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APONTAMENTOS DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I – UNIG – 7°


PERÍODO Professor: Marcelo Fróes Padilha

A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO


Receita ( tributo) conceito do Direito Financeiro art. 9 da Lei 4320/64 ( Lei do
Orçamento Público) , conceito de tributo do Direito tributário art. 3 do CTN Lei
5.172/66, despesa, crédito, orçamentos Lei 4320/64, gestão patrimonial
RECEITA PÚBLICA
(originária e derivada)
DIREITO FINANCEIRO
DIREITO TRIBUTÁRIO

A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

 ESTADO

• Pode-se sintetizar o papel do Estado na seguinte frase: é a promoção do Bem


Comum;
• A pessoa jurídica é uma ficção que o homem incorporou ao Direito, fazendo com que
ela venha a adquirir personalidade jurídica e venha produzir efeitos jurídicos em sua
vida;
• a pessoa jurídica adquire personalidade distinta da personalidade dos sócios que a
compõem;
• o Estado também foi uma ficção criada pelo homem:
Quando o homem percebeu, pela evolução da sociedade, que ele não tinha mais
capacidade de prover o bem da comunidade, satisfazer as exigências da sociedade,
ele criou esta ficção chamada Estado, com o objetivo de promover o Bem Comum.
O homem cria, concebe, projeta estruturas, coloca-as em prática e depois é
consumido pela própria estrutura criada, e o maior exemplo disto é o Estado.
Este fenômeno é mundial, pois em todos os países se discute o papel do Estado.

Qualquer um de nós tem uma atividade financeira, a maioria recebe um salário, que
do ponto de vista financeiro, é o recebimento de um determinado valor que deve ser
administrado por um determinado período de tempo, normalmente, mês.

Toda pessoa física ou jurídica, seja do tipo que for, tem uma atividade financeira, de
acordo com a sua estrutura, natureza, complexidade.

Também o Estado tem uma atividade financeira, principalmente no nosso caso, como
federação tripartite, com Municípios, Estados e União exercendo uma atividade
financeira.

Tal atividade financeira do Estado não interessa só ao Direito, mas aqui se estudará
esta atividade à luz do Direito.

Se o Direito se preocupa com esta atividade financeira, tem-se aí o Direito


Financeiro.
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Definição de Direito Financeiro:1

“ É a disciplina que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as


relações jurídicas por ele criadas no desempenho da sua atividade financeira.”
Posição do direito Financeiro= Ramo do Direito Público

Representam a Atividade Financeira do Estado:


 Receita
 Despesa
 Crédito
 Orçamentos
 Gestão patrimonial

Esses são os grandes capítulos do D. Financeiro, pois representam a atividade


financeira do Estado.

• A atividade financeira do Estado é uma parcela da administração estatal,


pertencendo, primeiramente ao D. Administrativo;
• tal parcela tornou-se, com o tempo, extensa, complexa, adquiriu institutos e
princípios próprios, e portanto se deslocou do D. Administrativo para o D. Financeiro;
• portanto, o D. Financeiro é um desdobramento do D. Administrativo;
• houve uma época em que toda parte estatal, inclusive a administração pública, era
do âmbito de aplicação do D. Constitucional;
• a Administração se deslocou formando o D. Administrativo. Desta Administração, a
administração financeira, com o tempo, deslocou-se para o D. Financeiro.

D. Constitucional – Administração pública propriamente dita D. Administrativo 


Finanças Públicas - D. Financeiro- Receita Pública Derivada = Tributos – Direito
Tributário

• no art. 165, § 9º da CF:


Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
• a Constituição, no capítulo dos orçamentos, estabeleceu a exigência da vinda de
uma lei complementar que vai disciplinar, inteiramente e praticamente, todas as
matérias que compõem o D. Financeiro;
• ainda não temos esta lei complementar que a CF se refere, para disciplina moderna
da matéria;
• entretanto, temos uma lei que cuida desta matéria:
• Lei 4320 de 17.03.64 – Lei Orçamento Público
Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
• essa lei unificou, padronizou os orçamentos públicos dos Municípios, dos Estados, do
D. Federal e da União, e também, em consequência, os balanços públicos;
• essa lei é a bíblia dos Tribunais de Contas, tudo, em D. Financeiro, gira em torno
dela;
• essa lei está em vigor ?
• pelo princípio da recepção, todas as vezes que surge um novo ordenamento
constitucional, ele vai encontrar o ordenamento infraconstitucional pré-existente.
Com a chegada do novo ordenamento, a grande parte harmoniza-se com o texto
constitucional e outra parte se choca, não se harmoniza. Com a parte que se
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harmoniza, ocorre o princípio da recepção : a Constituição recepciona todo


ordenamento jurídico com ela compatível, e com a parte incompatível ocorre a
revogação (não é inconstitucionalidade, porque esta só ocorre com a lei nova).
• No caso com ordenamento pré-existente e incompatível com o texto constitucional,
trata-se de um conflito de leis no tempo, e prevalece a lei nova, e neste caso, a lei
nova é hierarquicamente superior;
• a Lei 4320 apesar de ser lei ordinária, foi recepcionada com eficácia de lei
complementar, porque o § 9º do art. 165 da CF pede que esta matéria seja
disciplinada por Lei Complementar;
• portanto, a Lei 4320 foi elevada a categoria de Lei Complementar, em virtude da
matéria.
• EC 18/65 Lei 5.172/1966 (CTN) – lei ordinária- Princípio da recepção foi elevado à
lei complementar – art. 146, III CF CTN LC

INGRESSO PÚBLICO = TUDO QUE ENTRA PARA OS COFRES PÚBLICOS DA U, EST/DF


E M = ESTADO – FAZENDA PÚBLICA ART. 209 CTN

CLASSIFICAÇÃO DOS INGRESSOS PÚBLICOS :

DE TERCEIROS - EMPRÉSTIMOS EX: M R$ 20.000 EMPRÉSTIMO COM UMA


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – 20.000 CONTABILIZADO ATIVO CONTÁBIL- DIREITOS
E BENS E IMEDIATAMENTE VAI SURGIR UMA CORRESPONDÊNCIA COM O PASSIVO
CONTÁBEL QUE SÃO AS OBRIGAÇÕES Ex: empréstimo FMI

PRÓPRIOS – RECEITAS PÚBLICAS : Ex: M GALPÃO – IMÓVEL – ALUGUEL


R$20.000- Ex: Tributos

1- Natureza Jurídica do Pedágio: taxa ou tarifa? Pesquisa no formulário próprio


0511092@professor.unig.edu.br – unighoras7noite2020.2@gmail.com
2- Repartição das Receitas tributárias art. 157 e 158 da CF – FPE- FPM

RECEITAS públicas

 originárias
 receitas provenientes do patrimônio do Estado ;
 são voluntárias, contratuais; facultativa
 geralmente expressas por preços públicos ou tarifas - preço público tarifado

 derivadas
 receitas provenientes do patrimônio particular;
 são compulsórias, obrigatórias e coercitivas;
 representadas por tributos compulsório
 (Tributos), penalidade pecuniária ( multa ) reparações de guerra

• Portanto, os tributos, que representam uma parcela de um capítulo da atividade


financeira do Estado, capítulo das receitas derivadas de natureza tributária, tornou-
se um campo tão extenso e complexo que adquiriu princípios e institutos próprios e
se desloca do D. Financeiro, para nascer o D. Tributário;
• O D. Tributário é um desmembramento do D. Financeiro, que já pertenceu ao D.
Administrativo, que é um desmembramento do D. Constitucional.

Definição de D. Tributário2
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“É o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os


particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado, no que se refere à
obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos.”

• Refere-se às relações jurídicas entre os “dois gigantes em guerra”: Fisco X


Contribuinte art. 121, I CTN - Estado X Particulares;
• Restringe, pois diz que essa relação jurídica é decorrente da atividade financeira do
Estado, mas só no que se refere às receitas que correspondam ao conceito de tributo;
• portanto se não for tributo, é tratado pelo D. Financeiro.

POSIÇÃO, NATUREZA E AUTONOMIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO.

POSIÇÃO DO DIREITO TRIBUTÁRIO

• assunto mais de natureza pedagógica que científica;


• ao tempo dos romanos, o Direito tinha dois campos: D. Público (envolvimento do
Estado) e D. Privado (envolvimento dos particulares);
• como o Direito normatiza a sociedade, foi acompanhando a evolução, e passou a se
alastrar;
• esta classificação em D. Público e D. Privado, atualmente quase não se justifica, nem
tem sentido científico, é mais uma conotação pedagógica;
• estamos diante de uma ciência só, extensa e complexa, e para estudá-la, é melhor
organizá-la;
• daí divide-se em D. Público e D. Privado, subdivide-se em ramos do D. Público e
ramos do D. Privado, mas na verdade está se estudando a ciência do Direito;
• atualmente, grande parte do D. Privado encontra-se publicizado: os contratos são,
praticamente, de massa, de adesão, não existe liberdade de discutir as cláusulas
contratuais;
• os autores não se entendem a respeito dos critérios adotáveis de identificação se
determinado ramo é público ou privado;
• existem os critérios: subjetivo (partes envolvidas), interesse envolvido e
disciplinado; normas cogentes e normas dispositivas;
• são vários os critérios que se pode fixar;
• qualquer que seja o critério adotado, conclui-se, sempre, que o D. Tributário é ramo
do D. Público;
• isto porque o sistema tributário existe para que ocorra a transferência de recursos
do setor privado para o setor público, para que o setor público, com esses recursos,
em resposta, promova o bem da sociedade;
• inclusive, na definição de D. Tributário, ele está inserido como ramo do D. Público;

NATUREZA DO D. TRIBUTÁRIO

O D. TRIBUTÁRIO TEM NATUREZA OBRIGACIONAL


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art. 3º, CTN:


“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória ( obrigatória), em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito ( tributo não
pode ser confundido com multa ), instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.”
• Elementos da obrigação:
• sujeitos → ativo e passivo
• objeto → prestação
• vínculo → ex lege - Princípio da Legalidade Tributária (art. 150. I CF)
• tecnicamente falando, ao definir como prestação pecuniária compulsória, já se pode
concluir que é obrigacional, porque está citando um dos elementos da obrigação, a
palavra prestação é técnica;
• a obrigação tributária está inserida no Título II da Segundo Livro do CTN; F.G –
Obrigação tributária – ( Lançamento ) – Crédito Tributário
• pagar é obrigação de dar;
• a obrigação no D. Privado é ex voluntate, onde vai haver a explicitação do elemento
vontade, nos contratos;
• a obrigação tributária é ex lege, o vínculo é a lei, existe o elemento vontade, a
vontade da lei;
• as normas tributárias são de rejeição social;
• na história antiga, em matéria de tributo (que era uma matéria odiosa porque só
pagava tributo quem perdia a guerra...) só prevalecia um entendimento: pró fisco;
• foi necessária a presença de grandes revoluções para discutir esta matéria e mudar
a mentalidade;
• a revolução inglesa, a americana e, principalmente, a revolução francesa, mudou
completamente este enfoque da matéria: a partir da revolução francesa muda a
concepção, relativamente à parte fiscal, toda interpretação é contra fisco;
• as leis tributárias após a revolução francesa tinham que ser muito bem elaboradas,
com toda cautela, porque qualquer dúvida, toda interpretação era sempre contra
fisco;
• atualmente, tendo em vista a natureza científica do D. Tributário, pertencente ao
ordenamento jurídico de qualquer país, entrelaçando-se com os demais ramos, não
se pode ser pró fisco ou contra fisco, restando só uma posição a pro lege;
• deve se analisar muito bem a norma, extrair o seu sentido, o seu alcance, conteúdo
e aplicá-la como tal;

AUTONOMIA DO D. TRIBUTÁRIO

• O D. Tributário é um ramo autônomo do Direito; princípios, normas , regras e


legislação própria
• tem um conjunto de princípios próprios, de institutos próprios e peculiares;
• a doutrina em D. Tributário é imensa;
• a legislação é vastíssima, tem-se a legislação municipal, estadual, federal, todas elas
extensas;
• Lei Federal aplica-se tão somente à União, ex: Estatuto dos Servidores Públicos da
União lei 8.112/90. Enquanto que Lei Nacional aplica-se aos quatros Entes (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios), ex: Código Tributário Nacional Lei 5.172/66
e CRFB.
• a CF nos apresenta um enorme e complexo título só sobre Sistema Tributário e
determina que uma Lei Complementar, explicite estes princípios, que é o CTN,
fixando as normas gerais de D. Tributário aplicável a União, Estados, DF, Municípios
e a todos nós;
• a CF, quando no art. 24, fixa competências, se reporta ao D. Tributário, D. Financeiro,
D. Econômico, evidenciando que aceita a distinção entre estes ramos;

O OBJETO DO DIREITO TRIBUTÁRIO:


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TRIBUTOS conceito e classificações


IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.
CONTRIBUIÇÕES sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
emergenciais e para investimentos relevantes.

