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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL


DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015447-93.2018.8.26.0482 e código 36815F0.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ GUIMARAES MOLINA, protocolado em 22/01/2019 às 13:38 , sob o número WPPE19700068153 .
Autos n.º 1015447-93.2018.8.26.0482

FABIANA JUNQUEIRA TAMAOKI NEVES, já qualificada nos autos em epígrafe,


através de seu advogado, que move em face de SANTANDER S/A, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência apresentar RÉPLICA, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
(18) 99778-2671 Rua Júlio Prestes, 1.109
lgmmolina@hotmail.com Vila Dubus – Presidente Prudente – SP
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I – SÍNTESE DA DEMANDA

A requerente ajuizou a demanda para o fim de ver sanada a irregular cobrança

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mensal de tarifa bancária de sua conta, conforme descrito na petição inicial e, assim sendo,

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obter a restituição dos valores em dobro, bem como alcançar verba indenizatória.

Citação regular às fls. 79. Contestação às fls. 80/88.

Documentos às fls. 89/91 e fls. 92/368.

Em breve escorço, inicialmente a requerida pugna pela intimação em nome do


patrono competente e, ato contínuo, efetua a síntese da inicial.

Após, em ligeira síntese, alavanca fatos que entende pertinente para alcançar o
insucesso dos pedidos constantes na petição inicial.

Em tópico seguinte, sustenta falta de boa-fé da autora, ao passo que alega


inexistir qualquer diálogo prévio ao ajuizamento da presente demanda, o qual será
impugnado em momento oportuno.

Na sequência, sustenta que há plena legalidade nas cobranças mensais


efetuadas, ao passo que entende ser discricionariedade da autora efetuar a contratação nos
moldes vigentes, ou seja, com a incidência da tarifa vigente.

No tocante à repetição do indébito, prostra-se a requerida em tom de oposição,


a um diante do entendimento pela legalidade das cobranças e a restituição dúplice é
refutada com espeque na articulação do argumento de falta de má-fé.

Quanto ao pleito de verba indenizatória, entende a requerida pela total


improcedência, dada a legalidade das cobranças mensais e, no máximo, tratar-se de mero
dissabor compatível com a vida cotidiana.
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Por fim, pugna pela não aplicabilidade da inversão do ônus da prova e pleiteia a
total improcedência da demanda.

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Eis a síntese da demanda.

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II - DO DIREITO
II.1 – Prova Pericial. Contraditório e Ampla Defesa. Extinção da demanda.
Incompatibilidade Procedimental.

Os documentos de fls. 89/91 apresentam assinatura imputada pela autora, a


qual não a reconhece, nitidamente por não ter realizado, bem como pela grafia.

A verdadeira impugnação somente pode ser efetuada por meio de perícia


grafotécnica, sob pena de prejuízo ao direito de defesa lastreado na Lei Maior, contudo, de
inviável exercício pelo Juizado Especial Cível, dada a incompatibilidade do rito.

Nessa esteira, imperiosa a extinção do feito ante as razões descritas.

II.2 – Comprovação de Reclamação Prévia

A requerente efetuou reclamação prévia, diversamente da realidade imaginária


que somente a requerida visa solidificar ao caso em tela.

É factível a tentativa de solução amistosa frustrada, razão pela qual no ano de


2017 ajuizou ação similar registrada sob o n.º 1005409-56.2017.8.26.0482 em que houve a
procedência do pedido de restituição em dobro e verba indenizatória, conforme cópia da
decisão acostada às fls. 11/17.

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Reclamar perante a requerida é verdadeira demonstração de perdimento de


tempo e esgotamento de energia em vão, pois mesmo com documento emitido em 18 de
Julho de 2014 (fls. 69/70) com a anotação de gratuidade, tal fato é ignorado e a

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continuidade da cobrança é perpetrada.

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Sem olvidar o contexto acima, ressalta-se que em 2015 houve ajuizamento de
demanda registrada sob o n.º 1009826-23.2015.8.26.0482 perante esse E. Juízo também
para tratar de cobranças indevidas em valores de tarifas mensais, oportunidade em que
também logrou-se êxito.

Em suma, falta com a verdade a requerida que não há diálogo, pois há


documento emitido em 2014 no sentido de isenção de tarifa, desrespeito ao referido
documento e ajuizamento de ação em 2015, novo afrontamento e ajuizamento de ação no
período de 2017 e a presente demanda em 2018.

Os fatos em tela, os quais não foram impugnados em sede de resposta, prestam-


se como robustos para rechaçar a falta de iniciativa da autora em tentar solucionar o caso
em tela que reiteradamente surge por iniciativa da demandada em tom de desrespeito às
decisões do Poder Judiciário.

II.3 - Documentos Não Impugnados

O documento de fls. 69/70 atesta a existência da conta de titularidade da autora


com a anotação de gratuidade, qual seja prova que lastreou e deu suporte à condenação
antecedente colacionada às fls. 11/17 (fls. 12, segundo parágrafo).

