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Ainda como conceitos indispensáveis temos de atender a 2 outros e são eles o herdeiro e o
legatário .
Ao invés tem-se por legatário , aquele que é chamado a suceder em bens certos e
determinados . quase sem exceçao os legados são instituídos por vontade do decujos e so
residualmente pela lei , como é caso do direito que o cônjuge sobrevivo tem no uso dos
moveis da casa de morada de família . (so é aplicado na sucessão testamentária , ex.”quero
que seja herdeiro do meu carro)
Por vezes , surgem problemas na interpretação da vontade do testador pois podem existir
coisas que não estejam no testamento especificadas mas estão determinadas . por ex. no
testamento é dito que se deixa a Antonio 4 vacas do conjunto da manada de que dispõe .
como é bom dever , o legado esta determinado (4 vacas) mas não estão especificadas quais as
4. O critério para a qualificação como legado não é a especificação mas sim a determinação .
A DESIGNAÇAO SUCESSORIA
Para evitar eventuais lapsos de continuidade , isto é, querendo evitar-se que a herança
permaneça jacente isto é, que os direitos contidos na herança não tenham titular , a lei
designa antes da morte do autor da sucessão quais são os seus possíveis (presuntivos
herdeiros na linguagem da lei) sucessores e havendo vontade manifestada pelo autor da
sucessão define os parâmetros dentro dos quais ela se pode exercer.
HIERARQUIA
As designações sucessorias são múltiplas e como tal podem confrontar-se pelo que há a
necessidade de as hierarquizar anulando conflitos de interesse e tornando previsível e estável
a futura sucessão aos olhos dos interessados .
Antes da morte do autor da sucessão surgem-nos designadas por força da lei ou da vontade
deste certas pessoas como seus possíveis sucessores de modo a garantir que pela efetiva
morte as relações jurídicas do autor da sucessão tenham continuidade na alguma das pessoas
de entre as designadas legal/ voluntariamente .
Dir-se-ia que a morte pode surgir em qualquer momento interrompendo a titularidade das
relações jurídicas de 1 qualquer sujeito que em qualquer caso estará assegurada a previa
determinação de alguém como melhor posicionado para continuar as ditas relações jurídicas
do falecido.
a) Os sucessíveis legitimários que são designados por normas de carater imperativo 2156
e ss. E estão no topo da hierarquia. A sucessão legitimaria é aquela que não pode ser
afastada pelo autor da sucessão . A sucessão legitimaria traduz a determinação antes
da morte do autor da sucessão como sendo sucessíveis dele certa /certas pessoas por
imposição da lei e como tal inderrogável por manifestação de vontade.
Estes são admitidos a titulo excecional art.2026 , 2028 , 1700 ss. , 1755 ss. falamos pois do
contrato de doação acordado em convenções antenupciais pelas quais se dispõe por
morte de certos bens do património hereditário a favor de esposados (=noivos, qd casam
passam a ser cônjuges) / de terceiros . a sucessão contratual prevalece então sobre a
sucessão testamentaria revogando anteriores disposições em testamento . se 1
testamento pode ser revogado por 1 outro testamento posterior facilmente se
compreende que o possa ser por efeito da doação mortis causa .
c) Os sucessíveis testamentários
Estes resultam da expressa vontade do autor da sucessão embora essa vontade não possa
por em causa a aplicação das normas imperativas da sucessão legitimaria e das limitações
decorrentes de eventuais doações mortis causa a2026 ,2027 , 2131 e 2179.
Entre herdeiros testamentários e legatários tem prevalência estes últimos pelo facto de os
herdeiros testamentários serem responsáveis pelo cumprimento dos legados
a2068,2070 ,2265.
( a doação mortis causa tem 1 valor superior ao testamento , mesmo sendo este posterior
a doação , nos casos em que alguém faz 1 doaçao mortis causa de alguma coisa e doa a
mesma coisa no testamento )
d) Por fim , os sucessíveis legítimos (/ herdeiros legítimos , pois aqui so há herdeiros) que
apenas serão chamados se o falecido não tiver disposto valida e eficazmente de toda
a sua quota disponível correspondendo esta À totalidade / 1 parte da herança 2026 ,
2027 e 2131 .
A SUCESSAO LEGITIMARIA
O autor da sucessão não pode alterar o elenco dos herdeiros legitimários nem a ordem
pela qual são chamados . não pode também , modificar a porção da legitima pre fixada na
lei para os herdeiros legitimários nem pode unilateralmente definir a legitima subjetiva /
sujeita-la a encargos 2163.
O mecanismo da deserdação 2166 não traduz o principio de que o autor da sucessão pode
dispor a seu belo prazer do seu património . aquele mecanismo é antes 1 resultado da
incapacidade sucessória por parte do sucessível visado na deserdação . Contudo , entre o
momento inicial da designação sucessória legitimaria e o da abertura da sucessão podem
surgir em relação a cada 1 dos potenciais sucessíveis legitimários 1 conjunto de alterações
não emergentes da vontade do autor da sucessão mas que modificam a vocação
sucessória como são exemplos o nascimento / a morte de filhos do autor da sucessao .