TRIBUTO E ESPÉCIES

ESTUDO DO TRIBUTO

• o estudo do direito tributário tem por objeto estudar a tributação, o tributo, que
nada mais é do que a contraprestação exigida pelo Estado (lato sensu) dos
particulares, e tal contraprestação nasce por força de uma lei;
• tributo sempre deve ser entendido gênero que comporta espécies;
• a primeira definição, do ponto de vista legislativo, aparece sobre a ótica do d.
financeiro, estruturada na Lei 4320/64 - Lei Orçamentária3;
• portanto, desde 64 já existia um conceito de tributo, mesmo antes do CTN que é
de 66; EC 18/65 CTN Lei 5.172/66
• art. 9º desta lei, particulariza o conceito de tributo da seguinte forma:
“Tributo é receita derivada, instituída pelas entidades de direito público,
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos da Constituição
e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio
de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades.”
• o instituto do tributo está sendo tratado sob a ótica do sujeito ativo da relação,
pois está se tratando o tributo como receita;
• quando se trata o tributo sob a ótica do sujeito passivo, ele é tido como encargo,
ônus, obrigação, dever;
• portanto, esta definição está dentro da ótica do d. financeiro e não do d. tributário;
• e dentro deste conceito, a expressão pecuniária será tratada como receita, porque
está sendo veiculado este conceito sob a ótica do sujeito ativo, aquele que recebe
o recurso, e por consequência, deve estruturar o seu orçamento para determinar
de que maneira irá aplicar o produto arrecadado;
• quando se trabalha no campo de determinar a aplicação do produto arrecadado,
se está no campo do d. financeiro;
• quando se trabalha com regras jurídicas que intentam buscar a parcela de receita,
regras jurídicas que são colocadas para subtrair uma parcela de riqueza dos
particulares, se está no campo do d. tributário;
• o conceito de tributo, sob a ótica do d. tributário, é o que esta na Lei 5172/66,
que é o CTN;

• art. 3º, CTN - esmiuça o conceito de tributo4:

“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, e moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”

a) prestação pecuniária
• prestação: relação obrigacional;
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• tributo está no contexto das obrigações, sendo uma obrigação típica, porque não
decorre da vontade;
• pecuniária : em moeda, prestação de entregar dinheiro;

b) compulsória
• no sentido de obrigatória;
• se já estava num contexto da obrigação (prestação), a expressão compulsória
seria até uma redundância, mas enfática;
• como o tributo é uma obrigação compulsória, ele não se confunde com ato de
vontade, pois independe da vontade;

c) em moeda (reais) ou cujo valor nela se possa exprimir = CONVERTER


• em moeda ou equivalente;
• obrigação de entregar dinheiro;
• se uma lei ordinária, instituída por um ente tributante, fixar que um sujeito passivo
possa cumprir sua obrigação mediante entrega de bens, isso não desnatura o
conceito de tributo, desde que deste bem se possa extrair um valor pecuniário;
• duas interpretações: 1ª. Unidades fiscais ou referenciais, UFIR, UFERJ , BTN,
ORTN, URV
• 2ª. ART. 156, XI CTN 5.172/66 – DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS NA
FORMA E CONDIÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI 13.259/2016 ART. 4

d) Que não constitua sanção de ato ilícito VER PRINCÍPIO DO NON OLET
ART. 118 CTN

1- tributo é # de multa ( penalidade pecunária )

• tributo não pode ser penalidade (multa);


• se qualquer norma, a pretexto do exercício da competência tributária, instituir
contraprestação a um particular, prestação esta que venha sancionar um ato
contrário ao ordenamento, não será tributo, mesmo que tenha todos os outros
requisitos;
• esta é uma das notas determinantes do conceito de tributo, pois tributo não pode
ser pena;
• a multa não é tributo;
• quando o contribuinte é autuado e se exige dele o tributo mais a multa, isso estará
dentro do conceito de crédito tributário que é bem mais abrangente que o de
tributo, porque atinge o principal e seus acessórios;

e) instituída em lei ART. 150, I CF PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA


• a prestação é instituída em lei;
• isto porque vigora em nosso sistema, o princípio constitucional da legalidade;
• por isto que se pode dizer que não há tributo sem lei;
• sem lei jamais poderá existir obrigação tributária, porque falta a norma, que é o
ponto de partida, que é o exercício da competência tributária;
• OBS: Art. 153, §1 CF Exceção ao P. legalidade impostos reguladores do governo:
II, IE, IPI e IOF
• Roque Antônio Carraza- Direito Constitucional Tributário – Faculdade do Poder
Executivo Não caracterizando exceção

3-MP pode instituir ou majorar tributos? Formulário e enviar para o email do professor
Art .62, §2 CF
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f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada= ATO


VINCULADO

• a expressão vinculada tem dupla acepção:


• 1º sentido : vinculada à competência, exigir no sentido de ser criada, por quem
detém a competência; art. 153 (impostos União ), 155 ( Est/DF ) e 156 (M)
• 2º sentido : vinculada, num conceito até excludente, no sentido de que o tributo
não pode ser uma exigência de um ato discricionário. O ato tem que ser
extremamente vinculado. Só se pode exigir o que está na norma;
• o administrador público, no campo do direito tributário, lato senso, só tem
deveres, deve cumprir a norma;
• o agente arrecadador tem poderes, só que o poder é instrumental, para que ele
possa cumprir o dever;
• o ato discricionário tem duas particularidades: conveniência e oportunidade, que
não podem existir na instituição do tributo;
• a Medida Provisória, é admitida no sistema tributário, desde que não implique em
aumento ou criação de um tributo;
• para diminuir a alíquota do tributo, é admitido que seja por MP, porque não afeta
o princípio da anterioridade (art. 150, III, b da CF), que determina que o tributo
só poderá ser cobrado no exercício seguinte, porque esta é uma segurança do
sujeito passivo;
• 3- vínculo VEDA A VINCULAÇÃO DAS RECEITAS A ORGÃO, FUNDO OU
DESPESA
• art. 167, IV CF VÍNCULO DE CARATÉR ARRECADATÓRIO
• – exemplo : IPVA – ESTADO/DF – ART. 155, III CF
• IPVA= 100 % DA ARRECADAÇÃO TEM QUE IR PARA CONSERVAÇÃO DE
ESTRADAS? Não vedação constitucional art. 167. IV

• 4- vínculo – classificação doutrinária – tributos são vinculados e não-


vinculados

Tributos vinculados :
1- Taxa= uti singuli - taxa tributo vinculado
Taxa é uma contraprestação imediata de serviço público

2- Contribuição de melhoria

Tributo não—vinculado:

1. Imposto = uti universi = para toda coletividade/sociedade


Imposto é um tributo não-vinculado art. 16 CTN

• Fazenda Pública = U. Est/DF e M


• Contribuinte/particular = pagar taxa= serviço público- taxa é um tributo
uti singuli= para o particular- taxa é um tributo vinculado
• Art. 81 CTN Contribuição de melhoria = tributo vinculado = diretamente
para o contribuinte
• Impostos= tributo não-vinculado- uti universi = para toda sociedade art.
16 CTN
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Lei Fato
 → sujeito ativo (direito)
Fato Gerador  objeto : tributo
→ sujeito passivo (dever)

 quando se define o objeto, sob o conceito que tributo é prestação pecuniária,


se está definindo sob a ótica do sujeito passivo, pois só é prestação, no sentido
de obrigação, de ser compulsório, para o sujeito passivo;
tributo é a prestação instituída em lei, que obriga o sujeito passivo entregar ao
sujeito ativo uma parcela de dinheiro, que é objeto desta relação;
nesta mesma simbologia, sob a ótica do direito financeiro, tributo é a receita
obtida pelo sujeito ativo, em função de uma norma que criou uma obrigação para
o sujeito passivo de que quando acontece o fato, esse sujeito deve entregar a
parcela de dinheiro ao suj. ativo;

• art. 4º, CTN :


“A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para classificá-la:
I - a denominação e demais características adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação;”
• o próprio legislador do CTN adverte o intérprete que a natureza jurídica do tributo
é dada pelo fato gerador;
• é o fato que faz nascer a obrigação, que da a sua natureza;
• é o fato que é determinante, pois é ele que está impulsionado ou não pela atuação
do poder público;
• ex.: antiga TRU (taxa rodoviária única) - ser proprietário de veículo automotor -
não tem atuação do poder público, consequentemente, é que o tributo não é
vinculado, portanto não era taxa e sim imposto;
• também é irrelevante o destino do produto arrecadado;

 é importante, ao analisar a norma, para ver se é tributo ou não, verificar os


requisitos do art. 3º, CTN, e após deve-se verificar a qual espécie pertence,
analisando o fato gerador do tributo e observando a classificação em vinculado e
não vinculado e o que determina o art. 4º, CTN.

TRIBUTO - ESPÉCIES

• art. 145, CF:


“A União, os Estados, o DF e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia (F.G) ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis (F.G), prestados
ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;”
• caput : entes tributantes que compõem o nosso sistema;
• EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
• CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS /ESPECIAIS
• 05 ESPÉCIES – CLASSIFICAÇÃO PENTAPARTITE STF

• no inciso I, a CF não deu conotação do que seriam impostos;


• no II, a CF, já apresentou um delineamento desta espécie tributária, com os 2
pressupostos para a existência das taxas;
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• no III, a contribuição de melhoria, com sua particularização, sendo decorrente de


obras públicas;
• o art. 145, CF, nos acena, de pronto, para 3 espécies tributárias;
• as CF anteriores, também tratava de impostos, taxas e contribuição de melhoria;
• art. 5º, CTN:
“Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.”
• estas 3 espécies são, o que a doutrina denomina de espécies genuinamente
tributárias e indiscutíveis;
• existem também mais 2 institutos:
• empréstimos compulsórios art. 148 CF
• contribuições especiais (sociais) ou parafiscais art. 149 CF
• a doutrina é unânime que as 3 primeiras espécies são inquestionáveis;
• se além das 3, existe ou não a 4ª e a 5º espécie, ou se elas se encaixam no
conceito das anteriores, sobre isso não há um entendimento doutrinário
específico;
• a questão não é numérica, a questão é identificar estes institutos jurídicos, através
de suas diretrizes jurídicas;

TAXAS = serviço público – uti singuli = para o indivíduo/particular


TEM 2 F.G ART. 114 CTN - CONCEITO de F.G

• Art. 77, CTN lei 5.172/66:


“As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios (competência comum), no âmbito de suas respectivas atribuições, têm
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia (F.G), ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível (f.g), prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.”
• Tal artigo está em consonância com o inciso II do art. 145, CF/88:
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição.”
• portanto, os conceitos do art. 77, CTN, foram recepcionados pela CF/88;
• todos os entes tributantes podem instituir taxas competência tributária comum
Art. 145, II CF
• taxa tem como pressuposto:
1. o exercício REGULAR do poder de polícia, na acepção de poder de fiscalizar e
regulamentar, sendo definido no art. 78, CTN, em caráter exemplificativo;
2. serviço público - serviço prestado pelo poder público;
 exercício do poder de polícia - art. 78 CTN:

“Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando


ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de direito público concernente à segurança, a higiene,
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais e coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o poder de polícia quando desempenhado
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso
ou desvio de poder.”

