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ESTADO
Qualquer um de nós tem uma atividade financeira, a maioria recebe um salário, que
do ponto de vista financeiro, é o recebimento de um determinado valor que deve ser
administrado por um determinado período de tempo, normalmente, mês.
Toda pessoa física ou jurídica, seja do tipo que for, tem uma atividade financeira, de
acordo com a sua estrutura, natureza, complexidade.
Também o Estado tem uma atividade financeira, principalmente no nosso caso, como
federação tripartite, com Municípios, Estados e União exercendo uma atividade
financeira.
Tal atividade financeira do Estado não interessa só ao Direito, mas aqui se estudará
esta atividade à luz do Direito.
RECEITAS públicas
originárias
receitas provenientes do patrimônio do Estado ;
são voluntárias, contratuais; facultativa
geralmente expressas por preços públicos ou tarifas - preço público tarifado
derivadas
receitas provenientes do patrimônio particular;
são compulsórias, obrigatórias e coercitivas;
representadas por tributos compulsório
(Tributos), penalidade pecuniária ( multa ) reparações de guerra
Definição de D. Tributário2
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NATUREZA DO D. TRIBUTÁRIO
AUTONOMIA DO D. TRIBUTÁRIO
TRIBUTO E ESPÉCIES
ESTUDO DO TRIBUTO
• o estudo do direito tributário tem por objeto estudar a tributação, o tributo, que
nada mais é do que a contraprestação exigida pelo Estado (lato sensu) dos
particulares, e tal contraprestação nasce por força de uma lei;
• tributo sempre deve ser entendido gênero que comporta espécies;
• a primeira definição, do ponto de vista legislativo, aparece sobre a ótica do d.
financeiro, estruturada na Lei 4320/64 - Lei Orçamentária3;
• portanto, desde 64 já existia um conceito de tributo, mesmo antes do CTN que é
de 66; EC 18/65 CTN Lei 5.172/66
• art. 9º desta lei, particulariza o conceito de tributo da seguinte forma:
“Tributo é receita derivada, instituída pelas entidades de direito público,
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos da Constituição
e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio
de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades.”
• o instituto do tributo está sendo tratado sob a ótica do sujeito ativo da relação,
pois está se tratando o tributo como receita;
• quando se trata o tributo sob a ótica do sujeito passivo, ele é tido como encargo,
ônus, obrigação, dever;
• portanto, esta definição está dentro da ótica do d. financeiro e não do d. tributário;
• e dentro deste conceito, a expressão pecuniária será tratada como receita, porque
está sendo veiculado este conceito sob a ótica do sujeito ativo, aquele que recebe
o recurso, e por consequência, deve estruturar o seu orçamento para determinar
de que maneira irá aplicar o produto arrecadado;
• quando se trabalha no campo de determinar a aplicação do produto arrecadado,
se está no campo do d. financeiro;
• quando se trabalha com regras jurídicas que intentam buscar a parcela de receita,
regras jurídicas que são colocadas para subtrair uma parcela de riqueza dos
particulares, se está no campo do d. tributário;
• o conceito de tributo, sob a ótica do d. tributário, é o que esta na Lei 5172/66,
que é o CTN;
a) prestação pecuniária
• prestação: relação obrigacional;
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• tributo está no contexto das obrigações, sendo uma obrigação típica, porque não
decorre da vontade;
• pecuniária : em moeda, prestação de entregar dinheiro;
b) compulsória
• no sentido de obrigatória;
• se já estava num contexto da obrigação (prestação), a expressão compulsória
seria até uma redundância, mas enfática;
• como o tributo é uma obrigação compulsória, ele não se confunde com ato de
