Você está na página 1de 14

EUTANÁSIA E SUA REGULAMENTAÇÃO NO ÂMBITO JURÍDICO

Leonardo Lael de MATOS1


Emily Ellen da SILVA2
Alessandra Gomes de Faria da Costa Moura
PROJETO INTEGRADOR ORIENTADO II
RESUMO

Este artigo científico tem o intento de brevemente avaliar de como algumas legislações ao
redor do mundo que tratam do tema da eutanásia, suicídio assistido e ortotanásia
classificado e definindo pela lei, analisando de forma jurídica os caso de cada país e também
a forma como o ordenamento jurídico brasileiro trata o tema

PALAVRAS-CHAVE

Eutanásia, suicídio assistido, ortotanásia.

ABSTRACT

This scientific article seeks to slightly evaluate how some laws around the world treats the
subject related to euthanasia, assisted suicide and orthotanasia, sorting and defining it
through the law, analysing the legal procedures in each country’s case and also how the
brazilian laws faces the subject.

KEYWORDS

Euthanasia, assisted suicide, orthotanasia.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO, 1 DEFINIÇÃO GERAL DE EUTANÁSIA, 2 CLASSIFICAÇÃO, 3 ALGUNS PAÍSES QUE


AUTORIZAM E REGULAMENTAM A EUTANÁSIA, 4 BÉLGICA, 5 HOLANDA, 6 CRITÉRIOS DA
"TERMINATION OF LIFE ON REQUEST AND ASSISTED SUICIDE ACT”, 7 CASO POSTMA, 8
SUÍÇA, 9 LEGISLAÇÃO SUÍÇA, 10 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 11 OREGON, 12
CARACTERÍSTICAS DA LEI “OREGON DEATH WITH DIGNITY ACT”, 13 URUGUAI, 14 BRASIL,
CONCLUSÃO, BIBLIOGRAFIA.

INTRODUÇÃO

Eutanásia, derivado do termo grego (eu, boa) e (thanatos, morte) que pode ser
entendido como boa morte ou morte sem dor, sendo tal termo cunhado por Francis Bacon,
em 1623 como sendo um tratamento adequado a doenças incuráveis, tal procedimento é
usado a séculos pelo homem a fim de se evitar a distanásia (morte dolorosa, agonia lenta,
antônimo de eutanásia).
1
Graduando do Curso de Direito na Faculdade Nossa Cidade – FNC, e-mail: leonardolael91@gmail.com RA:
11559.

2
Graduando do Curso de Direito na Faculdade Nossa Cidade – FNC.
Desde a Grécia antiga já se falava em eutanásia e há relatos de que eram praticadas na
Índia, onde os doentes incuráveis eram levados a margem do rio Ganges e obstruíam suas
bocas e narinas com barro e atirados ao rio e pelos antigos povos celtas em que era uma
tradição os filhos matarem os pais quando se encontravam velhos e doentes 3.

1. DEFINIÇÃO GERAL DE EUTANÁSIA

Em sentido amplo a eutanásia implica uma morte suave e indolor. No seu sentido
restrito, implica o ato de terminar a vida de uma pessoa. A eutanásia pode ocorrer por vários
motivos: vontade do doente; porque os doentes representam uma ameaça para a sociedade
(eutanásia eugênica); ou porque o tratamento da doença implica uma grande despesa
(eutanásia econômica) fato muito comum na China4.

A eutanásia é considerada crime em diversos países, porem há alguns que já


regulamentam o seu uso.

No ordenamento jurídico brasileiro, quanto à eutanásia, muitos defendem o principio da


dignidade humana, onde uma morte lenta e dolorosa (distanásia) pode gerar um grande
sofrimento para a pessoa e sua família, porem este mesmo princípio esbarra em outro
princípio fundamental, a indisponibilidade da vida humana, porém muitos asseveram que
uma vida sem o seu bem estar, sendo apenas mero adiamento da morte e em estado
vegetativo não traz nenhuma dignidade a pessoa.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…)
III - a dignidade da pessoa humana5.

