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Ana Paula Pescatori Bismara Gomes

Rua Antônio Soares, 289


Sorocaba SP CEP 18040-570
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA


PÚBLICA DA COMARCA DE SOROCABA/SP

Ação de Execução Fiscal

Processo nº 0037039-50.1995.8.26.0602

Exequente: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Executado: ABRAFIX COMERCIAL LTDA

ABRAFIX COMERCIAL LTDA, pessoa jurídica


inscrita no C.N.P.J./M.F. nº 63.916.951/0001-25, com
estabelecimento localizado à Avenida Itavuvu, nº 1.765, bairro
Vila Carol na cidade de Sorocaba/SP, neste ato representada por
MARIA IGNEZ BONADIA DE AGUIAR, brasileira, casada, empresária,
portadora da cédula de identidade – R.G. nº 3.852.284-6 e
inscrita no C.P.F./M.F. nº 042.066.568-43, por intermédio de
sua advogada signatária, vem, mui respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, com fulcro na Súmula 393 do S.T.J.,
apresentar

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE COM PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA DE URGÊNCIA INCIDENTAL
nos autos do processo de Execução Fiscal que
lhe move a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, com
fundamento nos fatos e direitos a seguir aduzidos.

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I – DOS FATOS

. A Fazenda Pública do Estado de São Paulo


propôs a presente Ação de Execução Fiscal alegando em face do
Executado, alegando ser este devedor do valor de R$ 6.110,63
(seis mil, seiscentos e dez reais e sessenta e três centavos) –
valor atualizado em 04/2019, decorrente de Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – I.C.M.S. declarado e não
pago, nos termos do artigo 49 da Lei nº 6.374/89, sendo o
débito declarado do regime periódico de apuração, conforme a
Certidão de Dívida Ativa abaixo relacionada:

NÚMERO DA CDA DATA DA INSCRIÇÃO VALOR DATA DE REFERÊNCIA


156.649.235 16/11/1995 R$ 3.086,16 mai/95

. É o que consiste consignar.

III – DA AUSÊNCIA DE EXIGIBILIDADE DAS CERTIDÕES DE DÍVIDA


ATIVA – PRAZO QUINQUENAL ULTRAPASSADO - PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE – PROCESSO SEM MOVIMENTAÇÃO DESDE SETEMBRO/2010

. Cumpre informar que o título executivo


supracitado não goza mais de exigibilidade, tendo em vista a
ocorrência da prescrição intercorrente1. Observemos os fatos:

1
Inicialmente, podemos afirmar que o título executivo goza de presunção
juris tantum de certeza e liquidez, contudo, afastado qualquer um dos
requisitos comentados, a CDA já estará inquinada, o que lhe desautoriza a
consubstanciar qualquer execução. (ROSA, Íris Vânia Santos. A Penhora na
Execução Fiscal: Penhora “on line” e o princípio da menor onerosidade. 1ª
ed. São Paulo: Editora Noeses, 2014, p. 80-81)
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a) Em fls. 08, consta manifestação da oficial


de justiça datado de 09 de abril de 2013, onde é relatada a
citação da atual representante legal da executada, Sra. Luciana
de Aguiar Andrade para o pagamento do débito dentro do prazo de
5 (cinco) dias. Após este período, afirma que retornou ao
local, sendo informada que os bens da devedora estavam em
processo de inventário e constatou que o ramo de atividade da
empresa é vendas de equipamentos para construção civil e
parafusos, em pouca quantidade. Como a venda aos clientes era
feita após adquirirem os produtos e efetuarem a entrega, a
executada não possui estoque.

b) A Exequente foi intimada sobre o resultado


do cumprimento do mandado de citação em 03 de setembro de 2013,
conforme consta no site do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo.

c) Após, em 22 de novembro de 2013 (fls. 11),


a Fazenda Pública do Estado de São Paulo protocolizou petição
requerendo informações bancárias da executada junto ao
BACENJUD, para fins de penhora dos valores existentes em conta
corrente, poupança, fundos ou outras aplicações financeiras
disponíveis em seu nome.

d) Em fls. 13 foi expedida certidão relatando a


situação atual do processo e informando o valor da diligência
realizada, datada de 22 de julho de 2014. Depois, não houve
mais manifestações nos autos.

. Em regra, o artigo 40, §§ 2º e 4º da Lei de


Execuções Fiscais nº 6.830/80, determina que, não encontrados
bens penhoráveis e/ou não localizado o devedor, o juiz deverá
suspender o processo por 1 (um) ano. Passado este período, o
juiz deverá ordenar o arquivamento dos autos. Ultrapassado o
tempo de 05 (cinco) anos, o magistrado, após ouvidas as partes,

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deverá reconhecer a prescrição intercorrente e declarar a


extinção do processo2.