vontade, pois independe da vontade;
d) Que não constitua sanção de ato ilícito VER PRINCÍPIO DO NON OLET
ART. 118 CTN
3-MP pode instituir ou majorar tributos? Formulário e enviar para o email do professor
Art .62, §2 CF
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Tributos vinculados :
1- Taxa= uti singuli - taxa tributo vinculado
Taxa é uma contraprestação imediata de serviço público
2- Contribuição de melhoria
Tributo não—vinculado:
Lei Fato
→ sujeito ativo (direito)
Fato Gerador objeto : tributo
→ sujeito passivo (dever)
TRIBUTO - ESPÉCIES
Tem como fato gerador, a utilização do serviço postal, sendo portanto vinculado,
pois necessita de um serviço público, (CF, art. 21, X: “Compete à União manter o
serviço postal e o correio aéreo nacional”);
• o bem jurídico tutelado é a inviolabilidade de correspondência (garantia
constitucional);
• o serviço de correio, atualmente, também é feito por franquia, mas não perde a
natureza de serviço público;
• portanto, a tarifa postal é taxa;
• a encomenda, é um serviço diferente de correspondência, é um serviço que é
efetuado pelo setor privado. Quando o setor privado, que não tem concessão para
entrega de correspondência, o fizer, estará agindo de forma ilegal;
• a taxa é contraprestacional, mas a qualidade do serviço não pode ser questionada
via taxa;
• só pode se questionar o valor da taxa quando o agente público se locupletar em
cima do valor do serviço;
2. Segurança Pública
• é um serviço que pela sua relevância, foi cometido ao poder público: cabe ao Poder
Público dar segurança pública aos cidadãos;
• é específico, pois pode se individualizar este serviço;
• não é divisível, pois não é possível aquilatar quanto cada cidadão está usufruindo
desta atividade;
• portanto, se está diante de um serviço público, prestado pelo poder público à
sociedade, que não pode ser remunerado via taxa, porque não é um serviço
divisível;
3. Segurança Nacional
• não é possível prever quanto cada indivíduo usufrui da segurança nacional,
portanto não pode ser cobrado via taxa;
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• exemplo: jogo de futebol - os clubes de futebol, quando vão realizar suas partidas,
precisam, por uma norma de regulamentação do Estado de SP, requisitar a
segurança pública para o estádio, e também tem que previamente recolher,
através de uma guia, um valor pré-determinado, para custear aquela atividade.
• este serviço de segurança é divisível, pois é possível aferir o nº de pessoas que
estarão no estádio;
• este exemplo é importante para demonstrar que não se pode generalizar, não se
pode afirmar que um determinado serviço nunca pode ser cobrado via taxa, pois
dependendo das condições, se num determinado momento ele for específico e
divisível, ele pode ser cobrado via taxa;
• Não foi outra a conclusão a que chegou o eg. 1º Tribunal Alçada Cível de São
Paulo:
(1º TACSP, 11ª C. Fér., AP 0947950-3 – (39603), Guarulhos, Rel. Juiz Antonio
Marson – J. 08.02.2001.)
• Pelo exposto, fica claro que o serviço de extinção de incêndios só pode ser
classificado como "uti universi" ou geral, sendo prestado à comunidade como um
todo, indistintamente, sendo por isso inconstitucional e ilegal a criação de taxa para
a sua manutenção, ainda mais quando a cobrança alcança somente os proprietários
de bens imóveis localizados na zona urbana de alguns municípios mineiros, como
ocorre no caso em tela.
• A dita inclusão fica mais clara por ter sido enumerada na Lei n.º 14.938/2003
a extinção de incêndios como uma das hipóteses de incidência da "Taxa de Segurança
Pública".
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
• o CTN Lei 5.172/66 ( Lei Complementar) faz as vezes da LC solicitada pelo o art.
