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Processo Nº º 2096708-78.2023.8.26.0000
Termos em que,
Pede deferimento.
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Processo Nº º 2096708-78.2023.8.26.0000
Colenda Turma
Eméritos Ministros!
DA R. DECISÃO AGRAVADA
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DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E PSICOTERAPIAS(ANS), pelo MÉTODO MIG –
MÉTODO DE INTEGRAÇÃO GLOBAL, com atendimentos em Fisioterapia, Terapia
Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicomotricidade, Educação Física, Musicoterapia,
Psicologia Comportamental, Psicologia Parental e Psicopedagogia, Nutricionista(Doc. 01),
20 horas semanais, 5 vezes na semana.
II – FATOS
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I. DO DIREITO:
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se contrapõem com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
PROPOSTA, pelos seguintes motivos.
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comprovando que a Ré prestou todas as informações solicitadas e disponibilizou
inúmeras clínicas para que se efetivasse o agendamento dos procedimentos
almejados.
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1 DUARTE, Luciana Gaspar Melquíades; VIDAL, Víctor Luna. Direito à saúde: Judicialização e Pandemia do
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DO CPC/15. 1) Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da
decisão proferida pela magistrada a quo, que reconheceu que a relação entre
as partes é típica de consumo e, no entanto, por não verificar a
hipossuficiência probatória da parte autora, não determinou a inversão do
ônus da prova. 2) (...). 4) No entanto, a decisão fustigada não merece reparos,
pois, o ônus da prova no caso concreto é regulado pelo artigo 373, I e II do
CPC/15, incumbindo à parte autora a prova do valor dos bens que entende que
deveriam ser pagos pela seguradora e a demonstração que estão cobertos pelo
seguro. À parte ré cabe a prova de que os bens enquadravam-se nas hipóteses
de exclusão de cobertura prevista na apólice, e que o valor pago relativamente
aos bens segurados, foi adequado. Assim mantenho a decisão proferida pela
magistrada a quo na origem. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
UNÂNIME.”. (TJRS, Agravo de Instrumento 70076641737, Relator(a): Niwton
Carpes da Silva, Sexta Câmara Cível, Julgado em: 24/05/2018, Publicado em:
28/05/2018). (Grifamos).
novo coronavírus. 1. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. E-book.
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“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PROVA PERICIAL. PARTE
BENEFICIÁRIA DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. INVERSÃO ÔNUS DA
PROVA. REQUISITOS NÃO DEMONSTRADOS. HIPOSSUFICIÊNCIA
TÉCNICO-CIENTÍFICA E HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA. 1. Ainda que
se trate de relação de consumo, a inversão do ônus da prova não tem
aplicação automática, pois depende de circunstâncias concretas a serem
apuradas pelo juiz no contexto da facilitação da defesa dos direitos do
consumidor. 2. A hipossuficiência mencionada no artigo 6º, inciso VIII, do
Código de Defesa do Consumidor, que justifica a inversão do ônus da prova em
favor do consumidor, não se confunde com a hipossuficiência financeira
deferida àqueles que não têm condições de pagar as despesas do processo sem
prejuízo da subsistência própria ou da família. 3. A hipossuficiência que
justifica a inversão do ônus da prova em favor do consumidor é a técnico-
científica, que impede o autor de produzir a prova necessária à satisfação da
sua pretensão em juízo por não possuir conhecimento técnico específico sobre
o produto ou serviço adquirido. 4. Nos termos da Portaria Conjunta nº
53/2011, o pagamento de honorários periciais será realizado pelo próprio
TJDFT quando a parte que requer a prova for beneficiária da justiça gratuita.
5. Agravo de Instrumento conhecido, mas não provido. Unânime.”. (TJDFT,
Acórdão n.1104692, 07050341620188070000, Relator(a): FÁTIMA RAFAEL,
3ª Turma Cível, Julgado em: 21/06/2018, Publicado em: 06/07/2018).
(Grifamos).
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provido. Unânime.”. (TJDFT, Acórdão n.1080163, 07147223620178070000,
Relator(a): FÁTIMA RAFAEL, 3ª Turma Cível, Julgado em: 08/03/2018,
Publicado em: 13/03/2018). (Grifamos).
C. DA NEGATIVA DE TRATAMENTO:
D. DA URGÊNCIA:
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Não é demais dizer, ainda, que os demais tratamentos aplicáveis ao
caso do Autor nunca foram negados.
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finalidade a que se propõe, mas, sim, os consumidores que sempre querem
mais do que contratam.
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Parágrafo único. O horário comercial respeitará as peculiaridades de cada
região, aplicando-se, para tanto, as regras do local onde funcionar o
atendimento.
