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1. Finalidade do Registo
Como indica o artigo 1 do RREL, nele se incluem os factos jurídicos relativos à actividade
empresarial , aos empresários e à verificação da admissibilidade das firmas e denominações,
bem como garantir a sua protecção a nível nacional.
Portanto, o registo empresarial permite tornar público os actos e factos que estabelecem a
situação jurídica de empresários - sociedades empresariais e empresários individuais. Através
do registo empresarial podem ser registados acontecimentos relativos aos empresários e ao
exercício da sua actividade, por exemplo, a constituição, extinção das sociedades empresariais,
etc.
De acordo com Adelaide Leitão (P:12), o registo empresarial procura eliminar os custos de
investigação e de pesquisa de informação, que seriam elevados sem uma base de dados que
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permita elucidar, indagar e garantir as correspondentes e sucessivas situações jurídicas,
o que é feito através da inscrição dos factos relevantes para o efeito num sistema de registo.
A matéria dos actos de registo pressupõe uma articulação entre o Código Comercial e o
Regulamento de Registo de Entidades Legais, aprovado pelo Decreto-lei n° 1/2006, de 03 de
Maio.
Assim, de acordo com o disposto no artigo 36 do Código Comercial, os actos relativos aos
empresários e actividade empresarial estão sujeitos a registo e publicação, nos termos da lei.
Os factos sujeito a registo relativo à actividade empresarial, à luz dos artigos 3, 5 e 6, todos, do
Código do Registo de Entidades Legais, só a lei os pode declarar ou sujeitar como factos a
registo, designadamente:
c) A unificação de quotas;
d) A suspensão de actividades;
3. Vantagem do registo
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4. Princípios do Registo Comercial
a) Princípio da Instância
b) Princípio da tipicidade
Também conhecido por princípio do numerus clausus, este princípio estabelece que
apenas os factos constantes na lei como sujeitos a registo podem ser registados.
O princípio do numerus clausus dos factos sujeitos a registo implica a impossibilidade de à
respectiva enumeração legal serem pelo intérprete acrescentados novos factos, a título de
integrar lacunas da lei. É que dispõe o artigo 6 do RREL que estarão ainda sujeitos a registo
quaisquer outros factos que a lei declarar a sua sujeição ao registo empresarial.
Este princípio vem consagrado no artigo 17 do RREL, segundo ele, o registo definitivo
constitui presunção de que existe a situação jurídica, nos precisos termos em que é definida.
Trata-se de um princípio de manifesta importância, estabelece que o conteúdo do registo
empresarial se presume verdadeiro e também exacto, presunção ilidível, mediante apresentação
de prova em contrário (Cfr. artigos 349 e 350 do Código Civil).
É que, o registo permite uma inversão do ónus probatório (prova em contrário – artigo 344 do
Código Civil), uma vez que fica presumido que o direito inscrito existe e corresponde à
verdade. O efeito principal do registo é pois o da presunção da verdade, ou seja, de que a
situação jurídica existe tal como o registo a define.
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d) Princípio da Publicidade
Este princípio vem consagrado nos artigos 36 do Código Comercial, como sendo aquele para o
qual o registo empresarial se orienta, visando garantir a segurança do jurídica e a produção de
efeitos contra terceiros. É o que se pode igualmente depreender o artigo 1 do RREL, segundo o
qual o registo destina-se a dar publicidade à situação jurídica dos empresários e outros entes
previstos no mesmo diploma legal, bem como aos factos jurídicos, especificados na lei,
referentes aos entes sujeitos, bem como verificar a admissibilidade das firmas e denominações
e sua protecção a nível nacional.
e) Princípio da Especialidade
Segundo este princípio, o registo empresarial deve evidenciar, de modo claro e específico, os
elementos respeitantes às pessoas singulares e colectivas sujeitas a registo empresarial. O
Regulamento de Registo de Entidades Legais, no seu artigo 61, refere quais os elementos
fulcrais a constar da matrícula, considerando esta destinada à identificação das entidades legais
sujeitas a registo, conforme o disposto no artigo 53 do mesmo diploma legal.
f) Princípio da Legalidade
Trata-se pois de um juízo de qualificação apenas e somente aplicável aos casos de registo por
transcrição, não sendo aplicável nos casos de estarmos perante um registo por depósito.
g) Princípio da Prioridade
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h) Princípio do Trato Sucessivo
Este princípio encontra-se consagrado no artigo 20 do RREL, segundo ele, para poder ser lavrada a
inscrição definitiva de actos modificativos da titularidade de quotas ou partes sociais e de direitos
sobre elas é necessária a intervenção nesses actos do titular inscrito.
São actos do registo a matrícula (artigo 53 e ss), as inscrições (artigo 70 e ss), os averbamentos
(artigos 87 e ss) e as publicações (artigo 90 e ss).
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