Art. 5º (artigo que trata dos direitos fundamentais individuais)


III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante 6.
A morte termina a existência da pessoa natural (art. 10 do Código Civil), que deixa de ser
sujeito de direitos e deveres. O paciente terminal, em agonia, em grande sofrimento, ainda
mantém a personalidade jurídica, pois vive7.
3
GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
4
INSTITUTO HUMANAS UNISINOS apud CORRIERE DELLA SERA. 23 MARÇO 2007. Eutanásia. Uma jovem divide
a China. Disponível em: < http: //www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/6037-eutanasia-uma-jovem-
divide-a-china> Acesso em: 25 abril 2015
5
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Artigo 1º “III”TÍTULO I Dos
Princípios Fundamentais. Disponível em: <https://
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 26 abril 2015
6
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Artigo 5º “III” TÍTULO II Dos Direitos
e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS .
Disponível em: <https:// http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>
Acesso em: 26 abril 2015
7
DODGE, Raquel. Revista Bioética. Eutanásia – aspectos jurídicos. Disponível
em:<http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/viewFile/299/438> Acesso em: 26
2. CLASSIFICAÇÃO

Atualmente a eutanásia pode ser classificada de várias formas, de acordo com o critério


considerado.

Quanto ao tipo de ação da eutanásia:

Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente,


por fins misericordiosos.

Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação


terminal, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida
extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento.

Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma consequência


indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um
paciente terminal8.

Distanásia: a morte dolorosa e lenta, o termo distanásia foi proposto em 1904, por
Morache, e tem sido empregado para definir a morte prolongada e acompanhada de
sofrimento, associando-se à ideia da manutenção da vida através de processos terapêuticos
9
onde se estende a vida por meios tecnológicos, não importando a qualidade de vida 10.

Suicídio assistido: é cometido com o auxilio de outra pessoa, às vezes um médico,


que necessita estar sabidamente e intencionalmente fornecendo uma pessoa com o
conhecimento ou meios ou ambos para cometer suicídio, incluindo aconselhamento sobre
doses letais de medicamentos, prescrevendo ou suprindo as drogas. Muitas das vezes é
confundido com a eutanásia, nestes casos o medico administra a forma da morte, no suicídio
assistido, é sempre feito com o consentimento e pedido do paciente, desde que ele mesmo
(o paciente) administre os meios da morte11.

Ortotanasia: provem dos vocábulos gregos (orthos, reto e ajustado a razão) e (thanatos,
morte), designa a atuação em casos onde se encontre o paciente em estado terminal, sendo

abril 2015
8
GOLDIM, José Roberto apud FRANCISCONI, Carlos Fernando. Tipos de Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutantip.htm> Acesso em: 26 abril 2015
9
NABARRO, S. W. Morte: Dilemas Éticos do Morrer. Arquivos do Conselho Regional de Medicina do Paraná, v.
23, n. 92, out/dez 2006, p. 195
10
MENEZES, Milene Barcellos de; SELLI, Lucilda; ALVES, Joseane de Souza. Distanásia: percepção dos
profissionais da enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 17, n. 4, p. 443-448, Aug. 
2009 .   Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692009000400002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em  26  Abril  2015.
11
Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. "American Heritage Dictionary". Disponivel em:
<https://www.ahdictionary.com/word/search.html?q=assisted+suicide&submit.x=0&submit.y=0> Acesso em 
26  Abril  2015
que se abstém de tratamentos e medicação fútil para mantimento da vida, recorrendo a
medidas razoáveis até que a morte chega.

3. ALGUNS PAÍSES QUE AUTORIZAM E REGULAMENTAM A EUTANÁSIA

A maioria dos países que autorizam a eutanásia encontra-se na Europa, onde um


pensamento mais humanista e sem viés religioso voltado ao bem estar da pessoa dentre
estes países:

Estados Unidos da America, estado do Oregon, Washington, Oregon, Vermont e


Bernalillo County, Novo Mexico , somente suicídio com auxilio médico);

Suíça (desde 1942 com ou sem auxilio médico);

Bélgica (2002, permite a eutanásia, mas não define o método;

Holanda, eutanásia voluntaria e suicídio com auxilio médico, legal desde abril de 2002,
não punível pelos tribunais desde 198412.

4. BÉLGICA

A Bélgica é um país onde a eutanásia é regulamentada desde 2002, onde ate mesmo
crianças com capacidade de discernimento podem optar pela eutanásia 13.

A lei belga foi derivada de uma diretriz emanada pelo Comitê Consultivo Nacional de
Bioética daquele país, Diferentemente da lei da Holanda que surgiu de uma longa trajetória
de casos, ou seja, de uma jurisprudência prévia, a lei belga surgiu de um debate sobre a sua
necessidade e adequação14.