• haverá, necessariamente, exercício do poder de polícia quando existir um bem


jurídico tutelado pelo ordenamento jurídico, ou seja, quando existir um interesse
jurídico maior que o interesse individual; EX: TIS – Taxa de inspeção sanitária=
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bem jurídico tutelado é a sáude pública TLIF – Taxa de localização , instalação e


funcionamento TPP- Taxa de poder de polícia

 utilização do serviço público


• o primeiro ponto a se analisar é como se caracteriza um serviço como público;
• existe uma polêmica na doutrina quanto a este assunto;
• há quem diga, numa visão superficial, primária, que um serviço é público pela
qualidade do prestador, se o prestador é agente público, o serviço é público, se o
prestador é um agente privado, então o serviço é privado;
• esta corrente não resolve todas as questões porque pode haver transferência de
serviço pelo poder público para o ente privado;
• esta transferência se dá por autorização, permissão, concessão, mediante
licitação, e são institutos do direito administrativo;
• ao se seguir a linha de pensamento desta corrente, a transferência dentro do
direito público, faz com que mude a natureza do serviço, para serviço privado.
Mas se for considerado privado, não necessita de cessão, concessão, autorização,
por isso esta corrente não resolve todas as questões;
• outra corrente entende que o serviço seria público pela relevância do serviço;
• esta corrente apresenta a seguinte dificuldade: qual é a característica de ser
relevante? Qual a mensuração, o limite de relevante?
• uma outra corrente, que é a mais fundamentada de princípios jurídicos, entende
que um serviço é público quando, pela relevância do serviço, o próprio
ordenamento jurídico o eleva a categoria de ele não poder ser prestado, senão
mediante autorização, pelo particular;
• o serviço é público quando, pela relevância, pelo bem jurídico tutelado, o próprio
ordenamento jurídico atribui este serviço para o poder público;
• o poder público pode prestar este serviço diretamente, ou mediante autorização,
permissão ou concessão, sem que elas desnaturem o serviço;
• serviço público concedido, transferido para que seja prestado por um particular,
continua sendo público;
• por este motivo continua submetido às regras do direito público, para que ele
possa ser concedido, e estas mesmas regras podem romper esta concessão;
• partindo desta premissa, pode-se identificar os seguintes serviços públicos:
• coleta de lixo - bem jurídico tutelado : a saúde pública. Atualmente, em
Campinas, quem presta este serviço é uma empresa privada, mas continua sendo
um serviço público, pois mediante licitação este serviço foi concedido à empresa
privada;
• coleta de esgoto - bem jurídico tutelado : a saúde pública. Em Campinas, existe
um organismo próprio, no caso, uma sociedade anônima de economia mista, para
poder efetuar o serviço público. Poderia até se criar uma empresa pública. A forma
de administrar é do poder público;
• há uma infinidade de serviços ou de exercícios do poder de polícia que estão no
campo tributário, por esta concepção;
• por exemplo, para pleitear a cédula de identidade, que é um serviço público de
identificação, tem que se pagar uma taxa;
• o poder público, ao prestar um serviço público, discricionariamente, poderá fazê-
lo gratuitamente, entretanto se quiser cobrar por ele, só poderá ser mediante
taxa;
• é inerente à taxa que exista uma atividade pública, e é inerente quase que um
vínculo direto entre o contribuinte da taxa e a própria atuação estatal;
• a taxa é o mais legítimo dos tributos, porque é contraprestacional;
• exemplo: postar carta: selo - tarifa postal - qual a natureza?
• análise:
• É compulsória, instituída em lei, não é sanção de ato ilícito, portanto está dentro
do conceito de tributo.
12

Tem como fato gerador, a utilização do serviço postal, sendo portanto vinculado,
pois necessita de um serviço público, (CF, art. 21, X: “Compete à União manter o
serviço postal e o correio aéreo nacional”);
• o bem jurídico tutelado é a inviolabilidade de correspondência (garantia
constitucional);
• o serviço de correio, atualmente, também é feito por franquia, mas não perde a
natureza de serviço público;
• portanto, a tarifa postal é taxa;
• a encomenda, é um serviço diferente de correspondência, é um serviço que é
efetuado pelo setor privado. Quando o setor privado, que não tem concessão para
entrega de correspondência, o fizer, estará agindo de forma ilegal;
• a taxa é contraprestacional, mas a qualidade do serviço não pode ser questionada
via taxa;
• só pode se questionar o valor da taxa quando o agente público se locupletar em
cima do valor do serviço;

ÁGUA - LUZ - TELEFONE


Tarifa de água, de energia elétrica, telefônica
• Existe uma grande polêmica, no nosso sistema, em definir a natureza destes
serviços;
• estão no campo do serviço público, o que se paga na contraprestação, seria taxa;
• atualmente, na doutrina, tem se inserido um novo conceito, que é o preço
público;
• a grande polêmica, atualmente, é distinguir taxa de preço público;
• não existe um consenso doutrinário, o Prof. Marco Aurélio Greco, tem um trabalho
neste sentido e defende que na taxa se está diante de serviços, ou exercício do
poder de polícia, que são, verdadeiramente, cometidos ao poder público, só ele
poderia prestá-lo.
• No preço público, se estaria diante de serviços também prestados pelo poder
público, mas onde o poder público estaria concorrendo com a iniciativa privada.
• existem vários exemplos: num município que, hipoteticamente, presta um serviço
de engraxar sapatos, concorrendo com a iniciativa privada;
• portanto, existe preço público, quando o poder público se propõe a prestar um
serviço que não lhe é cometido pelo ordenamento jurídico, concorrendo com a
iniciativa privada;
• a energia elétrica, no campo tributário, por uma ficção legal, é equiparada à
mercadoria, sujeita a ICMS; e se for considerada serviço, também seria sujeita à
taxa;
• no fornecimento de água, o Judiciário vem entendendo que o Estado estaria
fornecendo mercadoria, estando diante de um preço público;
• portanto, o Preço Público, segundo a melhor doutrina, respaldada pelo STF,
aparecerá nas atividades onde o poder público, sem ter sido investido naquela
atividade, pratica uma atividade de serviço concorrendo com os particulares, por
ser ele prestador e órgão do poder público, ou seja, quando o serviço público não
é de competência da Administração, ela não é obrigada a fazer e o serviço não
segue o regime de Direito Público.

art. 79, CTN:


“Os serviços públicos consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por eles usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
13

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de


intervenção, de utilidade ou de necessidade pública;

TI- ● Taxa de incêndio – Adm. Pública atue no combate e prevenção ao incêndio

TCL ● Adm. Pública atuar no serviço da coleta de lixo

TIP ● não existe mais e sim CIP/COSIP art. 149 A CF EC 32 de 19.12.2002


Adm. Pública atuar no serviço da iluminação pública

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada


um de seus usuários.

• quanto ao I, a, o serviço público é efetivo quando o usuário tira proveito do serviço,


que pode ser gratuito ou remunerado, se for remunerado é via taxa;
• quanto ao I, b, colocando-se o serviço à disposição, e a atividade sendo
efetivamente prestada pelo poder público, não importa que se tenha utilizado ou
não, porque é de utilização compulsória, é irrelevante que se utilize ou não, a
partir daí, implica o pagamento da taxa;
• Portanto, o serviço público, para ser remunerado via taxa, precisa,
necessariamente, ser específico e divisível;
• o serviço público específico, na linguagem do próprio CTN, é aquele que pode ser
distinguido, destacado, diante da generalidade diante dos serviços públicos
prestados. Diante de uma diversidade de serviços prestados no município, pode
se identificar, por exemplo, o serviço de limpeza pública;
• o serviço público divisível, é aquele que tem que conseguir reunir condições de
avaliar o quanto cada particular pode usufruir daquele serviço. O serviço público
será divisível quando for possível aferir a fruição individual;
• quando um serviço público não for específico e divisível ele não pode ser
remunerado via taxa;
• é através deste art. 79, CTN, que se pode questionar, no Judiciário, a validade da
cobrança de várias taxas;

Análise de algumas incidências que já se pretendeu e também de outras concretas


que se realizam até hoje:

1. Serviço de coleta de lixo / limpeza pública


• é específico, pois é possível, dentre os serviços públicos, destacar, individualizar
a atividade do poder público na coleta de lixo;
• é divisível, pois é possível aferir o quanto o poder público está servindo a cada
usuário. É possível aquilatar a fruição individual, que não precisa,
necessariamente, estar quantificada, precisa permitir aferir se o indivíduo está se
utilizando daquele serviço; súmula vinculante n. 19 STF

2. Segurança Pública
• é um serviço que pela sua relevância, foi cometido ao poder público: cabe ao Poder
Público dar segurança pública aos cidadãos;
• é específico, pois pode se individualizar este serviço;
• não é divisível, pois não é possível aquilatar quanto cada cidadão está usufruindo
desta atividade;
• portanto, se está diante de um serviço público, prestado pelo poder público à
sociedade, que não pode ser remunerado via taxa, porque não é um serviço
divisível;

3. Segurança Nacional
• não é possível prever quanto cada indivíduo usufrui da segurança nacional,
portanto não pode ser cobrado via taxa;
14

• exemplo: jogo de futebol - os clubes de futebol, quando vão realizar suas partidas,
precisam, por uma norma de regulamentação do Estado de SP, requisitar a
segurança pública para o estádio, e também tem que previamente recolher,
através de uma guia, um valor pré-determinado, para custear aquela atividade.
• este serviço de segurança é divisível, pois é possível aferir o nº de pessoas que
estarão no estádio;
• este exemplo é importante para demonstrar que não se pode generalizar, não se
pode afirmar que um determinado serviço nunca pode ser cobrado via taxa, pois
dependendo das condições, se num determinado momento ele for específico e
divisível, ele pode ser cobrado via taxa;

A INCONSTITUCIONALIDADE DA TAXA DE INCÊNDIO

5-Taxa de Incêndio é constitucional ou inconstitucional ? pesquisa formulário

• Existe uma polêmica se o serviço de extinção de incêndio pode originar a


cobrança de uma taxa.

• Não há possibilidade de individualizar e quantificar a atividade prestada a cada


contribuinte, sendo impossível destacar uma unidade de intervenção para cada
administrado.

• E mais, a extinção de incêndios não beneficia somente os proprietários,


possuidores ou titulares de domínio útil de bens imóveis localizados na zona urbana
municipal, mas toda a sociedade, que pode ter todos os seus bens, imóveis, móveis
e semoventes, e a própria vida dos indivíduos, ameaçadas pelo sinistro.

• Nesse sentido, colhe-se trecho de artigo publicado sobre a matéria: "o


serviço de prevenção e extinção de incêndios, resgate e salvamento, é inespecífico,
pois favorece não apenas os proprietários ou possuidores de bens imóveis, mas a
coletividade em geral, mesmo porque o sinistro pode atingir também os bens móveis
e ameaçar vidas humanas e de semoventes. E o resgate e salvamento favorecem
todos aqueles que eventualmente se encontrem em situação de risco no município,
mesmo que não sejam proprietários ou possuidores de imóveis e sequer morem na
cidade. E, ademais, essas atividades são indivisíveis pois não se pode medir o quanto
cada munícipe, proprietário ou não, é beneficiado com sua existência" (CHAGAS,
Marco Aurélio Bicalho de Abreu. Por que não pagar a ‘taxa’ de incêndio?.
Tributário.NET, São Paulo, inserido em: 20/04/2001. Disponível em:
<http://www.tributario.net/ler_texto.asp?id=29974>. Acesso em: 22/04/2004.)

•Também nessa toada, especificamente sobre "taxa de incêndio", já se


pronunciou o col. Tribunal de Justiça de Minas Gerais, conforme voto do ilustre
Desembargador Carreira Machado, proferido no julgamento da Apelação Cível nº
1.0000.00.341376-2/000, realizado em 05.02.2004, acórdão publicado em
16.03.2004.

• Não foi outra a conclusão a que chegou o eg. 1º Tribunal Alçada Cível de São
Paulo:

"TAXA – Incêndio. Municipalidade de Guarulhos. Exercício de 1999. Serviços


de segurança destinado à toda coletividade. Não atendimento aos requisitos legais
da especificidade e divisibilidade. Cobrança indevida. Recursos improvidos."
15

(1º TACSP, 11ª C. Fér., AP 0947950-3 – (39603), Guarulhos, Rel. Juiz Antonio
Marson – J. 08.02.2001.)

• Por fim, também nesse diapasão, já se manifestou recentemente o Tribunal


de Justiça do Distrito Federal e Territórios, ao suspender, em sede de liminar
proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 2001.00.2.005467-6, a eficácia
da cobrança da "Taxa de Fiscalização, Prevenção e Extinção de Incêndio e Pânico",
julgamento proferido em 18.09.2001.

• Pelo exposto, fica claro que o serviço de extinção de incêndios só pode ser
classificado como "uti universi" ou geral, sendo prestado à comunidade como um
todo, indistintamente, sendo por isso inconstitucional e ilegal a criação de taxa para
a sua manutenção, ainda mais quando a cobrança alcança somente os proprietários
de bens imóveis localizados na zona urbana de alguns municípios mineiros, como
ocorre no caso em tela.

• Ainda, é certo que as atividades prestadas pelo Corpo de Bombeiros, dentre


as quais encontramos a extinção de incêndios, estão incluídas no serviço de
segurança pública, como se infere da leitura do inciso V do artigo 144 da Carta
Magna.

• A dita inclusão fica mais clara por ter sido enumerada na Lei n.º 14.938/2003
a extinção de incêndios como uma das hipóteses de incidência da "Taxa de Segurança
Pública".

• Tal circunstância corrobora o vício da cobrança da combatida taxa, vez que


a instituição dessa espécie tributária para custeio do serviço de segurança pública já
foi declarada inconstitucional pelo Pleno do col. Supremo Tribunal Federal, de acordo
com decisão proferida no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n.º 2424/CE, Rel. Min. Néri da Silveira, DJU 07.06.2002.

• Para o Pretório Excelso, as atividades relacionadas à segurança pública são


serviços que não podem ser considerados específicos nem divisíveis, devendo ser
sustentados pelas receitas originárias do recolhimento de impostos, entendimento
externado também no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n.º 1942/PA, Rel. Min. Moreira Alves, DJU 22.10.1999.

