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Saudações estimados alunos, os apontamentos a seguir não resumem as aulas tampouco limitam
o conhecimento necessário sobre o tema. O objetivo é que tais informações direcionem aos
estudos complementares e novos horizontes.
Para entendermos de maneira objetiva o direito empresarial é fundamental lembrarmos que este se
fundamenta na atividade econômica.
Atividade econômica pode ser realizada de 2 (duas) formas, sendo elas a compra e venda e a
prestação de serviços.
Com o advento da lei 10.406/2002 (Código Civil), a teoria formal definiu o empresário em seu art.
966, em substituição à teoria dos atos de comércio que vigorava desde os tempos do império. O
conceito de empresário apresenta-se como uma evolução do conceito de comerciante, visto a
presença dos 5 requisitos determinantes deste, a saber:
Capacidade
Habitualidade
Intenção de lucro
Compra e venda
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se
o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Concluímos, portanto, que todo comerciante é um empresário, mas nem todo empresário é um
comerciante. Isto ocorre porque a atividade econômica de compra e venda que é fundamental ao
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comerciante, pode ser substituída pela prestação de serviços na definição do empresário (Art 966
da lei 10.406/22).
Toda atividade de compra e venda tem natureza empresarial, já a prestação de serviços tanto terá
natureza empresarial quanto não empresarial. Esta será empresarial quando não for intelectual ou,
mesmo sendo, possua elementos de empresa. Portanto, a atividade econômica de prestação de
serviços somente será de natureza não empresarial quando for intelectual e não tiver elementos da
empresa.
O regime jurídico empresarial é o conjunto de normas que impõe obrigações e geram direitos a
todos os empresários, bem como as pessoas que com estes se relacionam no desenvolvimento da
atividade econômica empresarial.
De forma didática a doutrina classifica o empresário de três diferentes maneiras, sendo elas:
regular (aquele que cumpre todas as disposições do RJE); de fato (aquele que não cumpre
nenhuma das disposições); e empresário irregular (aquele que cumpre algumas das disposições,
pois já foi ou tentou ser regular).
Para o direito empresarial, tantos os irregulares quanto os de fato terão tratamento semelhante,
visto que estarão sujeitos as obrigações, mas não farão jus aos direitos.
Dentre as inúmeras obrigações do empresário, destacamos três delas que são comuns aos
empresários e que compõe o RJE, são elas:
3. REGISTRO DE EMPRESA
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Antes do início de suas atividades econômicas empresariais é necessária a inscrição no Registro
Público de empresas mercantis.
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das
empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter
atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu
cancelamento.
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados
no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu
objeto, salvo as exceções previstas em lei.
Os órgãos de Registro de Empresa no Brasil estão situados em dois níveis federativos: Federal
(DREI) e Estadual (Juntas Comerciais).
DREI é um órgão sem função executiva, isto é, ele não realiza qualquer ato de registro de empresa.
Compete-lhe, todavia, fixar as normas gerais para a prática dos atos registrários, pelas Juntas
Comerciais, acompanhando a sua aplicação e corrigindo distorções.
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II - As Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos
serviços de registro.
Art. 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e
jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva.
Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os
assentamentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do
preço devido.
Art. 31. Os atos decisórios serão publicados em sítio da rede mundial de computadores da
junta comercial do respectivo ente federativo
Praticados pelas Juntas Comerciais sob a responsabilidade de seus Vogais, se dividem em três
atos: o arquivamento, a matrícula e a autenticação.
A matrícula é o nome do ato de inscrição dos tradutores públicos, intérpretes comerciais, leiloeiros,
trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. (atividades paracomerciais). Profissões
reguladas por lei especial. Não se confundem com a atividade do empresário.
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A autenticação está ligada aos atos denominados de escrituração. A obrigação legal de anotar nos
livros empresariais o movimento dos negócios (anotação e controle da atividade econômica
propriamente dita). A autenticação é condição para validade do documento.
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Art. 39-A. A autenticação dos documentos de empresas de qualquer porte realizada por meio
de sistemas públicos eletrônicos dispensa qualquer outra.(Incluído pela Lei Complementar nº
147, de 2014)
Art. 39-B. A comprovação da autenticação de documentos e da autoria de que trata esta Lei
poderá ser realizada por meio eletrônico, na forma do regulamento(Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
Art. 40. Todo ato, documento ou instrumento apresentado a arquivamento será objeto de
exame do cumprimento das formalidades legais pela junta comercial.
§ 1º Verificada a existência de vício insanável, o requerimento será indeferido; quando for
sanável, o processo será colocado em exigência.
