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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TIAGO CUNHA PEREIRA e Tribunal de Justica Sao Paulo, protocolado em 22/01/2015 às 17:05 , sob o número 10003707220158260248.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO
DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE INDAIATUBA/SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000370-72.2015.8.26.0248 e código 56DB49.
URGENTE

ARISTIDES GRANA, brasileiro, casado, almoxarife,


portador do RG nº 31.716.209, inscrito no CPF sob nº 507.696.699-72,
residente e domiciliado na Rua Fortunato Ré, 210, Jardim Morada do Sol,
Indaiatuba/SP, CEP 13348-190, por meio de seu advogado e procurador
que subscreve in fini, vem à presença de V. Excelência propor a presente

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA CONCESSÃO DE


AUXÍLO-ACIDENTE C/C PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA contra INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
– INSS, autarquia federal, que deverá ser citada através do seu
representante legal, na Procuradoria do INSS situada em Campinas/SP,
Rua Jorge Harrat, 95, Ponte Preta, CEP 13041-550, pelos motivos de fato
e de direito que seguem expostos:

DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA


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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TIAGO CUNHA PEREIRA e Tribunal de Justica Sao Paulo, protocolado em 22/01/2015 às 17:05 , sob o número 10003707220158260248.
Pugna a autora pela concessão dos benefícios da
justiça gratuita tendo em vista não ter condições financeiras de arcar com
as custas judiciais sem prejuízo do próprio sustento.

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DA COMPETÊNCIA

Diante da ausência de Vara do Juízo Federal nesta


comarca, não há que se falar em incompetência do juízo civil para o pleito
em questão, sendo este investido para tal nos termos do art. 109, §3º da
CF.

DOS FATOS

O autor sofreu acidente de trabalho em 08.12.2008


(CAT em anexo) no qual fora atingido por ácido sulfúrico em diversos
membros do corpo entre perna, costas tornozelos e nos pés
principalmente, lhe causando queimaduras graves de 1º, 2º e 3º Grau
(Relatório médico em anexo).

Do acidente, ficaram sequelas, o que impediu o autor


de continuar exercendo as suas atividades habituais de operador de
máquina, visto que por conta das queimaduras, foi submetido ao
procedimento de enxerto de pele (relatório da cirurgia em anexo) no local o
que impossibilita a utilização de bota e calçado apertado ou duro.

Ao autor, fora restrito até de caminhar na areia da


praia, devida a sensibilidade do local do enxerto, podendo lhe causar
diversas queimaduras ou infecções.

Diante de tal situação a empresa em que o autor


trabalha desde 1999 (CTPS em anexo), lhe redirecionou para outro local de
trabalho para exercer a função de almoxarife, uma vez que não era mais
capaz de exercer a função de operador de máquinas.

O autor recebeu auxílio doença acidentário


(comunicação INSS em anexo) e quando do retorno ao labor, em
01.02.2013 (CTPS em anexo), passou a exercer a função de almoxarife
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devido a incapacidade para as atividades de operador, sua função
originária.

Atualmente encontra-se em tratamento fisioterápico a

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fim de recuperar a força e capacidade do pé direito que foi mais atingido
com queimaduras, deixando o local sensível devido ao enxerto e que traz
dificuldades ao autor para uso de meias e sapatos (relatório médico em
anexo).

Após o regresso ao labor, vendo que o acidente


sofrido lhe deixou sequelas a fim de ter que alterar a função habitualmente
exercida, requereu junto a Ré o benefício de Auxílio-Acidente, sendo
negado em 23.06.2014 (Requerimento em anexo).

Inconformado, o autor recorreu administrativamente,


alegando a redução da capacidade laboral que exercia no momento, porém
de forma genérica e sem maior observância dos laudos médicos, a
autarquia negou provimento ao recurso (acórdão em anexo).

Ainda que comprovado o acidente de trabalho, a


percepção do auxílio doença acidentário, a qualidade de segurado e a
alteração de função decorrente das sequelas que o acidentado herdou, faz
jus ao benefício em questão posto o preenchimento de todos os requisitos
do art. 86 da lei 8.213/91, o que será demonstrado em suas razões.

