Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EUTANÁSIA:
A palavra “eutanásia” tem origem grega e representa “boa morte”.
Índia antiga:
Os incuráveis eram jogados no Ganges, depois de se lhes vedar a boca e as narinas com a
lama sagrada.
Grécia antiga:
Espartanos, lançavam do alto do Monte Taijeto os recém-nascidos deformados e até
anciãos.
Em Atenas, o Senado tinha o poder absoluto de decidir sobre a eliminação dos velhos e
incuráveis, dando-lhes o conium maculatum – bebida venosa, em cerimônias especiais.
Idade Média:
Ofereciam-se aos guerreiros feridos um punhal muito afiado, conhecido por misericórdia,
que lhes servia para evitar o sofrimento e a desonra.
Assim admitida na antiguidade, a eutanásia só foi condenada a partir do cristianismo, em
cujos princípios a vida tinha o caráter sagrado.
No entanto, foi a partir do sentimento que cerca o direito moderno que a eutanásia tomou
caráter criminoso, como proteção irrecusável do mais valioso dos bens: a vida.
Ética:
Enquanto houver a mais remota possibilidade de reversão do quadro de morte inevitável
deve-se sustentar a manutenção da vida, mas, em caso contrário, o que a ética
determina é a priorização do segundo pilar: o alívio do sofrimento.
Quando desistir da vida?
O princípio prioritário é o da beneficência e, mesmo que o tratamento implique em
algum sofrimento, o objetivo é a preservação da vida.
A Medicina de hoje, quando avança na possibilidade de salvar mais vidas e cria
inevitavelmente complexos dilemas éticos.
O cenário da morte e a situação de paciente terminal são as condições que ensejam
maiores conflitos neste contexto, levando-se em conta os princípios, às vezes antagônicos:
Preservação da vida
Alívio do sofrimento
Uma série de questões éticas e morais afloram no contexto da terminalidade da vida:
Direitos do paciente em relação à verdade sobre suas reais condições;
Objetivos da atuação médica;
Paradoxos entre a consciência e a legalidade.
Em condições em que a cura não é mais uma possibilidade, os objetivos precisam estar
direcionados para:
Não-maleficência = não causar dano ou dor desnecessários e sem justificativa
A autonomia em recusar tratamentos:
Precisa ser avaliada dentro desta perspectiva das condições de recuperação.
Terminalidade da vida:
Tipos:
Eutanásia
Ortotanásia
Distanásia
Mistanásia – contribuir para o óbito seja mais rápido (ex: tirar a floresta dos índios,
estimular a não usar máscara na pandemia).
A Eutanásia pode ser conceituada como a conduta de terceiro (não necessariamente
médico) que provoca a morte em alguém que se encontra em profundo sofrimento,
vítima de uma doença incurável.
Por Ortotanásia entende-se o não prolongamento do processo de morte, deixando esta
ocorrer naturalmente. Seria a chamada “boa morte” e, ao contrário da Eutanásia, é
sempre praticada por um médico. Dentro da Ortotanásia estão alocados os cuidados
paliativos, que são práticas de uma equipe multidisciplinar que visa proporcionar
conforto físico, psicológico e religioso ao paciente que já está em processo de morte.
A Distanásia é o prolongamento artificial do processo de morte, causando sofrimento
desnecessário ao enfermo, ou seja, algo equiparável à tortura.
Na Mistanásia temos a morte antes e fora de seu tempo, p.ex., morte que pode vir a
ocorrer em casos de omissão de socorro. Assim, as condutas negligentes, imprudentes e
imperitas podem culminar com o processo de Mistanásia, ou seja, a morte miserável.