Aula 10/3/2021
OS HERDEIROS LEGITIMARIOS
( quando for necessário a sucessão legitimaria , devemos recorrer as suas normas proprias e
ainda a regras da suss.legitima a2157 )
QUOTA INDISPONIVEL
No art.2156 , essa quota indisponível do autor da sucessão é designada por Legitima ( também
conhecida como legitima objetiva/legitima global) , vista aqui na perspetiva do herdeito
legitimário enquanto que a expressão “quota indisponível” é perspetivada na otica do autor da
sucessão . Uma e outra correspondem ao mesmo ,
A legitima é pois a porção de bens que o autor da sucessão não pode dispor livre e
gratuitamente por legalmente estar reservada aos herdeiros legitimários. Esta legitima
objetiva/global varia não apenas em função da classe do legitimário (por ex. Os descendentes
dao origem a 1 legitima objetiva maior do que a dos ascendentes) como também do tipo de
legitimário ( o cônjuge tem 1 posiçao privilegiada) e ainda varia em função do numero de
legitimários na medida em que nem sempre cada 1 deles tem direito À mesma quota parte .
ESQUEMA FOTOO
A DEFESA DA LEGITIMA
O autor da sucessão pode fazer em vida o que quiser dos seus bens e ate nada deixar para
os seus potenciais herdeiros . é o caso por exemplo de ter alienado onerosamente todos
os seus bens e gastar o produto de toda essa alienação . pode faze-lo livremente sem ter
de atender a quaisquer expectativas sucessorias de potenciais herdeiros legitimários .
porém , quando o decujos faz doações em vida (negocio jurídico gratuito ) e
consequentemente liberalidade está com isso a afetar a legitima dos possíveis herdeiros
legitimários pois do ponto de vista da transmissibilidade gratuita são eles os escolhidos por
lei imperativa como beneficiários privilegiados .
Para alem das doações em vida também as deixas testamentarias inserem-se neste
capitulo da gratuitidade e liberalidade e por conseguinte , também as disposições
testamentarias podem afetar os possíveis herdeiros legitimários .
Quando assim ocorrer a lei protege aqueles herdeiros legitimários através dos chamados
mecanismos de proteçao da legitima , são eles:
a) A redução por inoficiosidade das liberalidades entre vivos ou por morte 2168 e
2169.
b) A proibição de por testamento impor encargos sobre alguma ou algumas das
legitimas ou impor que o preenchimento dessa legitima se tenha obrigatoriamente
de fazer com determinados bens contra a vontade do herdeiro legitimário.
c) O 2164 prevê o que é conhecido como cautela sociniana que significa que se o
testador deixar usufruto ou constituir pensão vitalícia que atinja ou ofensa a
legitima podem os herdeiros legitimários cumprir esse legado tao só o valor
enquadrável na quota disponível .
A LEGITIMA SUBJETIVA
A legitima subjetiva / individual é a porção de bens que cada um dos herdeiros legitimários
chamados À sucessão tem na legitima objetiva /global . a legitima subjetiva não é mais do que
a parcela de cada um dos legitimários.
(=ex. dos 2 terços quanto tem cada 1 deles , se são 4 divide-se um quarto para cada 1 )
Aula 11/03/2021
A DESIGNAÇAO CONTRATUAL
(pouco comum)
Como resulta de 1 contrato de doação mortis causa , estamos perante um acordo de vontades
contrarias entre si mas convergentes a um resultado por ambos pretendido . os efeitos da
doação mortis causa para alem do seu carater bilateral tem 1 eficacia reforçada por causa do
tratamento favorável tendente a fomentar ou a proteger o casamento de tal modo que a
doação mortis causa não ocorreria não fosse a existência do casamento. Por comparação ,
também ele o produtor de efeitos pos morte /mortis causa , o testamento é 1 negocio jurídico
unilateral e pelo testador livremente revogável . a regra portanto é a da irrevogabilidade da
doação mortis causa apos a aceitação 1701n1 ,1705n1 , embora residualmente possamos
encontrar algumas exceçoes 1705n2 e 975,a) .
As doações entre esposados distinguem-se pois nos períodos antes e depois do casamento ,
uma vez que antes do casamento são livremente revogáveis e modificáveis por ambos 1712 e
depois do casamento tal já não pode acontecer por causa do principio da imutabilidade das
convenções 1714.
A designação testamentaria
Como a própria expressão indica , estamos perante 1 negocio jurídico unilateral onde impera a
vontade única do autor da sucessão quer no ato dispositivo de parte dos seus bens ou ate de
todos os seus bens quer no ato revogatório de testamentos anteriores 2179,2311,2312.
Nem so de disposições de carater patrimonial pode um testamento tratar como são os casos
das disposições a favor da alma , da testamentaria , do destino final do seu cadáver , da
perfilhação , entre outros. São exemplos de disposições a favor da alma 2224 , a realização de
missas e a colocação de velas… A testamentaria 2320 envolve a nomeação de pessoa /as que
ficam encarregadas de zelar pelo cumprimento do testamento ou pela sua execução . O
art1853,b) refere-nos que a perfilhação (modo de estabelecimento da paternidade) pode ser
feita por testamento .