DA TUTELA ANTECIPADA

Diante do contexto processual e previsão legislativa


para o pleito de tutela antecipada, o legislador processual civil, para
garantir a eficácia da prestação jurisdicional e tutelar o direito pretendido de
forma a que não venha perecer no curso do processo, plasmou no art. 273
do CPC, que o juiz poderá antecipar total ou parcialmente os efeitos da
tutela se, havendo fundado receio de dano irreparável ou difícil reparação,
conter nos autos prova inequívoca dos fatos e verossimilhança das
alegações ou excesso no direito de defesa da parte adversa.
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Verifica-se in casu que estão preenchidos os
requisitos autorizadores da tutela antecipada, sendo a prova inequívoca
das alegações, encartada nos autos através dos relatórios médicos e
CTPS do obreiro que comprovam a redução da capacidade laborativa atual

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que demandou a alteração de cargo de operador de máquinas para
almoxarife.

Outrossim, os receituários e relatórios médicos


indicam a necessidade de alteração de função porquanto as sequelas
impediam o obreiro de realizar suas atividades habituais, o que realmente
aconteceu em 01.02.2013 passando a exercer a função de almoxarife
(CTPS em anexo).

Não obstante, o fundado receio de dano irreparável


ou de difícil reparação, encontra-se no fato de que o autor, na função de
operador, tinha remuneração maior da que percebe hoje como almoxarife,
pois naquela, realizava diversas horas extras, e nesta, por conta da
redução da capacidade laboral, é impedido do labor extraordinário,
necessitando de complemento da renda através do benefício requerido.

Assim sendo, requer a concessão da tutela


antecipada a fim de ser implantado o benefício de auxílio-acidente
correspondente a 50% do salário contribuição do autor.

DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO


AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO

O Estado, através do Regime Geral de Previdência


Social, prevê aos seus segurados benefícios para sua manutenção e
subsistência nos casos em que não podem prover para si, por motivo de
incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependam
economicamente (art. 1º da Lei 8.213/91).

Dentre outros benefícios, aplica-se ao caso em tela, o


Auxílio-Acidente, concedido como indenização ao segurado, quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
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resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho
que habitualmente exercia (art. 86, lei 8.213/91).

O benefício é pago mensalmente ao segurado

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correspondente a 50% do salário benefício que incide a contribuição
previdenciária.

In casu o autor sofreu acidente de trabalho que


culminou na redução da sua capacidade laboral o impedindo do exercício
da atividade que habitualmente exercia até o acidente.

Não obstante, será comprovado por meio de perícia


médica, através de exepert de confiança deste juízo que houve a
incapacidade que ensejasse a alteração de função do obreiro, e por
consequência, faz jus ao benefício requerido, sendo a perícia requerida
desde já.

Observa-se do narrado que não há impedimento


algum para a concessão do auxílio acidente, visto que o autor preenche a
carência exigida, é vitima de acidente de trabalho o qual deixou sequelas e
teve sua prestação de serviços redirecionada para outra função em
decorrência da redução da capacidade laboral.

Ante o exposto, requer a PROCEDÊNCIA DA AÇÃO


para que em definitivo, seja a ré condenada a implantar o benefício de
auxílio acidente com o pagamento mensal de 50% sobre o salário de
benefício, bem como o pagamento das parcelas vencidas e vincendas
monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de
juros de mora, incidentes até a data do efetivo pagamento.

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto requer:

1 – a concessão dos benefícios da justiça gratuita nos


termos da fundamentação;
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2 – a concessão da tutela antecipada a fim de
implantar o benefício auxílio acidente;

3 – a citação da ré para que querendo, ofereça defesa

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no momento oportuno sob pena de incorrer em revelia e seus efeitos
jurídicos;

4 – a procedência TOTAL DA AÇÃO para que em


definitivo, seja a ré condenada a implantar o benefício de auxílio acidente
com o pagamento mensal de 50% sobre o salário benefício, bem como o
pagamento das parcelas vencidas e vincendas monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros de mora, incidentes
até a data do efetivo pagamento;

6 – Custas processuais, despesas emergentes,


correção monetária e juros de mora sobre o total da condenação;

7 – Honorários advocatícios a serem arbitrados na


porcentagem que melhor entender este D. Juízo;

Protesta provar o alegado por todos os meios de


prova admitidos em direito, especialmente provas documentais e periciais.

