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APONTAMENTOS 04 – Registro de Empresa

 Art. 1.150, do CC - uma das obrigações do empresário individual e da sociedade empresária, para exercer sua atividade comercial de
forma regular => deverão inscrever-se no Registro de Empresa.

 Legislação pertinente:

 A Lei do Registro de Empresa é regida:


=> pela Lei nº 8.934/94 (LRE) => que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências, e,
=> pelo Decreto nº 1800/96 que regulamenta a Lei nº 8.934, de18 de novembro de 1994 => que dispõe sobre o Registro Público de
Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.

 OBS: Além dessa legislação específica, o CC determina regras a serem observadas quanto ao Registro de Empresa:
1) Quanto ao início da existência legal das pessoas jurídicas de direito privado => art. 45;
2) Quanto aos requisitos formais do registro => art. 46;
3) Quanto à obrigatoriedade de inscrição do empresário => art. 967;
4) Quanto aos requisitos formais da inscrição empresarial => art. 968;
5) Quanto às filias, sucursais e agências => art. 969;
6) Quanto ao tratamento diferenciado ao empresário rural e ao pequeno empresário => art. 970;
7) Quanto à faculdade da inscrição do empresário rural => art. 971;
8) Quanto às regras de constituição e de inscrição do nome empresarial => art. 1155 a 1168;
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 1) Conforme art. 3º, da LRE com nova redação dada pela Lei 13.833/2019 : Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins serão exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, pelo Sistema Nacional de
Registro de Empresas Mercantis (SINREM) - composto 02 (dois) órgãos:

• I - o Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DNREI ou DREI) => órgão central do SINREM => com as
seguintes funções:

a) supervisão, orientação, coordenação e normativa, na área técnica;

b) supletiva, na área administrativa;

• II - as Juntas Comerciais => como órgãos locais => com funções executora e administradora dos serviços de registro.
 OBS. Art. 2º, da LRE os atos das empresas individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins,
independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei – hipóteses que se enquadrem no parágrafo único do art. 966, do CC – Cartório de Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.

 2) Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração – atribuições: art. 4º da LRE com nova redação dada pela lei
13.874/2019 – estabelece que o Departamento Nacional de Registro Empresarial (DREI) da Secretaria de Governo Digital da Secretaria
Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia tem por finalidade 11 atribuições.
OBS: Parágrafo único do art. 4º foi incluído pela Lei 13.874, de 2019 => O Cadastro Nacional das Empresas Mercantis será mantido com base nas informações originárias
do Cadastro Estadual de empresas fornecido pelas Juntas Comerciais.

 3) Juntas Comerciais: art. 5º, da LRE => haverá uma junta comercial em cada Estado, com sede na capital e jurisdição na área da
circunscrição territorial respectiva.
• Subordinação das Juntas Comerciais:
 no âmbito administrativo => ao Governo Estadual e,
 no âmbito técnico => ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração.
 Atribuições das Juntas Comerciais: importante salientar que o art. 7º do Decreto 1800/96 (que regulamenta a LRE sofreu
alterações pelo Decreto 10.173 de 13 de dezembro de 2019) - menciona as 08 (oito) atribuições das Juntas Comerciais de
forma mais completa em comparação ao art. 8º, da LRE, compete às Juntas Comerciais:

I - executar os serviços de registro de empresas, neles compreendidos:

a) arquivamento dos atos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de empresas, de cooperativas, das declarações de microempresas e
empresas de pequeno porte e dos atos relativos a consórcios e grupo de sociedades (Sociedades Anônimas);

b) arquivamento dos atos relacionados às sociedades empresárias estrangeiras autorizadas a funcionar no País;

c) arquivamento de atos ou documentos que, por determinação legal, seja atribuído ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e daqueles
que possam interessar ao empresário ou às sociedades empresárias;

d) autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas registradas e dos agentes auxiliares do comércio, e

e) emissão de certidões dos documentos arquivados;