§ 2º As exigências formuladas pela junta comercial deverão ser cumpridas em até 30 (trinta)
dias, contados da data da ciência pelo interessado ou da publicação do despacho.
§ 3º O processo em exigência será entregue completo ao interessado; não devolvido no prazo
previsto no parágrafo anterior, será considerado como novo pedido de arquivamento, sujeito
ao pagamento dos preços dos serviços correspondentes.
Prevê a Lei dois regimes de execução do registro de empresas: Decisão colegiada e Singular.
Processa-se pela decisão colegiada o arquivamento de atos relacionados com as Sociedades por
ações (Sociedades Anônimas e Sociedades Comandita por ações, previstas na Lei 10.406/2002 e
reguladas pela Lei 6.404/76). Também serão decididos de forma colegiada os arquivamentos de
atos de transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedade empresarial de qualquer tipo.
Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas juntas comerciais, na forma
desta lei:
I - o arquivamento:
a) dos atos de constituição de sociedades anônimas; (Redação dada pela Lei nº 13.874, de
2019)
b) dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis;
c) dos atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme
previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
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II - o julgamento do recurso previsto nesta lei.
Parágrafo único. Os pedidos de arquivamento de que trata o inciso I do caput deste artigo
serão decididos no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data de seu recebimento, sob
pena de os atos serem considerados arquivados, mediante provocação dos interessados,
sem prejuízo do exame das formalidades legais pela procuradoria. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, não
previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo presidente da
junta comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito
Comercial e de Registro de Empresas Mercantis.
Art. 49. Os atos submetidos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins
estão sujeitos a dois regimes de julgamento:
I - decisão colegiada;
II - decisão singular.
Art. 50. Subordinam-se ao regime de decisão colegiada:
I - do Plenário, o julgamento dos recursos interpostos das decisões definitivas, singulares ou
de Turmas;
II - das Turmas, o arquivamento dos atos de:
a) constituição de sociedades anônimas;
b) transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades empresárias; e
c) constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme previsto na lei
de sociedades por ações.
Art. 51. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins não
previstos no art. 50 serão objeto de decisão singular proferida pelo Presidente, Vogal ou
servidor público com comprovado conhecimento em Direito Empresarial e nos serviços do
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
§ 1º Os vogais e os servidores públicos habilitados a proferir decisões singulares serão
designados pelo Presidente da Junta Comercial..
§ 2º O arquivamento dos atos constitutivos e de alterações não previstos no inciso II
do caput do art. 50 terá o registro deferido automaticamente caso cumpridos os requisitos de:
I - aprovação da consulta prévia da viabilidade do nome empresarial e da viabilidade de
localização, quando o ato exigir; e
II - utilização pelo requerente do instrumento padrão estabelecido pelo Departamento
Nacional de Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Governo Digital da Secretaria
Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.
§ 3º O arquivamento dos atos de extinção não previstos no inciso II do caput do art. 50 terá o
registro deferido automaticamente no caso de utilização pelo requerente do instrumento
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padrão estabelecido pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da
Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia.
§ 4º Na hipótese de que trata o § 2º e o § 3º, a análise do cumprimento das formalidades
legais será feita posteriormente, no prazo de dois dias úteis, contado da data do deferimento
automático do registro.
§ 5º Após a análise de que trata o § 4º, na hipótese de identificação da existência de vício:
I - insanável, o arquivamento será cancelado; ou
II - sanável, será observado o procedimento estabelecido em ato do Departamento Nacional
de Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial
de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.
Art. 52. Os pedidos de arquivamento sujeitos ao regime de decisão colegiada serão
decididos no prazo de cinco dias úteis, contado da data do seu recebimento e, os submetidos
à decisão singular, no prazo de dois dias úteis, contado da data do seu recebimento, sob
pena de os atos serem automaticamente arquivados por meio de provocação dos
interessados, sem prejuízo do exame das formalidades legais pela Procuradoria
§ 1º Quando os pedidos forem apresentados em protocolo descentralizado, contar-se-á o
prazo a partir do recebimento da documentação no local onde haja Vogal ou servidor
habilitado para decisão do ato respectivo.
§ 2º Os pedidos não decididos nos prazos previstos no caput deste artigo e para os quais
haja provocação pela parte interessada serão arquivados por determinação do Presidente da
Junta Comercial, que dará ciência à Procuradoria para exame das formalidades legais, a qual,
se for o caso, interporá o recurso ao Plenário.