Até em casos onde há uma doença mental constatada e um pedido formal do paciente é
possível obter a eutanásia ativa, Van Den Bleeken, um preso condenado por pedofilia na
Bélgica foi o primeiro a utilizar este direito, que o foi concedido no final de setembro de
2015, onde alegava tinha fortes alucinações sexuais e que não tinha um tratamento
adequado á sua doença. Porem o pedido foi negado pelos médicos, assim o ministro da
justiça da Bélgica, Koen Geens, anunciou um plano para tratamento de presos em situações
análogas a ser apresentado em seis meses e o condenado transferido para um centro de
tratamento psiquiátrico em Gante15.

12
HUMPHRY, Derek. 01 março 2005. Tread Carefully When You Help to Die Assisted Suicide Laws Around the
World. Disponivel em: <http://www.assistedsuicide.org/suicide_laws.html> Acesso em: 25 abril 2015
13
SIZA, Rita. Publico. Parlamento belga alarga lei da eutanásia a menores de idade. Disponível em: <http:
//www.publico.pt/mundo/noticia/parlamento-belga-alarga-lei-da-eutanasia-a-menores-de-idade-1623614>
Acesso em: 25 abril 2015
14
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Bélgica. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutabel.htm> Acesso em: 25 abril 2015
15
EL UNIVERSAL. Caracas, Venezuela. Cancelan medida de eutanasia para asesino y pedofilo belga. (EM
ESPANHOL) Disponível em: < http://www.eluniversal.com/internacional/150106/cancelan-medida-de-
eutanasia-para-asesino-y-pedofilo-belga > Acesso em: 26 abril 2015
A lei que dispõe sobre a eutanásia na Belgica é a “The Belgium Act on Euthanasia of May
28th 2002”.

Para o direito belga a eutanásia é:

A terminação intencional da vida por alguém outro que não a pessoa em questão, como seu ultimo
pedido.16

Algumas características da lei belga presentes em lei

Onde o medico que realiza a eutanásia não comete nenhum delito se assegurar que:

Que o paciente atingiu a sua maioridade ou é um menor emancipado, legalmente


competente e consciente no momento do pedido.

Que o pedido seja recorrente, voluntario e não seja resultado de nenhuma pressão
externa.

Que o paciente esteja em uma condição física insuportável ou sofrimento mental que
não pode ser aliviado resultado de uma doença incurável ou acidente.

5. HOLANDA

A Holanda é um dos países onde a eutanásia assim como o suicídio assistido são
permitidos, sendo o pioneiro no mundo a adotar esse posicionamento, alterando os artigos
293 e 294 da lei criminal holandesa. A legalização foi aprovada em 10 de abril de 2001,
entrando em vigor em abril de 200217.

Sendo regulada pela "Termination of Life on Request and Assisted Suicide (Review
Procedures) Act" ela expressa que a eutanásia assistida por um medico não é punida se
atender os atos médicos de acordo com o critério de devido cuidado.

Usada em casos muito específicos e circunstâncias especiais. A lei foi proposta por Els
Bosrt, o ministro da saúde holandês, tendo o procedimento sido uma convenção da
comunidade médica holandesa por vinte anos antes da lei ser promulgada.

6. CRITÉRIOS DA "TERMINATION OF LIFE ON REQUEST AND ASSISTED ACT18"

O sofrimento do paciente é insuportável sem futura melhora.

16
BELGICA. The Belgium Act on Euthanasia of May 28th 2002. Disponível em: <http: //www.ethical-
perspectives.be/viewpic.php?TABLE=EP&ID=59> Acesso em: 25 abril 2015
17
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Holanda. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanhol.htm> Acesso em: 25 abril 2015
18
HOLANDA. Review procedures of termination of life on request and assisted suicide and amendment to the
Penal Code (Wetboek van Strafrecht) and the Burial and Cremation Act (Wet op de lijkbezorging), de 1º de abril
de 2002. Disponível em: <http://www.eutanasia.ws/documentos/Leyes/Internacional/Holanda%20Ley
%202002.pdf> Acesso em: 25 abril 2015
O pedido do paciente para eutanásia dever ser voluntario e persistente sobre o tempo, o
pedido não pode ser garantido quando sob influencia de outrem, doença psicológica ou de
drogas.

O paciente deve estar completamente ciente de sua condição, evolução e opções.

Deve haver consultas com no mínimo outro medico independente que necessita
confirmar as condições acima.

A morte dever ser realizada em forma clinicamente apropriada pelo medico e este deve
estar presente.

O paciente deve ter pelo menos doze anos, se tiver entre doze e dezesseis anos, dever
ser autorizado pelos pais.