II - elaborar a tabela de preços de seus serviços;

III - processar, em relação aos agentes auxiliares do comércio:

a) a habilitação, nomeação, matrícula e seu cancelamento dos tradutores públicos e intérpretes comerciais;

b) a matrícula e seu cancelamento de leiloeiros, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;

IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações;

V - expedir carteiras de exercício profissional para os agentes auxiliares do comércio => matriculados no Registro Público de Empresas
Mercantis e Atividades Afins,
VI - proceder ao assentamento dos usos e práticas empresariais;

VII - prestar ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração as informações necessárias:


a) à organização, formação e atualização do cadastro nacional das empresas em funcionamento no País;
b) à realização de estudos para o aperfeiçoamento dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
c) ao acompanhamento e à avaliação da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
d) à catalogação dos assentamentos de usos e práticas empresariais procedidos, e

VIII - organizar, formar, atualizar e auditar, observado o disposto nos atos do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração
- o Cadastro Estadual de Empresas - CEE, integrante do Cadastro Nacional de Empresas – CNE.
OBS. As competências das Juntas Comerciais quanto aos agentes auxiliares do comércio, trapiches e armazéns-gerais: serão nos termos do disposto no Decreto
1800/96, em legislação específica e em atos do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, conforme parágrafo único, do art. 7º, do Decreto 1800/96.

 4) Finalidades do Registro: art. 1º, da LRE com nova redação dada pela Lei 13.833/2019 => o registro de empresa possui
como finalidades:

I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;

II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;

III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.

 Para conhecimento: Sobre a instituição da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM - A Lei Nº 11.598, de
3 de dezembro de 2007 - estabelece normas gerais de simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas no âmbito da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 5) Atos do Registro de Empresa: Quanto às atribuições das Juntas Comerciais no tocante aos atos de registro de empresa -
importante salientar que o art. 32 do Decreto 1800/96 (que regulamenta a LRE sofreu alterações pelo Decreto 10.173 de 13 de dezembro de
2019) => menciona os atos de registro de empresa efetuados pelas Juntas Comerciais de forma mais completa em comparação ao art. 32,
da LRE.

a) Matrícula (art. 32, inc. I, do Decreto): registro dos auxiliares do comércio => compreende: a matricula e seu cancelamento quanto aos
leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais;

b) Arquivamento (art. 32, inc. II, do Decreto): são os atos de arquivar na Junta Comercial documentos:

 de empresas individuais; de microempresas e de empresas de pequeno porte; constituição e atas das sociedades anônimas, sua dissolução e extinção;
constitutivos e alterações das demais pessoas jurídicas organizadas sob a forma empresarial, e de sua dissolução e extinção; constituição, alteração,
dissolução e extinção de cooperativas; documentos relativos a consórcios e grupos de sociedades; incorporação, cisão, fusão e transformação de
sociedades empresárias; comunicação de paralisação temporária das atividades e de empresa que pretenda manter-se em funcionamento; sociedades
empresárias estrangeiras autorizadas a funcionar no País; decisões judiciais referentes a empresas registradas; nomeação de trapicheiros, administradores
e fiéis de armazéns-gerais; demais documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins
ou daqueles que possam interessar ao empresário ou à sociedade empresária.

c) Autenticação (art. 32, inc. III, do Decreto): ato de autenticar os livros comerciais das empresas registradas e dos agentes auxiliares do
comércio, bem como ato de autenticar cópias de documentos arquivados na Junta Comercial, quando solicitados por terceiros, inclusive os
documentos dos usos e costumes assentados (art. 39, da LRE).

d) Assentamento (art. 87, §§1º a 4º e art. 88, do Decreto): ato formal de registro dos usos ou práticas empresariais praticados em
determinada área de jurisdição de uma Junta Comercial. OBS. procedimento para o assentamento perante a Junta Comercial.