Dá-se a causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

Termos em que

Pede deferimento

Indaiatuba, 22 de janeiro de 2015

Tiago Cunha Pereira

OAB/SP 333.562
fls. 140

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE INDAIATUBA
FORO DE INDAIATUBA
2ª VARA CÍVEL
RUA ADHEMAR DE BARROS, Nº 774, Indaiatuba - SP - CEP
13330-130
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

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SENTENÇA

Processo Digital nº: 1000370-72.2015.8.26.0248


Classe - Assunto Procedimento Comum - Auxílio-Acidente (Art. 86)
Requerente: ARISTIDES GRANA
Requerido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Sérgio Fernandes

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SERGIO FERNANDES, liberado nos autos em 09/10/2017 às 19:10 .
Vistos.
ARISTIDES GRANA propôs a presente AÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA
CONCESSÃO DE AUXÍLO-ACIDENTE C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em
face de INSS- Instituto Nacional do Seguro Social, alegando em síntese que trabalhava na
função de operador de maquina, contudo sofreu grave acidente de trabalho em 08 de dezembro
de 2008, no qual foi atingido por acido sulfúrico em diversos membros do corpo, entre perna,
costas, tornozelos e nos pés, causando queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau. Aduz
que o acidente acarretou-lhe sequelas, que diminuíram sua capacidade laborativa. Explicou que
percebeu o auxilio doença acidentário, e quando do retorno ao trabalho em 01 de fevereiro de
2013, passou exercer função de almoxarife, atualmente encontra-se em tratamento fisioterápico
para recuperar a força e capacidade do pé direito. Após o regresso ao labor, devido as sequelas,
requereu o beneficio do auxilio- acidente, sendo negado em 23 de junho de 2014. Requer a
concessão de auxílio acidente desde a cessação do auxilio doença além de indenização por dano
moral. Juntou documentos (fls. 07/24).
A tutela antecipada foi indeferida (fl. 25).
A autarquia devidamente citada ofereceu contestação no prazo legal (fls.
31/50), alegando em síntese em sede de preliminar incompetência do juízo para apreciação do
pedido de indenização por danos moral. No mérito asseverou que o autor não faz jus ao
benefício pleiteado, em face da inocorrência de redução da capacidade laborativa.
Houve réplica. (fls. 54/59)
O feito foi saneado (fl. 77)
Realizada perícia médica (fls. 102/107) sobre ao qual as partes se
manifestaram. Sendo o laudo complementado (fls. 127/128).
É o relatório do Necessário. Fundamento e Decido
A ação é PROCEDENTE.Com efeito, a incapacidade está provada pela perícia
do Juízo, que constatou em seu laudo apresentado (fls. 102/107 e 127/128) que: “O Autor
apresenta sequelas queimaduras. Quanto a avaliação da capacidade laboral, o Autor apresenta
incapacidade parcial e permanente para exercer sua atividade de labor habitual". E ainda "Fica
obvio que após o acidente e as sequelas decorrente do mesmo, como descrito nos itens do laudo
pericial 13.2, 14 e 15, incapacitam o Autor Parcial e Permanente para exercer sua atividade de
labor habitual e isto ocorreu desde a data do acidente em 08/12/2008".
O Autor é portador de sequela de queimadura decorrente de acidente de
trabalho.
No exame físico assim como a avaliação dos documentos médicos

1000370-72.2015.8.26.0248 - lauda 1
fls. 141

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


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apresentados, ficaram evidentes as alterações funcionais ocasionadas devido as sequelas de
queimaduras em múltiplas região do corpo mas principalmente em membro inferior
direito em região de tornozelo e pé direito, onde foi necessário inclusive realização de
enxerto de pele, o autor evoluiu com alteração anatômicas, e alteração da mobilidade
articular em tornozelo e pe direito e dificuldade de uso de sapatos de segurança, sendo que o
quadro clinico atual acarreta limitações funcionais importantes para a parte Autora realizar sua
atividade de labor.
A incapacidade do Autor é Parcial e Permanente para exercer sua atividade de
Labor.
Assim, pela análise do laudo apresentado, pode-se concluir que a parte autora,
esta está incapaz Parcial e Permanente para exercício de sua atividade de labor habitual devido
a sequelas de acidente de trabalho.
De acordo com o artigo 42 da lei 8.213/91 é cabível a aposentadoria por