Diferente disto é o carater individual ou singular do testamento , pois o seu autor apenas pode
ser pessoa isolada e não duas ou mais 2181. Proíbem-se pois os testamentos de mao comum
ou coletivos que são nulos . todavia , tal proibição não prejudica que duas ou mais pessoas
façam testamentos recíprocos ou a favor do mesmo mas em distintos testamentos separados
pois ainda que sejam celebrados no mesmo dia e em ato continuo .
Há ainda que esclarecer que a unipessoalidade atras referida em nada fica perturbada pela
eventual autorização do cônjuge do testador prevista no art.1685n3 ,b) aquando da disposição
de bens comuns do casal . no entanto em causa so pode estar uma mera autorização .
Podem testar todos os indivíduos que a lei não declare incapazes de o fazer 2188 . nos termos
do 2189 diz-se que são incapazes de testar os menores não emancipados pelo casamento 2189
a) e os interditos por anomalia psíquica 2189 b) . a sanção prevista na lei para o testamento
feito por incapaz é a nulidade . A capacidade do testador é determinada na data do
testamento e não em qualquer outro momento 2191 . no caso do testamento publico , 2205 e
também no caso dos testamentos especiais 2210 e ss , a sua data é fácil de determinar, o
mesmo já não se passa com o testamento serrado(=fechado) que possui duas datas , a data em
que foi escrito pelo seu autor e a data da aprovação pelo notário 2207.
Não se confunde a incapacidade para testar com alguns casos de indisponibilidade relativa em
virtude de se proibir que se façam testamentos tendo por beneficiárias algumas pessoas por
entre eles existirem laços especiais de relacionamento 2192 e ss. Assim , são nulas as
disposições testamentarias feitas por ex: a favor do medico ou enfermeiro ou do sacerdote
que lhe preste assistência espiritual desde que o testamento tenha sido feito durante a doença
e vindo a morrer dela . também é nula a disposição testamentaria feita a favor de pessoa com
quem o testador cometeu adultério , entre outras.
O OBJETO TESTAMENTARIO
É nulo o testamento assim como outros negócios jurídicos o são , se o objeto for física ou
legalmente impossível ,contrario À lei , indeterminável , contrario À ordem publica ou ofensivo
dos costumes (280). Tratando-se de norma prevista para a generalidade dos negócios jurídicos
(280) há que atender a algumas normas especiais no que aos testamentos diz respeito e que
constituem de algum modo ligeiros desvios a essa norma geral . Encontramos esses desvios
nas seguintes normas : 2230 , 2231,2232 ,2233 e 2245.
FORMA DO TESTAMENTO
Já se viu que o testamento é um negocio jurídico formal/ solene e nulo se a forma não for
obedecida como igualmente Resulta do art220 . as formas legais e na sua forma comum
admitidas no nosso ordenamento juridico são o testamento publico e o testamento serrado
2204.
O TESTAMENTO PUBLICO
Nos termos do art2205 , é publico o testamento escrito por notário no seu livro de notas . a
redaçao do testamento é confiada ao notário na presença de 2 testemunhas de modo a
garantir com segurança que se reproduz fielmente a vontade do testador livre de quaisquer
pressões ou intimidações .
Este testamento é publico pois é lavrado por entidade dotada de fe publica embora so se torne
publico apos a morte do testador . alias, a morte do testador é averbado no próprio
testamento e em vida dele so ele tem acesso ao testamento a não ser que constitua
procurador alguém a quem confira poderes especiais para o consultar .
O TESTAMENTO SERRADO
INTERPRETAÇAO DO TESTAMENTO
CONTEUDO DO TESTAMENTO
São legados 2030n2 as deixas testamentarias que incidem sobre bens determinados embora
possam revestir diversas modalidades :
A coisa legada onerada com alguma servidão ou outro encargo que lhe seja inerente passa
com o mesmo encargo ao legatário 2272 tanto no que diz respeito ao direito real de gozo
como por ex. 1 servidao como no direito real de garantia , ex.hipoteca
b) Legado de credito
Em regra , tem por objeto dinheiro que devera ser pago ao legatário em determinados
períodos desde a morte do testador ate À morte do legatário ou ate determinado
momento fixado pelo testador . é relativamente vulgar o legado de alimentos cujo
quantitativo pode o testador deixar fixado no testamento ou para apreciação de terceiro.
d) Legado de usufruto
Este legado tanto pode incidir sobre a totalidade da herança , sobre uma quota parte dela
ou sobre uma ou varias coisas do património hereditário adquirindo assim um ou vários
herdeiros a raiz ou nua propriedade das coisas e um ou mais legatários o usufruto sobre
elas . quando o legatário for pessoa coletiva , o usufruto não é nunca vitalício pois apenas
e no máximo poderá durar 30 anos 2258.
e) Legados Pios
São legados pios 2280 , todas as deixas testamentarias destinadas a fins religiosos ou À
criação , manutenção ou desenvolvimento de obras de assistência , previdência e
educação ou a fins análogos , bem como os encargos de natureza idêntica instituídos em
qualquer instrumento publico .