• E mais, o próprio Estado de Minas Gerais parece já ter reconhecido a


ilegitimidade da exigência da "Taxa de Incêndio", uma vez que expediu a Resolução
n.º 3.521, de 20.04.2004, suspendendo a cobrança do tributo com relação aos
imóveis de uso residencial, o que constitui, ainda, clara afronta ao princípio da
isonomia.

• À guisa de conclusão, apesar de a Corte Superior do eg. TJMG ter indeferido


liminar para suspender os dispositivos da Lei Estadual n.º 14.938/2003 que tratam
da taxa de incêndio (pedido formulado no bojo da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n.º 1.0000.04.404860-1), a ilustre Desembargadora Vanessa
Verdolim concedeu liminar no mandado de segurança coletivo n.º 1.0000.04.408535-
5, impetrado pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais, para suspender
a cobrança do malfadado tributo de todos os seus associados, e os magistrados de
primeiro grau também vêm deferindo aos contribuintes mineiros liminares em
mandados de segurança individuais nesse mesmo sentido.
16

 Tem prefeituras que juntamente com o IPTU, que é imposto, cobram


também taxas5;
• existem prefeituras que, além de cobrarem a taxa de limpeza pública, cobravam
também a taxa de iluminação pública;
• analisando os pressupostos, imaginando a norma que instituiu a taxa de
iluminação pública que deveria dizer: cada cidadão proprietário de imóvel deve
pagar uma quantidade de unidades monetárias devido a título de taxa de
iluminação pública;
• por trás da iluminação pública, está o bem jurídico tutelado da segurança;
• é um serviço público, pelo o art. 21, XII, b, CF, e o ordenamento jurídico, ao
distribuir as funções, comete aos municípios, a atribuição que cada município
organize e sustente a iluminação pública;
• é um serviço público específico;
• não é divisível, pois não é possível aquilatar quanto cada indivíduo usufrui desta
atividade. O pressuposto de ser beneficiado com a iluminação pública não é ser
proprietário, pois quantos cidadãos que não são proprietários são locatários?
Mesmo que seja repassado ao locatário, este repasse é feito via contratual;
• o grande problema é que não é possível quantificar o quanto cada cidadão utilizou
daquele serviço, e que, como a lei é municipal, só poderia ser cobrado do cidadão
do município;
• mas ao ser cobrado junto com o IPTU, teria como pressuposto ser proprietário de
imóvel naquele município, mas pode ser que o proprietário nem resida naquele
município e que tantos outros cidadãos, de outros municípios, usufruírem de tal
serviço, e não serem cobrados;
• portanto, o serviço de iluminação pública não pode ser cobrado via taxa, pois não
permite a divisibilidade;
• mesmo que se catalogasse todos os munícipes, não se pressupondo ser
proprietário de imóvel, mesmo assim não seria possível cobrar este serviço via
taxa, porque, pela sua própria natureza ele é indivisível;
• Atualmente os Municípios e o Distrito Federal, cobram a Contribuição de
Iluminação Pública ( CIP) ver artigo 149 A da CF incluído pela emenda
constitucional n. 39 de 2002.
• se, num exemplo, uma epidemia se instalasse no país, e o poder público, que é
encarregado de zelar pela saúde pública, determinar que todo cidadão deverá ser
vacinado. Se o poder público determinar uma cobrança pela vacina, Todo cidadão,
ao ser vacinado deverá pagar, esta cobrança terá natureza de taxa.
• Mesmo diante da generalidade, pela sua peculiaridade e pela maneira como foi
instituída, é específico e divisível;
Pedágio
• primeira análise que se deve fazer é se o pedágio se enquadra no conceito de
tributo, se a resposta for afirmativa, a partir daí deverá se verificar como o
ordenamento jurídico trata de tal assunto;
CF, art. 150, V:
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela
utilização de vias conservadas pelo Poder Público;”
• o pedágio está referido no texto constitucional, no capítulo do Sistema Tributário
Nacional, e está sendo referido como uma ressalva;
• portanto, o pedágio está vinculado à atuação do poder público, e a partir daí é
necessário verificar se ele se encaixa no pressuposto da taxa: exercício do poder
de polícia ou utilização do poder público, específico e divisível, colocado à
disposição do usuário ou prestado ao contribuinte;
17

• o pedágio é um tributo que é quase impossível de ser sonegado ou de ser cobrado


irregularmente;
• o pedágio federal foi extinto, e no lugar dele, na época, foi instituído o selo
pedágio, por lei;
• sob uma análise jurídica se modificou a forma de cobrança, pois cada usuário
deveria colar no selo de seu carro. Já teria um primeiro problema quanto a sua
constitucionalidade pois feria a divisibilidade, pois o usuário que se utilizava das
rodovias todos os dias do mês, pagava o mesmo valor daquele que só de utilizava
um dia (pois o selo era válido no mês) ;
• também houve um grande número de fraudes, a lei foi declarada inconstitucional;
• a partir daí se ficou sem o pedágio federal, e as estradas federais pioraram muito;
• no pedágio se exige uma quantia pecuniária, compulsória, instituída em lei,
passando pelo conceito de tributo, e se exige como contraprestação de se utilizar
uma via pública, ou no conceito de obra pública que se exige como conservação
da via pública (manutenção, socorro);
• a doutrina não é pacífica;
• a CF, art. 150, V, ao estabelecer o princípio que não se pode estabelecer tributo
como limite de tráfego, ressalvou o conceito de pedágio, acenou que o pedágio
tem natureza tributária;
• existe também o entendimento que o pedágio tem a natureza de receita originária;
• portanto, o pedágio tem natureza de taxa, pela prestação de serviço de
manutenção de estrada, ou serviços prestados e colocados à disposição do
contribuinte; STF pedágio é um tarifa

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

• art. 145, III, CF:


“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (competência tributária
comum) poderão instituir os seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
• contribuição de melhoria é um tributo vinculado;
• a obra pública precisa ser executada por um dos entes tributantes;
• num conceito de Celso Bandeira de Mello, “Obra pública é a construção, a
edificação, a ampliação ou manutenção de um bem imóvel, pertencente ou
incorporado ao patrimônio público.”
• o pressuposto constitucional é só a obra pública;
• entretanto, o art. 81 do CTN dispõe que:
“A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária
(F.G), tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”
• o CTN traz novas exigências, agrega à possibilidade da exigência da contribuição
de melhoria outros pressupostos, não basta obra pública, e sim a da qual decorra
valorização imobiliária;
• também determina que a contribuição de melhoria tem uma razão financeira,
porque ela é instituída para fazer face a um custo de obra pública;
• portanto, também tem natureza constraprestacional;
• o Poder Público executa uma obra pública e pode executá-la com os recursos
públicos que tem, no entanto, o Poder Público desde que a obra pública provoque
uma valorização imobiliária, pode buscar, junto com aqueles que tiveram
valorização dos seus imóveis, (valorização que foi as custas dos recursos públicos)
que ajudem a custear a obra, porque tiveram benefício direto com a obra pública
realizada;
• contribuição de melhoria é um tributo mais justo que o imposto ?
• obs: obra nova. obra finda já realizada
18

• construída a obra que representou ganho, valorização imobiliária para o


proprietário, eles podem vir a ser convocados para custeio desta obra pública,
através de uma exigência do campo tributário que é a contribuição de melhoria;
• obra pública é toda a atividade do Poder Público que implica na consecução de um
bem público novo ou no aprimoramento do já existente;
• a canalização da via Norte-Sul é um exemplo de obra pública;
• a contribuição de melhoria também é um dos tributos mais justos, uma das formas
mais leais de arrecadação, e talvez por isso não se utilize juridicamente deste
instituto;
• a contribuição de melhoria sempre figurou no nosso ordenamento jurídico, as
Constituições precedentes trouxeram este instituto regulado e sempre com a
atribuição para a União, para os Estados e para os Municípios, pois aquele que
executa a obra pública é que se candidata a ser remunerado pela contribuição;
• o Município pode executar uma obra pública , por exemplo, de pavimentação, e,
posteriormente, após alguns anos, ser necessário fazer o recapeamento, ou seja,
a manutenção da obra. E aí o Município deve cobrar taxa de recapeamento ou
contribuição de melhoria?
• aí já não é mais contribuição de melhoria, pois não é mais obra e sim manutenção
dela, e sim serviço de manutenção. Pode se cobrar via taxa?
• não é possível cobrar taxa, porque não é divisível;
• só é possível cobrar contribuição de melhoria pela feitura do asfalto;
• num bairro que não tem rede de esgoto, vai o Município e leva a rede de esgoto,
executando uma obra pública que pode ser remunerada via contribuição de
melhoria;
• feita a rede de esgoto pelo Município, sendo ou não remunerado via contribuição
de melhoria, e um proprietário solicita a ligação do esgoto para sua casa, para
tanto ele precisa pagar uma taxa, pelo serviço de ligação de esgoto, que é um
serviço específico e divisível;
• posteriormente, o proprietário recebe a conta de água e junto com a conta vem
uma taxa de esgoto. É uma taxa para cobrar a utilização de um serviço colocado
à disposição. Um serviço é fazer a ligação do esgoto: divisível, específico e
estanque, outro serviço é constante: serviço de utilização da rede de esgoto;
• a taxa de utilização da rede de esgoto em que o usuário ainda não tenha sido
contemplado com a ligação do esgoto, só a da água, é uma cobrança ilegítima;
• portanto, a contribuição de melhoria sempre existiu em nosso ordenamento
jurídico, as CF anteriores previam contribuição de melhoria decorrente de obras
públicas de que decorram valorização imobiliária;
• isto estava previsto na EC 18/65, na CF/67, na EC de 69;
• também eram previstos mais 2 parágrafos:
• limite individual: que não se poderia cobrar destes proprietários, que tiveram seus
imóveis valorizados, mais que o valor da valorização;
Se um proprietário tivesse um imóvel que valesse R$10.000,00 e com a obra
pública passasse a valer R$ 30.000,00, a contribuição de melhoria não poderia
exceder R$ 20.000,00;
• limite global : que seria o custo de obra, ou seja, somando-se todas as
contribuições de melhoria, não se poderia arrecadar mais do que o valor do custo
da obra;
• sempre esteve presente, nas CF anteriores, esta configuração;
• estes parâmetros (limite individual, limite global e a valorização imobiliária) eram
tidos como fatores que inviabilizavam a cobrança da contribuição de melhoria;
• na EC 23/83, com o intuito de possibilitar a cobrança da contribuição de melhoria,
suprimiu da CF o limite individual, não sendo mais necessário aquilatar o quanto
cada um vai contribuir, se está dentro do limite individual ou não;
• até CF/88 não se experimentou este instituto, demonstrando que, na prática, de
nada adiantou a EC 23/83;
• prevalecendo o entendimento que era necessário facilitar a cobrança da
contribuição de melhoria, a CF/88 suprimiu o limite global, o limite individual e a
19

valorização imobiliária, restando no texto contribuição de melhoria decorrente de


obra pública;
• quando se interpreta por esta evolução histórica, entende-se que se executar a
obra pública pode se cobrar a contribuição de melhoria;
• no entanto, é ínsito deste instituto a valorização imobiliária, e é inerente a ele que
não se pode cobrar mais do que foi o valor da valorização, a pretexto de cobrar a
contribuição de melhoria, pois não se pode cobrar de quem não teve melhoria;
• se não é possível cobrar de quem não teve melhoria não se pode cobrar além da
melhoria, para aqueles que a tiveram;
• também não é possível cobrar mais do que custou a obra, porque não se pode,
por meio da contribuição de melhoria, a pretexto de custear uma obra, angariar
outros recursos que possam ter outras destinações, isto é implícito, inerente ao
instituto;
• por essas razões desde 88, mesmo com toda essa supressão, não se experimentou
a cobrança de contribuição de melhoria legítima, sendo que ilegítimas tem várias;
• não se tem contribuição de melhoria legitimamente instituída, pois não atendem
ao que está determinado no art. 82, CTN;
• art. 82, CTN:
“A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos
mínimos:
I - publicação dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona
ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias para impugnação, pelos
interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação
judicial.”

