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Roteiro – 1º Ciclo de Formação em Educação e Relações de Gênero

Dia 06 de julho. 19h às 21h


Tema: “Feminismos e Questões de Gênero”

bell hooks – O feminismo é para todo mundo.


“(...) feminismo é um movimento para acabar com sexismo, exploração sexista e
opressão”. P. 17
“(...) para compreender o feminismo uma pessoa precisa necessariamente entender o
sexismo”
“Uma mulher pode afirmar que jamais escolheria fazer um aborto enquanto afirma seu
apoio ao direito de as mulheres escolherem, e ainda assim ser uma defensora de
políticas feministas. Ela não pode ser antiaborto e defensora do feminismo” (p. 23)

O feminismo é antissexismo.
Qual o destino da mulher trabalhadora.
“Solidariedade política entre mulheres sempre enfraquece o sexismo e prepara o
caminho para derrubar o patriarcado”. (p.36)
“Enquanto mulheres usarem poder de classe e de raça para dominar outras mulheres, o
sororidade feminista não poderá existir por completo”. (p.36)
Falamos de uma luta por justiça de gênero
Foco nos direitos reprodutivos. Direito ao próprio corpo.
Direitos reprodutivos: para além do aborto legal estamos falando de acesso à educação
sexual, medicina preventiva, acesso a métodos contraceptivos para todas as mulheres.

Companhia: bell hooks; Glória Anzaldúa,

Questões iniciais sobre o feminismo:


- O feminismo não se resume a mulheres querendo ser iguais a homens
- O feminismo não se refere a um movimento anti-homem
A mídia difundiu apenas o que interessou, a noção de libertação da mulher – a noção de
feminismo e gênero como sendo apenas igualdade do campo do trabalho. Mulheres
querendo o mesmo que homens.
Feminismo e mídia – associado a ser pró-aborto; ser lésbica

1º momento
Vídeo 1. Vida Maria

2º momento
Vídeo 2. “Quem tem medo de falar sobre gênero” – Judith Butler
https://www.youtube.com/watch?v=cozmjJpMakM

3º momento
Vídeo 3.
Última vinda de Butler ao Brasil: https://www.youtube.com/watch?
v=fzBbsyam9P8

TransFeminismos
Quando uma pessoa trans* rompe com um conjunto de normas/ unidades básicas que
nos colocam como humanas, legitimadas como humanas.

Nome – romper o nome é romper com uma expectativa de gênero que foi construída a
partir e ao redor de seu corpo e do que ele representa.
Corpo – rompe com a história daquele corpo biológico
Relação social com a família e a sociedade – rompe as relações com a família,
reduzem o acesso à escola, muitas vezes ficam destinadas a prática da prostituição
(como opção única – destino único)

Quando conceituamos, quando dizemos que uma pessoa é homem ou mulher, a gente
define a ontologia daquele sujeito. De quem ele/ela seria.
- Sexo não é destino. Não define gênero.
Gênero:
Questionar a ideia de natureza. De essência de homem e de mulher.
Natureza = construída
A ideia de que gênero seria algo construído social e historicamente – papéis atribuídos a
homens e mulheres – ex. brinquedos, profissões, destinos, mulher tem que ser mãe,
mulher tem que cozinhar, cuidar da casa etc. A inferiorização das mulheres não é algo
dado, natural.
Ser homem e mulher não é algo fixo, muda ao longo da história, de diferentes culturas.
Simone de Beauvoir –“ ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
*Feminismo toma a palavra gênero da medicina para questionar a fixidez do que seria
ser mulher. E inicialmente esse “ser mulher”, esse sujeito do feminismo, era no início a
mulher branca, de classe média que lutava por direitos ao trabalho, direitos igualitários.
Gênero precisa ser pensado interseccionalmente (Feminismo Interseccional). Articulado
com outros eixos: raça, classe, geração etc. Aqui a mulher a pensada a partir de sua
experiência, de sua história. Não é singular.
Não existe um feminino eterno dentro da gente. Ou um masculino dentro da gente.

Sexo:
Construções sociais, produções de verdade sobre sexo. Falamos de cromossomos,
hormônios, caracteristicas corporais.
A pessoa nasce com um órgão sexual que é atribuído a um determinado gênero.
Questionar a essência do sexo – Judith Butler.
Inventário de Paul Preciado – retomar.

Orientação Sexual:
“Por onde caminha teu desejo...? ”
Gênero não determina orientação sexual.
Possibilidades: Hetero. Bi. Homo. Pan. Ass.

Feminismos – luta pela diferença. Pela liberdade às diferenças. E não igualdade


TransFeminismos
Não há corpo errado e corpo certo – não dizer que pessoas trans estão em corpos
errados. Não existe corpo certo e errado.
Quando falamos de natureza, estamos falando da ciência. Isso não vem do nada. A
ciência define essas normas.
Lutar para ser quem é sem apoio social, da família, da escola, da legislação...de tudo.

Transfeminismo - Paul B. Preciado.


Qual a geografia das múltiplas mulheres? Tipos de mulheres. As outras existências.
Ex. Ribeirinhas, idosas, mulheres sem filho, sem útero, sem peito.
Transfeminismo pretende ir além das questões base do feminismo clássico.

Desestabilização do poder biológico dos corpos.


Identidades que não se fundamental na estrutura biológica. São as trans-identidades.
Estudamos em busca de uma dignidade coletiva

Disputa pelos sujeitos do feminismo.


Se a experiência definiria o sujeito do feminismo então seria complexo pensar as
mulheres trans como mulheres. Porque são inicialmente socializadas como
homens/mulheres.
O destino não está no corpo. A ciência tem história. Gênero e sexo são sócio
discursivos.
Nova ideia de infância etc.

Proximidade entre feminismos negros e lésbicos e os feminismos trans* - questionaram


o feminismo hegemônico.

O transfeminisno questiona as verdades sobre o corpo. O que seria saúde e doença? A


autoafirmação do gênero é mais importante do que o diagnóstico etc.

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