146, CF;
• portanto, os requisitos do art. 82, CTN, devem ser observados, e, legitimamente,
não foi instituída contribuição de melhoria;
• no entanto, o Poder Público está se remunerando através de vias contratuais: por
exemplo, determinado bairro que não tem esgoto passa uma lista de adesão, e
por adesão, o Poder Público faz a obra e se remunera do custo da obra, por meio
de contrato;
• o Poder Público se remunera por via contratual: o proprietário do imóvel contratou
com o Município, pagando x para levar a rede de esgoto, não precisando de lei, e
o proprietário se obriga, contratualmente, a pagar;
• isto está sendo utilizado para esgoto, iluminação, asfalto, e isto é chamado de
plano comunitário;
• normalmente isto é realizado por empresas particularizadas, criadas para levar
adiante estas atividades;
• portanto, atualmente, quem experimenta instituir a contribuição de melhoria
esbarra na ilegitimidade, por isto procuram outros caminhos;
• portanto, o pressuposto da contribuição de melhoria é ter melhoria;
• ressaltando sempre que os arts. 81 e 82, CTN, estão intactos;
IMPOSTO
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EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
• este inciso III foi base para instituir empréstimo compulsório sobre viagem ao
exterior, combustíveis, aquisição de veículos; (1985)
• em 1990, o governo, através de MP convertida em lei, fez a chamada retenção
dos ativos financeiros, num processo em que todos aqueles que tinham mais que
$ 50,00 na conta bancária, ficaram somente com esta quantia, o restante foi
“confiscado”;
• se analisássemos o referido dispositivo, o que o governo efetuou não foi confisco,
porque confisco é pena, é sanção e pressupõe ato ilícito, e com o confisco se
transfere o domínio;
• no caso, não era sanção e não houve transferência do domínio, e se previa que
depois de determinado prazo o valor seria devolvido;
• Foi uma absorção do poder aquisitivo da população;
• o Judiciário se manifestou dizendo que a lei instituía um empréstimo compulsório,
e que se deveria fazer era confrontar a lei que o instituiu com os requisitos
constitucionais;
• era necessário ser por lei complementar, e foi efetuado por MP, e a MP não pode
ser instrumento que origine uma lei complementar, a MP não pode ser início do
processo legislativo de uma lei complementar;
• também não se estava diante de nenhum dos requisitos caracterizadores de sua
instituição pois não se estava diante de calamidade pública (alguns juristas
defensores do governo alegaram) e guerra;
• os que ingressaram com ação para rever o dinheiro retido tiveram ganho de causa
porque o empréstimo compulsório foi instituído contrariamente ao ordenamento
jurídico;
• a novidade do empréstimo compulsório da CF/88 é o inciso II, art. 148, e ainda
foi experimentado; eletrobrás e Furnas
• a falta de energia, que constantemente provoque “black out”, pode caracterizar a
necessidade de investimento público de caráter urgente;
• o Judiciário já se manifestou que a necessidade investimento público de caráter
urgente e relevante interesse não é matéria para ser submetida ao Judiciário e
sim o órgão administrativo que vai invocar estes pressupostos;
• um exemplo de empréstimo compulsório legítimo seria uma norma nos seguintes
termos (hipotéticos) : fica instituído empréstimo compulsório para as
telecomunicações:
todos aqueles que são proprietários de linha telefônica ficam obrigados a
emprestar à União, o valor de R$ 100,00 em dez parcelas de R$ 10,00 que serão
debitadas na conta telefônica, valor que será restituído daqui a 3 anos.”
é de caráter urgente, tem relevante interesse e as pessoas tomadas para
emprestar tem um pressuposto ligado ao exemplo: são proprietárias;
• já existiu um empréstimo compulsório à Eletrobrás, que era legítimo, mas que
com o advento da CF/88, ele foi extinto, mas se não tivesse sido extinto,
continuaria legítimo;
• nas CF anteriores, o Supremo já havia se pronunciado, que empréstimo
compulsório, segundo a Súmula 418, STF, não era tributo:
“O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à
exigência Constitucional da prévia autorização orçamentária.”