• o CTN Lei 5.172/66 ( Lei Complementar) faz as vezes da LC solicitada pelo o art.
146, CF;
• portanto, os requisitos do art. 82, CTN, devem ser observados, e, legitimamente,
não foi instituída contribuição de melhoria;
• no entanto, o Poder Público está se remunerando através de vias contratuais: por
exemplo, determinado bairro que não tem esgoto passa uma lista de adesão, e
por adesão, o Poder Público faz a obra e se remunera do custo da obra, por meio
de contrato;
• o Poder Público se remunera por via contratual: o proprietário do imóvel contratou
com o Município, pagando x para levar a rede de esgoto, não precisando de lei, e
o proprietário se obriga, contratualmente, a pagar;
• isto está sendo utilizado para esgoto, iluminação, asfalto, e isto é chamado de
plano comunitário;
• normalmente isto é realizado por empresas particularizadas, criadas para levar
adiante estas atividades;
• portanto, atualmente, quem experimenta instituir a contribuição de melhoria
esbarra na ilegitimidade, por isto procuram outros caminhos;
• portanto, o pressuposto da contribuição de melhoria é ter melhoria;
• ressaltando sempre que os arts. 81 e 82, CTN, estão intactos;

IMPOSTO
20

• o instrumento que a doutrina nos dá para discernir as espécies tributárias, é uma


classificação dos tributos:
• vinculados
• não vinculados
• esta classificação tem como pressuposto se o tributo depende ou não de uma
atividade do poder público;
• se o tributo está ou não vinculado a uma atuação estatal;
• se a existência do fenômeno da incidência, para instaurar a relação obrigacional,
depende de uma atuação do poder público, teria um tributo vinculado;
• se, por outro lado, o tributo nasce independente de atuação do poder público, se
está diante de um tributo não vinculado à atuação estatal;
• dentro desta classificação, tributo não vinculado só existe uma espécie: os
impostos;
• esta classificação é útil porque ela é o ponto de partida para analisar qualquer
incidência de norma jurídica que tenha como finalidade buscar uma obrigação
pecuniária compulsória instituída em lei;
• se dentro deste contexto, deparar com a situação que para nascer este tributo,
não precisa de atuação do poder público, a consequência que esta forma legal
provoca, é que só pode ser da espécie imposto;
• é por esta classificação, que se tem a segurança para discernir o imposto da taxa,
pois toda vez que tiver a atuação do poder público só poderá ser taxa ou
contribuição de melhoria;
• como a classificação para ser relevante, precisa ser adotada pelo ordenamento,
art. 16, CTN:
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.” Sociedade como um todo- Uti Universi – contrapartida
mediata – volta ao longo do tempo

• portanto, imposto é uma espécie não vinculada;


• é importante, ao analisar uma norma, perceber se ela está no conceito de tributo,
pois se não se está num conceito de tributo não assiste razão em alocá-lo na
classificação de vinculado ou não vinculado, p. exemplo, se for sanção de ato ilícito
não é tributo, portanto não vale esta classificação;

 é muito importante sempre saber identificar o tributo;


 sempre se faz um constante confronto entre a norma, hipótese de incidência, com
o fato concreto;

• IPMF= art. 167, IV CF - CPMF arts. 74 e 75 do ADCT

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

• O tributo é gênero que comporta as espécies imposto, taxa e contribuição de


melhoria, estas espécies são inquestionáveis;
• o Empréstimo Compulsório e as Contribuições parafiscais/Especiais (tributos
especiais), ainda São colocados como espécies do gênero tributo;
• será averiguado se estes institutos se inserem como uma espécie de tributo ou
se são institutos que não tem nada a ver com o gênero tributo, ou ainda se devem
ser abordados dentro das espécies imposto, taxa e contribuição de melhoria;
• o Empréstimo Compulsório esta previsto no art. 148, CF:
“A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
21

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,


de guerra externa ou sua iminência; exceção ao art. 150, III , b CF – imediata -
exceção art. 150 & 1, 1ª. Parte da CF
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. princípio da anterioridade
tributária
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”

• Portanto, somente a União pode instituir empréstimo compulsório, obedecendo os


requisitos constitucionais;
• deverá ser instituído por lei complementar, sendo aqui utilizada numa função
atípica de norma de conduta, criando o empréstimo compulsório;

• existem duas categorias de empréstimo compulsório:


1. extraordinário - depende de eventos extraordinários: calamidade pública e
guerra ou sua iminência; #do imposto extraordinário de guerra art. 154, II CF
2. para investimento público - de caráter urgente e de relevante interesse;
• deve ser observado que o art. 148, CF, que dispõe sobre empréstimo compulsório,
está no capítulo que trata do Sistema Tributário Nacional;
• entretanto, existe uma corrente doutrinária que entende que o empréstimo
compulsório não tem natureza de tributo, e, para tanto se fundamenta que:
• Empréstimo, juridicamente, é o denominado contrato de mútuo onde há duas
partes: o mutuante e o mutuário;
• aqui, não é diferente, só que se trata de um mútuo compulsório;
• em direito privado, mútuo é regulado no D. Civil e depende exclusivamente da
vontade: a pessoa empresta se quiser;
• aqui, se trata de mútuo compulsório que vem dentro da característica do tributo
de ser compulsório, de ser prestação pecuniária compulsória, obrigatória, que não
decorre da vontade das partes, e sim decorre da vontade da lei;
• por isso que o empréstimo compulsório é denominado empréstimo forçado, pois a
parte não quer emprestar mas é forçada a tanto;

 sempre tivemos esta previsão de empréstimo compulsório no ordenamento


jurídico e o que se questionava é se ele era tributo ou não, se tinha ou não a
natureza tributária; Consagrada STF – súmula n. 418 STF – cancelada
• tal questão é importante porque explica que o empréstimo compulsório tem
natureza tributária, já se tem a conclusão que deverão ser aplicados a esta
exigência, todos os princípios atinentes ao tributo;
• o primeiro deles é o da legalidade, o que no caso do empréstimo compulsório, não
basta a lei ordinária, necessitando de lei complementar, que se diferenciam pelo
quórum e matéria;
• até a CF anterior não existia a exigência de lei complementar, esta exigência é
própria da CF/88, isto em decorrência das experiências anteriores em que
existiram abusos, ao instituir o empréstimo compulsório;
• o art. 15, CTN, descreve quais eram as exigências da CF anterior, pois ele está
redigido de acordo com a EC 18/65:
“Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo;
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as
condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.”
Ex: combustível 1985
 o inciso III, art. 15, CTN não foi recepcionado pela CF/88;
22

• este inciso III foi base para instituir empréstimo compulsório sobre viagem ao
exterior, combustíveis, aquisição de veículos; (1985)
• em 1990, o governo, através de MP convertida em lei, fez a chamada retenção
dos ativos financeiros, num processo em que todos aqueles que tinham mais que
$ 50,00 na conta bancária, ficaram somente com esta quantia, o restante foi
“confiscado”;
• se analisássemos o referido dispositivo, o que o governo efetuou não foi confisco,
porque confisco é pena, é sanção e pressupõe ato ilícito, e com o confisco se
transfere o domínio;
• no caso, não era sanção e não houve transferência do domínio, e se previa que
depois de determinado prazo o valor seria devolvido;
• Foi uma absorção do poder aquisitivo da população;
• o Judiciário se manifestou dizendo que a lei instituía um empréstimo compulsório,
e que se deveria fazer era confrontar a lei que o instituiu com os requisitos
constitucionais;
• era necessário ser por lei complementar, e foi efetuado por MP, e a MP não pode
ser instrumento que origine uma lei complementar, a MP não pode ser início do
processo legislativo de uma lei complementar;
• também não se estava diante de nenhum dos requisitos caracterizadores de sua
instituição pois não se estava diante de calamidade pública (alguns juristas
defensores do governo alegaram) e guerra;
• os que ingressaram com ação para rever o dinheiro retido tiveram ganho de causa
porque o empréstimo compulsório foi instituído contrariamente ao ordenamento
jurídico;
• a novidade do empréstimo compulsório da CF/88 é o inciso II, art. 148, e ainda
foi experimentado; eletrobrás e Furnas
• a falta de energia, que constantemente provoque “black out”, pode caracterizar a
necessidade de investimento público de caráter urgente;
• o Judiciário já se manifestou que a necessidade investimento público de caráter
urgente e relevante interesse não é matéria para ser submetida ao Judiciário e
sim o órgão administrativo que vai invocar estes pressupostos;
• um exemplo de empréstimo compulsório legítimo seria uma norma nos seguintes
termos (hipotéticos) : fica instituído empréstimo compulsório para as
telecomunicações:
todos aqueles que são proprietários de linha telefônica ficam obrigados a
emprestar à União, o valor de R$ 100,00 em dez parcelas de R$ 10,00 que serão
debitadas na conta telefônica, valor que será restituído daqui a 3 anos.”
 é de caráter urgente, tem relevante interesse e as pessoas tomadas para
emprestar tem um pressuposto ligado ao exemplo: são proprietárias;
• já existiu um empréstimo compulsório à Eletrobrás, que era legítimo, mas que
com o advento da CF/88, ele foi extinto, mas se não tivesse sido extinto,
continuaria legítimo;
• nas CF anteriores, o Supremo já havia se pronunciado, que empréstimo
compulsório, segundo a Súmula 418, STF, não era tributo:
“O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à
exigência Constitucional da prévia autorização orçamentária.”
• com isso, a instituição do empréstimo compulsório não estava sujeito nem às
previsões orçamentárias, porque não era tributo; STF – Classificação Pentapartite
– 05 espécies de tributos: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimo
compulsório e as contribuições parafiscais/especiais

 a outra corrente que entendia que o empréstimo compulsório teria natureza


tributária porque é prestação pecuniária, instituída em lei, passa pelos requisitos
do art. 3º, CTN;
• entende esta corrente que como se pode argumentar que o empréstimo
compulsório não é tributo se ele está regulamentado pelo art. 15, CTN?
23

• e diz ainda que o fato do empréstimo compulsório ser restituído não o desnatura,
porque o art. 4º, CTN determina que :
“A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto de sua arrecadação;”
• e conclui, esta corrente, que de uma forma direta ou indireta todos os tributos são
restituíveis, o imposto é ou deveria ser restituído em benefício;
* no entanto, o STF já havia consagrado que o empréstimo compulsório não era
tributo; STF – Classificação Pentapartite – 05 espécies de tributos: imposto, taxa,
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições
parafiscais/especiais

* e, sem que tivesse alterado o ordenamento jurídico, o Supremo que já tinha


sumulado este assunto, antes mesmo da CF/88, já estava julgando que o
empréstimo compulsório devia obediência aos princípios gerais tributários,
mudando o entendimento anterior;
* portanto, o entendimento que passou a vigorar foi que o empréstimo
compulsório tem que cumprir o ritual do Sistema Tributário, está dentro do CTN,
é uma prestação pecuniária (...), tem uma destinação e volta, mas o art. 4º
determina que é irrelevante o destino;
* a CF/88, para não deixar dúvidas, inseriu o empréstimo compulsório no
capítulo do Sistema Tributário6;
* a CF/88, quando tratou de empréstimo compulsório por investimento público
determinava que deveria ser observado o art. 150, III, b, que prevê o princípio da
anterioridade;

 é importante ter conhecimento destas correntes doutrinárias, mas sempre


avaliar o empréstimo compulsório, com base no ordenamento jurídico vigente,
analisando se ele preenche os requisitos do art. 3º, CTN, para poder ser
considerado tributo;

CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS ou ESPECIAIS

FISCAL=CARÁTER MERAMENTE ARRECADATÓRIO DO ENTE FEDERATIVO (


INSTITUI O TRIBUTO E TB ARRECADA )

EXTRAFISCAL= CARÁTER MERAMENTE ARRECADATÓRIO + TRIBUTO PASSA A


TER UMA FUNÇÃO REGULATÓRIA (ECONOMIA) ex: II, IE, IPI E IOF ART. 153, & 1
CF

PARAFISCAL = PARAFISCALIDADE = é a criação de um órgão para administrar


uma atividade, dando a este órgão a titularidade da receita arrecadada, e a
autonomia para gerenciar aqueles recursos; 1-INSS- COMPETÊNCIA= UNIÃO
3- QUEM É A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO TITULAR PARA EXIGIR O
SEU CUMPRIMENTO (ARRECADAR E FICALIZAR O TRIBUTO)? = INSS
CREA – UNIÃO – CREA ( ARRECADA E FISCALIZA )

* também chamadas contribuições especiais;


* as contribuições parafiscais sempre foram previstas no nosso ordenamento
jurídico, nas Constituições anteriores;
24

* também sempre foram mencionadas na doutrina, inclusive, nas chamadas


contribuições parafiscais, assim denominadas porque eram paralelas, mantidas à
margem dos demais tributos;
* elas tinham uma marca determinante, eram contribuições para as quais, o
Poder Público, criava um ente autônomo, e a este ente destinava um próprio
recurso para que ele fomentasse àquela atividade;
* por isso eram entendidas como parafiscais, elas não iam direto para o
orçamento da União, mas iam direto para o orçamento deste ente criado, que via
de regra era uma autarquia;
* era uma pessoa jurídica de direito público, e esta entidade recebia os recursos,
administrava, arrecadava, e tinha autorização, portanto, tinha capacidade
tributária ativa, no tocante a estas contribuições;
* portanto, a marca da parafiscalidade é a criação de um órgão para administrar
uma atividade, dando a este órgão a titularidade da receita arrecadada, e a
autonomia para gerenciar aqueles recursos;
* na CF/88, esta contribuições estão previstas no art. 149:
“Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos
arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§1- Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição,


cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistema de
previdência e assistência social.” Alteração emenda constitucional n. 103/2019
Reforma da previdência

