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4° Grupo
Discente:
Luísa Fernando
Dercio Alcandra
1.1. OBJECTIVOS........................................................................................................2
1.2. Metodologia............................................................................................................2
5. CONCLUSÃO.........................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Antes de focar no tema, importa referir que, no âmbito do processo de reforma legal
levado a cabo pelo Governo, designadamente com a introdução de alterações ao
Código Comercial (CCom), aprovado pelo Decreto-Lei nº 2/2005, de 27 de
Dezembro, foi recentemente aprovado um outro instrumento não menos importante
– o Decreto-Lei nº 1/2006, de 3 de Maio, (DL1/2006) que cria o Registo de
Entidades Legais e o respectivo anexo aprovado, onde consta o Regulamento do
Registo de Entidades Legais (RREL). O Decreto-Lei 1/2006 veio revogar os
diplomas anteriores, designadamente o Decreto-Lei nº 42.644 e o Decreto nº
42.645, ambos de 14 de Novembro de 1959, que haviam sido criados na vigência do
Código Comercial, aprovado pela Carta de Lei de 28 de Junho de 1888, que foi
também objecto de alteração introduzida ao abrigo do CCom.
Portanto, este trabalho versa sobre aspectos inerentes ao regime juridico de registo de
entidades legais e seus efeitos. Neste contexto, a Finalidade do Registo nos termos do
artigo 16 do CCom, os empresários comerciais (entendidos estes como sendo, as
pessoas singulares ou colectivas que, em seu nome, por si ou por intermédio de
terceiros, exercem uma empresa comercial; e as sociedades comerciais), tem em
especial, as seguintes obrigações: Adoptar uma firma; Escriturar em ordem uniforme
as operações ligadas ao exercício da sua empresa; Fazer inscrever na entidade
competente os actos sujeitos ao registo comercial; Prestar contas.
O registo das entidades legais destina-se a dar publicidade à situação jurídica dos
empresários e das empresas comerciais, tendo por finalidade a segurança do
comércio jurídico, conforme resulta da conjugação do disposto no artigo 58 do CCom
e o artigo 1 do RREL.
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1.1. OBJECTIVOS
1.2. Metodologia
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2. REGIME JURÍDICO DE REGISTO DE ENTIDADES LEGAIS
2.1. Conceitos básicos
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As empresas comerciais;
Os factos a ele sujeitos, referentes às entidades supra referidas. Nos termos dos artigos
3 e seguintes. do Regulamento do registo das entidades legais - RREL, acham-se
previstos e listados vários factos sujeitos a registo, nomeadamente:
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a constituição e a transmissão de usufruto, penhor, arresto, arrolamento e
penhora de quotas ou de direitos sobre elas e ainda quaisquer actos ou
providências que afectem a sua livre disposição;
a designação, a cessação de funções, por qualquer causa que não seja o decurso
do tempo, bem como a alteração do mandato dos membros dos órgãos de
administração e de fiscalização e procuradores;
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quaisquer outros factos referentes às empresas que a lei declare sujeitos a
registo.
Na falta de prazo especial, os registos devem ser lavrados dentro dos trinta dias
seguintes à data da apresentação dos respectivos títulos.
f) quaisquer outros factos a elas referentes que a lei declare sujeitos a registo;
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ii. as acções de declaração de nulidade ou anulação do acto constitutivo das
entidades legais;
Sem prejuízo do estatuído nos artigos anteriores, a lei pode declarar ou sujeitar outras
entidades e factos a registo. artigo 6 do RREL.
Estão contidas no Título III, as normas relativas aos princípios, efeitos e vicissitudes
do registo. Ao abrigo do artigo 16 de RREL, vigora o Princípio da legalidade, visto
que, além da regularidade formal dos actos requeridos e da legitimidade dos
requerentes, incumbe ao conservador apreciar a legalidade dos títulos apresentados
e a validade dos actos dispositivos neles contidos, e bem assim a capacidade dos
outorgantes, em face dos títulos e dos registos anteriores. E vigora o principio de
Presunções derivadas do registo - O registo definitivo constitui presunção de que
existe a situação jurídica, nos termos do artigo 17 do RREL.
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O direito em primeiro lugar inscrito prevalece sobre os que, pela ordem da data da
apresentação, se lhe seguirem relativamente aos factos, quotas, partes sociais e outros
bens.
Os interessados que não requerem o registo obrigatório no prazo legal (de noventa
dias ou trinta dias conforme o caso), incorrem na pena de multa, que será fixada
em diploma próprio.
O conservador que verificar, por qualquer meio que o registo não foi requerido no
prazo legal levantará o auto da transgressão e notificará o responsável de que pode
pagar a multa devida, pelo mínimo, no prazo de trinta dias, se ao mesmo tempo se
apresentar a requerer o registo com a documentação necessária, nos termos do nº 3
do artigo 32 do RREL.
Nos termos do artigo 18 do RREL Os factos sujeitos a registo, ainda que não registados,
podem ser invocados entre as próprias partes ou seus herdeiros, mas só produzem
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efeitos contra terceiros depois da data do respectivo registo. Exceptuam-se do estatuído
no número anterior:
b) outros factos para os quais a lei declare ser o registo necessário para a produção
de efeitos.
No que diz respeito a prioridade do registo, o artigo 19 do RREL, diz que o direito em
primeiro lugar inscrito prevalece sobre os que, por ordem da data da apresentação, se
lhe seguirem relativamente aos factos, quotas, partes sociais ou bens. O registo
convertido em definitivo tem a prioridade correspondente à sua realização como
provisório. 3. Em caso de recusa, o facto efectuado na sequência de reclamação ou
recurso julgados procedentes conserva a prioridade do acto recusado.
ii. Nos termso do artigo 24, pode sessar por Caducidade por força da lei ou pelo
decurso do prazo do direito inscrito. Os registos provisórios caducam se não
forem convertidos em definitivos ou renovados dentro do prazo de três meses
contado da data da sua inscrição.
iii. E ainda pode cessar por cancelamento com base na extinção dos direitos, ónus
ou encargos conforme resulte dos documentos depositados, nos casos previstos
na lei, ou em execução de decisão transitada em julgado. O cancelamento de
um registo deve ser anotado no documento que o consubstancia. O
cancelamento é feito por averbamento ao respectivo registo, artigo 25 do RREL.
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5. CONCLUSÃO
Em suma, importa referir que os factos sujaitos a registo de entidades legais são
obrigatórios e alguns deles voluntários estão elencados no Código do Registo Comercial
e do regulamento de registo de entidades legais. A obrigatoriedade do registo resulta da
lei e o seu incumprimento tem como sanção o pagamento em dobro do pagamento
devido. Importa ainda salientar, no acto de registo vigora o Princípio da legalidade,
visto que, além da regularidade formal dos actos requeridos e da legitimidade dos
requerentes, incumbe ao conservador apreciar a legalidade dos títulos apresentados
e a validade dos actos dispositivos neles contidos, e bem assim a capacidade dos
outorgantes, em face dos títulos e dos registos anteriores. E vigora o principio de
Presunções derivadas do registo - O registo definitivo constitui presunção de que
existe a situação jurídica.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Decreto-Lei nº 2/2005, de 27 de Dezembro, aprova o Código Comercial
(CCom).