Esses critérios levam em consideração também a falta de alternativas razoáveis e uma


segunda opinião médica, nesses critérios há também o método para terminação da vida,
para demonstrar sua observância, a lei requer que o medico reporte a eutanásia um comitê
revisor19.

Tal lei condiz com uma serie de casos em que o paciente pediu ou sofreu a eutanásia
pela sua família, onde surgiu a necessidade de regulamentar e autorizar os atos.

Para a eutanásia, no entanto as condições são muito restritas. Primeiro os médicos


deverão assegurar-se de que o doente passa por "sofrimentos insuportáveis" devido a uma
doença medicamente diagnosticada, que não tem nenhuma esperança de sobrevivência e
que deseja efetivamente pôr fim à vida20.

A eutanásia continua sendo um crime em casos onde não se enquadram a especificações


da lei, com exceção de uma serie de situações que não são matéria para as restrições da lei
em si, por que são consideradas como prática medica convencional:

Parar ou não iniciar um tratamento inútil (tratamento fútil).

Parar ou não iniciar um tratamento a pedido do paciente.

Acelerar a morte como efeito colateral de tratamento necessário para aliviar sofrimento.

7. CASO POSTMA

Em 1973, na Holanda, uma médica geral, Dra. Geertruida Postma, foi julgada por
eutanásia, praticada em sua mãe, com uma dose letal de morfina. A mãe havia feito
reiterados pedidos para morrer. Foi processada e condenada por homicídio, com uma pena
19
BUITING H, van Delden J, ONWUTEAKA-PHILPSEN B et al. (2009). "Reporting of euthanasia and physician-
assisted suicide in the Netherlands: descriptive study". BMC Med Ethics. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2781018/> Acesso em: 26 abril 2015
20
Folha de S. Paulo. France Presse, Haia. Holanda legaliza eutanásia sob protestos. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u23185.shtm> Acesso em: 25 abril 2015
de prisão de uma semana (suspensa), e liberdade condicional por um ano. Neste julgamento
foram estabelecidos os critérios para ação do médico21.

Os cinco critérios, propostos em 1973, durante o julgamento do caso Postma, e


estabelecidos pela Corte de Rotterdam, em 1981, para a ajuda à morte não penalizável, por
um médico, são os seguintes:

A solicitação para morrer deve ser uma decisão voluntária feita por um paciente
informado; 
A solicitação deve ser bem considerada por uma pessoa que tenha uma compreensão clara e
correta de sua condição e de outras possibilidades.

A pessoa deve ser capaz de ponderar estas opções, e deve ter feito tal ponderação;  
o desejo de morrer deve ter alguma duração; 
deve haver sofrimento físico ou mental que seja inaceitável ou insuportável;
a consultoria com um colega é obrigatória 22.

Com uma breve análise vemos que estes critérios se aproximam muito dos quais são
hoje a lei na Holanda, notamos que a jurisprudência foi o arcabouço da lei que viria ser
promulgada em 2002.

8. SUÍÇA

A Suíça tem legalmente permitido o suicídio assistido desde 1942, por exemplo, drogas
letais podem ser prescritas desde que o beneficiário tenha um papel ativo na administração
da droga, já a eutanásia, como a administração de uma injeção letal não é legalizada, a lei
não requer que um médico esteja envolvido e também não requer que o paciente seja
suíço23, com essa peculiaridade, a lei é única no mundo, contribuindo para um fenômeno
conhecido como “turismo do suicídio”. No período entre 2008 a 2012, (611) pessoas
utilizaram a lei para o suicídio assistido, sendo os alemães (268), pais vizinho da Suíça, os
maiores clientes, seguido de britânicos (126), franceses (66), italianos (44) e (21)
americanos24.

9. LEGISLAÇÃO SUÍÇA

A legalidade do suicídio assistido é o resultado do artigo 115 do Código Criminal Suíço


(Strafgesetzbuch), em efeito desde 1942, que dispõe:
21
GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
22
GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
23
HURST, Samia, MAURON, Alex. (Fevereiro 2003). "Assisted suicide and euthanasia in Switzerland: allowing a
role for non-physicians". Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1125125/> Acesso
em: 26 abril 2015
24
SANCHES, Andreia. Duplicaram os estrangeiros que foram à Suíça para morrer, três eram portugueses.
Público. Disponível em: < http://www.publico.pt/sociedade/noticia/duplicaram-os-estrangeiros-que-foram-a-
suica-para-morrer-tres-eram-portugueses-1667317> Acesso em: 26 abril 2015
Incitação e suicídio assistido: qualquer pessoa que egoicamente incita ou auxilia outrem
a cometer ou a tentativa de suicídio, se outra pessoa depois disto comete ou tenta cometer
suicídio, será passível de pena privativa de liberdade não excedendo cinco anos ou pena de
multa25.