Serão qualificadas como Gerais : as que são comuns À generalidade dos negócios
jurídicos , como sejam, a condição , o termo , o encargo e a clausula penal .
No que toca aos encargos, o testador pode impor aos herdeiros /aos legatários 2244 um
encargo positivo (fazer algo) ou um encargo negativo quando impõe uma omissão
comportamental .
No que toca À clausula penal , o testador pode determinar que as obrigações decorrentes
do testamento ou da aceitação de quotas hereditárias sejam garantidas através do
cumprimento de uma determinada prestação . Como o testador não pode impor encargos
sobre a legitima dos herdeiros legitimários 2163n1 tambem não pode impor clausulas
penais ao mesmos herdeiros , a não ser que se destinem a garantir o cumprimento dos
encargos gerais da herança 2068.
Para alem das clausulas gerais e comuns a quase todos os negócios jurídicos , a lei prevê 1
conjunto de clausulas acessórias especiais , isto é , privativas do testamento .sao elas:
a) Substituição direta /vulgar , nesta substituição o testador prevendo a hipótese de o
herdeiro testamentário ou legatário não poder ou não querer aceitar a herança ou o
legado , nomeia no testamento 1 substituto. Os substitutos sucedem nos direitos e nas
obrigações em que sucederiam os substituídos a não ser que o testador tenha dito o
contrario . A substituição direta / vulgar pode ser simples quando há 1 único instituído
e 1 único substituto 2281 , 2285n1 , plural quando há vários substitutos para 1 ou
vários instituídos 2282 ,2285n1 , podendo ainda ser reciproca se os co-herdeiros /co-
legatarios se substituírem entre si por determinação do testador 2283 e 2285.
(Ex: quero deixar herança para maria , mas se ela morrer ou não poder , deixo para a
ana)
b) A substituição fideicomissária / fideicomisso .
(ex. o dono da quinta é avo e quer deixar a sua quinta ao neto mas acha que ele não é capz ,
então deixa para o tratador da quinta que sera o fiduciário mas quando este morrer , não pode
deixar para os seus herdeiros mas sim para o neto do dono da quinta )
Quanto À substituição pupilar , ela ocorre quando o progenitor se substitui aos filhos
menores na atribuição da herança destes 2297 . Não se trata de vocação anómala/ indireta
já que não é a sucessão do pai que esta em causa mas sim a do filho. (pai faz testamento
do menor , mas caso ele atinja a maioridade pode altera-lo)
No que diz respeito À substituição quase pupilar, esta difere do regime da pupilar na
medida em que o filho é substituído por outrem qualquer que seja a sua idade , desde que
interdito por anomalia psíquica . ( pai pode fazer testamento do filho maior interdito com
anomalia psíquica)
A REVOGAÇAO TESTAMENTARIA
A DESIGNAÇAO LEGITIMA
Havendo sucessíveis legitimários, a sucessão legitima fica desde logo limitada à quota
disponível. Não os havendo, a designação legitima pode abranger toda a herança. Por
outro lado , se o autor da sucessão dispôs da referida quota disponível em vida ou mortis
causa prevalece a posição dos sucessíveis por ele designados em detrimento dos
sucessíveis legítimos . Em suma , a sucessão legitima abre-se quando não se verifiquem as
sucessões legitimaria e /ou voluntaria .
A quinta , o Estado.
Para que o cônjuge seja chamado a suceder enquanto herdeiro legitimo ou legitimário , é
necessário que se verifiquem os pressupostos dos a2133n1 a,b) , n3 ,2157 . De acordo com
o n3 do 2133 , o cônjuge sobrevivo não é chamado se no momento da abertura da
sucessão se encontrar divorciado/ separado judicialmente de pessoas e bens por sentença
ou decisão que tenha transitado ,venha a transitar ou que ainda venha a ser proferida .
Quando o cônjuge concorre com descendentes, não pode deixar de receber quota parte
inferior a um quarto ( na sucessão legitima 2139n1 ) ou um quarto da legitima
objetiva/global (na sucessão legitimaria 2157 e 2139n1). Aquela quota mínima de um
quarto , so tem aplicação se a concurso estiverem 4/+ filhos ou estirpes de descendentes.
No caso de o autor da sucessão não deixar cônjuge sobrevivo a herança divide-se pelos
filhos em partes iguais 2139n2 . Existe aqui direito de representação destes para os seus
descendentes , caso não possam ou não queiram aceitar a herança 2039 2042 .
Ao invés, não tendo o autor da sucessao descendentes sera o cônjuge sobrevivo chamado
À totalidade da herança a não ser que haja ascendentes, caso em que estaremos perante a
2 classe de sucessíveis.
O cônjuge sobrevivo , nesta classe concorre com os ascendentes em qualquer grau da linha
reta preferindo no entanto os de grau mais próximo 2135 . Assim, o cônjuge sobrevivo terá
sempre 2 terços da herança ou da legitima objetiva consoante se trate da sucessão
legitima 2142 ou da legitimaria 2157 2142 , enquanto que o conjunto dos ascendentes tem
direito apenas a 1 terço .
