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EDUARDO ALVES MADEIRA OAB/SP 221.

179 – ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA


DE REGENTE FEIJÓ-SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000666-33.2018.8.26.0493 e código 21D9BAA.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ALVES MADEIRA, protocolado em 11/05/2018 às 11:34 , sob o número 10006663320188260493.
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0008085-62.2014.4.03.0000/SP
2014.03.00.008085-5/SP RELATORA : Desembargadora Federal DALDICE
SANTANA “...Com efeito, a parte autora recebeu auxílio-doença por quase
um ano, desde 18/3/2013 até 28/1/2014, quando foi cessado em virtude de
alta médica do INSS, sob a fundamentação de não mais existir
incapacidade para o trabalho ou para a atividade habitual (fl. 26). Todavia,
sua saúde permanece prejudicada, pois continua submetida às restrições de
atividades decorrentes das enfermidades apresentadas. O atestado médico
acostado aos autos, à fl. 22 - subscrito por médico especialista e posterior à
alta do INSS -,declara a continuidade das doenças da parte autora (...)Diante
do exposto, dou provimento a este agravo, com fundamento no art. 557, § 1º-
"A", do Código de Processo Civil, para determinar o restabelecimento do
benefício de auxílio-doença à parte autora...

JOSE EDUARDO DA SILVA, brasileiro, casado, Vendedor,


portador da Cédula de Identidade RG nº 16.255.979-SSP/SP, inscrito no CPF sob
nº 045.641.398/78, residente e domiciliado na Rua Aparecida Borjano de Souza,
nº 200, nesta cidade e Comarca de Regente Feijó/SP, através de seus
procuradores e advogados que a está subscrevem (mandato incluso), vem
respeitosamente à honrosa presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO CONDENATÓRIA DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO DE


AUXÍLIO-DOENÇA, CUMULADA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
C/C APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de


direto público, Autarquia Federal criada pela Lei n.º 8.029/1990 e pelo Decreto n.º
569/1992, por meio da Procuradoria Seccional na cidade de Presidente Prudente -
SP, localizada na Avenida Manoel Goulart, n.º 3.415, Vila Santa Helena, CEP.
19060-000 Presidente Prudente - SP, e para tanto passa a expor as razões de fato
e de direito que adiante narra articuladamente:

Regente Feijó – SP Martinópolis – SP


Av. Clemente Pereira, 215 - Centro Av. Padre João Schneider, 717 – Centro
Fone: (18) 3279-1214 - CEP 19570-000 Fone: (18) 99621-1678 - CEP 19.500-000
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PRELIMINARMENTE:

DA INCAPACIDADE PARA O TRABALHO e a NECESSIDADE DE


DEFERIMENTO DE TUTELA DE URGÊNCIA.

O Autor foi considerado incapaz para as suas atividades


laborativas desde Outubro de 2009, quando foi diagnosticado como

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ALVES MADEIRA, protocolado em 11/05/2018 às 11:34 , sob o número 10006663320188260493.
portador de graves enfermidades de ordem ortopédica, ou seja,
DESLOCAMENTOS DISCAIS INTERVERTEBRAIS ESPECIFICADOS +
TRANSTORNOS DE DISCOS LOMBARES E DE OUTROS DISCOS
INTERVERTEBRAIS COM RADICULOPATIA, ESTÁ EM
TRATAMENTO E NÃO TEM CONDIÇÕES DE RETORNAR AO
TRABALHO, conforme constatado pelo médico, subscritor dos atestados
médicos, onde o mesmo confirma a incapacidade laboral do requerente.

Devido às patologias de que é portador o médico que


procede o acompanhamento determinou o afastamento de suas funções
laborais por período indeterminado, vindo o mesmo a requerer em
03/03/2009 benefício de auxílio doença previdenciário, sendo o mesmo
deferido e mantido até 08/05/2018.

O Autor devido às enfermidades de que é portador, não


está conseguindo retornar ao trabalho, porém o INSS através de
procedimento conhecido como alta programada determinou a cessação
do benefício a partir de 08/05/2018, sob alegação que no momento da
perícia não foi constado incapacidade para o trabalho, mesmo a parte
demonstrando através de atestados médicos que ainda estava inapto ao
trabalho.