Consequentemente, auxiliar em um suicídio somente é um crime se o motivo para tal é


egóico, que traga um beneficio á pessoa que o faz.

Quando um suicídio assistido é declarado, um inquérito policial é iniciado. Desde que


nenhum crime seja cometido na falta de motivo egóico, o inquérito é rapidamente fechado.
A acusação pode acontecer se houver duvidas sobre a competência do paciente em fazer
uma escolha autônoma, ou se houver alguma motivação de qualquer um envolvido no
auxilio do suicídio.

O artigo 115 foi interpretado como uma permissão legal para estabelecer organizações
que realizam o suicídio assistido somente na década de 1980, quase quarenta anos após
tomar efeito o código.

Toda forma de eutanásia ativa e proibida, onde a lei só permite oferecer os meios para
cometer o suicídio, e as razoes para fazer tal dever ser altruístas.

10. ESTADOS UNIDOS

Eutanásia é ilegal nos Estados Unidos, porem a morte com auxilio médico ou suicídio
assistido é legal nos estados de Washington, Oregon, Vermont e o condado de Bernalillo
no Novo México.

Após a descoberta do éter, médicos começaram a defender o uso de anestésicos para


aliviar a dor da morte, em 1870, Samuel Willians, propôs inicialmente o uso de anestésicos e
morfina para intencionalmente terminar a vida de pacientes, nos próximos 35 anos, debates
sobre a eutanásia emergiram nos Estados Unidos em que resultaram na lei de Ohio para
legalizar a eutanásia em 1906, que foi por fim derrotada.

A eutanásia volta a ser discutida entre os anos de 1960 a 1970, sob o lema direito-de-
morrer, onde médicos auxiliavam na morte pela bioética liberal por conta própria.

11. OREGON

A medida 16 em 1994 estabeleceu o “Oregon Death with Dignity Act” que legaliza o
suicídio com auxilio medico com certas restrições, fazendo o Oregon o primeiro estado nos
Estados Unidos a legalizar o ato. A medida foi aprovada em 8 de novembro de 1994 em
plebiscito, porem a lei quase foi derrubada em 1997, em 2005 após diversas tentativas dos
25
SUIÇA. Strafgesetzbuch, Code pénal suisse, Codice penale svizzero, de 1º janeiro 1942. Artigo 115. Disponível
em: <http://www.admin.ch/ch/e/rs/311_0/a115.html#fn1> Acesso em: 26 abril 2015
legisladores em revogar a lei a Suprema Corte dos Estados Unidos deliberou por manter a lei
acatando os argumentos do caso Gonzales v. Oregon26.

A lei permite que os cidadãos do Oregon terminem com sua vida pela administração
voluntaria de medicação letal, expressamente prescrita por um medico para este propósito,
a lei requer que a autoridade médica do Oregon colete informações sobre os pacientes e
médicos que participem do ato27.

12. CARACTERISTICAS DA LEI “OREGON DEATH WITH DIGNITY ACT”

A lei começa por definir certos termos utilizados, onde define que o adulto e todo aquele
com mais de dezoito anos, que deve ser capaz de manifestar sua vontade sobre o
tratamento com o centro medico e aos familiares, sendo as responsabilidades do medico
são:

Determinar inicialmente se o paciente tem uma doença terminal, e capaz e fez o pedido
voluntariamente.

Pedir que o paciente demonstre que mora no estado do Oregon, que pode ser feita com
uma carteira de habilitação do estado ou escritura de propriedade ou comprovante de
votação no estado

E para garantir que o paciente esta realizando uma decisão voluntariamente informar:

Seu diagnostico medico, seu prognostico, riscos potenciais associados com a medicação
prescrita, o resultado provável de se tomar a medicação prescrita, as alternativas factíveis,
incluindo, mas não limitado a controle de dor, confort care e cuidados paliativos.

Sendo o período da prescrição médica de no máximo quinze dias, e o paciente tem o


direito de rescindir o pedido a qualquer momento, não importando sua capacidade mental.

O pedido é normatizado pela lei, sendo um formulário escrito onde deve se constar
testemunhas.