Por fim , quanto a esta classe se não houver ascendentes ,o cônjuge do autor da sucessão
é chamado À totalidade da herança ou da legitima objetiva 2144 2157 .
ESQUEMAA
A faleceu em 2020
Aplicação principios:
3 princip.= como há + 4 filhos , cônjuge tem que receber 1 quarto e os 3 quartos divide-se
por cabeça pelos filhos.
Como é que se divide 70 mil visto que A não deixou testamento nem doações
Fazer contas
Não havendo sucessíveis das 2 classes anteriores .ou seja não existindo cônjuge
descendentes nem ascendentes são chamados À sucessão os irmãos e os seus
descendentes 2145 . ora, os irmaos do autor da sucessão podem ser germanos (filhos do
mesmo pai e da mesma mae ) consanguíneos se filhos do mesmo pai e uterinos se filhos
da mesma mae 2146 . Se o forem apenas de 1 tipo ou de outro são designados
sucessoriamente em partes iguais e por cabeça.
Não existindo nenhum herdeiro das 4 classes anteriores o estado surge como o ultimo dos
sucessíveis 2152 . em abstrato evita-se que os bens sucessórios possam ficar abandonados
podendo inclusivamente usar esses bens para a realização das suas funções sociais .
ABERTURA DA SUCESSAO
Podemos dizer que a abertura da sucessão é iniciada com a morte do sujeito . A sua morte
faz nascer o fenómeno sucessório .
De acordo com o a2031 a abertura da sucessão ocorre no momento da morte do seu autor
e o lugar dessa abertura é o do ultimo domicilio .
VOCAÇAO SUCESSORIA
Acabamos de ver que a vocação sucessória não é mais do que o chamamento de alguém a
titulo de herdeiro /legatário À titularidade das relações jurídicas transmissíveis do autor da
sucessão . Importa no nosso estudo que conheçamos a vocação direta e a vocação
indireta/anómala . A mais usual é a vocação direta e é aquela que traduz a designação de 1
sucessivel prioritário ou pelo menos esse / esses sucessíveis surgem na hierarquia em
primeiro lugar .
O DIREITO DE REPRESENTAÇAO
Ex. ESQUEMA: A viúvo falece em 2008 tendo deixado 1 filho sobrevivo C casado comD. 1
ano antes havia falecido o seu outro filho B pai dos netos F e G . por força do
di.representaçao F e G sucedem a A (vocação anómala ou indireta) em quota igual a C
ocupando a posição jurídica de B que não pode aceitar ou repudiar por ser pre falecido .
Embora em nada se cobfunda com o di.representaçao uma vez que este ocorre nos casos
de pre falecimento, repudio / indignidade sucessória , o di.transmissao existe tao so para
resolver o problema resultante do seguinte: supondo que C sem descendentes morre
depois de A mas sem ter tido a oportunidade de aceitar ou repudiar expressamente/ sem
que do seu comportamento se possa concluir pela aceitação tacita da herança/legado esse
direito de aceitar ou repudiar a herança para que C fora chamado por óbito de A é
transmitido para os seus herdeiros (no nosso caso , D).
Não se trata de nenhuma outra modalidade de vocaçao indireta /anómala .Pretende-se
apenas resolver o vazio resultante do facto de o sucessível chamado ter falecido depois
mas sem ter aceite ou repudiado a herança para que fora chamado .
Por fim e de acordo com a parte final do 2041 n1 para que se verifique o direito de
representação na sucessão testamentaria é necessário que não haja outra causa de
caducidade da vocação sucessória (2317) e ainda se :
no caso de legado de usufruto ou outro direito pessoal (uso e habitação ou qualquer legado
feito em função da pessoa do legatário ) se o legatário não quiser ou não poder aceitar o
legado não são chamados os descendentes destes , ficando antes sem efeito o legado que se
reintegra na herança do falecido . A razão de ser da inexistência aqui do direito de
representação tem a ver com a natureza pessoal do legado .
o direito de representação não sucessão testamentaria , tem lugar ainda que todos os
membros das varias estirpes estejam relativamente ao autor da sucessão no mesmo grau de
parentesco ou exista uma so estirpe . tem-se por estirpe , o grupo familiar composto por 1
progenitor (filho ou irmão do autor da sucessão ) e pela respetiva descendência . Porque esta
descendência pode abranger vários graus é possível acontecer que num desses graus haja
descendentes que sejam tronco de subestirpes . Nos termos do n2 do a 2044 , também aos
representantes numa subestirpe cabe aquilo a que sucederia o ascendente tronco da
subestirpe .
EX.ESQUEMA 2 :
O sujeito A viúvo e sem testamento faleceu em 2008 com1 herança no valor de 80mil€
deixando sobrevivos o seu filho B , o seu neto D filho do seu pre-falecido filho C e 2 bisnetos
filhos do seu pre-falecido neto E filho de C. Não se cumpre aqui a regra da sucessão por cabeça
entre os herdeiros B , D ,FeG , uma vez que se verifica direito de representação em qualquer
das subestirpes de C e de E . deste modo B recebera 40mil€ e a outra metade cabe À estirpe do
falecido C . A D , por direito de representação recebera 20 mil€ e pelo mesmo raciocínio 10 mil
para cada um dos F e G .