E por medida de justiça, o Autor requer que seja dada


prioridade de tramitação do presente processo e na sequência o
deferimento de TUTELA DE URGÊNCIA, nos termos do art. 300 do
Código de Processo Civil1, pois presentes os pressupostos: ELEMENTOS
QUE EVIDENCIEM A PROBABILIDADE DO DIREITO (atestado médico
comprovando que o requerente encontra-se incapacitado ao trabalho em
anexo) e PERIGO DE DANO (a cessação do benefício previdenciário ao
requerente priva o mesmo de sua fonte de sustento sem receber
qualquer benefício do INSS ou qualquer provento de ordem trabalhista).

Ante ao princípio da eventualidade, em caso de


indeferimento da TUTELA DE URGÊNCIA, requer o Autor que seja
providenciado de imediato o agendamento para realização da perícia
médica com médico especialista em ORTOPEDIA, a fim de evitar prejuízo
de ordem alimentar ao Requerente e sua família.

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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

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DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO

Nos termos do artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição


Federal o autor requer aos nobres julgadores, celeridade no julgamento deste
feito, pois tem o direito a uma razoável duração do processo, e nos termos da
Constituição Federal após a Emenda Constitucional 45/2004 a duração do
processo passa a integrar um direito fundamental do homem.

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Norma esta garantidora de uma duração razoável no processo,
conceito este legal e indeterminado o qual deve ser preenchido pelo juiz, no caso
concreto, quando a garantia for invocada, estando diante de uma norma de
eficácia plena e imediata (CF 5º, §1º) a qual não necessita de regulamentação
para ser aplicada.

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

O autor requer a Vossa Excelência, os benefícios


da ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, nos termos do art. 4º da
Lei n.º 1.060/50 e também com fundamento no artigo 5º, inciso
LXXIV da Constituição Federal de 1988, por ser o mesmo pobre
na acepção jurídica do termo, sem condições de custear as
despesas da presente demanda.

DA COMPETÊNCIA

O autor informa que a sua pretensão é o


restabelecimento do benefício previdenciário AUXÍLIO DOENÇA
de NB n.º 534.542.412-4, que foi deferido em 03/03/2009 e
mantido até 08/05/2018, sendo portanto, Vossa Excelência
competente para apreciar a presente demanda.

DA CONDIÇÃO DE SEGURADO

O Autor está filiada ao Regime Geral de Previdência


Social (RGPS), conforme observa-se seu CNIS, juntada a esta
exordial, sendo que a sua qualidade de segurada inquestionável e
corroborada pelo deferimento administrativo do benefício o qual
pretende o pronto restabelecimento.

NO MÉRITO

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DOS FATOS E FUNDAMENTOS

O requerente é portador de DESLOCAMENTOS DISCAIS


INTERVERTEBRAIS ESPECIFICADOS + TRANSTORNOS DE
DISCOS LOMBARES E DE OUTROS DISCOS INTERVERTEBRAIS

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COM RADICULOPATIA, ESTÁ EM TRATAMENTO E NÃO TEM
CONDIÇÕES DE RETORNAR AO TRABALHO, que vem se agravando
com o tempo impossibilitando-o de trabalhar, inclusive sendo
comunicado de que não recuperará sua capacidade laborativa.

Em decorrência de suas graves doenças, e da


incapacidade laborativa, estando sob tratamento médico, o autor
requereu em 03/03/2009, por determinação de seu médico, o benefício
de auxílio-doença por acidente de trabalho e / ou aposentadoria por
invalidez previdenciário junto à agência do INSS de Presidente
Prudente/SP, apresentando na ocasião a documentação médica
comprobatória de sua incapacidade laborativa, sendo deferido e
mantido até 08/05/2018, conforme comunicados de decisão em anexo.

Conclusão, o autor sempre pagou devidamente suas


contribuições à Previdência Social, mantendo sua qualidade de
segurado do RGPS – Regime Geral da Previdência Social, atualmente
encontra-se doente, sem condições de trabalho, o que resta
comprovado através do resultado de exame e atestados médicos
acostados a esta inicial, tentou de todas as formas manter
administrativamente o benefício a que faz jus, porém não obteve êxito,
sendo o mesmo cessado em 08/05/2018.

