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DECRETO Nº 8.265/2018, DE 10 DE ABRIL DE 2018.

Regulamenta o
tratamento jurídico
simplificado, e de
incentivo, à
microempresa, empresa de pequeno
porte e microempreendedor individual,
institui da Sala do Empreendedor, e dá
outras providências.

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE NOVO HAMBURGO, no uso das atribuições que lhe


confere a Lei Orgânica do Município, e Considerando o que disciplina o Título VII da Lei
Municipal nº 85, de 10 de dezembro de 1054 (Código de Posturas);

Considerando o que preconiza a Lei Municipal nº 2.020, de 19 de outubro de 2009, que


"Institui Lei Geral Municipal da microempresa, empresa de pequeno porte e
microempreendedor individual.";

Considerando a regência da Lei Federal nº 11.598, de 3 de dezembro de 2007, que


"Estabelece diretrizes e procedimentos para a simplificação e integração do processo de
registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas, cria a Rede Nacional para a
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - REDESIM; altera a
Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994; revoga dispositivos do Decreto-Lei nº 1.715, de
22 de novembro de 1979, e das Leis nºs 7.711, de 22 de dezembro de 1988, 8.036, de 11
de maio de 1990, 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.906, de 4 de julho de 1994; e dá outras
providências.", DECRETA:

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1ºA concessão de Alvarás de Funcionamento e Localização para microempresa,


empresa de pequeno porte e microempreendedor individual, estabelecidas no território do
Município de Novo Hamburgo, far-se-á em conformidade com os artigos 166 à 230 do
Código de Posturas Municipal, observando, ainda, o regramento pertinente contido na Lei
Municipal nº 2.020/2009, bom assim, no que for aplicável, as demais normas e regramentos
municipais, combinados com a Lei Federal nº 11.598/2007.

Parágrafo único. A concessão dos Alvarás de Funcionamento e Localização se dará,


mediante requerimento próprio, a ser encaminhado na Sala do Empreendedor.

Art. 2ºPara fins do disposto neste Decreto, o enquadramento como MEI se dará nas
condições enunciadas pela Lei Municipal nº 2.020/2009.

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Capítulo II
DA SALA DO EMPREENDEDOR

Para assegurar ao contribuinte a entrada única de dados e simplificar os


Art. 3º
procedimentos de registro e funcionamento de empresas no Município, fica criada a Sala
do Empreendedor com as seguintes funcionalidades e atribuições:

I - disponibilizar aos interessados as informações necessárias à emissão da inscrição


municipal e Alvará de Funcionamento e mantendo-as atualizadas nos meios eletrônicos de
comunicação oficiais;

II - orientação sobre os procedimentos necessários para a regularização de registro e


funcionamento das empresas;

III - Análise de Viabilidade, contendo informações sobre o uso e ocupação do solo, os


aspectos ambientais, zoneamento e demais dados necessários para a instalação de
atividades comerciais, industriais e/ou prestação de serviços e institucionais no âmbito
urbano e rural;

IV - analisar os expedientes necessários para viabilizar a implantação de


empreendimentos;

V - deferir ou não os pedidos de Alvará de Funcionamento e Localização;

VI - atendimento diferenciado ao Microempreendedor Individual - MEI, às Microempresas e


às Empresas de Pequeno Porte;

VII - disponibilizar um local preferencial para uso, auxílio e orientação a todo o contribuinte
dos benefícios, facilidades e respectiva Legislação para abertura, desenvolvimento e
encerramento de empresas e empreendimentos no Município;

VIII - outros serviços criados por ato próprio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Econômico que tenha o objetivo de prestar serviços de orientação ou que facilite a
implantação de empreendimentos no Município.

§ 1º Em relação ao inciso V, na hipótese de indeferimento, o interessado será informado


sobre os fundamentos e será oferecida orientação para adequação à exigência legal.

§ 2º Para a consecução dos seus objetivos na implantação da Sala do Empreendedor, a


Administração Municipal poderá firmar parceria com outras instituições públicas ou
privadas, para oferecer orientação sobre a abertura, funcionamento e encerramento de
empresas, incluindo apoio para elaboração de plano de negócios, pesquisa de mercado,
orientação sobre crédito, associativismo e programas de apoio oferecidos no Município.

§ 3º A Sala do Empreendedor poderá funcionar, nos termos de Convênio, como Facilitador,


junto a Administração Municipal, nos processos de formalização, legalização regularização

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das atividades junto às demandas legais do Município.

