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A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética, Ciências Humanas e o
Direito, fundamentando princípios éticos que regem a vida quando a mesma é colocada em
risco pela Medicina ou pelas ciências. Bioética é uma junção dos radicais “bio”, que advém do
grego ‘bios’ e significa vida no sentido animal e fisiológico, ou seja, bio é vida pulsante dos
animais, aquela que nos mantém vivos, e ‘ethos’, que diz respeito à conduta moral.
As preocupações da Bioética alcançam hoje outras formas de vida que não a humana, mas que
esteja de alguma forma, intrinsecamente ligado a Medicina moderna e aos avanços que a
ciência provocou e provoca atualmente.
O Aborto e a Eutanásia também geram debates acalorados entre cientistas, médicos, religiosos
e juristas, que apresentam muitas divergências, já que cada um defende um ponto de vista
com base em sua área e opinião.
Nas décadas de 80 e 90, o debate entre vegetarianismo e veganismo como posturas coerentes
com uma sociedade que respeita os animais, se popularizou e ganhou força, assim como
muitos adeptos. A partir disso, a Bioética também incorporou em seus estudos o direito dos
animais, tratando não somente do abate para consumo da carne, mas como da utilização de
animais em testes de cosméticos.
Origem
O conceito de Bioética foi usado pela primeira vez na publicação do livro “Bioética: uma
revisão do relacionamento ético dos humanos em relação aos animais e plantas.” escrito por
Fritz Jahr e publicado na década de 30. Quando criou o conceito, Fritz se referia ao respeito
que deveria basear as relações dos seres humanos com a natureza, defendendo que esse
relacionamento não poderia deixar de considerar a ética.
Mas foi a partir de Andre Hellegers, um médico, que conhecemos a Bioética “atual”. O mesmo
foi pioneiro em estudar a aplicação da ética na prática médica, especialmente na reprodução
humana, com foco em garantir dignidade e o respeito aos valores éticos dos pacientes.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Bioética é uma das principais responsáveis pela expansão
desse conceito. O encontro que culminou posteriormente na criação da SBB teve como
objetivo: “Estimular na Sociedade discussões sobre temas polêmicos como aborto, eutanásia,
reprodução assistida e engenharia genética e outros problemas ligados à vida, à morte e à
existência humana, mas sempre visando o debate quanto aos aspectos éticos.”
Princípios
No que diz respeito à ética médica, Hipócrates se destaca. Considerado o “pai da medicina”, o
médico grego costumava aliar filosofia com medicina. O foco de sua relação com o paciente
era o bem, e sua abordagem era orientada principalmente por dois princípios: não
maleficência e beneficência.
1. Princípio da não maleficência: Se baseia na ideia de que nenhum mal deve ser feito ao
outro. Logo, não são permitidas ações que consistam em malefício intencional a cobaias ou
pacientes. É representado pela frase em latim “primum non nocere” que se traduz como
“primeiro, não prejudicar”. Tem como objetivo evitar que um tratamento ou pesquisa
cause mais danos do que os possíveis benefícios. Estudiosos dizem que, o princípio da não
maleficência é, na verdade, parte do princípio da beneficência, já que o ato de não causar
mal ao próximo é por si só, praticar o bem.
2. Princípio da beneficência: É a prática do bem, virtude de beneficiar o próximo. Assim,
profissionais que atuam na área de pesquisas e experimentos devem assegurar a precisão
da informação que possuem e ter convicção que seus atos e decisões têm efeitos
positivos. Portanto, espera-se que qualquer ato tenha como objetivo fundamental o bem e
jamais o mal.
3. Princípio da autonomia: Sua ideia central é que todos têm capacidade e liberdade de
tomar suas próprias decisões. Assim, qualquer tipo de procedimento a ser realizado que
tenha relação com a vida de um individuo deve ser autorizado por ele. Em caso de
crianças e deficientes, o princípio de autonomia deve ser realizado por um responsável
legal/ família. É importante que esse princípio não seja praticado em detrimento do
princípio da beneficência; por vezes, ele precisa ser desrespeitado para que a decisão de
uma pessoa não cause danos à outra.
4. Princípio da justiça: No domínio da Bioética, este princípio se baseia na justiça distributiva
e na equidade. Defende que a distribuição dos serviços de saúde deve ser feita de forma
justa e igualitária, gerando tratamento para todos os indivíduos. Tal igualdade não consiste
em dar o mesmo para todos, mas sim em dar a cada um, o que cada um precisa.
Com base nos quatro princípios, a Bioética preza pelos comportamentos adequados a cada
situação específica, como:
Aborto;
Clonagem;
Engenharia genética;
Eutanásia;
FIV (Fertilização In Vitro);
Uso de células-tronco;
Uso de animais em experimentos;
Suicídio;
Desligamento de aparelhos em pacientes há muito em coma tempo em coma, sem
resposta de tratamento.
A aplicação da Bioética pode variar de acordo com cada país. O que, por vezes, é permitido em
determinados países, pode ser classificado crime em outros; o aborto e a eutanásia
exemplificam a situação.
Geovanna Souza:
A Bioética está, mesmo sem percebemos, ligada a nós e ao mundo. Ela se encontra presente
em diversas decisões, pensamentos e mais importante, nas ações. É pensando com cautela e
com base na ética e respeito que guiamos a vida, seja a nossa ou de um ente querido. É
fundamentado em seus princípios que carreiras inteiras decidem futuros. Por ser algo grande e
complexo, é difícil ter uma opinião formada, pensando pelo lado que a depender da mais
variada situação, o pensamento mude. A verdade é que moldamos nossa opinião a respeito da
ética e das ciências de acordo com nossos ensinamentos e situações, e a Bioética nada mais é
do que um parâmetro de questionamento e conduta que age estabelecendo normas, impondo
princípios e garantindo bem entre aspas, que a ética e o “bem” sejam acordados e operados.
Gabriel Alves:
A Bioética nós querendo ou não, sempre irá estar em nossas vidas por ser um estudo onde se
envolve a Ética e a Biologia, para trabalhar com o bom senso dos seres humanos, onde suas
questões abordadas são as dimensões morais e éticas relacionadas a pesquisas, decisões e
indo mais para o lado da Biologia e Medicina, ao direito à vida garantindo uma melhor
convivência no mundo em que vivemos hoje em dia. Porém há muito trabalho à frente já que
nem todos conseguem garantir o senso e a empatia com os outros seres humanos e até
animais. Mas com trabalho psicológico a pessoa acaba adquirindo esse conhecimento e tendo
uma boa visão do mundo em que vivemos.
Caue Bull:
A bioética é como o GPS da ética na medicina e na ciência. Ela ajuda as pessoas a não se
perderem no caminho, garantindo que a saúde, a pesquisa e a tecnologia não atropelem os
valores e o respeito pelas pessoas. É como o equilíbrio entre o avanço científico e o bom
senso, para que a gente não saia por aí fazendo loucuras. Basicamente, é uma ferramenta
chave para manter a ciência e a medicina no caminho certo.
Referencias bibliográficas.