O referido benefício foi cessado mesmo estando


comprovado sua incapacidade através de resultado de
acompanhamento e atestado médico, os quais foram apresentados ao
médico perito do INSS, tendo em vista, que a perícia médica do INSS
atesta que o autor está apto ao trabalho e demais atividades habituais,
mesmo seu médico discordando do resultado, conforme atestados
médicos em anexo.

No caso em tela, apesar do intensivo tratamento médico


estar sendo conduzido por profissionais especializados, e rigorosamente
realizado pelo paciente não há possibilidade de recuperação na presente
data, conforme atesta os profissionais que cuidam de sua saúde.

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Pois bem, desde que houve a cessação de seu benefício
pelo INSS, como vários segurados, tenta incansavelmente ter a
concessão de seu benefício previdenciário, pois está incapacitado para o
trabalho, aguardando por meses, e muitas vezes os segurados
aguardam por anos decisão de Recursos Administrativos, os quais na
grande maioria das vezes mantêm a decisão anterior.

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Razão pela qual só propõe nesta data a presente ação,

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vez que, somente agora se encontram esgotadas todas as vias
administrativas, pois restaram infrutíferas suas tentativas junto ao
INSS em ver concedido seu benefício de aposentadoria por invalidez.

Basta uma breve e superficial análise à toda


documentação anexada aos autos (atestados e receituário médico),
toda essa farta documentação comprova que o autor está incapacitado
para suas atividades.

Portanto, atualmente o requerente encontra-se


incapacitado para o trabalho, sem a mínima condição de exercer
qualquer outra atividade que lhe garanta a subsistência, seu tratamento
médico já está sendo prejudicado, haja vista, o não recebimento do
benefício a que faz jus mensalmente.

O autor encontra-se numa situação bastante delicada,


posto que está DOENTE, porém este Instituto nega-se veementemente
em manter o benefício em questão por acreditar ter o autor capacidade
laborativa, no que o médico que cuida de sua saúde e conhece
detalhadamente o quadro clínico discorda.

Razão nenhuma assiste o INSS, tendo em vista que, se o


segurado encontra-se totalmente incapacitado para o trabalho, vem
sendo submetida à tão rigoroso tratamento médico e não obteve
melhora nenhuma em seu quadro clínico, como poderia aquele Instituto
ter lhe cessado o benefício de auxílio doença, vez que o segurado
encontra-se comprovadamente incapacitado para o trabalho. (?)

DO DIREITO

Os benefícios previdenciários destinados a assegurar a cobertura


de eventos causadores de doenças, lesões ou invalidez, encontram-se previstos
na Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, nos artigos 42 e 59, respectivamente,
dependendo da caracterização da incapacidade ser temporária ou definitiva
caracterização de um ou de outro.

Diz o artigo 59, in verbis:

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“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei,
ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por
mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”.

Por sua vez, o artigo 42, enuncia que:

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“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não
em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,
e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

Da análise dos dispositivos legais acima transcritos, se


extrai os requisitos necessários para concessão dos benefícios, são
eles:

a) qualidade de segurado;
b) carência ao benefício;
c) incapacidade temporária (auxílio-doença) ou permanente
(aposentadoria pôr invalidez), ou seja, que o segurado se apresente insusceptível
de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.

Conforme se percebe da análise dos fatos e dos requisitos legais,


o autor preenche todos os requisitos que autorizam a concessão ao benefício de
auxílio doença e ou aposentadoria por invalidez, porquanto não possui mais
condições de exercer seu labor de VENDEDOR, e, saliente-se, nenhuma outra
atividade laborativa, uma vez que sua incapacidade é omniprofissional, possuindo
assim direito ao benefício de auxílio doença e ou aposentadoria por invalidez.

No caso em tela, o próprio ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no


uso da atribuição que lhe confere o inciso XII do art. 4º e tendo em vista o
disposto no art. 43, ambos da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de
1993, editou Enunciado abaixo colacionado, de caráter obrigatório à ser aplicados
a todos os órgãos jurídicos de representação judicial da União, conforme
determina:

SÚMULA AGU Nº 30, DE 09 DE JUNHO DE 2008 - DOU DE 10/06/2008

"A incapacidade para prover a própria subsistência por meio do trabalho é


suficiente para a caracterização da incapacidade para a vida
independente, conforme estabelecido no art. 203, V, da Constituição
Federal, e art. 20, II, da Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993."