. Entretanto, diante da inércia do d. Juízo e


da Exequente para a satisfação do crédito tributário ou quanto
à suspensão da presente Execução Fiscal, é imprescindível o
início automático da suspensão nos termos do artigo 40, §§ 2º e
4º da Lei de Execuções Fiscais e do respectivo prazo
prescricional, a partir da intimação da Fazenda Pública em 03
de setembro de 2013, onde lhe foi informado o resultado do
mandado de citação. Conforme preceitua a Súmula 314 do Superior
Tribunal de Justiça:

Súmula 314, S.T.J. Em execução fiscal, não


localizados bens penhoráveis, suspende-se o
processo por um ano, findo o qual se inicia o
prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente.

. No mesmo sentido é o entendimento


jurisprudencial de repercussão geral firmado na REsp nº
1340553/RS, publicada no dia 16 de outubro de 20183:

1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o


de que nenhuma execução fiscal já ajuizada
poderá permanecer eternamente nos escaninhos do

2
Artigo 40. O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
(...)
§ 2º. Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o
devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos
autos.
§ 4º. Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo
prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de
ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
(Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
3
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015 (ART.
543-C, DO CPC/1973). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A
CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO)
PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N. 6.830/80)
- REsp 1340553/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 12/09/2018, DJe 16/10/2018.

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Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária


encarregada da execução das respectivas dívidas
fiscais.

2. Não havendo a citação de qualquer devedor por


qualquer meio válido e/ou não sendo encontrados
bens sobre os quais possa recair a penhora (o
que permitiria o fim da inércia processual),
inicia-se automaticamente o procedimento
previsto no art. 40 da Lei n. 6.830/80, e
respectivo prazo, ao fim do qual restará
prescrito o crédito fiscal. Esse o teor da
Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não
localizados bens penhoráveis, suspende-se o
processo por um ano, findo o qual se inicia o
prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente".

. Destaca-se ainda que, no parecer do Exmo.


Ministro, a ciência da Fazenda Pública da inexistência de bens
penhoráveis é suficiente para inaugurar a suspensão e o prazo
prescricional previsto nos §§ 2º e 4º do artigo 40 da Lei de
Execuções Fiscais:

3. Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda


Pública são os senhores do termo inicial do
prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no
caput, do art. 40, da LEF, somente a lei o é
(ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá
[...]"). Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a
escolha do melhor momento para o seu início. No
primeiro momento em que constatada a não
localização do devedor e/ou ausência de bens
pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda
Pública, inicia-se automaticamente o prazo de
suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF.

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Indiferente aqui, portanto, o fato de existir


petição da Fazenda Pública requerendo a
suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a
fim de realizar diligências, sem pedir a
suspensão do feito pelo art. 40, da LEF. Esses
pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da
LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano. Também
indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a
Fazenda Pública, não tenha expressamente feito
menção à suspensão do art. 40, da LEF. O que
importa para a aplicação da lei é que a Fazenda
Pública tenha tomado ciência da inexistência de
bens penhoráveis no endereço fornecido e/ou da
não localização do devedor. Isso é o suficiente
para inaugurar o prazo, ex lege.

4. Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e


seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973):
4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do
processo e do respectivo prazo prescricional
previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n.
6.830/80 - LEF tem início automaticamente na
data da ciência da Fazenda Pública a respeito da
não localização do devedor ou da inexistência de
bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo,
sem prejuízo dessa contagem automática, o dever
de o magistrado declarar ter ocorrido a
suspensão da execução;

. Outrossim, o magistrado também afirma que a


contagem do prazo prescricional também independe de
pronunciamento judicial neste sentido, observe:

4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública


e havendo ou não pronunciamento judicial nesse

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sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de


suspensão inicia-se automaticamente o prazo
prescricional aplicável (de acordo com a
natureza do crédito exequendo) durante o qual o
processo deveria estar arquivado sem baixa na
distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e
4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o
Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública,
poderá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato;

. O instituto da prescrição intercorrente visa


preservar a segurança jurídica4, direito fundamental do cidadão
e que se caracteriza na estabilidade e comportamentos coerentes
e não contraditórios com a realidade fático-jurídica, bem como
a duração razoável do processo, previsto no artigo 5º, inciso
LXXVIII da Carta Magna5.

