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Este artigo científico tem o intento de brevemente avaliar de como algumas legislações ao
redor do mundo que tratam do tema da eutanásia, suicídio assistido e ortotanásia
classificado e definindo pela lei, analisando de forma jurídica os caso de cada país e também
a forma como o ordenamento jurídico brasileiro trata o tema
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This scientific article seeks to slightly evaluate how some laws around the world treats the
subject related to euthanasia, assisted suicide and orthotanasia, sorting and defining it
through the law, analysing the legal procedures in each country’s case and also how the
brazilian laws faces the subject.
KEYWORDS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Eutanásia, derivado do termo grego (eu, boa) e (thanatos, morte) que pode ser
entendido como boa morte ou morte sem dor, sendo tal termo cunhado por Francis Bacon,
em 1623 como sendo um tratamento adequado a doenças incuráveis, tal procedimento é
usado a séculos pelo homem a fim de se evitar a distanásia (morte dolorosa, agonia lenta,
antônimo de eutanásia).
1
Graduando do Curso de Direito na Faculdade Nossa Cidade – FNC, e-mail: leonardolael91@gmail.com RA:
11559.
2
Graduando do Curso de Direito na Faculdade Nossa Cidade – FNC.
Desde a Grécia antiga já se falava em eutanásia e há relatos de que eram praticadas na
Índia, onde os doentes incuráveis eram levados a margem do rio Ganges e obstruíam suas
bocas e narinas com barro e atirados ao rio e pelos antigos povos celtas em que era uma
tradição os filhos matarem os pais quando se encontravam velhos e doentes 3.
Em sentido amplo a eutanásia implica uma morte suave e indolor. No seu sentido
restrito, implica o ato de terminar a vida de uma pessoa. A eutanásia pode ocorrer por vários
motivos: vontade do doente; porque os doentes representam uma ameaça para a sociedade
(eutanásia eugênica); ou porque o tratamento da doença implica uma grande despesa
(eutanásia econômica) fato muito comum na China4.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…)
III - a dignidade da pessoa humana5.
Distanásia: a morte dolorosa e lenta, o termo distanásia foi proposto em 1904, por
Morache, e tem sido empregado para definir a morte prolongada e acompanhada de
sofrimento, associando-se à ideia da manutenção da vida através de processos terapêuticos
9
onde se estende a vida por meios tecnológicos, não importando a qualidade de vida 10.
Ortotanasia: provem dos vocábulos gregos (orthos, reto e ajustado a razão) e (thanatos,
morte), designa a atuação em casos onde se encontre o paciente em estado terminal, sendo
abril 2015
8
GOLDIM, José Roberto apud FRANCISCONI, Carlos Fernando. Tipos de Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutantip.htm> Acesso em: 26 abril 2015
9
NABARRO, S. W. Morte: Dilemas Éticos do Morrer. Arquivos do Conselho Regional de Medicina do Paraná, v.
23, n. 92, out/dez 2006, p. 195
10
MENEZES, Milene Barcellos de; SELLI, Lucilda; ALVES, Joseane de Souza. Distanásia: percepção dos
profissionais da enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 17, n. 4, p. 443-448, Aug.
2009 . Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692009000400002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 26 Abril 2015.
11
Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. "American Heritage Dictionary". Disponivel em:
<https://www.ahdictionary.com/word/search.html?q=assisted+suicide&submit.x=0&submit.y=0> Acesso em
26 Abril 2015
que se abstém de tratamentos e medicação fútil para mantimento da vida, recorrendo a
medidas razoáveis até que a morte chega.
Holanda, eutanásia voluntaria e suicídio com auxilio médico, legal desde abril de 2002,
não punível pelos tribunais desde 198412.
4. BÉLGICA
A Bélgica é um país onde a eutanásia é regulamentada desde 2002, onde ate mesmo
crianças com capacidade de discernimento podem optar pela eutanásia 13.
A lei belga foi derivada de uma diretriz emanada pelo Comitê Consultivo Nacional de
Bioética daquele país, Diferentemente da lei da Holanda que surgiu de uma longa trajetória
de casos, ou seja, de uma jurisprudência prévia, a lei belga surgiu de um debate sobre a sua
necessidade e adequação14.
Até em casos onde há uma doença mental constatada e um pedido formal do paciente é
possível obter a eutanásia ativa, Van Den Bleeken, um preso condenado por pedofilia na
Bélgica foi o primeiro a utilizar este direito, que o foi concedido no final de setembro de
2015, onde alegava tinha fortes alucinações sexuais e que não tinha um tratamento
adequado á sua doença. Porem o pedido foi negado pelos médicos, assim o ministro da
justiça da Bélgica, Koen Geens, anunciou um plano para tratamento de presos em situações
análogas a ser apresentado em seis meses e o condenado transferido para um centro de
tratamento psiquiátrico em Gante15.