À Sala do Empreendedor, vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento


Art. 4º
Econômico, caberá:

I - Efetuar o registro do MEI e iniciar o processo de inscrição e Alvará de Funcionamento e


Localização das empresas;

II - Expedir o Alvará de Funcionamento Provisório;

Art. 5ºPara a inscrição municipal e Alvará de Funcionamento e Localização, o requerente


deverá apresentar na Sala do Empreendedor os documentos que lhe sejam solicitados.

Art. 6º O Alvará de Funcionamento e Localização Provisório tem o fim específico de


permitir o início de operação das empresas, após o ato de registro na Junta Comercial e
emissão do CNPJ.

§ 1º Para a expedição do Alvará de Funcionamento e Localização Provisório é dispensada


a Vistoria Prévia.

§ 2º A expedição do Alvará de Funcionamento e Localização Provisório não dispensa as


empresas de providenciar os demais licenciamentos.

Art. 7ºNa tramitação dos processos de licenciamento ambiental, sanitário e de registro,


poderá ser exigida a apresentação complementar de documentos necessários para a
expedição dos licenciamentos.

Art. 8º O Alvará de Funcionamento e Localização Provisório terá validade de 12 meses.

Art. 9ºNão será fornecido Alvará Provisório para atividade considerada de alto risco
ambiental.

Art. 10 O Alvará de Funcionamento e Localização Provisório será cancelado se, após a


notificação da fiscalização orientadora, não forem cumpridas as exigências e prazos
estabelecidos.

Art. 11 O Alvará de Funcionamento e Localização autoriza o exercício da atividade e será


fornecido após o preenchimento dos requisitos prévios.

§ 1º Os requisitos prévios são aqueles necessários para emissão do Alvará Sanitário e


Licenciamento Ambiental e/ou outros definidos por órgãos reguladores.

§ 2º Não existindo requisitos prévios, as empresas receberão, de pronto, o Alvará de


Funcionamento e Localização, após a solicitação na Sala do Empreendedor.

§ 3º A expedição do Alvará de Funcionamento e Localização será exigível mesmo que o

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estabelecimento esteja localizado no recinto de outro já munido do respectivo Alvará de


Funcionamento e Localização.

Art. 12Para alteração de endereço ou da atividade desenvolvida as empresas deverão


requerer novo pedido de alvará junto a Sala do Empreendedor;

Capítulo III
DO LICENCIAMENTO

O licenciamento de estabelecimentos no Município de Novo Hamburgo tem como


Art. 13
fundamentos e diretrizes:

I - a observância da Legislação de uso e ocupação do solo do Município, nos termos


prescritos na Lei Municipal nº 1.216/2004 (Plano Diretor Urbanístico Ambiental);

II - a observância das normas tributárias, especialmente as previstas nos arts. 102 a 107 da
Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código Tributário do Município);

III - a observância da Legislação Municipal, Estadual e Federal referente a disciplina


urbanística, proteção ambiental, controle sanitário, prevenção contra incêndios e segurança
em geral;

IV - o amplo acesso à informação, salvo nas hipóteses de sigilo previstas em lei;

V - a racionalização do processamento de informações;

VI - a apresentação de consultas, requerimentos, recursos e documentos, sempre que


possível, por meio eletrônico;

VII - a execução e registro de procedimentos administrativos, sempre que possível, em


ambiente virtual;

VIII - o compartilhamento de dados e informações entre os órgãos do Município, assim


como entre estes e os órgãos de outros entes da Federação;

IX - a criação de meios, simplificação de exigências e aperfeiçoamento de procedimentos


destinados a extinguir ou limitar a necessidade de que os interessados e contribuintes
compareçam a repartições públicas;

X - a simplificação do licenciamento para atividades de baixo e médio impacto, risco ou


densidade ambiental;

XI - a adoção de cuidados especiais, de natureza preventiva, para o licenciamento de


atividade de alto impacto, alto risco ou alta densidade ambiental.

Parágrafo único. Os fundamentos e diretrizes indicados neste artigo têm a finalidade tanto

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de assinalar as razões de direito e de eficiência e racionalidade administrativa que


nortearam a edição deste Decreto, quanto de orientar os órgãos do Município afetos à
matéria a estudar, propor e adotar medidas, a qualquer tempo, que contribuam para
aprimorar procedimentos administrativos diversos, em conformidade com os marcos
previstos.