Será considerado um delito gravíssimo (Class A felony) uma pessoa sem autorização,
deliberadamente alterar, forjar ou destruir documento ou sua revogação e qualquer prova
onde constar o desejo e interesses do paciente, com intento de causar a retenção ou
retirada de sistemas para a manutenção da vida ou administração artificial de nutrição ou
hidratação em que resultem em morte do paciente, sendo uma ofensa um pouco menos

26
SUPREME COURT OF THE UNITED STATES. 546 U.S. 243 (2006). GONZALES, attorney, ET AL v. OREGON ET
AL. Disponível em: <http://www.supremecourt.gov/opinions/05pdf/04-623.pdf> Acesso em: 26 abril 2015
27
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
grave (Class A misdemeanor), caso alterar, forjar ou destruir documentos para afetar a
decisão do tratamento médico28.

13. URUGUAI

O Uruguai é um tem relevante importância no tema da eutanásia, pois, desde 1934, por
meio do Código Penal Uruguaio (Lei n. 9.914), seguindo o conceito de Jiménes de Asua, a lei
prevê que os juízes têm autonomia de isentar de pena à pessoa que comete o chamado
homicídio piedoso29:

Artigo 37; Do homicídio piedoso, os juízes tem a faculdade de exonerar a pena ao sujeito de bons
antecedentes, autor de um homicídio efetuado por motivos de piedade, mediante súplicas reiteradas da
vitima.30

Não sendo permitido a pratica, porem tolerada, permitindo o juiz decidir pela isenção de
pena a quem abreviar a morte de uma pessoa em estado terminal, desde que se encaixe em
alguns requisitos31:

Ter bons antecedentes.

Ser realizado por motivo piedoso.

A vitima ter feito reiteradas súplicas.

No caso de suicídio assistido é considerado um crime se enquadrando no artigo 315


do código penal uruguaio, não tendo a previsão de exoneração de pena.

Artigo 315: Determinação ou ajuda ao suicídio assistido: Aquele que faz com que um outro se suicide ou o
ajuda a cometê-lo, se a morte ocorrer, será punido com pena de prisão de prisão de seis meses a seis anos.
A pena máxima pode ser aumentada até o limite de 12 anos, quando a infração for cometida contra uma
pessoa com menos de dezoito anos, ou um sujeito de inteligência ou vontade suprimidas por doença
mental ou abuso de álcool ou uso de drogas32.

14. BRASIL

28
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
29
MOLINARI, Mario. Eutanasia: Analise dos países que permitem". Disponível em:
<http://mariomolinari.jusbrasil.com.br/artigos/116714018/eutanasia-analise-dos-paises-que-permitem>
Acesso em: 26 abril 2015
30
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Capitulo III: De las causas de impunidad.
Disponível em: <http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l1t2.htm> Acesso em: 26 abril 2015
31
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia- Uruguai. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanuru.htm> Acesso em: 26 abril 2015
32
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Titulo XII: De los delitos contra la
personalidad fisica y moral del hombre. Disponível em:
<http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l2t12.htm> Acesso em: 26 abril 2015
No Brasil a eutanásia e tipificada pelo crime de homicídio, listado no Código penal
brasileiro de 1940 no artigo 121, qualificado como doloso, pois inevitavelmente haverá o
animus necandi por parte do agente. Em caso concreto o agente pode ser condenado a uma
pena de reclusão entre 12 a 30 anos. No caso da eutanásia, há atenuante de homicídio
privilegiado, cometido por relevante valor moral, em que prevê a redução de até um terço
da pena(1/3).33

Segue o texto da lei;

Homicídio simples34

Art. 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Caso de diminuição de pena

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.

O suicídio assistido é tipificado como induzimento ao suicídio listado no Código penal


pelo artigo 122, que inclui o fornecimento de medicação ou métodos para que seja feito o
suicídio segundo posição majoritária, não é admitida tentativa, visto que: - Induzimento com
resultado morte, aplica-se art.122, forma consumada (2-6 anos) - Induzimento com
resultado lesão corporal grave, aplica-se art.122, forma consumada (1-3 anos) - Induzimento
sem produção de resultados (fato atípico).