12
HUMPHRY, Derek. 01 março 2005. Tread Carefully When You Help to Die Assisted Suicide Laws Around the
World. Disponivel em: <http://www.assistedsuicide.org/suicide_laws.html> Acesso em: 25 abril 2015
13
SIZA, Rita. Publico. Parlamento belga alarga lei da eutanásia a menores de idade. Disponível em: <http:
//www.publico.pt/mundo/noticia/parlamento-belga-alarga-lei-da-eutanasia-a-menores-de-idade-1623614>
Acesso em: 25 abril 2015
14
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Bélgica. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutabel.htm> Acesso em: 25 abril 2015
15
EL UNIVERSAL. Caracas, Venezuela. Cancelan medida de eutanasia para asesino y pedofilo belga. (EM
ESPANHOL) Disponível em: < http://www.eluniversal.com/internacional/150106/cancelan-medida-de-
eutanasia-para-asesino-y-pedofilo-belga > Acesso em: 26 abril 2015
A lei que dispõe sobre a eutanásia na Belgica é a “The Belgium Act on Euthanasia of May
28th 2002”.
A terminação intencional da vida por alguém outro que não a pessoa em questão, como seu ultimo
pedido.16
Onde o medico que realiza a eutanásia não comete nenhum delito se assegurar que:
Que o pedido seja recorrente, voluntario e não seja resultado de nenhuma pressão
externa.
Que o paciente esteja em uma condição física insuportável ou sofrimento mental que
não pode ser aliviado resultado de uma doença incurável ou acidente.
5. HOLANDA
A Holanda é um dos países onde a eutanásia assim como o suicídio assistido são
permitidos, sendo o pioneiro no mundo a adotar esse posicionamento, alterando os artigos
293 e 294 da lei criminal holandesa. A legalização foi aprovada em 10 de abril de 2001,
entrando em vigor em abril de 200217.
Sendo regulada pela "Termination of Life on Request and Assisted Suicide (Review
Procedures) Act" ela expressa que a eutanásia assistida por um medico não é punida se
atender os atos médicos de acordo com o critério de devido cuidado.
Usada em casos muito específicos e circunstâncias especiais. A lei foi proposta por Els
Bosrt, o ministro da saúde holandês, tendo o procedimento sido uma convenção da
comunidade médica holandesa por vinte anos antes da lei ser promulgada.
16
BELGICA. The Belgium Act on Euthanasia of May 28th 2002. Disponível em: <http: //www.ethical-
perspectives.be/viewpic.php?TABLE=EP&ID=59> Acesso em: 25 abril 2015
17
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Holanda. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanhol.htm> Acesso em: 25 abril 2015
18
HOLANDA. Review procedures of termination of life on request and assisted suicide and amendment to the
Penal Code (Wetboek van Strafrecht) and the Burial and Cremation Act (Wet op de lijkbezorging), de 1º de abril
de 2002. Disponível em: <http://www.eutanasia.ws/documentos/Leyes/Internacional/Holanda%20Ley
%202002.pdf> Acesso em: 25 abril 2015
O pedido do paciente para eutanásia dever ser voluntario e persistente sobre o tempo, o
pedido não pode ser garantido quando sob influencia de outrem, doença psicológica ou de
drogas.
Deve haver consultas com no mínimo outro medico independente que necessita
confirmar as condições acima.
A morte dever ser realizada em forma clinicamente apropriada pelo medico e este deve
estar presente.
O paciente deve ter pelo menos doze anos, se tiver entre doze e dezesseis anos, dever
ser autorizado pelos pais.
Tal lei condiz com uma serie de casos em que o paciente pediu ou sofreu a eutanásia
pela sua família, onde surgiu a necessidade de regulamentar e autorizar os atos.
Acelerar a morte como efeito colateral de tratamento necessário para aliviar sofrimento.