Art. 14 As manifestações dos interessados e os procedimentos administrativos vinculados,


direta ou indiretamente, à eficácia deste decreto e à aplicação de suas normas deverão,
sempre que possível, ser efetuados por meios digitais e em ambiente virtual.

Art. 15 A disponibilidade de meios digitais e ambientes virtuais para conferir maior


agilidade e controle aos procedimentos administrativos não limitará o direito de petição dos
administrados, nos termos do art. 5º, inciso XXXIV, alínea a, da Constituição Federal,
sempre que as circunstâncias recomendarem ou favorecerem o uso de meio diverso.

Capítulo IV
DA LOCALIZAÇÃO

Art. 16 A Localização e o Funcionamento de estabelecimentos comerciais, prestadores de


serviços, industriais, agrícolas, pecuários e extrativistas, bem como de sociedades,
instituições e associações de qualquer natureza, pertencentes a quaisquer pessoas físicas
e jurídicas, estão sujeitos ao licenciamento pelo Município de Novo Hamburgo.

§ 1º Considera-se estabelecimento, para os efeitos deste Decreto, qualquer local onde


pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades.

§ 2º A obrigação imposta neste artigo se aplica também ao exercício de atividades:

I - realizadas em residência, inclusive como simples ponto de referência;

II - por período determinado.

§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se como licenciamento de simples ponto de


referência a concessão de alvará em imóvel residencial condicionada à proibição de
exercício da atividade, circulação de mercadorias, atendimento, armazenagem no local.

Art. 17 É livre a coexistência de diversas atividades nos imóveis e edificações, ainda que
exercidas por contribuintes distintos, excetuada a convivência de usos sem relação de
identidade, semelhança, complementaridade ou afinidade que só possam ser licenciados
cada qual em edificação de uso exclusivo, nos termos da Legislação.

Parágrafo único. Inexiste limitação máxima ao número de licenciamentos e


estabelecimentos por imóvel, independentemente do porte e das peculiaridades das
atividades.

Capítulo V

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DO ALVARÁ

Art. 18 Somente será aceito protocolo de requerimento de alvará mediante a apresentação


completa da documentação relacionada no Estudo de Viabilidade, que deverá ser
protocolado na Sala do Empreendedor, observando a necessidade de que as atividades
descritas no estudo de viabilidade sejam exatamente aquelas descritas no requerimento.

§ 1º Os órgãos licenciadores poderão requerer documentações complementares a


qualquer tempo, desde que de forma justificada.

§ 2º O empreendedor terá o prazo de 60 (sessenta) dias para atender as solicitações dos


órgãos licenciadores, sob pena de encerramento do processo.

§ 3º Após o encerramento do processo, os documentos ficarão disponíveis para retirada


por 30 dias, e, decorrido este prazo, os mesmos serão incinerados.

Art. 19 Compete à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico a concessão de


licença ou autorização para funcionamento de estabelecimento, mediante a expedição dos
seguintes documentos:

I - Alvará de Funcionamento e Localização para Estabelecimento;

II - Alvará de Funcionamento e Localização Provisório;

III - Alvará de Funcionamento e Localização Temporário.

Art. 20 Será obrigatório o requerimento de alvarás diversos para estabelecimentos


distintos, caracterizando-se como tais:

I - os que, embora no mesmo imóvel ou local, pertençam a diferentes pessoas físicas ou


jurídicas, ainda que estas exerçam atividade idêntica;

II - os que, embora com atividade idêntica e pertencente à mesma pessoa física ou jurídica,
estejam situados em imóveis ou locais não contíguos;

Art. 21 A concessão de alvará não implicará:

I - o reconhecimento de direitos e obrigações concernentes a relações jurídicas de direito


privado;

II - a quitação ou prova de regularidade do cumprimento de obrigações administrativas ou


tributárias;

III - o reconhecimento de regularidade quanto às normas aplicáveis ao seu funcionamento,


especialmente as de proteção da saúde, condições da edificação, instalação de máquinas
e equipamentos, proteção ambiental, prevenção contra incêndios e exercício de profissões.

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Art. 22 Os alvarás conterão, entre outras, as seguintes informações:

I - nome da pessoa física ou jurídica;

II - endereço do estabelecimento;

III - relação das atividades licenciadas;

IV - número da inscrição municipal;

V - número do processo de concessão ou de alteração;

VI - restrições;

VII - Forma de atuação (Estabelecimento fixo; Local fixo fora da loja; Internet; Televendas;
Correio; Porta a porta, postos móveis ou ambulantes; Máquinas automáticas e outros).

