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Fundamentos da Educação
“Não há mal nenhum em ser ambíguo”1
Penso que um dos pontos centrais desses debates é compreendermos quais são as
concepções de educação e de escola que temos, em quais bases epistemológicas estão
fundamentas e quais são os principais autores/as que fizeram e fazem parte de cada momento
e processo sócio histórico e teórico. Compreender historicamente a formação do pensamento
educacional, principalmente no que tange as sociedades modernas e pós-modernas foi um dos
pontos trazidos pelos teóricos estudados nesse primeiro encontro.
1
Frase da música “Umbigo” de Tetê Espindola. Disponível em: https://www.kboing.com.br/tete-
espindola/umbigo/.
quatro Revoluções na Teoria Educacional, de acordo com o autor, nos séculos XIX e XX
tivemos três delas (modernas) cujas principais ideias foram trazidas por teóricos como
Herbart, Dewey e Paulo Freire e a desde o final do século XX e início do XXI estaríamos em
meio a quarta revolução (pós-moderna), que teria como representantes principais Donald
Davidson e Richard Rorty. Como elementos chave desses momentos temos em Herbat, a
emergência da mente; em Dewey a emergência da democracia, em Freire a emergência do
oprimido e, a quarta revolução teria como elemento central a metáfora (para Davidson a
metáfora não necessariamente seria algo descodificável/ou a ser explicado e entendido do
ponto de vista cognitivo).
Ainda não conseguimos uma conciliação epistemológica e prática que nos diga que
essa promessa de universalização seja possível. Universalizar para quê e para quem? No
âmbito das relações de poder e consumo da sociedade capitalista em que vivemos, talvez
tenhamos que pensar mais em pluriVersar como mais adiante os teóricos e teóricas pós e
decoloniais nos provocarão a debater.
O final do Documentário “Escolarizando o Mundo” termina com uma canção que nos
remete a metáfora da caixa, a ideia de que a educação (nos moldes ocidentais hegemônicos)
estaria nos colocando em pequenas várias caixinhas, seres todos iguais...Não penso que seja
apenas isso, acredito que os processos educativos são mesmo ambíguos e complexos e, é
exatamente nesse ponto que talvez more o sentido de nossas presenças nesse espaço de
produção de conhecimento.