DIREITO DE ACRESCER
a) substituição direta
b) vontade do autor da sucessão contraria ao direito de acrescer
c) direito de representação
d) transmissão do direito de aceitar/repudiar a herança
e) pessoalidade do legado
quanto Às al.A e B) deve dizer-se que não são possíveis na sucessão legitimaria e portanto não
pode ser afastada pelo autor da sucessão . Porem se em causa estiver a sucessão legitima /a
testamentaria pode já o autor da sucessão determinar em testamento que a não aceitação
implica a substituição por outrem por ele indicado.
Também não há direito de acrescer se no caso houver lugar a direito de representação caso
em que serão chamados os descendentes daquele que não pode ou não quis aceitar a
sucessão e não os co-sucessiveis .
Também não há direito de acrescer enquanto os herdeiros do sucessível chamado mas que
faleceu sem ter aceite ou repudiado a sucessão não exercerem aquele direito e ao exerce-lo
aceitarem a sucessão .
Por ultimo , se na sucessão testamentaria o legado tiver natureza puramente pessoal , isto, é a
liberalidade foi pensada e concretizada tendo em consideração as características do
beneficiário não há direito de acrescer extinguindo-se o legado tudo se passando como se ele
nunca tivesse existido .
Do lado positivo, para que ocorra direito de acrescer , tem de haver uma quota vaga por falta
ou repudio dos sucessíveis e a existência de pluralidade de co-herdeiros ou de co-legatarios a
favor de quem acrescerá 2137n2 ,2157 ,2301 ,2302 .
A SUBSTITUIÇAO DIRETA
Desde que em causa não esteja a sucessão legitimaria porque intocável para o autor da
sucessão , pode este em todas as outras vocações determinar o destino dos seus bens . É o que
acontece com esta modalidade de vocação indireta ou anómala e que prevalece sobre as
outras 2 especies de vocação indireta/anómala .
A substituição direta pode valer apenas para o caso de os sucessíveis substituídos não
poderem aceitar a sucessão ou apenas para o caso de a repudiarem , desde que o testador
declare expressa/tacitamente que pretende essa exclusividade .
A substituição direta pode ser simples- quando haja 1 único instituído e 1 único substituto ;
Reciproca- se os co-herdeiros por 1 lado /os co-legatarios por outro se substituírem entre si
por determinação do testador .
A HERANÇA
Casos práticos :
1-
António faleceu em 1985 no estado civil de casado com Berta . daquele casamento nasceram 5
filhos Pedro casado com paula , Paulino casado com teresa , dionisio e eduardo ambos
solteiros e Carlos divorciado antes da morte do pai . Paulino morreu antes de antonio e deixou
como herdeiros para alem do seu cônjuge , 2 filhos Jorge e Gabriel ambos solteiros .
2-
Anibal faleceu em 2000 , do seu casamento com joana nasceram 2 filhos Pedro e Vera , ambos
casados . Pedro incompatibilizado com o pai repudiou a herança . Pedro não deixou
descendentes mas deixou cônjuge sobrevivo Violeta .
Vera tinha falecido 2 anos antes do seu pai deixando viúvo Paulo e sem descendentes .
Joana viúva de anibal , foi entretanto condenada pelo crime de homicídio doloso do seu
marido
Anibal fez testamento no qual disse “ instituo como único herdeiro o meu medico Joao que me
tem auxiliado na minha doença prolongada .” disse ainda “que caso o meu medico não queira
ou não possa, deixo todos os meus bens À santa casa da misericórdia do porto .
Anibal veio a falecer num acidente de viação e o medico repudiou (não aceitou )a herança e
não tem descendentes
07/04/2021
A herança
Diferente da herança jacente é a herança indivisa , que existe sempre que dois/mais herdeiros
chamados a suceder aceitaram sê-lo mas ainda não a partilharam . Esses herdeiros e enquanto
não houver partilha , não detêm direitos próprios sobre cada um dos bens hereditários e nem
sequer são comproprietários desses bens. Existe apenas uma comunhão sem determinação de
parte/direito .
Diz-se que a herança está partilhada quando se define por acordo ou sem ele quais são em
concreto os bens que vao preencher a quota parte de cada 1 . Dessa partilha, pode resultar
que 1/+ bens sejam adjudicados a 2 ou+ herdeiros . Quando assim for , estabelece-se o regime
da compropriedade em resultado da partilha
EX. A faleceu deixando como bens 3mil€ e uma casa de 300mil . Deixou 3 herdeiros .antes da
partilha esses 3 herdeiros são titulares em comum e sem determinação de parte/direito
daqueles 2 bens . imagine-se que na partilha a casa é adjudicada na proporção de 1 terço para
cada um .
Tacita- quando se deduz de factos que a revelam com toda a probabilidade a217.