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio35

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

Parágrafo único - A pena é duplicada:

Aumento de pena

I - se o crime é praticado por motivo egoístico;

II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

33
PARIZOTTO, Tereza. Jornal da UEM. Eutanásia a luz do direito. Setembro de 2011. Disponível em:
<http://www.jornal.uem.br/2011/index.php/edicoes-2011/87-jornal-101-setembro-2011/759-eutanasia-a-luz-
do-direito.> Acesso em: 26 abril 2015
34
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 121. Parte especial título I
dos crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
35
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 122. Parte especial título I
dos crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
No caso da omissão, que seria uma forma de ortotanásia, o fato não é previsto pelo
Código Penal brasileiro, porem especialmente para o estado de São Paulo, temos a lei dos
Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde de nº 10.241/99, também conhecida como
"Lei Mário Covas", assim expressa:

Art. 2º São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo:
XXIII - recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida 36.

Que é uma forma de ortotanásia, ou seja, o não prolongamento da vida por meio de tratamentos ou
medicamentos fúteis.

CONCLUSÃO

No Brasil, a eutanásia continua sendo um crime, mesmo após diversas tentativas do


legislativo tentar aprovar leis sobre a matéria, ao passo que a medicina e os tratamentos
avançam, a vida pode ser prolongada cada vez mais, mas isto nem sempre reflete uma
melhor qualidade de vida, e por mais que a medicina avançou nestes anos, ainda não temos
como retirar pessoas do coma ou estado vegetativo e algumas doenças ainda não tem cura,
que pode gerar muita tristeza e sofrimento às famílias. O ordenamento jurídico brasileiro é
silente quanto ao caso da eutanásia, porém a Constituição Federal elenca direitos sobre a
dignidade da pessoa humana ao mesmo tempo em que também dispõe sobre a
indisponibilidade da vida, que seria o bem mais valioso presente no diploma constitucional.
O legislador deve se atentar quanto à evolução da sociedade e da medicina e garantir um
bem estar para seus cidadãos onde todos os direitos e garantias constitucionais estejam
presentes.

BIBLIOGRAFIA

GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da eutanásia. Disponível em:


< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
INSTITUTO HUMANAS UNISINOS apud CORRIERE DELLA SERA. 23 MARÇO 2007. Eutanásia. Uma jovem divide a
China. Disponível em: < http: //www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/6037-eutanasia-uma-jovem-
divide-a-china> Acesso em: 25 abril 2015
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Artigo 1º “III”TÍTULO I Dos Princípios
Fundamentais. Disponível em: <https://
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 26 abril 2015
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Artigo 5º “III” TÍTULO II Dos Direitos e
Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS . Disponível em: <https://
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 26 abril 2015
DODGE, Raquel. Revista Bioética. Eutanásia – aspectos jurídicos. Disponível
em:<http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/viewFile/299/438> Acesso em: 26
abril 2015