 6) Documentos e declarações meramente cadastrais: atos, documentos e declarações que contenham informações meramente
cadastrais serão levados automaticamente a registro se puderem ser obtidos por meio de bases de dados disponíveis em órgãos públicos.

7) Documentos que não podem ser arquivados nas Juntas Comerciais: importante salientar que o art. 53, do Decreto 1800/96
(que regulamenta a LRE sofreu alterações pelo Decreto 10.173 de 13 de dezembro de 2019) - menciona de forma mais completa em comparação ao
art. 35, da LRE.
Lei proíbe o arquivamento de documentos que apresentem vícios em 5 modalidades decorrentes de (art. art. 53, do
Decreto 1800):
1) impedimentos em razão da pessoa que contrata;
2) impedimentos em defesa dos sócios contratantes;
3) impedimentos em defesa de terceiros;
4) impedimentos intrínsecos (internos) ao contrato;
5) impedimentos de caráter formal.

8) Composição da Junta Comercial: importante salientar que o art. 8º do Decreto 1800/96 (que regulamenta a LRE sofreu alterações
pelo Decreto 10.173 de 13 de dezembro de 2019) - menciona de forma mais completa em comparação ao art. 9º, da LRE- é composta por 05
(cinco) órgãos:
1- Presidência: atuando como órgão deliberativo e representativo;
2- Plenário: atuando como órgão deliberativo superior; (órgão colegiado);
3- Turmas: atuando como órgão deliberativo inferior; (órgão colegiado);
4- Secretaria-Geral: atuando como órgão administrativo;
5- Procuradoria: atuando como órgão de fiscalização e de consulta jurídica.

OBS. Art. 8º, §1º, do Decreto => as Juntas Comerciais poderão ter uma Assessoria Técnica composta de bacharéis em Direito, Economistas, Contadores ou
Administradores para examinar e relatar os processos, documentos a serem submetidos à deliberação do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades afins.

OBS. Art. 8º, §2º, do Decreto 1800/96 => as Juntas Comerciais, poderão criar delegacias = como órgãos subordinados, para exercerem, em suas jurisdições = as
atribuições de autenticar instrumentos de escrituração das empresas e dos agentes auxiliares do comércio e de decidir sobre os atos submetidos ao regime de decisão
singular, proferida por servidor público com comprovado conhecimento em Direito Empresarial e nos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades
Afins.
 Plenário das Juntas Comerciais: art. 10, da LRE – o Plenário é composto de Vogais e suplentes – será constituído pelo mínimo de 11
(onze) e no máximo de 23 (vinte e três) Vogais.
 Os vogais e respectivos suplentes são nomeados (art. 11, LRE), salvo disposição em contrário, pelos Governos dos Estados e do
Distrito Federal, dentre brasileiros que atendam às seguintes condições:
I - estejam em pleno gozo dos direitos civis e políticos;

II - não estejam condenados por crime cuja pena vede o acesso a cargo, emprego e funções públicas, ou outros crimes;

III – sejam, ou tenham sido, por mais de cinco anos, empresários individuais, sócios ou administradores de sociedade empresária, situação essa comprovada por
meio de certidão expedida pela Junta Comercial;

IV - estejam quites com o serviço militar e o serviço eleitoral.

 Escolha dos Vogais e Suplentes: art. 12, da LRE => os vogais e respectivos suplentes são indicados dentre os quais representem => entidades
patronais, associações comerciais, União, a classe dos advogados, dos economistas, dos contadores e a dos administradores – com a prova de mais
de 5 (cinco) anos de efetivo exercício da profissão (§1º). A lista dos nomes deve ser remetida até 60 dias antes do término do mandato (§2º):

 a metade de Vogais e suplentes mediante indicação de nomes, em listas tríplices => pelas entidades patronais e pelas Associações Comerciais;

 um Vogal e respectivo suplente => representando a União = por nomeação do Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

 quatro vogais e respectivos suplentes representando a classe dos advogados, a dos economistas, a dos contadores e a dos administradores =>
mediante indicação, em lista tríplice, do Conselho Seccional ou Regional do Órgão Corporativo dessas categorias profissionais;

 os demais vogais e suplentes serão designados, nos Estados e no Distrito Federal => por livre escolha dos respectivos governadores.