Art. 8º Sempre que houver a apresentação de solicitação de procedimento e/ou
serviço de cobertura assistencial pelo beneficiário, independente do canal pelo
qual seja realizado ou qual seja sua finalidade, deverá ser fornecido número de
protocolo como primeira ação, no início do atendimento ou logo que o atendente
identifique tratar-se de demanda que envolva, ainda que indiretamente,
cobertura assistencial.
§ 1º Qualquer solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura
assistencial deve ser emitida por profissional de saúde devidamente habilitado.
§ 2º A apresentação de solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura
assistencial à operadora poderá ser feita pelo prestador em nome do
beneficiário.
§ 3° Para os fins desta Resolução, o número de protocolo fornecido pela
operadora ao beneficiário deverá observar o padrão previsto na ficha técnica
constante do Anexo I.
§ 4° Independentemente do porte, as operadoras deverão arquivar, pelo prazo
de 90 (noventa) dias, e disponibilizar, em meio impresso ou eletrônico, os dados
do atendimento ao beneficiário, identificando o registro numérico de
atendimento, assegurando a guarda, manutenção da gravação e registro.
§ 5° Os canais de atendimento ao beneficiário voltados à solicitação de
procedimento e/ou serviço de cobertura assistencial serão obrigatoriamente
ofertados, ainda que exista entre operadora e prestador de serviço regramento
para a apresentação direta de pedidos de autorização dos serviços prestados.
Art. 9º Nos casos em que não seja possível fornecer resposta imediata à
solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura assistencial apresentada,
a operadora demandada terá o prazo de até 5 (cinco) dias úteis para apresentá-
la diretamente ao beneficiário.
§1° Nos casos de solicitação de procedimentos e/ou serviços de cobertura
assistencial em que os prazos máximos para garantia de atendimento, previstos
na RN n° 259, de 17 de junho de 2011, sejam inferiores ao prazo previsto no
caput, a resposta da operadora ao beneficiário deverá se dar dentro do prazo
previsto na RN n° 259, de 2011.
§ 2° Nas solicitações de procedimentos de alta complexidade – PAC – ou de
atendimento em regime de internação eletiva, as operadoras deverão cumprir o
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de sua solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura assistencial, a este
será garantida a faculdade de requerer a reanálise de sua solicitação, a qual
será apreciada pela Ouvidoria da operadora, instituída na forma da RN n° 323,
de 3 de abril de 2013.
§ 1° No mesmo ato de fornecimento da resposta direta ao beneficiário, a
operadora deverá informá-lo acerca do prazo, forma e procedimento a serem
observados para apresentação do requerimento de reanálise, inclusive no que se
refere à instauração de junta médica, caso haja manifestação de divergência do
profissional de saúde solicitante.
§ 2° Caso a operadora esteja dispensada da criação de unidade organizacional
específica de Ouvidora, as revisões apresentadas serão apreciadas pelo
representante institucional previsto no art. 8° da RN n° 323, de 2013.
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Muito se discutiu, em diversas ações, acerca da taxatividade do
Rol da ANS. No entanto, há de se atentar ao fato de que não há mais
discussão, vez que o Superior Tribunal de Justiça (“STJ”) já decidiu, em
julgamento recente, de 08 de junho de 2022, determinou-se que o rol de
procedimentos mínimos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde – ANS é,
em definitivo, TAXATIVO, isto é, limitado aos tratamentos, procedimentos,
medicamentos e exames ali previstos, sem ensejo a divagações e ampliações
(EREsp 1.889.704/SP e EREsp nº 1886929/SP).
Os votos nos referidos processos assim pontuaram, in verbis:
concreto, a Segunda Seção, por unanimidade, ainda que por fundamentação diversa,
negou provimento aos embargos de divergência, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Vencidos quanto à tese da taxatividade os Srs. Ministros Nancy Andrighi,
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Paulo de Tarso Sanseverino e Moura Ribeiro. Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria
Isabel Gallotti, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi e Marco Aurélio Bellizze
votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o Sr. Ministro Antonio Carlos Ferreira.”
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rede credenciada, de acordo com o plano contratado e, ainda, com base no rol
taxativo obrigatório da Agência Nacional de Saúde, órgão máximo regulador.