* na literalidade deste art., todas as contribuições são chamadas de sociais;

* as contribuições especiais ou parafiscais :


a) por intervenção do domínio econômico; CIDE combustível, produtos agrícolas
( soja, laranja, café) IBC- IAA
b) interesse de categorias profissionais ou econômicas; CRM, CRC, CREA , CREFITO
c) contribuições sociais (verdadeiras - destinadas à seguridade social); INSS , CSLL,
PIS/PASEP, COFINS
 observados os arts:
* 146, III, CF - lei complementar;
* 150, I, CF - princípio da legalidade;
* 150, III, CF - princípio da anterioridade;

d)CIP Art. 149 A (DF e M) CF EMENDA 39/2002, 19.12.2002

* portanto, a própria CF está determinando que se aplica às contribuições, os


princípios gerais tributários;

 sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º - que trata das verdadeiras


contribuições sociais, que são destinadas à seguridade social;

 portanto, são 4 modalidades de contribuição, com regimes próprios:

a) por intervenção no domínio econômico


* a própria previsão constitucional está prevendo que a União, intervindo no
poder econômico, pode criar contribuições;
* exemplo: IBC ( Instituto Brasileiro do Café); IAA ( Instituto do Açúcar e do
Álcool), que são órgãos destinados a gerenciar uma atividade econômica;
* pelo IBC se regulava as exportações de café;
25

* era exigido dos cafeicultores, uma contribuição relativa a, por exemplo, cada
saca de café;
* o IAA, era uma contribuição de quota de produção de álcool, fixada para cada
usineiro que não era livre para produzir o quanto quisesse, ou seja, havia
intervenção do domínio econômico, pela relevância da atividade;
* portanto, é possível se cobrar contribuição por intervenção do domínio
econômico, e a contribuição vai para o organismo interventor, que administra,
banca seus custos, por isto é uma contribuição parafiscal, pois não entra no
orçamento;

b) interesse de categorias profissionais ou econômicas


* a CF dá competência à União que regule o exercício de atividades profissionais,
econômicas, e ela o faz, e permite, com a criação de um organismo, pois ela
(União) não tem condições de fiscalizar, acompanhar, credenciar, que este
organismo execute tais atividades;
* os recursos advindos destas contribuições vão para estes organismos;
* exemplos: contribuições à CREA, OBS: OAB (entidade ímpar a natureza jurídica
da OAB, o STF, no julgamento da ADI 3.026/DF, definiu que ela seria entidade "sui
generis". ), CRM, CRC, CREFITO, CRECI, CRA etc.
* estas entidades se traduzem em organismos criados para fiscalizar uma
atividade profissional ou econômica, e tem titularidade para exigir suas próprias
contribuições;
* a lei que disciplina a atividade profissional ou econômica, cria o organismo e
atribui que ele administre e fiscalize o exercício da atividade, em nome da União;
* este órgão recebe uma delegação da União;
* quando por exemplo, várias entidades cobram, como a Associação dos
Médicos, a Sociedade de Medicina, entre outras, para a classe médica, é
necessário analisar se o pagamento para estas outras entidades é voluntário ou
exigido em lei;
* a contribuição sindical, aquela que todo empregado é obrigado a contribuir
com 1 dia de trabalho no ano é prevista em lei, portanto tem natureza tributária,
e como se destina a um interesse de categoria profissional, está dentro do conceito
de contribuição especial;
* a contribuição confederativa, se não é resultante de exigência legal não tem
natureza tributária, não tendo, portanto natureza de contribuição especial;
 portanto, sempre cabe averiguar, ao analisar a contribuição cobrada por
associação profissional se ela é instituída em lei ou é decorrente da vontade das
partes;

c) sociais - destinadas à seguridade social

O INSS é um ente autônomo criado para administrar a Seguridade Social -


parafiscalidade;

* a seguridade social está disciplinada no art. 195, CF:


“A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta ou
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
II - dos trabalhadores;
III- sobre a receita de concursos de prognósticos;
* estas (incisos) são as genuínas contribuições sociais;
* portanto, as contribuições especiais são um gênero que comporta as espécies
de contribuição por domínio econômico, por interesse de categoria profissional e
econômica e contribuições sociais;
* o art. 194, CF determina o que é a Seguridade Social;
26

* o conjunto de medidas elencados no art. 194, será sustentado por toda a


sociedade, por meio das contribuições sociais (art. 195, I, II, III):
I - empregadores: salários INSS
faturamento Pis /Cofins/ Finsocial
lucro Cont. Social s/ o Lucro CSLL
II - trabalhadores - não especificando se é sobre salários, sobre despesas;
INSS - a empresa desconta na folha de pagamento;

D) Contribuição de Iluminação Pública (criada pela emenda


constitucional n. 39 de 2002. Art. 149, A CF

 as contribuições nunca ficaram à margem do sistema:


* o art. 217, I, CTN, (último art. do CTN), dispõe que:
“As disposições desta Lei, notadamente as dos arts. 17, 74, § 2º e 77, parágrafo
único, bem como a do art. 54 da Lei nº 5025, de 10 de junho de 1966, não excluem
a incidência e a exigibilidade:
I - da “contribuição sindical”, denominação que passa a ter o Imposto Sindical de que
tratam os arts. 578 e seguintes da CLT, sem prejuízo do disposto no art. 16 da Lei
nº 4589 de 11 de dezembro de 1964.
* o inciso II trata das “quotas de previdência” que são as chamadas
contribuições sociais, destinadas à previdência, que hoje estão no art. 149, CF que
remete ao art. 195, CF;
* o III, trata do “fundo de assistência” e “previdência do trabalhador rural”,
porque na época existiam dois tipos de previdência;
* o IV, dispõe sobre a contribuição destinada ao FGTS;
* este art. 217, CTN, é relevante para demonstrar que estas contribuições nunca
estiveram à margem do sistema, mesmo quando o CTN foi editado ele ressalvou
que elas ficavam mantidas, embora não regulamentadas;

 esta análise faz com que se reporte novamente à classificação incluindo ou não
empréstimo compulsório e contribuição de melhoria como espécies tributárias ou
não;
* o que importa não é definir as quantidades de espécies, o que é relevante é
diante de uma norma que cria uma obrigação de caráter pecuniário, compulsório,
exigido por lei, que não seja sanção de ato ilícito, ou seja, que preencha os
requisitos do art. 3º, CTN, que se saiba, diante da norma enquadrá-la dentro do
conceito das espécies tributárias, quer se considere 3, 4 ou 5 as espécies
tributárias;
* a partir disso, ao trazer a norma analisada, para o confronto com o gênero
tributo, ela deverá se encaixar em uma das espécies;
* encaixar a norma a uma das espécies significa aplicar a esta exigência, todos
os princípios tributários, pois deve ser aplicado todo o regime do sistema
tributário;
* ao analisar uma norma, se perceber que ela tem uma exigência de natureza
tributária, é necessário averiguar qual o regime, pois existe o regime próprio e
imposto, de taxa, de contribuição de melhoria, e dependendo da teoria que se
adotar, também empréstimo compulsório e contribuição especial;
* a teoria que diz que, genuinamente, só se tem 3 espécies tributárias
(imposto, taxa e contribuição de melhoria), também denominada de teoria
tripartite, como resolve a questão dos empréstimos compulsórios e das
contribuições de melhoria?
* quanto ao EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
27

* diz, quanto ao empréstimo compulsório que, dependendo do fato gerador


colhido pelo legislador, aquele empréstimo compulsório o será com natureza de
imposto, taxa ou contribuição de melhoria;
* porque o art. 4º do CTN diz que a natureza específica do tributo é dada pelo
fato gerador;
* a CF dá os pressupostos para o legislador instituir o empréstimo compulsório:
guerra, calamidade pública, investimento público de caráter urgente e relevante;
* o Empréstimo Compulsório, pode ser instituído sobre a renda, sobre o
patrimônio, sobre a circulação, sobre a prestação de serviço público;
* por isto, esta corrente diz que dependendo do fato econômico tomado pelo
legislador para instituir Empréstimo Compulsório, ele se revestirá de natureza
jurídica de imposto, taxa ou contribuição de melhoria;
* existem outras obrigações compulsórias exigidas em lei, que podem ser
analisadas, para verificar se elas tem natureza de tributo:
* prestação de serviço militar, é uma obrigação/prestação, compulsória, mas
não é pecuniária, portanto não tem natureza tributária;
* serviço eleitoral obrigatório: é obrigatório, é compulsório, mas não é
pecuniária;
* portanto, se não passar pelo conceito do art. 3º, não é necessário trazer para
as espécies;
* dificilmente existirá algo que tem natureza tributária que não tenha uma base
econômica;
* os empréstimos compulsórios anteriores:
* Empréstimo Compulsório sobre consumo de combustível: já é base de
incidência de ICMS;
* Empréstimo Compulsório sobre a circulação de veículos: ICMS;
* Empréstimo Compulsório sobre rendimentos não tributáveis: sobre a renda;
* portanto, o Empréstimo Compulsório pode incidir sobre um fato já colhido pelo
imposto, e mesmo se já foi colhido pela taxa;
* e será Empréstimo Compulsório porque tem a característica de ser restituível;
* pode ser restituído em espécie;

quanto às CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS


* num primeiro momento, é importante destacar que a destinação, a finalidade
da contribuição especial é um conceito distinto da vinculação ou não da sua
cobrança a uma atividade do Poder Público;
* se for as de
a) intervenção no domínio econômico:
* a natureza dependeria da base econômica eleita ;
b) de interesse de categorias profissionais e econômicas
* como compete ao Poder Público disciplinar o exercício destas atividades, que
cria um ente jurídico para fazê-lo, portanto, ela tem natureza de taxa;
* porque é uma contraprestação de uma atividade pública de fiscalizar e
disciplinar o exercício da atividade profissional, poder de polícia;
c) contribuições sociais
* é necessário particularizá-las:
* dos empregadores devida sobre a folha de salário: para a empresa tem
natureza de imposto;
* o funcionário que vê descontado de sua folha de pagamento, 8%, 9%,
natureza de taxa, porque ele recolhe para ser filiado à Previdência, para ter saúde;
* para a empresa que recolhe sobre o faturamento: PIS, COFINS - natureza de
imposto, porque não tem contraprestação, independe de qualquer atuação do
Poder Público;

 o mais importante é reconhecer se existe ou não a natureza tributária na norma;


28

* se reconhecida a natureza tributária, é necessário verificar qual regime ela


pertence, isto para posição tripartite (que adota só Imposto, Taxa e Contribuição
de Melhoria);
existem doutrinadores que defendem que os empréstimos compulsórios e as
contribuições especiais nem são tributos, porque a CF que manda aplicar o sistema.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

- É a aptidão para criar in abstrato tributos, descrevendo legislativamente (lei) todos os


seus elementos (hipótese de incidência, sujeito ativo e passivo, base de cálculo e
alíquota).
- Exercitar a competência é dar nascimento, no plano abstrato, a tributos. Inclui a
competência para aumentá-los, isentá-los, diminuí-los, etc.
- Só as pessoas políticas tem competência tributária.
- Características:
a) privativa: cada pessoa política tem seus próprios tributos;
b) incaducável: não está submetida a prazo para ser validamente exercitada (ex. imp.
sobre grandes fortunas);
c) exercício facultativo: a pessoa política é livre para criar ou não o tributo – exceção
ICMS que é de exercício obrigatório;
d) inampliável: não pode ir além das raias constitucionais, só é possível alargamento
por força constitucional, admite por emenda;
e) irrenunciável (pode deixar de exercitar mas, não pode abrir mão em definitivo); O
legislador de hoje não pode criar entraves para o de amanhã.
f) indelegável (não pode delegar o que recebeu por delegação, na verdade, o que se
delega é a capacidade tributária – art. 7º).