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Excelência, no caso em tela, nos termos da Súmula acima citada,
enquadra-se ao caso concreto do Autor, vez que, este se encontra doente e por
consequência incapaz de trabalhar por tempo indeterminado, conforme declara
nos atestados emitido pelo médico especialista que lhe acompanha.

A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

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A cumulação sucessiva dos pedidos de concessão de
beneficio de auxílio-doença por acidente de trabalho e
aposentadoria por invalidez caso a perícia médica conclua pela i
é perfeitamente admissível, porque são compatíveis entre si e ambos
adotam o disposto nos artigos 326 p. único e 327 do Código de
Processo Civil.

DO DEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA

Excelência, presente está os requisitos necessários para


deferimento da tutela de urgência a título de tutela antecipada, pois a
parte comprova nos autos o preenchimento dos requisitos dispostos do
art. 300 do Código de Processo Civil2, pois presentes os pressupostos:
ELEMENTOS QUE EVIDENCIAM A PROBABILIDADE DO DIREITO
(atestado médico comprovando que o requerente encontra-se
incapacitado ao trabalho em anexo) e PERIGO DE DANO (a cessação do
benefício previdenciário o requerente priva o mesmo de sua fonte de
sustento sem receber qualquer benefício do INSS ou qualquer provento
de ordem trabalhista).

A parte autora vem sofrendo um desequilíbrio psicológico,


por depender exclusivamente deste benefício para sua sobrevivência
própria, sendo certo que este foi inconsequentemente cessado
pelo Instituto Requerido e traz consequências drásticas em à
sobrevivência da requerente por estar totalmente incapaz de
realizar atividades laborais de origem ou outra atividade.

A parte Autora demonstra de forma indubitável e através


de documentos médicos em anexo as suas alegações, bem como, a
carência total de recursos, vindo a socorrer-se a este Douto Juízo,
podendo assim Vossa Excelência, aferir a medida liminar
antecipatória, com o que, não resta qualquer dúvida quanto ao erro
cometido pelo médico do Requerido, ao cessar o benefício da parte
Autora, mesmo estando o segurado incapacitado para o trabalho.

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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

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O escopo da técnica engendrada pelo artigo 300, do


Código de Processo Civil, consiste em oferecer rapidamente a quem
vai ao Judiciário pedir determinada solução para a situação que
descreve precisamente aquela satisfação judicial pleiteada.

Se mesmo com a prova inequívoca da doença em que o

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requerente é portador juntada aos autos, Vossa Excelência ainda

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obtiver alguma dúvida, deve conceder a tutela de urgência através do
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE, que no embate
constitucional do direito à vida versus o direito econômico deve optar
sempre o julgador pelo direito à vida, vez que se trata de um direito
fundamental, pois o fato de negar a tutela antecipada, está
prejudicando a requerente de se sustentar, desta forma o próprio
Estado fere a dignidade da pessoa humana o qual o próprio Estado
deveria ser o primeiro guardião.

Baseado neste princípio, já decidiu o Tribunal do


Rio Grande do Sul, decisão esta que serve de exemplo a todos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. INSS. ANTECIPAÇÃO DE


TUTELA. AUXÍLIO-DOENÇA. PRESENÇA DOS REQUISITOS
LEGAIS. Presentes os requisitos do art. 273 do
Código de Processo Civil - verossimilhança das
alegações, perigo de dano de difícil reparação e
inexistência de perigo de irreversibilidade do
provimento antecipado (pressuposto relativizado e
examinado, no caso, sob a ótica do princípio da
proporcionalidade) - é de se conceder a tutela
antecipada postulada para a implantação do
auxílio-doença por acidente do trabalho. AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70051271427, Nona... (TJ-RS - AG: 70051271427 RS
, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Data de
Julgamento: 01/10/2012, Nona Câmara Cível, Data
de Publicação: Diário da Justiça do dia
10/10/2012)

Dessa forma, o deferimento de tutela de urgência é uma


maneira de ter, antes do julgamento do processo, de maneira
provisória e satisfativa, a pretensão deduzida na inicial. Por isso, em
ações previdenciárias, eminentemente de natureza alimentar, é tão
importante o uso deste instituto, porque se fosse necessário aguardar
até o trânsito em julgado da ação para a requerente gozar do benefício,
haveria grande possibilidade de o bem maior, que é a vida e seu
desfrute digno, restar prejudicado.