3https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/esclarecimentos-da-ans-sobre-taxatividade-do-rol-de-coberturas-
obrigatorias#:~:text=3%20%E2%80%93%20O%20car%C3%a1ter%20taxativo%20do,com%20custos%20de%20coberturas%20adicionais .,
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prestigiar o rol da ANS -, este Órgão julgador, em overruling, sufragou o
entendimento de não ser correto afirmar ser abusiva a exclusão do custeio dos meios
e dos materiais necessários ao tratamento indicado pelo médico assistente da parte
que não estejam na relação editada pela Autarquia ou no conteúdo adicional
contratual, diante dos seguintes dispositivos legais da lei de regência da saúde
suplementar (Lei n. 9.656/1998): a) art. 10, § 4º, que prescreve a instituição do plano-
referência, "respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12", com
"amplitude das coberturas" "definida por normas editadas pela ANS"; b) art. 12, que
estabelece serem facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que
tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º dessa Lei, respeitadas as respectivas amplitudes de
cobertura definidas no plano-referência mencionado no art. 10; c) art. 16, VI, o qual
determina que dos contratos, dos regulamentos ou das condições gerais dos produtos
de que cuidam o inciso I e o § 1º do art. 1º dessa Lei devem constar dispositivos que
indiquem os eventos cobertos e excluídos. (...) 4. A elaboração do rol submete-se a
diretrizes técnicas de inegável e peculiar complexidade, como: I - a utilização dos
princípios da Avaliação de Tecnologias em Saúde - ATS; II - a observância aos
preceitos da Saúde Baseada em Evidências - SBE; e III - a manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro do setor. Por conseguinte, cumpre ao Poder Judiciário: a) agir
com cautela para evitar decisões desastrosas, com a autorização de acesso a
medicamentos, produtos e serviços sem base em evidência científica ou por falta de
cobertura contratual, porque isso causa abalo indevido na sustentação econômica
das operadoras de saúde, e também devido ao fato de que o aumento da sinistralidade
norteia o aumento das mensalidades do ano seguinte, penalizando indevidamente os
demais consumidores, além de causar uma desestruturação administrativa; b) coibir o
argumento do máximo de acesso a medicamentos, produtos ou procedimentos de
saúde em relação aos quais não haja evidência científica ou que estejam fora dos
padrões de cobertura contratual, sob o risco de comprometimento financeiro coma
quebra das regras de atualidade dos planos de saúde (DRESCH, Renato Luís. As
medidas de otimização da judicialização: o Nat-jus e as Câmaras Técnicas. Revista de
Direito da Saúde Suplementar. São Paulo: Quartier Latin. Ed. n. 1, 2017, p. 122-
126).5. Agravo interno não provido.” (AgInt no AREsp 1544749/SP, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em10/12/2020, DJe
15/12/2020).
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“PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE. RECURSO ESPECIAL. ROL DE
PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE ELABORADO PELA ANS.
ATRIBUIÇÃO DA AUTARQUIA, POR EXPRESSA DISPOSIÇÃOLEGAL E
NECESSIDADE DE HARMONIZAÇÃO DOS INTERESSES DAS PARTES DA
RELAÇÃO CONTRATUAL. CARACTERIZAÇÃOCOMO RELAÇÃO
EXEMPLIFICATIVA. IMPOSSIBILIDADE. MUDANÇA DO ENTENDIMENTO
DO COLEGIADO (OVERRULING). CDC. APLICAÇÃO, SEMPRE VISANDO
HARMONIZAR OS INTERESSES DAS PARTES DA RELAÇÃO
CONTRATUAL. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO E ATUARIAL E
SEGURANÇA JURÍDICA. PRESERVAÇÃO. NECESSIDADE. RECUSA DE
COBERTURA DE PROCEDIMENTONÃO ABRANGIDO NO ROL EDITADO
PELA AUTARQUIA OU POR DISPOSIÇÃO CONTRATUAL.
OFERECIMENTO DE PROCEDIMENTO ADEQUADO, CONSTANTE DA
RELAÇÃO ESTABELECIDA PELA AGÊNCIA. EXERCÍCIOREGULAR DE
DIREITO. REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. INVIABILIDADE. 3. A
elaboração do rol, em linha com o que se deduz do Direito Comparado,
apresenta diretrizes técnicas relevantes, de inegável e peculiar complexidade,
como: utilização dos princípios da Avaliação de Tecnologias em Saúde - ATS;
observância aos preceitos da Saúde Baseada em Evidências - SBE; e resguardo
da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do setor. 4. O rol mínimo e
obrigatório de procedimentos e eventos em saúde constitui relevante garantia
do consumidor para propiciar direito à saúde, com preços acessíveis,
contemplando a camada mais ampla e vulnerável da população. Por
conseguinte, em revisitação ao exame detido e aprofundado do tema, conclui-
se que é inviável o entendimento de que o rol é meramente exemplificativo e
de que a cobertura mínima, paradoxalmente, não tem limitações definidas.
Esse raciocínio tem o condão de encarecer e efetivamente padronizar os
planos de saúde, obrigando-lhes, tacitamente, a fornecer qualquer tratamento
prescrito, restringindo a livre concorrência e negando vigência aos
dispositivos legais que estabelecem o plano-referência de assistência à saúde
(plano básico) e a possibilidade de definição contratual de outras coberturas.