• com isso, a instituição do empréstimo compulsório não estava sujeito nem às
previsões orçamentárias, porque não era tributo; STF – Classificação Pentapartite
– 05 espécies de tributos: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimo
compulsório e as contribuições parafiscais/especiais
• e diz ainda que o fato do empréstimo compulsório ser restituído não o desnatura,
porque o art. 4º, CTN determina que :
“A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto de sua arrecadação;”
• e conclui, esta corrente, que de uma forma direta ou indireta todos os tributos são
restituíveis, o imposto é ou deveria ser restituído em benefício;
* no entanto, o STF já havia consagrado que o empréstimo compulsório não era
tributo; STF – Classificação Pentapartite – 05 espécies de tributos: imposto, taxa,
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições
parafiscais/especiais
* era exigido dos cafeicultores, uma contribuição relativa a, por exemplo, cada
saca de café;
* o IAA, era uma contribuição de quota de produção de álcool, fixada para cada
usineiro que não era livre para produzir o quanto quisesse, ou seja, havia
intervenção do domínio econômico, pela relevância da atividade;
* portanto, é possível se cobrar contribuição por intervenção do domínio
econômico, e a contribuição vai para o organismo interventor, que administra,
banca seus custos, por isto é uma contribuição parafiscal, pois não entra no
orçamento;
esta análise faz com que se reporte novamente à classificação incluindo ou não
empréstimo compulsório e contribuição de melhoria como espécies tributárias ou
não;
* o que importa não é definir as quantidades de espécies, o que é relevante é
diante de uma norma que cria uma obrigação de caráter pecuniário, compulsório,
exigido por lei, que não seja sanção de ato ilícito, ou seja, que preencha os
requisitos do art. 3º, CTN, que se saiba, diante da norma enquadrá-la dentro do
conceito das espécies tributárias, quer se considere 3, 4 ou 5 as espécies
tributárias;
* a partir disso, ao trazer a norma analisada, para o confronto com o gênero
tributo, ela deverá se encaixar em uma das espécies;
* encaixar a norma a uma das espécies significa aplicar a esta exigência, todos
os princípios tributários, pois deve ser aplicado todo o regime do sistema
tributário;
* ao analisar uma norma, se perceber que ela tem uma exigência de natureza
tributária, é necessário averiguar qual o regime, pois existe o regime próprio e
imposto, de taxa, de contribuição de melhoria, e dependendo da teoria que se
adotar, também empréstimo compulsório e contribuição especial;
* a teoria que diz que, genuinamente, só se tem 3 espécies tributárias
(imposto, taxa e contribuição de melhoria), também denominada de teoria
tripartite, como resolve a questão dos empréstimos compulsórios e das
contribuições de melhoria?
* quanto ao EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
- Princípios: são vetores das normas. As normas constitucionais não tem a mesma
importância (ex. art. 5º, II e art. 87 – matéria infralegal). Não importa se está implícita
ou explícita a sua importância se mede pela abrangência da norma.
Segundo Celso A. B. M. o direito é uma vasto edifício jurídico, tudo está previsto como
uma obra arquitetônica.
- Exceções: (rol exemplificativo) As exceções a este princípio não podem ser criadas
pelo poder reformador, só pelo poder constituinte originário.
- imp. sobre importação II, exportação IE, IPI, IOF – ART. 153, I, II, IV e V CF
Exceção : art. 150, § 1º, 1ª. Parte da CF - ( exercício financeiro de 2021)Publicação da
lei (imediata) – Cobrança do tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do
exercício financeiro seguinte (2022).
- O art. 195, §6º traz uma anterioridade especial (aparente exceção), chamado princ.
da nonagésima (só podem ser cobradas 90 dias após a sua edição. (contribuição Social)
antiga CPMF (EC 12 de 15/08/1996) art. 74 do ADCT
- art. 148, I CF- Empréstimo compulsório por motivo de calamidade pública, guerra
externa e sua iminência ( exercício financeiro de 2021)Publicação da lei (imediata)
– Cobrança do tributo não necessita aguardar o primeiro dia útil do exercício
financeiro seguinte (2022). E os 90 dias
- imp. sobre importação II, exportação IE, IPI IR, IOF – ART. 153, I, II, IV, III e V CF
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- Fixação da BC do IPVA ( art. 155, III da CF e do IPTU art. 156, I CF não vai aguardar
os 90 dias
- art. 106, I, do CTN – a lei interpretativa deve retroagir até a data da entrada em vigor
da lei interpretada.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
a) Imposto.
b) Taxa.
c) Contribuição de melhoria.
d) Empréstimo compulsório.
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a) lei.
b) base de cálculo.
c) fato gerador. Art. 4 CTN
d) decreto.
a) Taxa
b) Contribuição
c) Empréstimo
d) Imposto
6- Certo projeto de lei criando uma taxa para remunerar o serviço de processamento
da declaração do imposto tem por fato gerador o auferimento de renda (F.G do IRPF,
IRPJ) superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma contribuição de melhoria,
que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimento industriais
( F.G do ICMS ou IPI) situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro
artigo institui um imposto sobre grandes fortunas ( art. 153, VII CF) para o qual se
prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis de imóveis (F.G ITCMD ou ITD
ART. 155, I CF )de valor superior a determinada quantia.