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

- Princípios: são vetores das normas. As normas constitucionais não tem a mesma
importância (ex. art. 5º, II e art. 87 – matéria infralegal). Não importa se está implícita
ou explícita a sua importância se mede pela abrangência da norma.
Segundo Celso A. B. M. o direito é uma vasto edifício jurídico, tudo está previsto como
uma obra arquitetônica.

a) Princípio da legalidade: art. 5º, II e art. 150, I, da CF - ninguém será obrigado a


fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei (princ, da universalidade
da legislação).
- E mais, é vedado às pessoas políticas criar ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça, deve ser lei da pessoa política competente (o sistema tributário foi
redundante).
- Em razão deste princípio se exige que só lei reduza tributos, altere os prazos,
parcelamento, obrigação acessória, enfim, tudo que for importante em matéria tributária
deve ser previsto por lei.
- Alguns definem como princ. da estrita legalidade ou da reserva absoluta da lei formal
o que leva ao princ. da tipicidade fechada da tributação, o que exige que a lei seja
minuciosa, evitando o emprego da analogia ou da discricionariedade.
- Art. 153, § 1º representa uma aparente exceção (PR por decreto poderá aumentar
alíquotas de II, IE, IPI, IOF).
29

b) Princípio da anterioridade anual ( exercício financeiro ): art. 150, III, b, da CF,


comum do campo tributário, diz que a lei que cria ou aumenta tributo, ao entrar em vigor,
fica com sua eficácia suspensa até o início do próximo exercício financeiro, quando
incidirá e produzirá todos os seus efeitos no mundo jurídico (não adia a cobrança e sim
suspende a eficácia, não há incidência). Este princ. e o da segurança jurídica evitam a
surpresa.

Regra Geral : ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei – Cobrança do tributo


no primeiro dia útil do exercício financeiro seguinte (2022)

- As isenções tributárias devem obedecer este princípio.

- Exceções: (rol exemplificativo) As exceções a este princípio não podem ser criadas
pelo poder reformador, só pelo poder constituinte originário.

I) art. 150, § 1º, 1ª. Parte da CF :


- art. 148, I CF- Empréstimo compulsório por motivo de calamidade pública, guerra
externa e sua iminência ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei (imediata) –
Cobrança do tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do exercício financeiro
seguinte (2022).

- imp. sobre importação II, exportação IE, IPI, IOF – ART. 153, I, II, IV e V CF
Exceção : art. 150, § 1º, 1ª. Parte da CF - ( exercício financeiro de 2021)Publicação da
lei (imediata) – Cobrança do tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do
exercício financeiro seguinte (2022).

- imposto por motivo de guerra; imposto extraordinário de guerra - Art. 154, II CF -


( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei (imediata) – Cobrança do tributo não
necessita aguardar o primeiro dia útil do exercício financeiro seguinte (2022).

- O art. 195, §6º traz uma anterioridade especial (aparente exceção), chamado princ.
da nonagésima (só podem ser cobradas 90 dias após a sua edição. (contribuição Social)
antiga CPMF (EC 12 de 15/08/1996) art. 74 do ADCT

EC 42 , 19.12.2003 ampliou o prazo de 90 dias para os demais tributos, criando a


alínea C do art. 150, III CF – PRINCÍPIO DA Anterioridade Nonagésimal
( Noventena )

Regra Geral: ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei – Cobrança do tributo


no primeiro dia útil do exercício financeiro seguinte (2022) 90 dias da publicação

Exceções ao princípio da noventena ( 90 dias ) : art. 150, § 1º, 2ª. Parte da CF

- art. 148, I CF- Empréstimo compulsório por motivo de calamidade pública, guerra
externa e sua iminência ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei (imediata)
– Cobrança do tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do exercício
financeiro seguinte (2022). E os 90 dias

- imp. sobre importação II, exportação IE, IPI IR, IOF – ART. 153, I, II, IV, III e V CF
30

- imposto por motivo de guerra; imposto extraordinário de guerra - Art. 154, II CF


- ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei (imediata) – Cobrança do
tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do exercício financeiro seguinte
(2022). E nem os 90 DIAS

- Fixação da BC do IPVA ( art. 155, III da CF e do IPTU art. 156, I CF não vai aguardar
os 90 dias

- Difere do princ. da anualidade anterioridade CF/1988 (CF/46) que desapareceu em


1965 (EC 18/65) e pode ser criado nos Estados e municípios. (lei orçamentária é ato
condição )

c) Princípio da segurança jurídica (ou irretroatividade): art. 150, III, a, - princ.


universal do direito. A segurança jurídica em sua dupla manifestação que é a certeza
do direito e a proibição do arbítrio exigem que as leis sejam irretroativas (só produzem
efeitos para o futuro), salvo se para beneficiar o contribuinte (neste caso depende de
previsão expressa, diferente do Dir. Penal). Como acontece no direito penal a lei deve
ser anterior ao fato imponível.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;

- art. 106, I, do CTN – a lei interpretativa deve retroagir até a data da entrada em vigor
da lei interpretada.

d) Princípio da Isonomia: a lei, em princípio, não deve dar tratamento desigual a


contribuintes que se encontrem em situação equivalente. – art. 150, II, CF.

e) Princípio da Capacidade Contributiva: faz parte do princípio da isonomia, consiste


em tratar os desiguais de modo desigual, podendo assim. O tributo ser cobrado de
acordo com as possibilidades de cada um – art. 145, § 1º.

f) Princípio da Vedação de efeitos confiscatórios: o tributo deve ser razoável, não


podendo ser tão oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco – art. 150,
IV.

g) Princípio da Imunidade recíproca das esferas públicas: a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios não podem instituir impostos sobre o patrimônio, renda
ou serviço, uns dos outros - art. 150 VI, ª

h) Princípio da Imunidade de tráfego: não pode a lei tributária limitar o tráfego


interestadual ou intermunicipal de pessoas ou bens, salvo o pedágio de via conservada
pelo poder público – art. 150, V, da CF e art. 9º, III, do CTN).

i) Princípio da Uniformidade nacional: o tributo da União deve ser igual em todo


território nacional, sem distinção entre os Estados – art. 151, I, CF.

j) Princípio da Vedação de distinção em razão de procedência ou destino: é vedado


aos Estados, ao DF e aos Município estabelecer diferença tributária entre bens e
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua proced6enciaou destino – art. 152, CF.
31

k) Princípio da Não-cumulatividade: por este princípio compensa-se o tributo que for


devida em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Este princípio não
é geral, sendo aplicado apenas no IPI, no ICMS e em eventuais impostos que vierem a
ser criados pela União, na sua competência residual (arts. 152, § 3º, II; 155, § 2º, I; e
154, I). Na apuração contábil do IPI e do ICMS, o imposto a ser pago é lançado como
débito, e o que já foi pago nas operações anteriores é lançado como crédito, a diferença
entre esses débitos e créditos é que efetivamente deve ser recolhido em determinado
período.

l) Princípio da Tipicidade: o tributo só incide no caso de fato ou situação típica, ou


seja, de fato ou situação previamente descrita em lei.

* tributário e se determina tal aplicação é porque eles não pertencem a tal


sistema;
* como também existem doutrinadores que entendem que os empréstimos
compulsórios e as contribuições especiais são espécies tributárias autônomas.

• Entre impostos, taxas e contribuições existem 79 tributos instituídos em nosso


país, vejam o mar de tributos:

1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM -


Lei 10.893/2004
2. Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
3. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
4. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), também chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006
5. Contribuição ao Funrural
6. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) - Lei 2.613/1955
7. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
8. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa
(Sebrae) - Lei 8.029/1990
9. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC)
- Lei 8.621/1946
10.Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes
(SENAT) - Lei 8.706/1993
11.Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI)
- Lei 4.048/1942
12.Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei
8.315/1991
13.Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
14.Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
15.Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9,
I, da MP 1.715-2/1998
16.Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei
8.706/1993
17.Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
18.Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
19.Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE
Combustíveis - Lei 10.336/2001
32

20.Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas


Exterior - Lei 10.168/2000
21.Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda
Constitucional 39/2002
22.Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica
Nacional – CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei
10.454/2002
23.Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - Lei
9.311/1996
24.Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical
Patronal)
25.Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é
obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo
art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da
assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados,
independentemente da contribuição prevista na CLT)
26.Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas
Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001
27.Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
28.Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
29.Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC,
CREA, CRECI, CORE, etc.)
30.Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água,
rede de esgoto, etc.
31.Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
32.Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966
com novas disposições da Lei 9.472/1997
33.Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
34.Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) -
art. 6 da Lei 9998/2000
35.Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das
Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10
da IN SRF 180/2002.
36.Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
37.Imposto sobre a Exportação (IE)
38.Imposto sobre a Importação (II)
39.Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
40.Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
41.Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
42.Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR -
pessoa física e jurídica)
43.Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
44.Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
45.Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI)
46.Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
47.INSS Autônomos e Empresários
48.INSS Empregados
49.INSS Patronal
50.IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
51.Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (PASEP)
52.Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
53.Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de
Graduação - Lei 10.870/2004
33

54.Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e


vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei
1.899/1981
55.Taxa de Coleta de Lixo
56.Taxa de Combate a Incêndios
57.Taxa de Conservação e Limpeza Pública
58.Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
59.Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001,
art. 16
60.Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e
federais)
61.Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
62.Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei
7.940/1989
63.Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP
2.158-35/2001
64.Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
65.Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército
Brasileiro - TFPC - Lei 10.834/2003
66.Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC
- art. 12 da MP 233/2004
67.Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
68.Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
69.Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
70.Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei
9960/2000
71.Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9933/1999
72.Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
73.Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e
artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996
74.Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei nº 9.612/98 e nos
art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998
75.Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários -
art. 77, incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
76.Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
77.Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
78.Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
79.Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE
- Lei 9.718/1998

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

EXERCÍCIOS DIREITO TRIBUTÁRIO

1 - É tributo cujo fato gerador é serviço público o (a):

a) Imposto.
b) Taxa.
c) Contribuição de melhoria.
d) Empréstimo compulsório.
34

2 - As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos(as):

(x )Impostos. Art. 77 p.único CTN art. 145, &2 CF


( )Empréstimos compulsórios.
( )Contribuições de melhoria.
( )Contribuições parafiscais.

3 - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pela(o):

a) lei.
b) base de cálculo.
c) fato gerador. Art. 4 CTN
d) decreto.

4 - A CPMF era um(a):

a) Taxa
b) Contribuição
c) Empréstimo
d) Imposto

5- As características de "efetividade ou potencialidade" do serviço público,


ensejam a criação e cobrança do seguinte tributo:
(a) Imposto.
(b) Taxa. Resposta certa
(c) Tarifa.
(d) contribuição.

6- Certo projeto de lei criando uma taxa para remunerar o serviço de processamento
da declaração do imposto tem por fato gerador o auferimento de renda (F.G do IRPF,
IRPJ) superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma contribuição de melhoria,
que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimento industriais
( F.G do ICMS ou IPI) situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro
artigo institui um imposto sobre grandes fortunas ( art. 153, VII CF) para o qual se
prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis de imóveis (F.G ITCMD ou ITD
ART. 155, I CF )de valor superior a determinada quantia.
Chamado a opinar sobre esse projeto, para determinar a natureza
jurídica específica dos tributos, estaria incorreta a seguinte asserção:
35

A) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação


com a valorização do imóvel;
B) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto (ART.
77. P.ÚNICO CTN E ART. 145, &2 DA CF) e, no primeiro caso, o fato gerador
corresponde ao de um imposto de renda;
C) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar;
D) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não
compete à União;
E) Para determinar a natureza jurídica específica de um tributo não é necessário
saber o fato gerador da respectiva obrigação e sim sua denominação e
destinação da receita.
Justifique a resposta incorreta com artigo do CTN ? ART. 4 CTN

7- O Município de Silva Jardim, construiu um elevado, passando pela Rua A, com


objetivo de melhorar o tráfego de veículos entre os Bairros I e J. Como conseqüência
da obra, os imóveis dos bairros I e J foram valorizados, enquanto os imóveis da Rua
A, por onde passa o elevado sofreram significativa desvalorização. Pergunta-se: é
legítima a pretensão do Município de cobrar contribuição de melhoria sobre os
imóveis da Rua A e nos Bairros I e J, em decorrência da obra? Justifique sua resposta
com artigos do CTN ou da Constituição Federal.
R. Não é legítimo a cobrança dos imóveis da Rua A pq sofreram desvalorização
imobiliária. Em relação aos imóveis dos bairros I e J a cobrança é legítima pq ocorreu
valorização imobiliária dos imóveis art. 81 CTN e 145, III da CF

OAB ABRIL 2006 - 50. Tendo em vista a necessidade de investimento público de


caráter urgente e de relevante interesse nacional, a União Federal, mediante decreto
( mediante lei complementar) do Presidente da República, em 06 de junho de 2000,
criou empréstimo compulsório, cujo fato gerador era importação de mercadoria II-
Imposto de importação), sendo, a base de cálculo, o valor da mercadoria importada,
e, a alíquota 10%. Quanto a esse empréstimo compulsório é CORRETO afirmar que:

a) É legítimo, porque os empréstimos compulsórios podem ter fatos geradores


próprios de impostos ou taxas, sendo o investimento público a razão da instituição
do tributo.
b) É legítimo, porque cumpriu com todos os requisitos constitucionais para a sua
exigência.
c) É ilegítimo, porque os empréstimos compulsórios só podem ser instituídos por lei
complementar.
d) É legítimo, porque o fato gerador dos empréstimos compulsórios pode ser próprio
de imposto, como ocorreu no caso em tela.