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invalidez quando o segurado for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
No caso em tela, portanto, o autor deveria provar apenas a incapacidade total e
permanente para o labor ou atividade. Entretanto, é o parecer do Sr. Perito Judicial na
conclusão de seu laudo técnico ao afirmar que a parte autora apresenta incapacidade parcial e
permanente para exercer sua atividade de labor habitual.
Portanto, a análise dos autos conduz a convicção de que a parte autora faz jus à
concessão do auxílio-acidente, nos termos do artigo 86 da Lei 8.213/91.
Verifica-se, pelo teor das considerações do perito, que caso a parte autora seja
submetida a programa de reabilitação ou readaptação, poderá exercer atividade laborativa que
não agrave seu estado clínico, sendo sua incapacidade considerada permanente, mas parcial.
Afasto a concessão de aposentadoria por invalidez visto que não restou
configurada a incapacidade total e permanente para o trabalho. Sendo afastado também, o
auxilio doença por não se tratar de incapacidade total e temporária.
No mais, o artigo 109, §3° da Constituição Federal, determina a competência
da justiça estadual para processar e julgar as causas em que a instituição previdenciária e
segurado estejam envolvidos, desde que a comarca não seja sede de varado juízo federal, senão
vejamos:Art.109,§ 3º :
"Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e
segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa
condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela
justiça estadual".
Desta maneira, a competência da Justiça Federal é uma exceção à regra
disposta no artigo 109 caput. Sendo assim, por se tratar de exceção, não pode haver a
interpretação ampliada de tal inciso, não sendo alcançado pela parte o pedido de indenização.
Assim sendo, deverá a parte ingressar com ação autônoma para discutir sobre o pedido de
indenização pleiteado na exordial perante o juízo competente.
Diante o exposto e por tudo o mais que dos autos consta, julgo
PROCEDENTE a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFICIO
PREVIDENCIÁRIO proposta por ARISTIDES GRANA em face de INSS INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL, todos devidamente qualificados nos autos, para fim de
determinar a concessão do benefício de auxilio acidente, com todas as vantagens desde a
cessação administrativa do beneficio auxilio doença (n. 5336622385). Defiro a antecipação da

1000370-72.2015.8.26.0248 - lauda 2
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tutela para implantação do benefício no prazo de trinta dias sob pena de incidência de multa
diária de R$500,00 (quinhentos reais) limitada a cem dias, a ser revertida em benefício do
autor. Oficie-se.
As parcelas em atraso, que deverão aguardar o trânsito em julgado, serão pagas
de uma só vez, incidindo para fins de correção monetária os parâmetros estabelecidos no
Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal (versão que estiver
em vigor na data da elaboração da memória de cálculo apresentada para fins de execução).
Os juros de mora, que são devidos a partir da citação, devem ser calculados na
alíquota de 1% (um por cento) ao mês até 30/06/2009. A partir de 1º de julho de 2009,
incidirão, uma única vez, até a conta final que servir de base para a expedição do precatório, no
percentual aplicado à caderneta de poupança, nos termos do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960//2009.
É devido o abono anual (artigo 40 da Lei 8.213/91 e artigo 120 do Decreto

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3.048/99) e a renda mensal inicial será reajustada pelos índices utilizados nos benefícios em
manutenção, observada a proporcionalidade no primeiro reajuste (artigo 41-A da Lei 8.213/91)
Diante da sucumbência, condeno a parte requerida ao pagamento de despesas
processuais e de honorários advocatícios arbitrados em 10% sobre o valor da condenação
(prestações devidas até a data da sentença).
Sem reexame necessário, nos termos constantes do art. 496, §3º, inciso I, do
Código de Processo Civil.
P.R.I.C.
Indaiatuba, 09 de Outubro de 2017.
SÉRGIO FERNANDES
Juiz de Direito

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

1000370-72.2015.8.26.0248 - lauda 3

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