II.4 - Da Restituição em Dobro de Valores

A restituição em dobro dos valores se revela plausível diante da falta de


legitimidade da cobrança das faturas mensais sem embasamento contratual.

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Nessa linha, o artigo 42, § único do Código de Defesa aplica-se de forma precisa
ao caso em tela, o qual suplanta a restituição em dobro.

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Diante disso, trata-se de patente hipótese de restituição em dobro no que

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concerne aos valores cobrados indevidamente, ante as razões fáticas e jurídicas ora
expostas.

II.5 Da Indenização por Dano Moral

A condenação da requerida ao pagamento de indenização por danos morais é


medida forçosa mediante adequado relevo do caso.

Ao caso em tela, MM. Juiz, registra-se que se trata da terceira oportunidade em


que prostra-se perante o Poder Judiciário com a finalidade de solucionar a contenda que
se arrasta desde o ano de 2014, pois, a cada término de uma demanda, inicia a requerida a
nova persecução de cobranças de tarifas indevidas.

Diante do vasto período de tempo em comento e reiteradas intervenções do


Poder Judiciário, sem olvidar o intenso desgaste emocional com o comportamento lesivo da
demandada, mister a condenação por indenização por danos morais, na forma pretendida
da inicial.

É a jurisprudência:

Agravo Interno na Apelação Cível. Ação de Repetição de Indébito c/c


Pedido de Indenização por Dano Moral. Desconto Indevido em Conta-
corrente, por meio de Débito Automático. Dano Moral Caracterizado.
Indenização Devida. 1. O desconto de valores na conta-corrente do
consumidor, por meio de débito automático, em decorrência de serviços
que não foram contratados, gera dano moral passível de indenização. 2.
Como o agravo interno não trouxe nenhum argumento novo capaz de
modificar a conclusão proposta, a decisão zurzida deve ser mantida por
seus próprios fundamentos. Agravo interno desprovido. (201091829349 2ª
Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

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CIVIL. CDC. DÉBITOS LANÇADOS INDEVIDAMENTE EM FATURA DE CARTÃO


DE CRÉDITO POR ASSINATURA DE REVISTAS NÃO CONTRATADAS.
RECONHECIMENTO DO ILÍCITO PERANTE O PROCON. RESTITUIÇÃO DOS
VALORES INDEVIDAMENTE LANÇADOS. DANO MORAL CONFIGURADO.
RECURSO NÃO PROVIDO, SENTENÇA MANTIDA. CDC 1- EM QUE PESE A

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RECORRENTE TER RECONHECIDO PERANTE O PROCON/DF OS

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LANÇAMENTOS INDEVIDOS EM FATURAS DO CARTÃO DE CRÉDITO DO
RECORRIDO, DECORRENTE DE ASSINATURA DE REVISTAS NÃO
AUTORIZADA, A CONTINUIDADE DE TAIS LANÇAMENTOS, LEGITIMA O
RESSARCIMENTO DOS VALORES INDEVIDAMENTE LANÇADOS. 2- DE IGUAL
FORMA, CONSTATADOS OS PERCALÇOS, DISSABORES QUE ATINGIRAM A
ESFERA ÍNTIMA DO RECORRIDO, INCLUSIVE COM IDAS AO PROCON PARA
SOLUÇÃO DO PROBLEMA E A SUBSTITUIÇÃO DO CARTÃO DE CRÉDITO,
CABÍVEL É A ESTIPULAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 3- A
ESTE RESPEITO, O QUANTUM INDENIZATÓRIO DEVE SERVIR PARA
COMPENSAR A VÍTIMA, PUNIR O INFRATOR E PREVENIR FATOS
SEMELHANTES. 4- RECURSO NÃO PROVIDO, SENTENÇA MANTIDA.
(20070410052967 DF, Relator: IRACEMA MIRANDA E SILVA, Data de Julgamento:
30/10/2007, Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data
de Publicação: DJU 26/11/2007 Pág. : 223).

Diante do contexto fático e probatório, bem como aos precedentes, pertinente a


condenação da requerida à reparação por dano morais.

III - DO PEDIDO

Ante todo o exposto, requer-se, respeitosamente, se digne Vossa Excelência a:

a) Determinar a extinção do feito, dada a necessidade de prova pericial,


conforme argumentação que repousa no item II.1;

b) Caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, seja deferida a prova


pericial grafotécnica para apurar a veracidade da assinatura imputada à autora;

c) No érito, superado o pedido co sta te a alí ea a , seja acolhidos os


pedidos iniciais em sua plenitude.

Termos em que,
Pede deferimento.

Presidente Prudente (SP), 06 de Janeiro de 2019.

Luiz Guimarães Molina


OAB/SP n.º 311.309

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