Chamado a opinar sobre esse projeto, para determinar a natureza
jurídica específica dos tributos, estaria incorreta a seguinte asserção:
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OAB ABRIL 2006 - 51. Pelo consumo voluntário de serviços de que o Estado dispõe,
consignado em orçamento, durante um exercício financeiro, e que se destina à
cobertura das despesas específicas relativas ao serviço prestado, denomina-se:
a) contribuição de melhoria.
b) imposto.
c) preço público ou tarifa, preço público tarifado .
d) taxa.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
OAB DEZEMBRO 2004 - 59. De acordo com o artigo 149 da Constituição Federal, é
CORRETO afirmar:
(A) a competência para instituir contribuições deve sempre ser exercida por meio de
lei complementar.
(B) a receita decorrente de exportação poderá ser tributada por contribuições sociais.
(C) sobre a importação poderá incidir contribuição de intervenção no domínio
econômico.
(D) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não têm competência tributária
para instituir contribuições cobradas de seus servidores.
OAB MARÇO 2005 - 37. Considerando o tratamento normativo dado pelo Código
Tributário Nacional ao conceito de tributo, é INCORRETO afirmar que
OAB MARÇO 2005 - 38. O art. 145, § 1.º, da Constituição Federal, dispõe que, "sempre
que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte...". Essa regra consubstancia o princípio da
capacidade contributiva, e a Constituição refere-se apenas a "impostos" PORQUE
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(B) Imposto, em seu conceito jurídico, é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação dependente de atividade estatal específica externa ao
contribuinte, para fins de interesse coletivo. Art. 16 CTN
(C) As taxas podem ser instituídas pelos Municípios pela utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição.
Com base nessa Emenda, o Município de Galpão Velho instituiu, por lei, a Taxa de
Iluminação Pública, para vigorar a partir do exercício seguinte, para cobrança na
fatura de consumo de energia elétrica. Paulus Vinicius ajuizou ação visando anular o
lançamento referente à taxa que incidiu sobre o seu imóvel, pedido que foi julgado
procedente pelo Juiz. Instrução: Faça um resumo das razões que, na sua concepção,
o Juiz pode ter considerado para entender que a referida contribuição é
inconstitucional, explicando os motivos de seu convencimento, e dê a sua opinião
pessoal sobre a constitucionalidade dessa contribuição.
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MAGIS/MG 2006 - Questão nº 87
Determinada lei estadual instituiu taxa, atribuindo a uma autarquia estadual a função
de arrecadar tal tributo, fiscalizando o seu pagamento. A empresa X, que possuía
dois estabelecimentos, era contribuinte daquela taxa, mas não a pagou. Decretou-
se, em janeiro de 2006, a falência da empresa X, sendo, posteriormente, os dois
estabelecimentos vendidos à empresa Y, em alienação judicial realizada no processo
de falência.
Considerando-se as disposições do CTN, e os dados fornecidos, é CORRETO afirmar
que a autarquia:
A) tem competência e capacidade tributárias, podendo exigir a taxa mencionada da
empresa Y, que tem a qualidade de responsável por sucessão;
B) tem capacidade tributária, embora não tenha competência tributária, podendo
exigir a taxa mencionada da empresa Y, que tem a qualidade de responsável por
sucessão;
C) tem competência e capacidade tributárias, mas não pode exigir a taxa mencionada
da empresa Y, que não é responsável tributária;
D) tem capacidade tributária, embora não tenha competência tributária, mas não
pode exigir a taxa mencionada da empresa Y, que não é responsável tributária.
01. As taxas
(A) são tributos compreendidos na competência residual.
(B) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
(C) são cobradas em decorrência da valorização do imóvel em razão de obras públicas.
(D) são tributos cobrados dos presidiários, em razão da atuação da polícia.
04. As taxas
(A) somente são espécie de receita originária do Estado como remuneração dos serviços
prestados ao Estado.
(B) somente são cobradas em razão do exercício de poder de polícia efetivo ou posto à
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disposição da comunidade.
(C) somente podem ser instituídas pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
(D) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica do
contribuinte.
10-
a) V, V, V
b) V, V, F
c) V, F, F
d) F, F, F
e) F, V, V