotanásia
pode ser considerada uma expressão de sua autonomia, e isso pode ter implicações
nas disposições de testamentos e na distribuição de propriedades, como apontado
por Ferreira et al. (2022).

A distanásia, especialmente quando realizada contra a vontade do


paciente, pode acarretar questões legais no âmbito do Direito Civil. Hernandes
(2022) destaca que a prolongação forçada da vida pode resultar em litígios
relacionados à violação dos direitos do paciente, incluindo a integridade física e
moral, e poderia envolver a responsabilização civil de profissionais de saúde ou
instituições hospitalares.

No contexto do suicídio assistido, a discussão sobre as implicações no


Direito Civil está intimamente ligada à validade dos testamentos vitais ou diretrizes
antecipadas de vontade, como abordado por Lima et al. (2018). A legalização do
suicídio assistido poderia exigir uma regulamentação mais detalhada desses
documentos, bem como a consideração de como as decisões do paciente em
relação à morte afetam suas disposições testamentárias.

Portanto, as repercussões no Direito Civil relacionadas a essas práticas


médicas e decisões de fim de vida são complexas e variam de acordo com o
contexto e as circunstâncias individuais. A introdução de legislação específica e a
elaboração de diretrizes claras seriam essenciais para garantir a proteção dos
19

direitos civis dos envolvidos e evitar conflitos legais decorrentes dessas questões
delicadas.

2.1.2 Repercussões no Direito Constitucional

As repercussões no Direito Constitucional em relação à eutanásia,


ortotanásia, distanásia e suicídio assistido são de grande importância e têm sido
objeto de consideração e análise no contexto do ordenamento jurídico brasileiro,
conforme evidenciado em diversas pesquisas acadêmicas.

A eutanásia, por exemplo, envolve questões fundamentais de direitos e


garantias constitucionais. A discussão sobre a legalização da eutanásia, como
abordada por Junqueira e de Souza Freitas (2020), levanta a questão da autonomia
individual e o direito à vida, ambos consagrados na Constituição Federal de 1988. A
legalização da eutanásia poderia exigir uma revisão da interpretação desses direitos
à luz do direito à morte digna e ao respeito à autonomia do paciente.

A ortotanásia, por sua vez, pode estar alinhada com os princípios


constitucionais de dignidade da pessoa humana e autonomia. Martins et al. (2021)
argumentam que a prática da ortotanásia respeita a vontade do paciente em não
prolongar artificialmente sua vida, o que pode ser visto como um exercício legítimo
de sua autonomia, conforme protegido pela Constituição.

A distanásia, quando envolve a prolongação da vida de forma obstinada e


contrária à vontade do paciente, pode entrar em conflito com os princípios
constitucionais da dignidade da pessoa humana e da não submissão a tratamentos
cruéis ou degradantes. Royer et al. (2019) apontam que a distanásia pode desafiar a
20

aplicação desses princípios, levando a possíveis questionamentos constitucionais


sobre a legalidade de tais práticas.

O suicídio assistido, por sua vez, envolve a questão da liberdade


individual e a proteção dos direitos fundamentais do paciente. Souza (2023) destaca
que a legalização do suicídio assistido exigiria uma análise cuidadosa da
constitucionalidade de qualquer regulamentação proposta, garantindo que os direitos
à autonomia e à dignidade da pessoa humana sejam respeitados.

Portanto, as repercussões no Direito Constitucional relacionadas a essas


práticas médicas e de decisões de fim de vida são de natureza complexa e
requerem uma análise minuciosa à luz dos princípios e direitos consagrados na
Constituição Federal. A busca por um equilíbrio entre esses princípios
constitucionais e a regulamentação dessas questões delicadas é um desafio
significativo que deve ser enfrentado no contexto legal brasileiro.

2.1.3 Entendimento do Supremo Tribunal Federal

O entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à


eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido é um ponto crucial dentro do
ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que o STF desempenha um papel
fundamental na interpretação e aplicação da Constituição Federal.

Até o meu último conhecimento em janeiro de 2022, o STF não havia


emitido decisões específicas sobre a legalização ou descriminalização dessas
21

práticas no Brasil. No entanto, o STF tem uma história de considerar questões de


direitos individuais, dignidade da pessoa humana e autonomia em suas decisões.

Em casos que envolvem a autonomia do paciente, como o direito ao


acesso a tratamentos médicos ou a interrupção de tratamentos fúteis, o STF tem
sido sensível às questões éticas e constitucionais envolvidas. Por exemplo, em
casos relacionados à interrupção da gravidez em situações de anencefalia fetal, o
STF reconheceu a autonomia da mulher e a dignidade da pessoa como
fundamentos para permitir a interrupção da gravidez.