OAB ABRIL 2006 - 51. Pelo consumo voluntário de serviços de que o Estado dispõe,
consignado em orçamento, durante um exercício financeiro, e que se destina à
cobertura das despesas específicas relativas ao serviço prestado, denomina-se:

a) contribuição de melhoria.
b) imposto.
c) preço público ou tarifa, preço público tarifado .
d) taxa.
36

OAB MARÇO 2001 -1 - Qual é a natureza jurídica da Contribuição para


Financiamento da Seguridade Social – COFINS?

OAB MARÇO 2001 -2 - Os tributos podem ser aumentados através de


Medida Provisória? Justificar. Art. 62, & 2 CF

DIREITO TRIBUTÁRIO

OAB DEZEMBRO 2004 - 59. De acordo com o artigo 149 da Constituição Federal, é
CORRETO afirmar:

(A) a competência para instituir contribuições deve sempre ser exercida por meio de
lei complementar.
(B) a receita decorrente de exportação poderá ser tributada por contribuições sociais.
(C) sobre a importação poderá incidir contribuição de intervenção no domínio
econômico.
(D) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não têm competência tributária
para instituir contribuições cobradas de seus servidores.

OAB AGOSTO DE 2005 43. Consoante a Constituição Federal, a Lei Complementar é


competente para disciplinar as seguintes matérias, EXCETO:

a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
b) estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência da União, por lei,
estabelecer normas de igual objetivo.
c) instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas ordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.
d) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federa,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, em matéria
do Imposto Estadual ICMS.

OAB MARÇO 2005 - 37. Considerando o tratamento normativo dado pelo Código
Tributário Nacional ao conceito de tributo, é INCORRETO afirmar que

a) tributo é prestação pecuniária compulsória.


b) a denominação do tributo afeta a sua natureza jurídica específica.art. 4 CTN
c) o tributo não é sanção por ato ilícito.
d) o tributo deve ser instituído por lei.

OAB MARÇO 2005 - 38. O art. 145, § 1.º, da Constituição Federal, dispõe que, "sempre
que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte...". Essa regra consubstancia o princípio da
capacidade contributiva, e a Constituição refere-se apenas a "impostos" PORQUE
37

a) os impostos são tributos não vinculados, que tomam em conta fatos do


contribuinte, razão pela qual devem, sempre que possível, ter caráter pessoal e ser
graduados conforme a capacidade econômica.
b) os impostos são tributos vinculados, razão pela qual devem ser graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
c) o legislador constituinte não é, necessariamente, jurista, o que o leva a
empregar equivocadamente os termos jurídicos, referindo-se, então, a impostos,
quando deveria fazer referência a tributos.
d) o princípio da capacidade contributiva é norma programática, não sendo de
observância compulsória pelo legislador quando da instituição dos impostos.

36º MPMG - 49. A respeito dos itens abaixo, responda:


Impostos, taxas em razão do exercício de polícia ou pela utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição e contribuição de melhoria decorrente de obras públicas
podem ser instituídos:
a) apenas pela União;
b) apenas pela União e pelos Estados;
c) somente pela União e pelos Municípios e Distrito Federal;
d) somente por Estados e Municípios;
e) nenhuma das alternativas está correta. U, EST/DF e M art. 145, I, II e III e art.
77 CTN e 81 CTN

MAGIS/MG 2005 - Questão nº 89


Marque a alternativa CORRETA:
(A) Taxa é tributo que pode ser instituído em razão de serviços públicos específicos
e indivisíveis prestados ou colocados à disposição do contribuinte. De acordo com
art. 77 CTN e art. 145, II CF
(B) As taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, desde que se refiram
ao exercício do poder de polícia ou a serviços públicos específicos e divisíveis. Art. 77
p.único CTN e art. 145, & 2 CF
(C) Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, é tributo que somente
poderá ser instituído pela União, Estados e Municípios. Art. 81 CTN e art. 145, III da
CF
(D) Os Estados podem instituir impostos cumulativos sobre operações relativas à
circulação de mercadorias.

MAGIS/MG 2005 - Questão nº 90


Marque a alternativa CORRETA:
(A) O lançamento efetuado com base na declaração do sujeito passivo pode ser
retificado pelo próprio declarante, não podendo porém visar a exclusão do tributo.
(B) A ação para a cobrança de crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
(C) A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, é de competência exclusiva da União, salvo a hipótese
de custeio de sistemas de previdência e assistência social.
(D) A União, Estados e Municípios podem instituir tributos de sua competência
mediante leis complementares, leis ordinárias e resoluções.

MAGIS/MG 2005 - Questão nº 93


Marque a alternativa CORRETA:
(A) A Constituição da República, de 1988, incorporou o conceito esboçado pelo
Código Tributário Nacional, admitindo três espécies de taxas: em razão do
38

poder de polícia, pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos e


como preço facultativo de repartição de custo (tarifa)
E- de acordo com os artigos 77 CTN e 145 &2 da CF

(B) Imposto, em seu conceito jurídico, é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação dependente de atividade estatal específica externa ao
contribuinte, para fins de interesse coletivo. Art. 16 CTN

(C) As taxas podem ser instituídas pelos Municípios pela utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição.

(D) A Constituição da República, de 1988, dispõe que é da competência exclusiva da


União instituir imposto sobre produtos industrializados; dos Estados e do Distrito
Federal, instituir ICMS; e dos Municípios, instituir contribuições de melhoria. Art. 81
CTN e art. 145, III CF

MAGIS/MG 2005 - Questão nº 96


Marque a alternativa CORRETA.
(A) Contribuição de Melhoria é um tributo justificado pelo princípio do enriquecimento
sem causa, caracterizando contraprestação de um serviço público incorpóreo, com a
recuperação do enriquecimento ganho por um proprietário sem vinculação a obra
pública concreta no local da situação do prédio.
(B) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória que não constitua sanção de
atos ilícitos, nem multas ou penalidades, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa não necessariamente vinculada ao tributo. Art. 3 CTN
(C) Taxa é o tributo cobrado de alguém que se utiliza de serviço público especial e
divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional, ou o tem à sua disposição e ainda
quando provoca em seu benefício, ou por ato seu, despesa especial dos cofres
públicos.
(D) Imposto é a prestação de dinheiro que, para fins de interesse coletivo, uma
pessoa jurídica ou privada exige, por lei, coativamente, de quantos lhe estão sujeitos
e têm capacidade contributiva, sem promessa de qualquer contraprestação ou
vantagem em retribuição desse pagamento.

MAGIS/MG 2005 - Questão nº 99


O Supremo Tribunal Federal no RE 204.827-5-SP julgou inconstitucional a cobrança
da taxa de iluminação pública. É CORRETO afirmar que:
(A) O conceito de especificidade e indivisibilidade se confunde para os fins de
cobrança de serviços mediante taxa.
(B) A cobrança de taxa não pode incidir sobre serviço restrito a pessoas distintas,
com benefício direto a determinados usuários.
(C) A cobrança de taxa é inconstitucional se tiver caráter genérico e indivisível.
(D) A cobrança de taxa não pode atingir somente o proprietário, possuidor ou
detentor de imóvel sobre o qual incide o serviço prestado ou colocado à disposição.

MAGIS/MG 2005 - Questão n1 1


A Emenda Constitucional n. 39,de 19 de dezembro de 2002, acrescentou o art. 149-
A à Constituição da República, assim estabelecendo:
Aos Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III CF.
39

Com base nessa Emenda, o Município de Galpão Velho instituiu, por lei, a Taxa de
Iluminação Pública, para vigorar a partir do exercício seguinte, para cobrança na
fatura de consumo de energia elétrica. Paulus Vinicius ajuizou ação visando anular o
lançamento referente à taxa que incidiu sobre o seu imóvel, pedido que foi julgado
procedente pelo Juiz. Instrução: Faça um resumo das razões que, na sua concepção,
o Juiz pode ter considerado para entender que a referida contribuição é
inconstitucional, explicando os motivos de seu convencimento, e dê a sua opinião
pessoal sobre a constitucionalidade dessa contribuição.

32
MAGIS/MG 2006 - Questão nº 87
Determinada lei estadual instituiu taxa, atribuindo a uma autarquia estadual a função
de arrecadar tal tributo, fiscalizando o seu pagamento. A empresa X, que possuía
dois estabelecimentos, era contribuinte daquela taxa, mas não a pagou. Decretou-
se, em janeiro de 2006, a falência da empresa X, sendo, posteriormente, os dois
estabelecimentos vendidos à empresa Y, em alienação judicial realizada no processo
de falência.
Considerando-se as disposições do CTN, e os dados fornecidos, é CORRETO afirmar
que a autarquia:
A) tem competência e capacidade tributárias, podendo exigir a taxa mencionada da
empresa Y, que tem a qualidade de responsável por sucessão;
B) tem capacidade tributária, embora não tenha competência tributária, podendo
exigir a taxa mencionada da empresa Y, que tem a qualidade de responsável por
sucessão;
C) tem competência e capacidade tributárias, mas não pode exigir a taxa mencionada
da empresa Y, que não é responsável tributária;
D) tem capacidade tributária, embora não tenha competência tributária, mas não
pode exigir a taxa mencionada da empresa Y, que não é responsável tributária.

Exercícios de Fixação ( Bateria de Exercícios) Direito tributário 9. Período


Faminas.

01. As taxas
(A) são tributos compreendidos na competência residual.
(B) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
(C) são cobradas em decorrência da valorização do imóvel em razão de obras públicas.
(D) são tributos cobrados dos presidiários, em razão da atuação da polícia.

02. Sobre as espécies tributárias, pode-se afirmar que


(A) as taxas são cobradas em razão da utilização de bens e serviços públicos.
(B) as contribuições se distinguem dos impostos em função do seu fato gerador.
(C) as contribuições de melhoria são tributos que podem ser instituídos pela União, pelos
Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios.
(D) as contribuições não podem ter base de cálculo própria de impostos.

03. Cabe à lei complementar em matéria tributária:


(A) instituir os tributos de competência da União.
(B) instituir os tributos de competência concorrente da União e dos Estados.
(C) instituir os tributos de competência concorrente entre dois Estados ou entre dois
Municípios.
(D) instituir empréstimos compulsórios. Art. 148 CF

04. As taxas
(A) somente são espécie de receita originária do Estado como remuneração dos serviços
prestados ao Estado.
(B) somente são cobradas em razão do exercício de poder de polícia efetivo ou posto à
40

disposição da comunidade.
(C) somente podem ser instituídas pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
(D) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica do
contribuinte.

05. Os empréstimos compulsórios


(A) são tributos instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, criados por lei complementar.
(B) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da moeda em
circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo de 2 anos.
(C) instituem-se por lei complementar, observado o princípio da anterioridade.
(D) em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, podem ser
cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver
instituído.

06. Não é matéria reservada à lei complementar a

(A) instituição de empréstimos compulsórios.


(B) definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição.
(C) criação de impostos não previstos na Constituição.
(D) instituição de contribuição de melhoria

07. Imposto é o tributo que tem por fato gerador:

a) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público prestado ao contribuinte ou posto


à sua disposição;
b) uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte;
c) o exercício regular do poder de polícia;
d) a valorização imobiliária decorrente de obra pública.

08. Considerando-se o exercício da competência tributária, é CORRETO afirmar que

A) a União pode instituir, mediante a edição de medida provisória, empréstimo compulsório


para investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, observado o
princípio da irretroatividade e da anterioridade.

B) a União pode instituir qualquer contribuição de intervenção no domínio econômico por


meio de medida provisória, com aplicação imediata.

C) os Municípios podem instituir uma contribuição para custear a iluminação pública.

D) somente os Estados-membros e os Municípios possuem competência para instituir as


contribuições sociais a serem exigidas dos seus servidores.

09 - Assinale a afirmação correta.

a) Tributo é gênero de que são espécies o imposto, a taxa, a contribuição de melhoria e o


preço de serviços públicos.
b) Preços de serviços públicos e taxas às vezes se confundem porque ambos são compulsó-
rios.
c) O empréstimo compulsório é considerado tributo, pelo regime jurídico a que está sub-
metido.
d) A contribuição previdenciária não é considerada tributo pelos nossos tribunais, por não
satisfazer os pressupostos legais para isso.
e) Tributo é prestação pecuniária compulsória, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa discricionária.
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10-

() Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a


contribuição de melhoria.

() Os impostos são chamados de ‘tributos não vinculados’ porque sua cobrança


independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.

() A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de melhoria


seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.

Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa. Em seguida,


escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contem a seqüência correta.

a) V, V, V

b) V, V, F

c) V, F, F

d) F, F, F

e) F, V, V

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