VIII - Data de emissão e prazo de validade.

Art. 23A concessão de Alvará de Funcionamento e Localização, de Alvará de


Funcionamento e Localização Provisório, e de Alvará de Funcionamento e Localização
Temporário, será precedida, sempre que necessário, pela verificação de dados e
informações nos cadastros digitais da Secretaria da Receita Federal, dos órgãos
executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, do Registro Civil
de Pessoas Jurídicas, da Secretaria de Estado da Fazenda do Estado do Rio Grande do
Sul, Órgãos e Agências Reguladores e demais órgãos ou entidades legalmente habilitadas.

§ 1º O requerimento de alvará será indeferido na hipótese de os dados consultados


revelarem, ainda que indiretamente, qualquer incongruência com os informados pelo
particular.

§ 2º A ausência de dados referente à inscrição na Secretaria de Estado da Fazenda do Rio


Grande do Sul não prejudicará a concessão do alvará.

Art. 24Constituem condições suficientes para o início do funcionamento do


estabelecimento:

I - o deferimento da concessão do alvará;

II - o pagamento da taxa.

Parágrafo único. É obrigatória a afixação do alvará em local visível dos estabelecimentos


sendo obrigatória sua apresentação à autoridade competente que a exigir.

Art. 25 O Alvará de Funcionamento e Localização para Estabelecimento será válido pelo

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prazo de cinco (05) anos.

Art. 26O Alvará de Funcionamento e Localização para Estabelecimento será concedido


após o cumprimento dos documentos e requisitos a seguir:

I - consulta de viabilidade locacional deferida;

II - requerimento de alvará e documentação solicitada na viabilidade locacional deferida;

III - auto declarações constantes nos Anexos da viabilidade locacional, conforme a


natureza da atividade a ser desenvolvida;

IV - documento de aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul, nos


termos da Lei Complementar Estadual nº 14.376/2013;

V - Certidão de Habite-se ou concessão de Uso da Secretaria Municipal de


Desenvolvimento Urbano e Habitação, quando for o caso;

VI - ato de aprovação ou parecer favorável da Secretaria Municipal de Educação, para as


atividades de creche e educação infantil;

VII - pronunciamento favorável da Comissão de Patrimônio Cultural e Natural (CPCN), para


atividades no corredor histórico-cultural, prédios tombados ou inventariados pelo Patrimônio
Histórico Cultural;

§ 1º Fica atribuída verossimilhança aos dados incluídos no requerimento de alvará, para


fins de análise do pedido e concessão do licenciamento.

Capítulo VI
DA TAXAÇÃO

Art. 27 O licenciamento inicial do estabelecimento e as alterações das características do


alvará, ressalvadas as hipóteses indicadas nos artigos. 28 e 29, serão efetivados mediante
o prévio pagamento da Taxa de Licença para Estabelecimento, observado o disposto na
Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código Tributário do Município de Novo Hamburgo).

Parágrafo único. A obrigação imposta no caput aplica-se também ao exercício de atividades


temporárias.

Art. 28A Taxa de Alvará e Localização não será devida nas seguintes hipóteses de
alteração de alvará:

I - alteração de nome da pessoa física em virtude de casamento, divórcio ou qualquer fato


decorrente do exercício de direitos civis ou por decisão judicial;

II - alteração de razão social ou denominação da pessoa jurídica em decorrência de

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alteração contratual, decisão judicial ou outro motivo;

III - inclusão ou exclusão de abreviaturas complementares ao nome, razão social ou


denominação, tais como ME (microempresa), EPP (empresa de pequeno porte), MEI
(microempresário individual) ou outra legalmente prevista;

IV - alteração de endereço em virtude de mudança na denominação de logradouro ou de


renumeração do imóvel licenciado;

V - exclusão de atividade, sem acréscimo de outra;

Art. 29A Taxa de Alvará de Funcionamento e Localização também não será devida em
caso de simples alterações de informações cadastrais que não impliquem alteração de
característica do alvará em vigor, tais como:

I - alteração da composição ou participação societária;

II - alteração do tipo da pessoa jurídica;

III - alteração de qualquer dado informado no requerimento.