7. CASO POSTMA
Em 1973, na Holanda, uma médica geral, Dra. Geertruida Postma, foi julgada por
eutanásia, praticada em sua mãe, com uma dose letal de morfina. A mãe havia feito
reiterados pedidos para morrer. Foi processada e condenada por homicídio, com uma pena
19
BUITING H, van Delden J, ONWUTEAKA-PHILPSEN B et al. (2009). "Reporting of euthanasia and physician-
assisted suicide in the Netherlands: descriptive study". BMC Med Ethics. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2781018/> Acesso em: 26 abril 2015
20
Folha de S. Paulo. France Presse, Haia. Holanda legaliza eutanásia sob protestos. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u23185.shtm> Acesso em: 25 abril 2015
de prisão de uma semana (suspensa), e liberdade condicional por um ano. Neste julgamento
foram estabelecidos os critérios para ação do médico21.
A solicitação para morrer deve ser uma decisão voluntária feita por um paciente
informado;
A solicitação deve ser bem considerada por uma pessoa que tenha uma compreensão clara e
correta de sua condição e de outras possibilidades.
A pessoa deve ser capaz de ponderar estas opções, e deve ter feito tal ponderação;
o desejo de morrer deve ter alguma duração;
deve haver sofrimento físico ou mental que seja inaceitável ou insuportável;
a consultoria com um colega é obrigatória 22.
Com uma breve análise vemos que estes critérios se aproximam muito dos quais são
hoje a lei na Holanda, notamos que a jurisprudência foi o arcabouço da lei que viria ser
promulgada em 2002.
8. SUÍÇA
A Suíça tem legalmente permitido o suicídio assistido desde 1942, por exemplo, drogas
letais podem ser prescritas desde que o beneficiário tenha um papel ativo na administração
da droga, já a eutanásia, como a administração de uma injeção letal não é legalizada, a lei
não requer que um médico esteja envolvido e também não requer que o paciente seja
suíço23, com essa peculiaridade, a lei é única no mundo, contribuindo para um fenômeno
conhecido como “turismo do suicídio”. No período entre 2008 a 2012, (611) pessoas
utilizaram a lei para o suicídio assistido, sendo os alemães (268), pais vizinho da Suíça, os
maiores clientes, seguido de britânicos (126), franceses (66), italianos (44) e (21)
americanos24.
9. LEGISLAÇÃO SUÍÇA
O artigo 115 foi interpretado como uma permissão legal para estabelecer organizações
que realizam o suicídio assistido somente na década de 1980, quase quarenta anos após
tomar efeito o código.
Toda forma de eutanásia ativa e proibida, onde a lei só permite oferecer os meios para
cometer o suicídio, e as razoes para fazer tal dever ser altruístas.
Eutanásia é ilegal nos Estados Unidos, porem a morte com auxilio médico ou suicídio
assistido é legal nos estados de Washington, Oregon, Vermont e o condado de Bernalillo
no Novo México.
A eutanásia volta a ser discutida entre os anos de 1960 a 1970, sob o lema direito-de-
morrer, onde médicos auxiliavam na morte pela bioética liberal por conta própria.
11. OREGON
A medida 16 em 1994 estabeleceu o “Oregon Death with Dignity Act” que legaliza o
suicídio com auxilio medico com certas restrições, fazendo o Oregon o primeiro estado nos
Estados Unidos a legalizar o ato. A medida foi aprovada em 8 de novembro de 1994 em
plebiscito, porem a lei quase foi derrubada em 1997, em 2005 após diversas tentativas dos
25
SUIÇA. Strafgesetzbuch, Code pénal suisse, Codice penale svizzero, de 1º janeiro 1942. Artigo 115. Disponível
em: <http://www.admin.ch/ch/e/rs/311_0/a115.html#fn1> Acesso em: 26 abril 2015
legisladores em revogar a lei a Suprema Corte dos Estados Unidos deliberou por manter a lei
acatando os argumentos do caso Gonzales v. Oregon26.
A lei permite que os cidadãos do Oregon terminem com sua vida pela administração
voluntaria de medicação letal, expressamente prescrita por um medico para este propósito,
a lei requer que a autoridade médica do Oregon colete informações sobre os pacientes e
médicos que participem do ato27.
A lei começa por definir certos termos utilizados, onde define que o adulto e todo aquele
com mais de dezoito anos, que deve ser capaz de manifestar sua vontade sobre o
tratamento com o centro medico e aos familiares, sendo as responsabilidades do medico
são:
Determinar inicialmente se o paciente tem uma doença terminal, e capaz e fez o pedido
voluntariamente.
Pedir que o paciente demonstre que mora no estado do Oregon, que pode ser feita com
uma carteira de habilitação do estado ou escritura de propriedade ou comprovante de
votação no estado
E para garantir que o paciente esta realizando uma decisão voluntariamente informar:
Seu diagnostico medico, seu prognostico, riscos potenciais associados com a medicação
prescrita, o resultado provável de se tomar a medicação prescrita, as alternativas factíveis,
incluindo, mas não limitado a controle de dor, confort care e cuidados paliativos.