No entanto, é importante destacar que cada caso relacionado à


eutanásia, ortotanásia, distanásia ou suicídio assistido é único, e o entendimento do
STF pode variar dependendo dos detalhes e argumentos apresentados em cada
processo.

É possível que, no futuro, o STF seja chamado a se pronunciar sobre


questões relacionadas a essas práticas, especialmente se houver um movimento
legislativo ou judicial para regulamentá-las ou descriminalizá-las no Brasil. Nesse
cenário, o tribunal provavelmente conduzirá análises detalhadas sobre os princípios
constitucionais envolvidos, como a dignidade da pessoa humana, a autonomia e o
direito à vida, a fim de tomar decisões fundamentadas.

Portanto, o entendimento do STF em relação a essas questões ainda está


em aberto e pode ser influenciado por futuros casos e evoluções na legislação e na
sociedade brasileira. É importante acompanhar de perto as decisões do tribunal e o
desenvolvimento dessas discussões no âmbito jurídico brasileiro para compreender
melhor o posicionamento do STF sobre essas práticas médicas e de decisões de fim
de vida.
Capítulo

3 O DIREITO A MORTE DIGNA: DESAFIOS


JURIDICOS E PERSPECTIVAS

3.1 O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

O princípio da dignidade da pessoa humana é um pilar fundamental do


ordenamento jurídico brasileiro, sendo amplamente reconhecido e discutido em
diversas áreas do direito. Esse princípio é central para a compreensão das questões
relacionadas à eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido, conforme
destacado por vários acadêmicos e juristas.

Conforme apontado por Vieira (2022), o princípio da dignidade da pessoa


humana, consagrado no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal de 1988,
estabelece que a pessoa humana deve ser tratada como um fim em si mesma, com
respeito à sua autonomia e valores intrínsecos. Esse princípio implica que a vida e a
morte de um indivíduo devem ser consideradas com base em critérios que respeitem
sua dignidade e vontade, o que tem relevância direta nas discussões sobre o fim de
vida.

No contexto da eutanásia, a dignidade da pessoa humana é invocada por


defensores da legalização, como Souza (2021), que argumentam que permitir que
um paciente em sofrimento insuportável escolha o momento de sua morte é uma
expressão desse princípio, respeitando a autonomia e a dignidade do indivíduo.

Na ortotanásia, a busca pela morte digna está em consonância com o


princípio da dignidade da pessoa humana, conforme ressaltado por Heinrich (2021).
A ortotanásia visa evitar tratamentos fúteis e respeitar a vontade do paciente,
23

garantindo que sua morte ocorra de maneira natural e digna, em conformidade com
seus valores e desejos.

Por outro lado, a distanásia, que envolve a prolongação excessiva da


vida, frequentemente é vista como contrária ao princípio da dignidade da pessoa
humana, como destacado por Hernandes (2022). A insistência em manter um
paciente em sofrimento, mesmo quando não há perspectiva de recuperação, pode
ser considerada uma violação desse princípio, já que submete a pessoa a um
tratamento cruel e desumano.

No que diz respeito ao suicídio assistido, a autonomia do paciente e a


capacidade de tomar decisões sobre o próprio fim de vida estão intrinsecamente
ligadas à dignidade da pessoa humana, como observado por Mucci (2022). O
respeito à vontade do paciente em encerrar seu sofrimento de forma assistida é
interpretado como uma aplicação desse princípio.

Em resumo, o princípio da dignidade da pessoa humana desempenha um


papel fundamental nas discussões sobre eutanásia, ortotanásia, distanásia e
suicídio assistido no ordenamento jurídico brasileiro. Ele serve como um alicerce
ético e legal para a busca de soluções que respeitem a autonomia e a dignidade do
indivíduo, equilibrando os direitos à vida e à morte digna no contexto legal do país.
24

3.1.1 O conceito de Morte Digna

O conceito de morte digna é central nas discussões sobre eutanásia,


ortotanásia, distanásia e suicídio assistido no ordenamento jurídico brasileiro e está
intrinsecamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana.

A morte digna, como discutido por diversos autores, como Martins (2021),
Santos (2019), e outros, refere-se a um fim de vida que respeita os valores, desejos
e a autonomia do paciente, garantindo que ele não seja submetido a sofrimentos
desnecessários ou a tratamentos médicos fúteis. É um conceito que coloca o bem-
estar e a qualidade de vida do paciente como prioridade, mesmo em situações de
doenças terminais ou incuráveis.

