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1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
1.1. Metodologia..........................................................................................................................1
2. FUNDAMENTO TEÓRICO....................................................................................................2
3. CONCLUSÃO..........................................................................................................................7
O trabalho em curso tem como objectivo Geral analisar a Propriedade Privada e a Família. E
como objectivos específicos, descrever conceitos bases que sustentam o tema em curso;
demonstrar em que consiste a propriedade privada e seu modo de aquisição e por fim destacar
aspectos gerais em prol da instituição família.
1.1. Metodologia
Para materialização desta pesquisa usou-se a pesquisa bibliográfica, realizada a partir do registro
disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos,
teses etc. Utilizam-se dados de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e
devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos
textos.
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2. FUNDAMENTO TEÓRICO
Em linhas gerais, pode-se definir-se família como uma unidade de pessoas integradas pela
possibilidade de manifestação de afecto através da convivência, publicidade e estabilidade de
relações intersubjectivas. Portanto, as representações familiares partem de uma concepção de
família como sendo algo construído no cotidiano e discursivamente. Por outra, a família diz
respeito à forma de interpretar, de representar e de organizar as relações sociais, produzindo um
modo de criar sentido para tais relações (GUBRIUM & HOLSTEIN, 1990; HOLSTEIN &
GUBRIUM, 1994).
Segundo o historiador James Casey, no início da história humana as famílias pré-históricas eram,
em sua maioria, de formação eminentemente matriarcal. Na antiguidade, conforme afirma o
Pamplona Filho, a família constituía-se por meio de celebrações religiosas ou por simples
convivência de um homem e uma mulher. GAGLIANO. PAMPLONA FILHO.2012.
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No artigo 1305.º do Código Civil (Conteúdo do direito de propriedade) O proprietário goza de
modo pleno e exclusivo dos direitos de uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem,
dentro dos limites da lei e com observância das restrições por ela impostas.
Todavia, isto não significa que o direito de propriedade seja absoluto, como veremos adiante.
Num sentido extrajurídico, nem faria sentido, já que a vida em sociedade o impede que assim
seja. É também no seguimento desta constatação que se evoca o princípio da publicidade – para
que sejam passíveis de conhecimento por outros sujeitos e para segurança do comércio jurídico.
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O próximo milênio nos há de encontrar comprometidos com um novo projecto de
sociedade. Para que a espécie humana sobreviva temos que nos engajar na
procura de um homem novo. Um projecto que tente começar por reconhecer que
existe um espaço psíquico que está sendo absolutamente destruído pela
tecnologia avançada. [...] Para o próximo século o ego affectus est deve tentar
substituir aos processos excludentes do ego cogito. [...] As relações humanas
encontram-se permeadas por um sentido que precisa situar-se no amor para
extrair sua fonte de significação. [...]
É evidente, que o amor perde sua qualidade quando transforma o homem em espelho amante das
imagens estabelecidas e estabilizadoras, em espelho amante das culpas e dos códigos normativos.
A qualidade do amor há de ser sustentada por uma experiência interior que dispense as
exigências de uma moral culpabilizadora, de um sistema de valores que pretenda organizar a
vida a partir de um inventário de expectativas maximamente repressivas. (Warat, 1997:21)
Tomada em função de seu contexto social, ensina o autor, citando Lévy-Strauss, a família era
caracterizada como um grupo social originado pelo casamento, composto por marido, mulher e
filhos unidos por laços legais, direitos e obrigações económicas e religiosas, compondo uma rede
precisa de direitos e de proibições sexuais, além de sentimentos variáveis. A sociedade, aliás,
menciona explicando os estudos de Morgan, exerce influência inquestionável sobre a estrutura e
a forma da família, impondo às relações que se estabelecem regras de observância obrigatória.
O modelo de família jurídico ocidental moderno oficial seria o modelo monogâmico. Quanto à
finalidade patrimonial deste modelo, sobrepujando ou mesmo desconsiderando o amor como
elemento de sua composição, Engels (2012), em estudo já clássico, revelou que estes casamentos
eram promovidos por conveniência e a intenção era a de garantir ao homem não só a supremacia
da família, subjugando a mulher, com a certeza de herdeiros legítimos a quem propagar seu
património acumulado.