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Logo, o deferimento da tutela de urgência nas ações
previdenciárias para concessão de benefícios, objetiva justamente,
garantir o direito humano e social à alimentação do trabalhador, sendo
instituto capaz de evitar os dissabores que a miséria acarreta.

O caráter de extremada necessidade alimentar que

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cerca o benefício em questão, suplanta o interesse patrimonial
do ente público responsável pela concessão, mesmo porque tal
benefício é devido ao segurado.

DO PREQUESTIONAMENTO

Cumprindo os requisitos mencionados nas Súmulas 282 e


356 do STF, tendo em vista que a matéria discutida nos autos em tela
poderá implicar na necessidade de interposição de recurso especial ou
extraordinário, destacando-se aquelas relacionadas ao
prequestionamento pretende desde logo deixar consignado pedido
expresso para que as matérias passem pelo prévio questionamento.

REQUERIMENTO FINAL

Diante de todos esses fatos, requer seja deferido,


liminarmente o restabelecimento do benefício da parte Autora de
AUXÍLIO DOENÇA NB: 534.542.412-4, na data da cessação em
08/05/2018, até realização de perícia médica a ser designada por
este digno Juízo, sendo após confirmada a concessão do beneficio e sua
conversão em aposentadoria por invalidez (art. 42 da Lei 8.213/91)
ou auxilio acidente (art. 86 da Lei 8.213/91).

Requer a expedição de ofício ao Instituto Nacional de


Seguridade Social, a fim de que este seja intimado de referida decisão,
para que no prazo determinado por Vossa Excelência cumpra a decisão
judicial.

Igualmente, caso seja o entendimento de Vossa


Excelência, requer em caráter de urgência, seja agendada perícia
médica, com perito a ser designado a fim de que se verifique as
condições de saúde do Autor, para, após o resultado, ser mantida a
medida antecipatória, de implantação do benefício de AUXÍLIO
DOENÇA E OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, nos termos da
legislação previdenciária vigente.

DOS PEDIDOS

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Por todo o exposto, requer finalmente a Vossa
Excelência:

a) A TOTAL PROCEDÊNCIA da presente Ação e que seja recebida


bem como todas as peças que a instruem;

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b) A citação do Instituto Nacional do Seguro social – INSS, bem como

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sua intimação na pessoa de seu representante legal, para que,
responda nos termos da presente ação, devendo constar na
certidão do Sr. Oficial de Justiça o nome da autoridade
responsável;
c) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita,
por ser o autor pobre na acepção legal do termo. (declaração
em anexo);

d) A condenação do instituto requerido ao pagamento dos


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS nos termos do artigo 85 do
Novo Código de Processo Civil e nos termos da Súmula 111 do
STJ, devendo incidir sobre o valor total da condenação até o
transito em julgado do processo, incluídos na base cálculo os valores
recebidos a título de tutela de urgência.

e) Seja concedida a TUTELA de URGÊNCIA, determinando-se


liminarmente ao Requerido o restabelecimento do benefício da
parte Autora de AUXÍLIO DOENÇA NB: 534.542.412-4, na
data da cessação indevida em 08/05/2018 até sentença final;

f) Expedir os competentes ofícios ao INSS a fim de que pague a parte


Autora, o valor das parcelas vencidas desde a data da cessação
administrativa em 08/05/2018, com as devidas correções, até
nova ordem, sob pena de não o fazendo, incidir-lhe multa
diária por descumprimento, nos termos do artigo 537 do
NCPC;

g) Caso Vossa Excelência assim entenda, seja deferida a produção da


prova pericial, sendo designado perito médico oficial para que
responda aos quesitos elaborados nesta exordial, bem como conclua
quanto a incapacidade ou capacidade laboral para o exercício de
atividade que lhe garanta subsistência, a fim de que o benefício da
parte Autora seja convertido em APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ nos termos da legislação vigente;

h) Produção de todos os meios de prova em direito admitidos,


testemunhal, documental, pericial e mais que se fizerem necessários
no curso da presente ação, em especial, prova pericial para a
comprovação da incapacidade laborativa com médico perito
especialista em ORTOPEDIA;

i) Finalmente, em sentença final, requer seja mantida a antecipação de


tutela, JULGAR PROCEDENTE a presente ação para o fim de

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CONDENAR o instituto réu definitivamente a RESTABELECER e
MANTER os pagamentos do benefício de auxílio doença da parte
Autora desde da data da cessação em 08/05/2018, e se for o
caso, seu benefício de auxílio doença seja convertido em
Aposentadoria por Invalidez a partir do inicio da incapacidade, ou
seja, em 03/03/2009 .