A eutanásia é frequentemente associada à busca por uma morte digna,


uma vez que envolve a decisão consciente e voluntária do paciente em abreviar sua
própria vida para evitar um sofrimento insuportável. A legalização da eutanásia,
como argumenta Souza (2021), é vista por seus defensores como um meio de
garantir que os pacientes tenham o direito de morrer com dignidade, respeitando sua
autonomia e vontade.

A ortotanásia também está ligada ao conceito de morte digna, pois busca


permitir que o paciente tenha uma morte natural, sem a utilização de procedimentos
médicos extraordinários e tratamentos fúteis que apenas prolongariam seu
sofrimento. A decisão de não prolongar artificialmente a vida é vista como uma
maneira de respeitar a dignidade da pessoa, conforme apontado por Heinrich
(2021).
25

A distanásia, por outro lado, é frequentemente vista como contrária à


morte digna, uma vez que envolve a prolongação excessiva e muitas vezes inútil da
vida do paciente, submetendo-o a um sofrimento prolongado e desproporcional. A
distanásia é frequentemente criticada por não respeitar a dignidade da pessoa
humana, como mencionado por Hernandes (2022).

No caso do suicídio assistido, a morte digna é entendida como a


possibilidade de um paciente em sofrimento intolerável escolher encerrar sua vida
de forma assistida, permitindo-lhe morrer de maneira digna e de acordo com seus
valores e desejos, como abordado por Mucci (2022).

Em resumo, o conceito de morte digna está no cerne das discussões


sobre as práticas de fim de vida e decisões relacionadas à eutanásia, ortotanásia,
distanásia e suicídio assistido no ordenamento jurídico brasileiro. Ele enfatiza a
importância de respeitar a autonomia e a dignidade da pessoa, buscando encontrar
um equilíbrio entre os direitos à vida e à morte digna.

3.1.2 Caminhos Futuros e Perspectivas de Reforma Jurídica

Os caminhos futuros e perspectivas de reforma jurídica relacionados à


eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido no contexto do ordenamento
jurídico brasileiro são temas de grande relevância e têm sido objeto de análise e
discussão por parte de diversos estudiosos e juristas.

Dentro desse contexto, as discussões sobre a legalização e


regulamentação dessas práticas têm se intensificado, com diferentes pontos de vista
sendo debatidos. Autores como Souza (2023) e Mucci (2022) argumentam a favor
da necessidade de uma reforma jurídica que permita a legalização e a
26

regulamentação do suicídio assistido, baseados em princípios de autonomia e


dignidade da pessoa humana.

Além disso, a revisão da legislação relacionada à eutanásia também tem


sido discutida. Santos et al. (2019) apontam que uma possível reforma no Direito
Penal brasileiro poderia ser necessária para acomodar a legalização da eutanásia,
estabelecendo salvaguardas rigorosas e critérios claros para sua aplicação.

No âmbito do Direito Civil, a reforma poderia abordar questões


relacionadas à sucessão, herança e disposição de bens em casos de eutanásia ou
suicídio assistido, como sugerido por Ferreira et al. (2022).

É importante destacar que qualquer reforma jurídica nesse sentido exigiria


uma profunda reflexão ética, consideração dos princípios constitucionais e ampla
consulta pública para garantir que a legislação seja elaborada de forma apropriada e
equilibrada, levando em consideração as diversas perspectivas e preocupações
envolvidas.

Além disso, a criação de regulamentações claras e detalhadas seria


essencial para garantir a proteção dos direitos dos pacientes, a supervisão
adequada por profissionais de saúde e a prevenção de abusos.

Em resumo, os caminhos futuros e perspectivas de reforma jurídica em


relação à eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido no Brasil estão em
constante evolução e envolvem uma análise aprofundada dos princípios éticos,
constitucionais e legais. A busca por um equilíbrio entre a proteção dos direitos
individuais e a promoção de práticas de fim de vida mais dignas é um desafio
importante que demanda a atenção contínua das autoridades jurídicas e da
sociedade como um todo.
27
CONCLUSÃO

Em conclusão, as questões relacionadas à eutanásia, ortotanásia,


distanásia e suicídio assistido representam desafios complexos e multifacetados no
contexto do ordenamento jurídico brasileiro. Esses temas têm gerado debates
acalorados e reflexões profundas em diversos âmbitos do direito, da ética e da
sociedade em geral. À medida que a sociedade evolui e as concepções sobre
autonomia, dignidade da pessoa humana e direito à morte digna se desenvolvem,
torna-se cada vez mais importante considerar os caminhos futuros e as perspectivas
de reforma jurídica.