Parágrafo único. É obrigatório ao contribuinte informar as alterações acima indicadas ao


Município no prazo de 60 dias da alteração conforme artigo 73 da Lei Municipal
nº 1.031/2003 (Código Tributário Municipal).

Capítulo VII
DAS ISENÇÕES

Art. 30 Estão isentas da Taxa de Alvará de Funcionamento e Localização, conforme os


dispositivos contidos nos artigos 106 e 106-A da Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código
Tributário do Municipal):

I - As Associações de Pais e Mestres - APEMEM`s e Conselhos Escolares da Rede Pública


de Ensino ficam isentas do pagamento da Taxa de Licença prevista no art. 102, inciso I do
referido Diploma, por se tratarem de entidades sem fins lucrativos.

Parágrafo único. As isenções previstas neste artigo serão verificadas através do órgão
técnico competente, inclusive no que concerne ao reconhecimento da condição de
microempresa no âmbito do Município, e não eximem o contribuinte da obrigatoriedade de
requerer o licenciamento nem das demais obrigações administrativas e tributárias.

Art. 31A Taxa de Alvará de Funcionamento e Localização também não será devida em
caso de licenciamento de Microempreendedor Individual (MEI), conforme o § 3º do art. 4º
da Lei Complementar Federal nº 123/2006 e Lei Municipal nº 2.020/2009.

Capítulo VIII

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DA CONSULTA DE VIABILIDADE LOCACIONAL

Fica instituída a Consulta de Viabilidade Locacional no Município de Novo


Art. 32
Hamburgo, que se regerá pelas seguintes disposições:

I - A Consulta de Viabilidade Locacional será realizada:

a) via rede mundial de computadores (internet), em sistema próprio disponibilizado pela


Junta Comercial do Rio Grande do Sul, sistema esse denominado de "Sistema Integrar";
b) diretamente na Sala do Empreendedor;
c) em sistema on line do Município.

II - Através de um cadastro:

a) a ser realizado no sítio da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, o contribuinte deverá,
em seu formulário eletrônico específico, cadastrar um pedido de Viabilidade Locacional,
informando os dados da futura empresa, tais como endereço e atividades pretendidas;
b) a ser realizado na Sala do Empreendedor, através de protocolo, o contribuinte deverá,
em seu formulário específico, cadastrar um pedido de Viabilidade Locacional, informando
os dados da futura empresa, tais como endereço e atividades pretendidas;
c) em sistema on line do Município;

III - A partir do envio do formulário:

a) via Sistema Integrar, o Município de Novo Hamburgo, fará a análise do pedido, dando
conhecimento prévio ao empreendedor, ou a seu contabilista, sobre a possibilidade, ou
não, de exercício de determinada atividade econômica, no local indicado, bem como das
licenças e documentos necessários a serem apresentados para exercer a atividade
pretendida naquele endereço;
b) via Sala do Empreendedor, o Município de Novo Hamburgo, fará a análise do pedido,
dando conhecimento prévio ao empreendedor, ou a seu contabilista, sobre a possibilidade,
ou não, de exercício de determinada atividade econômica, no local indicado, bem como das
licenças e documentos necessários a serem apresentados para exercer a atividade
pretendida naquele endereço;
c) em sistema on line do Município;

IV - Se a Viabilidade Locacional for deferida pelo Município de Novo Hamburgo, o


empreendedor, ou seu contabilista, poderá reunir a documentação necessária informada na
consulta de viabilidade e dar encaminhamento no seu registro;

V - Caso o Município de Novo Hamburgo, indefira a Viabilidade Locacional, a mesma


deverá ser adequada, conforme orientações, e deverá ser encaminhado, novamente um
novo pedido de Viabilidade Locacional;

Capítulo IX
DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO PROVISÓRIO

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O Alvará de Funcionamento e Localização Provisório será válido pelo prazo de


Art. 33
doze (12) meses, podendo ser renovado uma única vez pelo prazo de doze (12) meses.