(Nova redação - Decreto nº 10.173, de 2019)
7. INATIVIDADE EMPRESARIAL
O empresário (individual ou sociedade) que não proceder qualquer ato que seja levado a Junta
Comercial para arquivamento no período de dez anos, deverá comunicar à Junta Comercial que
ainda se encontram em atividade. Se não o fizerem, serão considerados inativos. A inatividade
autoriza a Junta Comercial ao cadastramento de registro inativo, com a consequente perda da
proteção do nome empresarial pelo titular agora inativo. (Atenção: isto não se confunde com
dissolução societária ou baixa de inscrição, mas tão somente a irregularidade do empresário).
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no
período de dez anos consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se
em funcionamento.
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8. LIVROS EMPRESARIAIS
Livros são documentos, instrumentos de prova, que tem a função de armazenar informações.
Dentre os livros que o empresário possui podemos destacar os livros do empresário e os livros
empresariais.
Os livros empresariais dividem-se em duas espécies: Obrigatórios, os quais sua ausência acarreta
consequências sancionadoras; Os facultativos, aqueles que são os escriturados para um melhor
controle do empresário e sua ausência não acarreta sanção.
Entre os facultativos podemos citar como exemplo: livro registro caixa, livro registro conta
corrente, entre outros que o empresário pode criar para atender sua necessidade. Notem que livros
facultativos para o direito empresarial, podem ser obrigatórios para outras áreas do direto.
Um livro empresarial obrigatório, comum ou especial, ou mesmo facultativo, para produzir efeitos
deve atender a requisitos intrínsecos e extrínsecos.
Intrínsecos são os requisitos pertinentes à técnica contábil, estudada pela contabilidade. (artigos
1.183 da lei 10.406/2002 e 2º do Decreto-lei n.º 486/69. Exemplos: ordem cronológica, idioma e
moeda nacional etc.). Já os extrínsecos são requisitos relacionados com a segurança dos livros
empresarias (artigo 5º, parágrafo 2º, do Decreto-lei n.º 486/69. Exemplos: termo abertura,
autenticação etc.).
Um livro que não observa os dois requisitos é um livro irregular, consequentemente não livro
empresarial.
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Para fins penais (Código Penal, art. 297, Parágrafo 2º), os livros empresariais equiparam-se ao
documento público. Assim sendo, quem falsificar a escrituração do livro empresarial estará sujeito a
pena mais grave que a reservada para crime de falsificação de documentos administrativos não
contábeis do empresário.
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§ 1 o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos
interessados.
§ 2 o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art.
970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser
substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o
lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas,
antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a
sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
9. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Conceito: É o complexo de bens reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade
empresarial.
O estabelecimento empresarial não é uma pessoa, não tem personalidade. Assim, não celebra
contratos ou possui um nome empresarial. Ele é o resultado da necessidade da pessoa do
empresário (física ou jurídica) em unir bens para atingir seu objetivo de desenvolver atividade
econômica empresarial. Como o estabelecimento é composto por bens (corpóreos e incorpóreos)
estes estão ligados ao empresário que os possui, fazendo assim, parte do patrimônio deste
empresário.
Os bens que formam o estabelecimento estão organizados e reunidos, por isto, este conjunto de
bens possuirá um valor maior do que a simples somatória de seus valores individuais. Exemplo: Um
estabelecimento organizado para vender livros (livraria), com as prateleiras instaladas,
computadores em funcionamento, marca divulgada, site no ar, livros catalogados etc., possuirá
valor maior do que encontraríamos simplesmente somando cada bem deste individualmente.
Diante disto, o direito assegura o pagamento de um fundo de comércio (valor além da somatória
dos bens) nos casos de desapropriação, separação conjugal e sucessão por morte.
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Terminologia adotada: Algumas palavras e termos são frequentemente utilizados no universo do
direito empresarial. Por muitos doutrinadores se confundem e se diferem dependendo do contexto.
Assim, destacamos algumas para ampliar nosso universo: Aviamento mercantil, a capacidade de
produzir lucros, atribuída ao estabelecimento e às vezes, ao próprio exercício da empresa, em
decorrência de sua organização; Fundo de comércio, bem incorpóreo para alguns, nasce da
organização dos bens que compõem o estabelecimento. Já para outros, se confunde com o próprio
estabelecimento ou mesmo a “Clientela” (outro termo), assim como “Goodwill”.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício
da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da
inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia
da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do
consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
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Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores
à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode
fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição
prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do
adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem
caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da
publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a
responsabilidade do alienante.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito
em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência,
mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
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