Como instituição social, continua Engels (2012), o heterismo (relações extraconjugais) supria a
ausência do amor conjugal e era praticado, sobretudo, e com vantagens pelos homens, pois as
mulheres que buscassem essa prática eram gravemente condenadas e censuradas.
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O casamento, como instituição pública, ensina Leite (1993), adveio da Revolução Francesa, mas
teve sua origem na Reforma quando se questionava a interferência da religião na sua
regulamentação por entendê-lo matéria pública. O casamento foi, assim, regulamentado pelo
Estado por meio da inclusão da matéria nas codificações do século XIX. O Código Civil Francês
de 1804, continua o autor, imprimiu características à família legítima e expurgou àquelas que se
afastavam do modelo advindo do casamento.
Nessa virada conceitual de fins do século XX, a instituição família, segundo estudos da
Fundação Getúlio Vargas (1986), passou a assumir outras funções, para além da reprodução da
espécie, a criação e socialização dos filhos e a transmissão do património cultural, tais como a
função económica, a de conferir status e classificação social de seus membros, a função
recreativa, a de assistência e a função de solidariedade.
Também, em relação à família extensa de outrora, passou a ser afirmada a família nuclear como
a grande responsável da socialização dos filhos e da estabilidade emocional e mental das
personalidades adultas. Isso ocorre em virtude do maior número de divórcios, de mobilidade
residencial, do enfraquecimento dos laços de parentesco, da emancipação da mulher, entre outros
factores. A família nuclear, continua essa fundação (1986), constitui uma adaptação
especializada que acentua valores de desempenho, mobilidade social e solidariedade, em
contraposição aos valores da família tradicional extensa que acentuava a permanência, a
estabilidade e a continuidade através do nome, da profissão e da herança. A tendência, porém,
segundo esses estudos, é considerar essa família nuclear não como uma mera relação de
indivíduos, mas como um sistema de papéis.
Portanto, o Direito de Família deve ser analisado sob o aspecto constitucional, pois assim
poderá se verificar um novo tratamento a este ramo do direito, um tratamento das pessoas em
detrimento dos bens. É certo que a construção histórica do Direito de Família vem evoluindo no
sentido de uma harmonização e de uma igualdade plena entre os indivíduos, tanto no que diz
respeito a aniquilar as desigualdades entre homens e mulheres tanto no tratamento dos filhos
que não podem sofrer qualquer diferenciação se concebido dentro ou fora da união civil, entre
outros casos. Porém, nem sempre foi assim, pois a palavra família como conhecemos hoje é de
origem romana, famulus, que significa escravo e não se referia única e exclusivamente ao casal
e seus filhos, mas também todos os servos e parentes que se encontravam sob a autoridade
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do pater famílias. Uma coisa é certa, na noção romana de família, que serviu de paradigma ao
mundo ocidental, a família representava um conjunto enorme de pessoas que se encontrava
subordinada ao pater famílias. LEITE. 2005, p 23.
E neste sentido, importante frisar que se busca, não somente no ramo do Direito de Família, mas
em todo o ordenamento jurídico, a protecção da pessoa como a parte fundamental da sociedade,
busca-se ainda a igualdade entre as pessoas sem distinção de sexo ou qualquer outra
característica.
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3. CONCLUSÃO
Em suma importa referir que, a compreensão da instituição família veio sofrendo mutações no
decorrer do tempo, principalmente nos países ocidentais. Tais alterações ocorreram
principalmente pela existência de alguns fatos, tais como a presença de novas tecnologias, o
movimento feminista e, com isso, o aumento da inserção da mulher no mercado de trabalho,
assim como das dissoluções matrimoniais. Castells (1999) também entende que as mudanças
ocorridas na instituição família foram advindas da inserção das mulheres no mercado de
trabalho, da globalização e das transformações tecnológicas, proporcionando impactos na esfera
do trabalho e na eliminação de qualquer forma de opressão ou desigualdade de poder.
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3.1. Referencias bibliográficas
i. Legislação (Código Civil - CC, Constituição da Republica de Moçambique - CRM);
vi. VENOSA. Silvio de salvo. Direito Civil: direito de família. 9ª Edição. São Paulo: Editora
Atlas, 2009.
vii. GAGLIANO. Pablo Stolze. PAMPLONA FILHO. Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil
– As famílias em Perspectiva Constitucional. 2ª ed. Rev., atual. E ampl. São Paulo:
Saraiva, 2012.