 OBS. A posse dos vogais e respectivos suplentes ocorrerá dentro de 30 dias contados da publicação do ato de nomeação pelo Governador do Estado e do Distrito Federa l e
sua remuneração substituição - será nos termos da legislação do Estado que pertencer a Junta Comercial (arts. 13, 14 e 15, do Decreto 1800/96).
 Incompatibilidade de participação no Colégio de Vogais nas Juntas Comerciais (art. 16, Decreto): parentes consanguíneos ou
afins nas linhas ascendente, descendente e colateral, até o segundo grau, e os sócios da mesma sociedade empresária.

 Período de investidura dos Vogais e Suplentes (art. 17, Decreto): mandato = de quatro anos, permitida apenas uma recondução.

 Perda do exercício de Vogal ou Suplente (art. 18, Decreto): perderá o exercício do mandato, quando ocorrer: I - mais de três faltas
consecutivas às sessões do Plenário ou das Turmas, ou doze alternadas no mesmo ano, sem justo motivo; II - por conduta incompatível com a
dignidade do cargo.

 Substituição do Vogal ou Suplente (art. 19, Decreto): o Vogal ou suplente no exercício do mandato poderá, a qualquer tempo, ser
substituído mediante nomeação de novo titular.

 Plenário das Juntas Comerciais composto de Turmas de 3 membros cada uma (art. 20, Decreto): Na sessão inaugural do
Plenário das Juntas Comerciais, que se iniciará cada período de mandato, serão distribuídos os vogais por Turmas de 03 (três) membros cada uma,
excluindo o Presidente e o Vice-Presidente.

 Competência do Plenário e das Turmas - para julgamentos:

 Competência do Plenário (art. 21, Decreto): julgar os recursos; deliberar sobre a tabela de preços dos serviços da Junta Comercial; deliberar sobre o
assentamento dos usos e práticas empresariais; aprovar o Regimento Interno; decidir sobre matérias de relevância, conforme Regimento Interno; deliberar, por
proposta do Presidente, sobre a criação de Delegacias; deliberar sobre as proposições de perda de mandato de Vogal ou suplente; manifestar-se sobre proposta
de alteração do número de Vogais e suplentes; exercer as demais atribuições e praticar os atos que estiverem implícitos em sua competência , ou que vierem a ser
atribuídos em leis ou em outras normas federais ou estaduais.

 Competência das Turmas: (art. 23, Decreto): julgar, originariamente, pedidos de arquivamento dos atos sujeitos ao regime de decisão colegiada ;
julgar os pedidos de reconsideração de seus despachos; exercer demais atribuições que forem fixadas pelo Regimento Interno da Junta Comercial.
 Nomeação do Presidente e Vice-Presidente das Juntas Comerciais (art. 24, Decreto): serão nomeados, em comissão, pelos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal, dentre os membros do Colégio de Vogais.

 Atribuições do Presidente das Juntas Comerciais: O art. 25, do Decreto estabelece as 23 (vinte e três) atribuições do Presidente das
Juntas Comerciais => favor ler. OBS. art. 25, do Decreto 1800/96 => artigo mais completo em comparação com a LRE 8934/94.

 Atribuições do Vice-Presidente das Juntas Comerciais (art. 26, Decreto - artigo mais completo em comparação com a LRE 8934/94)
estabelece 03 (três) atribuições do Vice: auxiliar e substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos; efetuar correição permanente dos serviços da
Junta Comercial; exercer as demais atribuições que forem fixadas pelo Regimento Interno.

 Nomeação de Secretário-geral das Juntas Comerciais => Compete aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal.