Esta ultima consiste, numa declaração de aceitação através da qual o herdeiro se reserva o
direito de receber o saldo liquido da herança depois de pagos os encargos desta . dito de outro
modo , esta modalidade de aceitação , permite que o herdeiro aceite a herança mas so depois
de estar determinado o que da herança faz parte . A aceitação a beneficio de inventario , faz-
se através de inventario judicial ou em cartório notarial
Na aceitação pura e simples , o herdeiro aceita sem mais a herança consciente do conteúdo
dela . Contudo, se houver encargos terá de os provar e também terá de demonstrar que na
herança não existem valores suficientes para o seu cumprimento embora nesse caso a
responsabilidade do herdeiro se esgote com os bens da própria herança.
Nos termos do a2050n1 , a aceitação é o ato jurídico que tem como efeito a aquisição do
domínio e posse dos bens da herança embora isso não signifique a apreensão material dos
bens . Para evitar a existência de vazios na titularidade das relações jurídicas objeto da
sucessão os efeitos atras indicados retroagem ao momento da abertura da sucessão 2050n2 .
O repudio da herança ou do legado tem de ser feito por escritura publica ou por documento
particular autenticado se o objeto da herança for coisa imóvel .
Não existindo bens imoveis , o repudio pode ser feito por documento particular.
Em termos de efeitos jurídicos , o repudio quer do herdeiro quer do legatário torna-os “não
chamados” exceto para efeitos de representação 2062 , sendo por isso chamados os
sucessíveis subsequentes 2032 .
VALOR DA HERANÇA
Saber qual o valor da herança é tarefa primordial para que se proceda À sua partilha . para tal ,
vários são os aspetos a que temos de atender para o calculo dos valores quer do ativo quer do
passivo. Desde logo e a titulo de exemplo , pode ser importante saber se o autor da sucessão
era ou não casado , se sim , qual o regime de bens e até se existiam ou não convenções
antenupciais . em função de todos estes aspetos , apurar-se-á para efeitos hereditários uma
massa ativa que abrange os bens próprios do autor da sucessão e a meação nos bens comuns
do casal e uma massa passiva pelas dividas próprias do autor da sucessão e pela metade das
dividas comuns do casal .
Dispõe o a2162 , que havendo sucessão legitimaria é necessário promover o calculo da
legitima atendendo-se ao seguinte :
Formula:H=r+d-p
Quanto as doações , À que esclarecer que compreendem todas as que foram feitas em
vida do autor da sucessão independentemente de os donatários serem ou não sucessíveis
e estando ou não sujeitas À colação .
Deste modo , o calculo a que se refere o art2162 é feito somando o relictum ao donatum
subtraindo-se o passivo .
COLAÇAO
Parece resultar de presunção legal de que as doações feitas pelo autor da sucessão a
descendentes que ao tempo da doação eram presuntivos herdeiros legitimários 2105 ,
2105 envolveria apenas uma antecipação do preenchimento do respetivo quinhão
hereditário 2108n1 na pressuposição de que a intenção do autor da sucessão e da doação
não terá sido a de beneficiar aquele descendente face aos demais nem querer preencher
antecipadamente a legitima subjetiva que há de ter direito . Alias , do instituto da colação
resulta a presunção de que o autor da sucessão com as doações a ela sujeitas pretendeu
apenas antecipar o gozo dos bens doados e não beneficia-lo em relação aos outros
descendentes ou preencher antecipadamente a futura legitima subjetiva do descendente .
a) Haja doações feitas pelo autor da sucessão a favor de descendentes que na data da
doação fossem presuntivos herdeiros legitimários
b) Tais liberalidades não estejam dispensadas da colação pelo autor da sucessão ou por
força da lei
c) Se tenha aberto uma sucessão hereditária À qual concorram efetivamente vários
descendentes entre os quais o /os beneficiados com aquelas liberalidades ou os seus
representantes.
Em primeiro lugar , para haver colação é necessário que o autor da sucessão tenha
doado em vida coisas , direitos ou outros bens jurídicos ou efetuado em vida despesas
gratuitas 2104n2 ,2110 a favor de descendentes que À data da doação/da despesa
fossem presuntivos legitimários do doador . Porem , não basta que faça parte da classe
dos descendentes . É necessário que se no momento da doação se abrisse a sucessão o
donatário descendente seria chamado prioritariamente .
Em segundo lugar , é necessário que o autor da sucessão não tenha dispensado a
colação 2113 , dispensa esta que traduz a intenção de favorecimento do destinatário
da doação . A lei funciona aqui supletivamente já que a intenção de igualar a partilha
entre os descendentes está subordinada ao poder de disposição patrimonial do
decujus . essa dispensa pode ocorrer no próprio ato da doação ou posteriormente .
Em terceiro lugar, é necessário também que se tenha aberto 1 sucessao hereditaria À
qual concorram diversos descendentes entre os quais o /os afetados pela colação e
que demonstrem aceitar a herança . a obrigação de devolver recai sobre o donatário ,
agora herdeiro descendente , mas se este não sobreviver recai sobre os seus
descendentes representantes ainda que estes não tenham beneficiado com a
liberalidade. Dito pela negativa , a colação não tem lugar se os descendentes
donatários e os seus representantes ( se os houver e não aceitarem) não puderem ou
não quiserem aceitar a herança .