36
BRASIL, ESTADO DE SÃO PAULO. Lei Estadual Nº 10.241, de 17 de março de 1999. Artigo 2º. “XIII”. Disponível
em: < http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/dh/volume%20i/saudelei10241.htm>
Acesso em: 26 abril 2015
GOLDIM, José Roberto apud FRANCISCONI, Carlos Fernando. Tipos de Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutantip.htm> Acesso em: 26 abril 2015
NABARRO, S. W. Morte: Dilemas Éticos do Morrer. Arquivos do Conselho Regional de Medicina do Paraná, v.
23, n. 92, out/dez 2006, p. 195
MENEZES, Milene Barcellos de; SELLI, Lucilda; ALVES, Joseane de Souza. Distanásia: percepção dos profissionais
da enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 17, n. 4, p. 443-448, Aug.  2009 .   Disponivel
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692009000400002&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em  26  Abril  2015.
Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. "American Heritage Dictionary". Disponivel em:
<https://www.ahdictionary.com/word/search.html?q=assisted+suicide&submit.x=0&submit.y=0> Acesso em 
26  Abril  2015
HUMPHRY, Derek. 01 março 2005. Tread Carefully When You Help to Die Assisted Suicide Laws Around the
World. Disponivel em: <http://www.assistedsuicide.org/suicide_laws.html> Acesso em: 25 abril 2015
SIZA, Rita. Publico. Parlamento belga alarga lei da eutanásia a menores de idade. Disponível em: <http:
//www.publico.pt/mundo/noticia/parlamento-belga-alarga-lei-da-eutanasia-a-menores-de-idade-1623614>
Acesso em: 25 abril 2015
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Bélgica. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutabel.htm> Acesso em: 25 abril 2015
EL UNIVERSAL. Caracas, Venezuela. Cancelan medida de eutanasia para asesino y pedofilo belga. (EM
ESPANHOL) Disponível em: < http://www.eluniversal.com/internacional/150106/cancelan-medida-de-
eutanasia-para-asesino-y-pedofilo-belga > Acesso em: 26 abril 2015
BELGICA. The Belgium Act on Euthanasia of May 28th 2002. Disponível em: <http: //www.ethical-
perspectives.be/viewpic.php?TABLE=EP&ID=59> Acesso em: 25 abril 2015
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia – Holanda. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanhol.htm> Acesso em: 25 abril 2015
HOLANDA. Review procedures of termination of life on request and assisted suicide and amendment to the
Penal Code (Wetboek van Strafrecht) and the Burial and Cremation Act (Wet op de lijkbezorging), de 1º de abril
de 2002. Disponível em: <http://www.eutanasia.ws/documentos/Leyes/Internacional/Holanda%20Ley
%202002.pdf> Acesso em: 25 abril 2015
BUITING H, van Delden J, ONWUTEAKA-PHILPSEN B et al. (2009). "Reporting of euthanasia and physician-
assisted suicide in the Netherlands: descriptive study". BMC Med Ethics. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2781018/> Acesso em: 26 abril 2015
Folha de S. Paulo. France Presse, Haia. Holanda legaliza eutanásia sob protestos. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u23185.shtm> Acesso em: 25 abril 2015
GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
GOLDIM, José Roberto. Breve histórico da Eutanásia. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/euthist.htm> Acesso em: 26 abril 2015
HURST, Samia, MAURON, Alex. (Fevereiro 2003). "Assisted suicide and euthanasia in Switzerland: allowing a
role for non-physicians". Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1125125/> Acesso
em: 26 abril 2015
SANCHES, Andreia. Duplicaram os estrangeiros que foram à Suíça para morrer, três eram portugueses. Público.
Disponível em: < http://www.publico.pt/sociedade/noticia/duplicaram-os-estrangeiros-que-foram-a-suica-
para-morrer-tres-eram-portugueses-1667317> Acesso em: 26 abril 2015
SUIÇA. Strafgesetzbuch, Code pénal suisse, Codice penale svizzero, de 1º janeiro 1942. Artigo 115. Disponível
em: <http://www.admin.ch/ch/e/rs/311_0/a115.html#fn1> Acesso em: 26 abril 2015
SUPREME COURT OF THE UNITED STATES. 546 U.S. 243 (2006). GONZALES, attorney, ET AL v. OREGON ET AL.
Disponível em: <http://www.supremecourt.gov/opinions/05pdf/04-623.pdf> Acesso em: 26 abril 2015
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ESTADO DO OREGON. Oregon Death with Dignity Act, de 27 outubro 1997.
Chapter 127: Death with Dignity Act. Disponível em:
<https://public.health.oregon.gov/ProviderPartnerResources/EvaluationResearch/DeathwithDignityAct/
Pages/ors.aspx> Acesso em: 26 abril 2015
MOLINARI, Mario. Eutanasia: Analise dos países que permitem". Disponível em:
<http://mariomolinari.jusbrasil.com.br/artigos/116714018/eutanasia-analise-dos-paises-que-permitem>
Acesso em: 26 abril 2015
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Capitulo III: De las causas de impunidad. Disponível
em: <http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l1t2.htm> Acesso em: 26 abril 2015
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia- Uruguai. Disponível em:
< http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanuru.htm> Acesso em: 26 abril 2015
URUGUAI. CÓDIGO PENAL Lei n. 9.914 de 29 de junho de 1934. Titulo XII: De los delitos contra la personalidad fisica
y moral del hombre. Disponível em: <http://www.parlamento.gub.uy/Codigos/CodigoPenal/l2t12.htm> Acesso
em: 26 abril 2015
PARIZOTTO, Tereza. Jornal da UEM. Eutanásia a luz do direito. Setembro de 2011. Disponível em:
<http://www.jornal.uem.br/2011/index.php/edicoes-2011/87-jornal-101-setembro-2011/759-eutanasia-a-luz-
do-direito.> Acesso em: 26 abril 2015
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 121. Parte especial título I dos
crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
BRASIL.Código Penal. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Artigo 122. Parte especial título I dos
crimes contra a pessoa capítulo I dos crimes contra a vida . Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm> Acesso em: 26 abril 2015
BRASIL, ESTADO DE SÃO PAULO. Lei Estadual Nº 10.241, de 17 de março de 1999. Artigo 2º. “XIII”. Disponível
em: < http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/dh/volume%20i/saudelei10241.htm>
Acesso em: 26 abril 2015

Você também pode gostar