5. Quanto à invocação do diploma consumerista pela autora desde a exordial, é
de se observar que as técnicas de interpretação do Código de Defesa do
Consumidor devem reverência ao princípio da especialidade e ao disposto no
art. 4º daquele diploma, que orienta, por imposição do próprio Código, que
todas as suas disposições estejam voltadas teleologicamente e finalisticamente
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aferição de segurança, efetividade e impacto econômico. A uníssona doutrina
especializada alerta para a necessidade de não se inviabilizar a saúde
suplementar. A disciplina contratual exige uma adequada divisão de ônus e
benefícios dos sujeitos como parte de uma mesma comunidade de interesses,
objetivos e padrões. Isso tem de ser observado tanto em relação à transferência
e distribuição adequada dos riscos quanto à identificação de deveres
específicos do fornecedor para assegurar a sustentabilidade, gerindo custos de
forma racional e prudente. 7. No caso, a operadora do plano de saúde está
amparada pela excludente de responsabilidade civil do exercício regular de
direito, consoante disposto no art. 188, I, do CC. É incontroverso, constante da
própria causa de pedir, que a ré ofereceu prontamente o procedimento de
vertebroplastia, inserido do rol da ANS, não havendo falar emco ndenação por
danos morais. 8. Recurso especial não provido. (REsp 1733013/PR, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 10/12/2019,
DJe 20/02/2020).”.
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Assim, o que se verifica é a positivação da jurisprudência nacional
em uma clara demonstração dos preceitos que permeiam o Estado
Democrático de Direito, quando da implementação legislativa.
“Art. 10....
§ 13. Em caso de tratamento ou procedimento prescrito por médico ou
odontólogo assistente que não estejam previstos no rol referido no § 12 deste
artigo, a cobertura deverá ser autorizada pela operadora de planos de
assistência à saúde, desde que:
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inclusive, a Constituição Federal de 1988 reconheceu uma série de direitos e
garantias fundamentais do cidadão, assegurando-lhes entre outros, o direito à
saúde, e impondo ao Estado o referido dever.
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CREDENCIADA:
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seus limites restringem tais direitos e obrigações que cada parte assume ao se
vincular à outra.
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Constata-se que o contrato de assistência médico-hospitalar
não prevê livre escolha de locais ou profissionais para tratamento
médico, haja vista que os serviços são oferecidos por meio da rede
credenciada conforme os planos oferecidos.
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VOTO Nº: 18969. APELAÇÃO Nº: 1001401-36.2017.8.26.0288 COMARCA:
ITUVERAVA. APTE.: VINICIUS BUCKER FIUMARI. APDA.: UNIMED
NORTE PAULISTA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO. PLANO DE
SAÚDE. COBERTURA DE TRATAMENTO EM HOSPITAL NÃO
CREDENCIADO. Autor pretende que a requerida seja compelida a arcar
com os custos de tratamento médico em hospital não credenciado. Sentença
de improcedência. Apelo do autor. Limitação contratual da rede
credenciada que não se mostra abusiva. Equilíbrio econômico entre o
prêmio pago e os serviços oferecidos. Ausência de comprovação de que era
o único hospital apto ao tratamento da moléstia. Liberação total das
operadoras que levaria ao enriquecimento sem causa. Restituição que deve
respeitar os limites do contrato firmado entre as partes. Sentença mantida.
Recurso desprovido. (Grifamos).
Deste ponto, vale ponderar que, primeiro, o Autor não faz prova
do quanto alegado e, segundo, que todas as clínicas integrantes da rede
credenciada da Ré atendem aos requisitos necessários para os tratamentos
pelo método ABA, tendo profissionais capacitados para tanto, sendo
INADMISSÍVEL, beirando o absurdo, a argumentação de que os
profissionais responsáveis pelo tratamento do Requerente tenham que ter pós-
graduação em ABA, nos moldes do pedido médico de fls., uma vez que nem
mesmo o Conselho Federal de Medicina (CFM), Ministério da Saúde ou
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA CARVALHO GIRARDELLI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/05/2023 às 23:47 , sob o número WPRO23006080360.
fls. 65
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2096708-78.2023.8.26.0000 e código 20186806.
K. DAS JURISPRUDENCIA SOBRE METODO ABA:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2096708-78.2023.8.26.0000 e código 20186806.
04/10/2022).”
Ante as supracitadas decisões, percebe-se que os Doutos
Magistrados vêm entendendo que, em caso se determine a necessidade de se
conceder o Método ABA, este esta adstrito aos limites contratuais e nos
moldes do relatório médico, não se sustentando pedidos além dos que o
médico os fez.
PEDIDOS
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