 Atribuições do Secretário-geral das Juntas Comerciais: O art. 28, do Decreto - estabelece 10 (dez) atribuições => favor ler.

 Procuradoria atuando nas Juntas Comerciais (art. 29, Decreto): será composta por um ou mais Procuradores e chefiada pelo Procurador que
for designado pelo Governador, ou autoridade competente, do Estado ou do Distrito Federal.

 Atribuições da Procuradoria nas Juntas Comerciais (art. 30, Decreto): Ao Procurador incumbe: internamente = 07 (sete) atribuições
sendo que 2 delas foram incluídas pelo Decreto 10.173/ 2019: *promover estudos para assentamento de usos e práticas empresariais e *praticar os atos
que estiverem no âmbito de suas competências e de outras que vierem a ser atribuídas por leis ou normas federais, estaduais ou distritais; e externamente
= 03 (três) atribuições => favor ler.

 Do Processo Decisório nas Juntas Comerciais (usa-se o art. 49 do Decreto 1800/96 com nova redação dada pelo Decreto 10.173 de 13 de
dezembro de 2019, posto que o mesmo é regulamentador da LRE 8934/94, desta forma está expresso nos arts. 49 a 52, do Decreto 1800/96 - matéria
que trata do Processo Decisório realizado pelas Juntas Comerciais, temos:

1) Decisão Colegiada e,
2) Decisão Singular - proferida pelo Presidente da Junta, por Vogal ou por servidor que possua conhecimento na área do Direito Comercial.
 Subordinam-se a Decisão Colegiada pelas juntas comerciais (art. 50, Decreto):
I - do Plenário => o julgamento dos recursos interpostos das decisões definitivas, singulares ou de Turmas;
II - das Turmas => o arquivamento dos atos de: a) constituição de sociedades anônimas; b) transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades
empresárias; c) constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme previsto na lei de sociedades por ações.

 OBS. art. 51, do Decreto => os atos próprios do Registro Público de Empresas não previstos no art. 50 serão objeto de decisão singular proferida pelo
Presidente, Vogal ou servidor público com comprovado conhecimento em Direito Empresarial e nos serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins.

 9) Empresa Inativa (art. 48, Decreto 1800 com nova redação dada pelo Decreto 10.173/2019): empresa mercantil que não proceder a qualquer
arquivamento no período de 10 anos consecutivos, contados da data do último arquivamento => comunicará à Junta Comercial que deseja manter-se em
funcionamento, sob pena de ser considerada inativa, ter seu registro cancelado e perder, automaticamente, a proteção do nome comercial.

 10) Empresário individual irregular: aquele que não possui registro => sofrendo restrições, como exemplos: a) não tem legitimidade ativa para
requerer falência de seu devedor; b) não tem legitimidade ativa para requerer a recuperação judicial ou homologação de seu Plano de Recuperação
Extrajudicial; c) não pode ter seus livros comerciais autenticados no Registro de Empresa; d) possuem responsabilidade solidária e ilimitada; e)
impossibilidade de participar de licitações; f) impossibilidade de inscrição em cadastros fiscais; g) ausência de matrícula junto ao INSS.

 11) Sociedade irregular: sociedade empresária não registrada => além das restrições comuns ao empresário individual irregular => tem sanção
específica => onde seus sócios sempre responderão de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade, sendo ineficaz qualquer cláusula contratual que
limite a responsabilidade entre os sócios => art. 990, do CC/02 = sociedade em comum.

 12) Registro Civil das Pessoas Jurídicas: No Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas são registradas as sociedades simples => que
realizam atividades de natureza artística, literária e científica (art. 966, parágrafo único, do CC) => assim como outras pessoas não enquadradas como
atividade empresarial, como exs: as associações e as fundações (veremos em Direito Societário).

 Próximo – APONTAMENTOS 05 – NOÇÕES GERAIS SOBRE: Registro da Propriedade Industrial

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