Art. 34O Alvará de Funcionamento e Localização Provisório será outorgado quando o


licenciamento for considerado precário, em decorrência da natureza da ocupação ou
pendências de licenciamentos pertinentes,

Sujeitam-se à outorga de Alvará de Funcionamento e Localização Provisório, nos


Art. 35
termos do Art. 7º da Lei Complementar Federal nº 123/2006, dentre outras, as atividades:

I - para o microempreendedor individual, para microempresas e para empresas de pequeno


porte;

II - instaladas em área ou edificação desprovidas de regularização fundiária e imobiliária,


inclusive habite-se, exceto em Áreas de Preservação Ambiental (APA), Áreas de
Preservação Permanente (APP), e Zonas de Risco (ZR), devidamente autorizada pela
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação;

III - exercidas em imóveis residenciais, exceto as licenciadas em estabelecimento


caracterizado como ponto de referência;

IV - exercidas por meios automáticos ou semiautomáticos em máquinas, módulos e


quaisquer equipamentos instalados em áreas internas;

Art. 36A outorga de Alvará de Funcionamento e Localização Provisório observará as


regras gerais referentes à concessão de Alvará de Funcionamento e Localização para
Estabelecimento, observada ainda a apresentação dos seguintes documentos, conforme
cada caso:

I - consulta de viabilidade locacional deferida;

II - requerimento de alvará e documentação solicitada na viabilidade locacional deferida;

III - auto declarações constantes na viabilidade locacional, conforme a natureza da


atividade a ser desenvolvida;

IV - encaminhamento da documentação junto ao Corpo de Bombeiros do Estado do Rio


Grande do Sul, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 14.376/2013;

Capítulo X
DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO TEMPORÁRIO

Art. 37O Alvará de Funcionamento e Localização Temporário será concedido pelo prazo
de até 90 dias, dentro do exercício fiscal do Município.

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Art. 38 O Alvará de Funcionamento e Localização Temporário será concedido para:

I - funcionamento de qualquer estabelecimento por prazo determinado.

II - atividades desenvolvidas em áreas públicas, mediante autorização da Diretoria de


Patrimônio e demais setores competentes, conforme Legislação própria.

Parágrafo único. Sujeita-se ao disciplinamento deste Decreto, nos termos do inciso II, a
atividade temporária de pequeno porte, de qualquer gênero, cuja afluência ou concentração
de público, estimada por critério razoável, não acarrete acréscimo significativo no impacto,
intensidade ou densidade dos usos e fluxos comportados, em caráter permanente, no
interior do estabelecimento, edificação ou área particular.

Art. 39 A outorga de Alvará de Funcionamento e Localização Temporário atenderá às


regras gerais referentes à concessão de Alvará de Funcionamento e Localização para
estabelecimento.

Art. 40O Alvará de Funcionamento e Localização Temporário deverá ser solicitado no


prazo máximo de 10 dias úteis anteriores ao evento.

Capítulo XI
DA IMPRESSÃO DO ALVARÁ

Art. 41O Alvará de Funcionamento e Localização para Estabelecimento, o Alvará de


Funcionamento e Localização Provisório e o Alvará de Funcionamento e Localização
Temporário ficarão disponíveis para impressão após o deferimento do licenciamento.

Art. 42 A impressão do alvará será providenciada pela Sala do Empreendedor.

Capítulo XII
DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Art. 43O alvará deverá ser afixado em local acessível com boa visibilidade e adequadas
condições de leitura pelo público.

§ 1º Ficam dispensados da obrigação acessória prevista no caput os estabelecimentos


licenciados como simples pontos de referência.

§ 2º O estabelecimento disporá do prazo de setenta e duas horas (72hs) para providenciar


a afixação prevista no caput, a contar da data em que o documento se tornar disponível na
Sala do Empreendedor.

§ 3º O empreendedor ambulante deverá manter o alvará no desempenho das atividades.

Art. 44 O alvará será obrigatoriamente substituído quando houver qualquer alteração de

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suas características.

Parágrafo único. A modificação do alvará deverá ser requerida no prazo de sessenta (60)
dias, contados a partir da data do registro na Junta Comercial do Rio Grande do Sul,
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, Tabelionato de Notas, Órgãos e Agências
Reguladoras e demais órgãos ou entidades legalmente habilitadas.

Art. 45O encerramento de atividade será comunicado ao Município, no prazo de 60


(sessenta) dias, contado a partir do registro de encerramento, conforme artigo 74 § 1º da
Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código Tributário Municipal).

Capítulo XIII
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 46 Os estabelecimentos serão fiscalizados a qualquer tempo pelo Agente de


Fiscalização, para fins de verificação da adequação aos termos do licenciamento.