j) Pagar as diferenças vencidas e vincendas, desde a data da cessação

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ALVES MADEIRA, protocolado em 11/05/2018 às 11:34 , sob o número 10006663320188260493.
na via administrativa (08/05/2018), até a data do efetivo
pagamento, monetariamente corrigida desde o respectivo
vencimento e acrescida de juros legais moratórios de 1% ao mês,
desde a data da citação, nos termos do disposto no artigo 406, do
Código Civil (Lei nº 10.406/02), artigo 238 e 239 do Novo Código de
Processo Civil e artigo 161, 1º, do Código Tributário Nacional,
incidentes, e reajustes salariais que ocorreram ou vierem a ocorrer,
valores a ser apurado;

k) Requer que as intimações sejam realizadas em nome do Dr.


EDUARDO ALVES MADEIRA – OAB/SP 221.179.

l) O autor nos termos do art. 319, inciso VII do Código de Processo Civil
opta pela realização de audiência de conciliação ou de mediação

DISTRIBUIÇÃO POR URGÊNCIA.

Isso posto, diante do direito subjetivo, líquido e certo do


Autor, o qual autoriza a antecipação de tutela pleiteada, tudo isso
demonstrado por documentos, laudos, atestados, dentre outros, razão
pela qual se torna possível o deferimento que deverá ser aplicado à
inicial e a todos os pedidos formulados, tudo isso por uma questão de
direito, que ensejará a mais transparente JUSTIÇA!!

Dá-se a presente causa o valor de R$ 11.448,00 (onze


mil quatrocentos e quarenta e oito reais), nos termos do art. 292,
§§1º e 2º do Novo Código de Processo Civil.

Termos em que,
Respeitosamente,

Pede e Aguarda

DEFERIMENTO.
Regente Feijó-SP, 11 de Maio de 2018.

EDUARDO ALVES MADEIRA CLÁUDIO ROGÉRIO


OAB/SP 221.179 MALACRIDA
OAB/SP 150.890

Fls. 11
fls. 12
QUESITOS APRESENTADOS PELA PARTE AUTORA

1. Queira o (a) Ilustre médico (a) perito (a) designado (a) por esse D.
Juízo informar sua especialidade médica.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000666-33.2018.8.26.0493 e código 21D9BAA.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ALVES MADEIRA, protocolado em 11/05/2018 às 11:34 , sob o número 10006663320188260493.
2. Qual o quadro clínico do Autor? Se este é portador de moléstia
incapacitante ou lesão que a incapacite de exercer atividade que lhe
garanta subsistência, especificando-a se positiva a resposta.

3. Quando o Requerido cessou ilegalmente o pagamento do benefício


previdenciário (08/05/2018), já era o Requerente portador desta
doença ou lesão?

4. No período entre a data em que foi cessado o pagamento do benefício


(08/05/2018), e a data da realização da perícia, o Requerente tinha ou
tem capacidade para exercer suas atividades laborativas?

5. A incapacidade é total e permanente ou parcial e permanente?

6. O autor pode ser considerada incapaz e insusceptível de reabilitação


para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência? Por quanto
tempo?

7. A patologia que está acometido o autor pode resultar sequelas que


impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia?

8. É possível uma reabilitação profissional no caso em tela?

Fls. 12
fls. 13
9. A extensão da lesão prejudicará as atividades normais do cotidiano?

10. O Requerente continua com a mesma habilidade que tinha antes de


ser acometido das doenças ortopédicas?

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000666-33.2018.8.26.0493 e código 21D9BAA.
11. A enfermidade de que é portador vem se agravando?

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ALVES MADEIRA, protocolado em 11/05/2018 às 11:34 , sob o número 10006663320188260493.
12. Se a incapacidade do Autor é total para toda e qualquer atividade
profissional, em caráter definitivo?

Fls. 13

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