QUOTAS LEGITIMARIAS
Caso prático:
Ricardo faleceu em 2007 sobreviveram-lhe o seu cônjuge sobrevivo emilia e os 3 filhos do
casal , Teodora , Inácio e pedro . em 2006 ricardo doou a pedro 1 automóvel no valor de
10 000€. 1 ano antes tinha doado por conta da quota disponível a Inácio 1 joia no valor de
7000€.
Aula 14/04/2021
Caso pratico 4:
1- Calcular a herança
2- Calcular legitima objetiva ou global
3- Calcular legitima subjetiva – so calcular o ¼ do cônjuge quando concorrer com 4 ou+
descendentes
4-ver que precisamos de 19300 mas so há 12000, logo autor dispôs a mais por isso temos
que ir ver as inoficiosidades dos bens doados por ele em vida
4- Ver se há colação nos bens que doou em vida aos 2 filhos – há 1 , a de pedro pois
integra os requisitos cumulativos
5- Juntar a doação que o autor deu a pedro À herança , logo fica com 22000€ , ficando
assim com a legitima objetiva dos herdeiros legitimários garantida e ainda sobra
2667€ que vai ser dividido em 4 partes iguais para o cônjuge e descendentes
Quotas legitimarias
Aula 15/04/2021
Sabemos que está vedado a quem tenha herdeiros legitimários exceder-se no animus
donandi (espirito de liberalidade) alienando gratuitamente bens que venham a ofender a
legitima daquelas herdeiros legitimários . Não se pode entender porém que À data da
realização da por ex, doação , possa existir uma ilicitude por quanto no momento em que a
liberalidade ocorre o património do alienante pode ser um e À data do seu falecimento
será com certeza outro . Na realidade , o alienante pode ter a expectativa de aumentar o
seu património ao ponto das liberalidades que fez ou quer fazer não afetem as referidas
legitimas . é necessário que seja assegurado aos sucessores legitimários um meio de contra
elas reagir protegendo a legitima . esse meio é a redução das liberalidades por
inoficiosidade 2168 que nos diz serem inoficiosas as liberalidades entre vivos ou mortis
causa que ofendam a legitima dos herdeiros legitimários .
Deste modo, o autor da sucessão verá a sua vontade preterida ou pelo menos não
cumprida integralmente sendo reduzido o negocio a requerimento dos herdeiros
legitimários ou dos seus sucessores em tanto quanto for necessário para que a legitima
seja preenchida(=/protegida) 2169.
A ordem da redução mostra-se prevista nos art2171 a 2173 e faz-se por categorias de
liberalidades so se reduzindo as liberalidades das categorias seguintes após serem
esgotadas as liberalidades enquadradas nas categorias antecedentes . assim, começa-se a
redução pelas disposições testamentarias a titulo de herança , isto é , aquelas que
instituem herdeiros testamentários . Mostrando-se insuficientes , prossegue-se a redução
com os legados e se ainda assim a legitima não ficar protegida reduzem-se as liberalidades
feitas em vida quer se trate de doações entre vivos ou de despesas gratuitas quer de
doações mortis causa .
É de realçar no entanto que a redução das deixas testamentarias tanto a titulo de herança
como de legados dentro de cada uma dessas espécies é em principio feita
proporcionalmente aos valores relativos de cada deixa mesmo que constem de
testamentos com datas diferentes . ex: imagine-se que o autor da sucessão so podia dispor
de 50mil€ mas fez um legado a W de 60mil e outro a Y de 20 mil. Há que reduzir 30mil por
inoficiosidade . No caso , reduz-se 22500 a W e 7500 a Y
Casos práticos:
João é casado com Luísa desde 1945. Tiveram seis filhos: Pedro, casado com Paula; Inácio,
casado com Ana; Tiago, viúvo desde 1985; Teresa, solteira, maior; Dália, casada com Luís e
Iolanda, casada com Joaquim.
João faleceu em 2005, no estado civil de casado com Luísa.
Pedro repudiou a herança de seu pai, tendo dois filhos e um neto, a saber, Orlando, Alexandra
e José, filho desta última.
Tiago, três dias após o falecimento de seu pai, morreu num acidente de viação, deixando como
herdeiro o filho Ricardo, solteiro, menor.
João doou a Dália um prédio urbano destinado a habitação, no valor de 150000€, tendo doado
ao seu amigo Julião um outro prédio urbano, no valor de 98500€.
João fez testamento cerrado no qual dispôs: Deixo ficar ¼ da minha quota disponível ao meu
cônjuge sobrevivo. Deixo ainda ficar ao meu bisneto José a arma de caça e a colecção de selos.
Os bens comuns do casal estão avaliados em 190000€ e deixou dividas no valor de 23000€.
Faça a partilha
Tiago deixou bens no valor de 95000€ e dividas no valor de dividas no valor de 6500€