§ 1º Compete ao Agente de Fiscalização verificar, a qualquer tempo, a permanência das


características do licenciamento inicial, assim como apontar e providenciar, sempre que
possível, as alterações necessárias e a correção e aperfeiçoamento dos cadastros de
estabelecimentos.

§ 2º O Agente de Fiscalização terá acesso às dependências do estabelecimento, para o


perfeito desempenho de suas atribuições funcionais.

Art. 47Compete à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação; à


Secretaria Municipal de Saúde; à Secretaria Municipal de Meio Ambiente; à Secretaria
Municipal de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários; e à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico:

I - declarar irregulares as práticas, atividades, omissões e intervenções que evidenciem o


não cumprimento das responsabilidades assumidas nas auto declarações, no âmbito de
atribuições de cada órgão;

II - efetuar as providências pertinentes, notadamente a aplicação de sanções, no âmbito de


atribuições de cada órgão.

Parágrafo único. Os atos de interdição, apreensão, suspensão, intimação, embargo ou


restrição de atividade ou local decorrentes da atuação dos órgãos referidos no caput não
prejudicarão, por sua própria força, a validade e a eficácia do alvará.

Art. 48 As diligências de fiscalização para verificar o cumprimento de obrigação de fazer ou


de não fazer serão da exclusiva competência do órgão que a impuser.

Art. 49A cassação ou anulação de alvará será feita mediante processo administrativo
municipal, respeitado o contraditório e ampla defesa, observada a validade e eficácia do

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licenciamento.

Capítulo XIV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 50 As sanções aplicáveis às infrações decorrentes do não cumprimento de obrigações


tributárias previstas neste Decreto são as definidas e graduadas pela Lei Municipal
nº 1.031/2003 (Código Tributário Municipal).

O funcionamento em desacordo com as atividades licenciadas no alvará será


Art. 51
apenado conforme multas previstas na Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código Tributário
Municipal).

Art. 52 A verificação no requerimento, a qualquer tempo, de vício, declaração falsa ou


causa de nulidade, excluída a hipótese de erro ou informação imprecisa que não prejudique
a perfeita caracterização do licenciamento, implicará a imediata suspensão do alvará e da
correspondente inscrição municipal, oferecendo-se ao contribuinte, em seguida, o prazo de
quinze (15) dias para apresentação de defesa.

§ 1º A não apresentação de defesa, assim como a decisão de que as alegações não


procedem, acarretará a anulação do alvará.

§ 2º As providências a que se referem o caput e o § 1º não prejudicarão outras cabíveis,


notadamente a responsabilização penal do responsável.

§ 3º A suspensão produzirá efeitos de interdição de estabelecimento, considerando-se


irregular o funcionamento e aplicando-se as sanções pertinentes, quando for o caso.

Capítulo XV
DA CASSAÇÃO DO ALVARÁ

Art. 53 O alvará será cassado se:

I - for exercida atividade não permitida no local ou no caso de se dar ao imóvel destinação
diversa daquela para a qual foi concedido o licenciamento;

II - forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles de poluição, ou se o


funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuízos, incômodos, ou puser em risco,
por qualquer forma, a segurança, o sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança
ou da coletividade;

III - houver cerceamento às diligências necessárias ao exercício do poder de polícia


autorizado nos termos da declaração de endereço residencial;

IV - ocorrer prática reincidente de infrações à Legislação aplicável;

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V - houver solicitação de órgão público por motivo da perda de validade de documento


exigido para a concessão do alvará.

Capítulo XVI
DA ANULAÇÃO DO ALVARÁ

Art. 54 O alvará será anulado quando:

I - o licenciamento tiver sido concedido sem observação de preceitos legais ou


regulamentares;

II - ficar comprovada a falsidade ou a inexatidão de qualquer declaração ou documento


dentro do processo administrativo.

Art. 55 O alvará poderá ser cassado ou alterado, a requerimento ou de ofício, mediante


decisão fundamentada, sendo o contribuinte notificado para defender-se, observando o
regular processo administrativo municipal.

§ 1º Será assegurado ao contribuinte, nos termos do que dispõe a Constituição, art. 5º,
inciso LV, o direito ao contraditório e à ampla defesa, sempre que ocorrer a propositura de
anulação, cassação ou alteração do alvará.

§ 2º O ato de cassação ou anulação do alvará dispensará a prévia consulta à Procuradoria


Geral do Município, exceto em caso de incerteza quanto à pertinência da medida ou ao
preenchimento de condições suficientes para fundamentar a decisão de extinção do
licenciamento.