O pedido é normatizado pela lei, sendo um formulário escrito onde deve se constar
testemunhas.
Será considerado um delito gravíssimo (Class A felony) uma pessoa sem autorização,
deliberadamente alterar, forjar ou destruir documento ou sua revogação e qualquer prova
onde constar o desejo e interesses do paciente, com intento de causar a retenção ou
retirada de sistemas para a manutenção da vida ou administração artificial de nutrição ou
hidratação em que resultem em morte do paciente, sendo uma ofensa um pouco menos
26
SUPREME COURT OF THE UNITED STATES. 546 U.S. 243 (2006). GONZALES, attorney, ET AL v. OREGON ET
AL. Disponível em: <http://www.supremecourt.gov/opinions/05pdf/04-623.pdf> Acesso em: 26 abril 2015
27
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
grave (Class A misdemeanor), caso alterar, forjar ou destruir documentos para afetar a
decisão do tratamento médico28.
13. URUGUAI
O Uruguai é um tem relevante importância no tema da eutanásia, pois, desde 1934, por
meio do Código Penal Uruguaio (Lei n. 9.914), seguindo o conceito de Jiménes de Asua, a lei
prevê que os juízes têm autonomia de isentar de pena à pessoa que comete o chamado
homicídio piedoso29:
Artigo 37; Do homicídio piedoso, os juízes tem a faculdade de exonerar a pena ao sujeito de bons
antecedentes, autor de um homicídio efetuado por motivos de piedade, mediante súplicas reiteradas da
vitima.30
Não sendo permitido a pratica, porem tolerada, permitindo o juiz decidir pela isenção de
pena a quem abreviar a morte de uma pessoa em estado terminal, desde que se encaixe em
alguns requisitos31:
Artigo 315: Determinação ou ajuda ao suicídio assistido: Aquele que faz com que um outro se suicide ou o
ajuda a cometê-lo, se a morte ocorrer, será punido com pena de prisão de prisão de seis meses a seis anos.
A pena máxima pode ser aumentada até o limite de 12 anos, quando a infração for cometida contra uma
pessoa com menos de dezoito anos, ou um sujeito de inteligência ou vontade suprimidas por doença
mental ou abuso de álcool ou uso de drogas32.
14. BRASIL
28
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
29
MOLINARI, Mario. Eutanasia: Analise dos países que permitem". Disponível em:
<http://mariomolinari.jusbrasil.com.br/artigos/116714018/eutanasia-analise-dos-paises-que-permitem>
Acesso em: 26 abril 2015
30
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Capitulo III: De las causas de impunidad.
Disponível em: <http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l1t2.htm> Acesso em: 26 abril 2015
31
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia- Uruguai. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanuru.htm> Acesso em: 26 abril 2015
32
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Titulo XII: De los delitos contra la
personalidad fisica y moral del hombre. Disponível em:
<http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l2t12.htm> Acesso em: 26 abril 2015
No Brasil a eutanásia e tipificada pelo crime de homicídio, listado no Código penal
brasileiro de 1940 no artigo 121, qualificado como doloso, pois inevitavelmente haverá o
animus necandi por parte do agente. Em caso concreto o agente pode ser condenado a uma
pena de reclusão entre 12 a 30 anos. No caso da eutanásia, há atenuante de homicídio
privilegiado, cometido por relevante valor moral, em que prevê a redução de até um terço
da pena(1/3).33
Homicídio simples34
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Aumento de pena
33
PARIZOTTO, Tereza. Jornal da UEM. Eutanásia a luz do direito. Setembro de 2011. Disponível em:
<http://www.jornal.uem.br/2011/index.php/edicoes-2011/87-jornal-101-setembro-2011/759-eutanasia-a-luz-
do-direito.> Acesso em: 26 abril 2015
34
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 121. Parte especial título I
dos crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
35
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 122. Parte especial título I
dos crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
No caso da omissão, que seria uma forma de ortotanásia, o fato não é previsto pelo
Código Penal brasileiro, porem especialmente para o estado de São Paulo, temos a lei dos
Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde de nº 10.241/99, também conhecida como
"Lei Mário Covas", assim expressa:
Art. 2º São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo:
XXIII - recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida 36.
Que é uma forma de ortotanásia, ou seja, o não prolongamento da vida por meio de tratamentos ou
medicamentos fúteis.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
36
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