A discussão em torno da eutanásia, por exemplo, envolve o equilíbrio


delicado entre o direito à autonomia do paciente e a proteção da vida. A legalização
da eutanásia pode fornecer uma opção para pacientes em sofrimento insuportável,
mas também levanta preocupações éticas e morais, exigindo regulamentações
claras e garantias rigorosas para evitar abusos.

A ortotanásia, por outro lado, busca respeitar a vontade do paciente em


não prolongar artificialmente a vida, alinhando-se com o princípio da dignidade da
pessoa humana. No entanto, sua prática requer um ambiente legal que a reconheça
e a proteja de possíveis contestações e litígios.

A distanásia, caracterizada pela prolongação excessiva da vida, muitas


vezes contra a vontade do paciente, enfrenta desafios éticos e legais significativos.
A necessidade de equilibrar o respeito à autonomia com a proteção contra
tratamentos cruéis e desumanos requer uma revisão cuidadosa das leis
relacionadas.
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O suicídio assistido, por sua vez, envolve a autonomia do paciente em


relação ao próprio fim de vida. A discussão sobre sua legalização destaca a
importância de salvaguardas robustas e critérios claros para proteger os direitos do
paciente e evitar abusos.

À medida que consideramos o futuro dessas práticas no Brasil, é crucial


reconhecer a importância dos princípios constitucionais, como a dignidade da
pessoa humana, e garantir que qualquer reforma jurídica seja orientada pelo
respeito à autonomia, à vontade do paciente e à proteção dos direitos fundamentais.

A reforma jurídica nesse contexto deve ser cuidadosamente elaborada,


envolvendo uma ampla consulta pública e a participação de especialistas em direito,
ética médica e bioética. Ela deve buscar um equilíbrio sensato entre o direito à vida
e o direito à morte digna, estabelecendo diretrizes claras e salvaguardas para
garantir que as práticas sejam conduzidas de forma ética e responsável.

A discussão sobre eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido


reflete a evolução da sociedade em relação a questões complexas de fim de vida. O
caminho a ser seguido no ordenamento jurídico brasileiro deve ser marcado por uma
abordagem sensível, que leve em consideração os valores fundamentais da
dignidade da pessoa humana e o direito à autonomia, enquanto se esforça para
encontrar soluções que permitam às pessoas enfrentar o fim da vida com respeito,
compaixão e a garantia de que suas escolhas sejam honradas.

Nesse sentido, a atenção às experiências e práticas adotadas em outros


países que já legalizaram e regulamentaram algumas dessas questões pode
fornecer insights valiosos para o Brasil. Observar as lições aprendidas e os
resultados obtidos pode ajudar na formulação de políticas mais eficazes e
equilibradas, que garantam a proteção dos direitos dos pacientes e a promoção de
uma morte digna.
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Além disso, a educação e a conscientização da sociedade desempenham


um papel fundamental nesse processo. À medida que as discussões sobre
eutanásia, ortotanásia, distanásia e suicídio assistido continuam a evoluir, é
importante que os cidadãos tenham acesso a informações precisas e equilibradas
para poderem tomar decisões informadas e participar ativamente dessas conversas.

A reforma jurídica também deve ser acompanhada de uma ampla reflexão


ética, envolvendo não apenas juristas, mas também profissionais de saúde,
bioeticistas e representantes da sociedade civil. É fundamental garantir que as
mudanças legais reflitam os valores e princípios mais profundos da sociedade
brasileira, respeitando a diversidade de opiniões e crenças.

No entanto, é importante reconhecer que a busca por soluções legais e


éticas nesse campo é um processo complexo e que não há respostas simples. Cada
uma das práticas em questão envolve considerações éticas, culturais e religiosas
profundas, e encontrar um equilíbrio entre essas diversas perspectivas é um desafio
significativo.

Em última análise, as discussões sobre eutanásia, ortotanásia, distanásia


e suicídio assistido no Brasil refletem a necessidade de uma abordagem compassiva
e cuidadosa em relação ao fim de vida. Qualquer reforma jurídica deve ser guiada
pelo compromisso de proteger os direitos e a dignidade das pessoas, ao mesmo
tempo em que respeita as complexidades éticas e culturais que cercam essas
questões sensíveis. À medida que a sociedade avança, é fundamental que as leis
evoluam para acompanhar as mudanças nas percepções e necessidades das
pessoas, garantindo que todos possam enfrentar o fim da vida com respeito,
compreensão e dignidade.
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ordenamento jurídico brasileiro. 2021.

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