Art. 56 O exercício do direito de ampla defesa ante a propositura de cassação ou anulação


de alvará não afastará, a qualquer tempo, a aplicação de outras sanções, no âmbito de
competências de cada órgão do Município.

Art. 57 Qualquer pessoa, entidade ou órgão público poderá solicitar à Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Econômico a cassação ou a anulação do alvará, em caso de
configuração do disposto nos arts. 40 e 41 da Lei Municipal nº 1.031/2003 (Código
Tributário Municipal).

§ 1º A solicitação de que trata o caput deste artigo deverá ser adequadamente instruída,
para que fique perfeitamente caracterizada e comprovada a irregularidade.

§ 2º A solicitação de cassação de alvará proveniente de órgão municipal que tenha por


fundamento a comprovação de irregularidades de cunho urbanístico, sanitário, ambiental
ou outro deverá ser instruída por:

I - relatório pormenorizado da irregularidade, inadequação ou incômodo;

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II - informação referente as orientações, notificações, intimações, advertências, multas,


interdições, embargos, apreensões e sanções em geral já aplicadas pelo órgão solicitante;

III - elementos que evidenciem a necessidade de aplicação da sanção extrema de


cassação, em razão da reiteração da prática irregular, não obstante as providências
indicadas no inciso II deste parágrafo.

§ 3º A solicitação de cassação de alvará não interromperá a aplicação de novas sanções


por parte do órgão que a apresente.

Art. 58 O contribuinte que tiver o seu alvará anulado ou cassado sujeitar-se-á às


exigências referentes a licenciamento inicial, caso pretenda restabelecê-lo.

Capítulo XVII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 59 A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico poderá firmar convênios


com a Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul (JUCERGS), o Cartório de
Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Novo Hamburgo, a Secretaria da
Receita Federal do Brasil, a Secretaria de Estado da Fazenda do Rio Grande do Sul, e
quaisquer órgãos da Administração Direta e Indireta da União, do Governo do Estado do
Rio Grande do Sul e dos demais entes da Federação, com o fim de compartilhar, por meio
digital, dados cadastrais, documentos e comprovações, tramitações processuais,
levantamentos estatísticos e outras informações concernentes ao licenciamento e
fiscalização de estabelecimentos.

Art. 60 Os Alvarás de Funcionamento e Localização serão:

I - convertidos em Alvará de Funcionamento e Localização para Estabelecimento mediante


novo protocolo de requerimento, anexadas as licenças pendentes no Alvará de
Funcionamento e Localização Provisório;

II - convertidos em Alvará de Funcionamento e Localização, se houver evidência, nos autos


de processo administrativo, de que a conclusão depende exclusivamente de ato
administrativo do Município, sem prejuízo do cumprimento de requisitos diversos previstos
neste Decreto.

III - extintos se, no prazo máximo de vinte e quatro (24) meses, não se operar a conversão
definida nem forem atendidos os requisitos previstos neste Decreto.

IV - extintos de imediato, se houver conhecimento de que o estabelecimento ocupa


irregularmente imóvel próprio municipal, com base em pronunciamento oriundo da Diretoria
de Patrimônio do Município, expresso por iniciativa do órgão, nos autos de processo
administrativo ou em comunicação avulsa.

§ 1º O cancelamento previsto no inciso III poderá ser efetuado em prazo inferior a vinte e

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quatro (24) meses, na hipótese de ficar evidente, a qualquer tempo, a impossibilidade de


atendimento aos requisitos de licenciamento constantes deste Decreto.

Art. 61 Os modelos de alvará expedidos anteriormente a este decreto permanecerão


válidos até a extinção, alteração ou prorrogação do licenciamento.

Parágrafo único. O Município poderá promover o chamamento para atualização cadastral a


qualquer tempo, a fim de analisar se Alvarás de Funcionamento e Localização estão de
acordo com a legislação.

Art. 62 A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e o Comitê Gestor da Rede


SIM poderão a qualquer tempo emitir resoluções normativas para disciplinar e/ou explicitar
a aplicação das normas deste Decreto.

Art. 63 Este Decreto entra em vigor a partir da data de sua publicação.

GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO, aos 10 (dez) dias do mês


de abril do ano de 2018.

FÁTIMA DAUDT
Prefeita

Registre-se e Publique-se.

LINÉO BAUM
Secretário Municipal de Administração

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