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Gênero,

sexualidade e
identidade
EEEP Manoel Mano
Sociologia 2º Ano
Jefferson Prado
Primeiras Palavras
• Qual é a importância de se estudar esse assunto na Sociologia?
• O que é ser homem?
• O que é ser mulher?
• Ser homem e mulher atende a aspectos meramente biológicos?
• Que fatores sociais contribui na identidade homem e mulher?
Sexo e gênero: entre
construção e a
desconstrução

A diferenciação das noções de sexo e gênero começaram no século


XIX. A Psicanálise, ciência criada por Freud, estabelecia uma relação
entre a sexualidade e o sexo que se dava pela relação da criança com o
pai e a mãe, assim como pelo reconhecimento de ter ou não um falo
(pênis).
Para ele o comportamento masculino estava associado ao
reconhecimento das crianças em ter um falo, enquanto o
comportamento feminino refletia a inveja daquele falo.
Essa diferença ganhou grande espaço na Psicanálise para explicar os
comportamentos ditos femininos, causados por essa “castração”, e
aqueles ditos masculinos, relacionados ao fato de ter um falo.
Sexo e gênero: entre
construção e a
desconstrução
Ao longo do século XX as teorias de Freud foram sendo
questionadas. Simone de Beauvoir. Para ela o destino anatômico
não pode explicar todos os comportamentos associados a esses
dois sexos. É preciso observar como o ambiente cultural e
educacional é responsável pela construção e imposição de
padrões a meninos e meninas.

“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” Essa é a famosa frase


de Simone de Beauvoir que distingue as duas dimensões da
natureza e da cultura.
Cultural - Desejo
- Passionalidade

- Humanidade

Natural

- Necessidade
- Instintos
- Animal
Comportamento de
gênero em
sociedades diversas
Discipula de Franz Boas
1926 – Critica o teste de QI
1928 – Publica Adolescência, sexo e cultura em Samoa.
1935 – Sexo e temperamento
Se o seu marido descobrir
que você anda testando marcas
de café ...
O patriarcado e seus efeitos
A perpetuação da lógica da escravocrata
O patriarcado e seus
efeitos
Principais pontos de partida do feminismo do
século XX.
O patriarcado é um sistema análogo a escravidão
Se expressa na ideia de que o homem é superior a
mulher
Exploração sexual, desigualdades salariais, dupla Suzane da Silva – estudante de medicina
jornada, exclusão da vida política são uns dos
efeitos do patriarcado na sociedade brasileira.
Neuma Aguiar – afirma que Gilberto Freyre
entende o patriarcado como uma estratégia da
colonização portuguesa.
Neuma Aguiar – analisa o discurso de Joaquim
Nabuco. Que não enxergava o aborto das escravas
como uma forma de resistência e sim como
ausência religiosa.
“A Casa Grande surta quando a Senzala
vira médica”
Masculinidade
hegemônica
Conceito formulado pela
socióloga transexual australiana
Raewyn Connell.
Sociedade Masculinidade
Não há um padrão de patriarcal hegemônica
masculinidade universal
Ser homem é responder a
determinados padrões culturais Reprodução Socialização
que pode variar em sociedades do de gênero
multiculturais. patriarcado
A masculinidade ideal será
considerada dominante.
Herança da Desigualdade
desigualdade de poder
social
A Questão de gênero na
Pandemia
O aumento dos casos de violência contra a mulher
https://ponte.org/mulheres-enfrentam-em-casa-a-violencia-domestica-e-a-pandemia-da-covid-19/
A divisão sexual do trabalho
A mulher entre o público e o privado
A divisão sexual do
trabalho: a mulher entre
o público e o privado
Dados estatísticos revelam que no Brasil
as mulheres ganham, em média, 30%
menos que os homens, ou seja, um dos
piores índices de diferença salarial por
gênero no Mundo.

Além da questão salarial, as mulheres,


geralmente, trabalham mais horas que
os homens, pois também são
responsáveis pelas tarefas domésticas e
cuidados com filhos, avós e
pelos
parentes doentes.
A divisão sexual do
trabalho: a mulher entre
o público e o privado
A divisão do trabalho fundamentada nos sexos, com
base na propriedade privada e na família monogâmica,
teria sido, historicamente, a primeira forma de
desigualdade de classes, segundo Friedrich Engles
(1820-1895), teórico e cofundador, com Marx (1818 –
1883) do socialismo científico.
Com o estabelecimento do patriarcado e da família
monogâmica, a mulher passou a ser desvalorizada,
assim como seu papel na sociedade: a função do
cuidado e da reprodução familiar. Enquanto as funções
associadas aos homens – os assuntos públicos e
produtivos, que seriam “geradores” de riquezas –
passam a legitimar sua dominação, as funções
associadas às mulheres – os assuntos domésticos de
reprodução – tornam-se desvalorizadas.
Outra configurações familiares
“Os iroquês não somente chama de filhos e filhas aos seus próprios, mas, ainda, aos de seus irmãos, os
quais, por sua vez, o chamam de pai. Os filhos de suas irmãs, pelo contrário, ele os trata como
sobrinhos e sobrinhas, e é chamado de tio por eles. Inversamente, a iroquesa chama filhos e filhas os
de suas irmãs, da mesma forma que os próprios, e aqueles, como estes, chamam-na mãe. Mas chama
sobrinhos e sobrinhas os filhos de seus irmãos, os quais a chamam de tia. Do mesmo modo, os filhos
de irmãos chamam-se reciprocamente primos e primas. E não são simples nomes, mas a expressão das
ideias que se tem do próximo e do distante, do igual ou do desigual no parentesco consanguíneo;
A Família monogâmica
“Esta forma de família assinala a passagem do matrimônio sindiásmico à monogamia. Para assegurar a
fidelidade da mulher e, por conseguinte, a paternidade dos filhos, aquela é entregue, sem reservas, ao
poder do homem: quando, aquele a mata, não faz mais do que exercer o seu direito. “
63
mil
História da divisão sexual do trabalho
• Com o capitalismo industrial as mulheres saem do espaço
doméstico para serem introduzidas no mercado de trabalho
como mão de obra barata e dócil.
• No final do século XIX e começo do XX começaram a surgir
leis que visavam proteger as mulheres de trabalhos mais
“pesados” e “perigosos”. Porem essas leis tinham um
aspecto moral;
• Em 1892, a França proíbe mulheres de exercer trabalho no
turno da noite.
• Em 1932, o Brasil efetiva a mesma lei.
• Durante as Guerras Mundiais, por falta de homens nos
postos de trabalho, as mulheres voltaram a ocupar esses
espaços.
• Com o fim das guerras, reivindicou-se o lugar na mulher no
interior das casas.
• O movimento feminista de 1960 reivindicava a emancipação
feminina, o direito ao voto e a liberdade sexual.

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