. Ora, o procedimento fiscal não pode perdurar


ad infinitum no tempo, razão pela qual existem previsões
explícitas na legislação processual fiscal, jurisprudência e
doutrina para garantir a proteção ao contribuinte e assegurar
os princípios constitucionais supracitados.

. Diante disso, requer o executado o


reconhecimento da prescrição intercorrente e a extinção do
processo, nos termos do artigo 40, §§ 2º e 4º da Lei nº
6.830/80, Súmula 314 do Superior Tribunal de Justiça e

4
Por esse motivo, no processo judicial ocorrerá a prescrição intercorrente,
caso não ocorra a satisfação do crédito voluntariamente ou por meio de
penhora judicial durante o período de 5 (cinco) anos. Pois como defendemos a
prescrição não é uma punição pela inércia do titular da ação, mas sim um
atributo da segurança jurídica. (SILVA, Renata Elaine. Curso de Decadência e
Prescrição no Direito Tributário: Regras do Direito e Segurança Jurídica. 1ª
ed. São Paulo: Editora Noeses, 2013, p. 358)
5
Artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Federal de 1988 - a todos, no
âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
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entendimento jurisprudencial firmado em sede de repercussão


geral através da REsp nº 1340553/RS.

IV – PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA FAZENDA PÚBLICA

. Sendo reconhecida a prescrição


intercorrente, requer também a condenação da Fazenda Pública ao
pagamento de honorários advocatícios, nos termos do artigo 85
do Código de Processo Civil, em função do princípio da
sucumbência e entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal
de Justiça, conforme colacionado abaixo:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXTINÇÃO DA


EXECUÇÃO FISCAL APÓS OFERECIMENTO DA EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
DEVIDOS. 1. O acórdão recorrido consignou:
"Conquanto a exceção de pré-executividade não
tenha sido conhecida no presente feito, somente
assim foi decidido porque as questões ali
argüidas demandavam dilação probatória, tendo a
parte intentado ação anulatória em face do
Município, como se observa da própria petição de
fls. 242/243. Posteriormente, vê-se que foi
exatamente a anulação do título, dada a
ilegalidade da instituição da contribuição de
melhoria em cobrança, que ensejou o pedido de
cancelamento da CDA neste feito, como se ve da
certidão de fl. 250. Portanto, parece-me
evidente o cabimento da condenação do Município
em horários advocatícios".

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2. O Tribunal a quo está em sintonia com a


jurisprudência do STJ no sentido de que extinta
a Execução Fiscal, por cancelamento da CDA, após
a citação do devedor e apresentação de defesa,
deve-se perquirir quem deu causa à demanda, a
fim de imputar-lhe o ônus de pagar os
honorários, em face do princípio da causalidade.

(REsp 1659645/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,


SEGUNDA TURMA, julgado em 25/04/2017, DJe
05/05/2017) (grifo nosso)

IV.I – SUBSDIARIAMENTE - DA DEFINIÇÃO DO ÍNDICE DE JUROS DE


MORA – INCONSTITUCIONALIDADE – HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS DEVIDOS

. Caso não seja este o entendimento de V. Exª,


requer o Executado a condenação do Fisco paulista ao pagamento
de honorários sucumbenciais em razão de, no cômputo dos valores
exigidos na Certidão de Dívida Ativa, constar parcela de juros
de mora, fixado pelo ESTADO DE SÃO PAULO, que não se coaduna
com o ordenamento jurídico pátrio. Senão vejamos:

. Conforme os ditames do art. 22, VI, VII e


seu parágrafo único, da CF/88, é competência exclusiva e
privativa da União Federal legislar sobre matérias ligadas ao
controle central da política de preços, de meio circulante e de
combate à inflação.

. No entanto, a Lei (SP) n. 13.918/2009,


alterou a redação do artigo 96, da Lei (SP) n. 6.374/1989 para
determinar que os débitos decorrentes de tributos de sua
competência deveriam ser atualizados mediante a aplicação do
índice diário de 0,13%.
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. Assim, em face da autorização legal contida


no dispositivo supracitado, por meio da Resolução SF (SP) n.
2/2010, a taxa de juros foi fixada no percentual de 0,10% ao
dia.

. O índice de atualização fixado pelo Fisco é,


claramente, exorbitante e constitui afronta direta ao disposto
no supracitado art. 22, VI, VII e seu parágrafo único, da
CF/88.

. De fato, em determinado mês a aplicação das


disposições legais do ESTADO DE SÃO PAULO podem ocasionar a
incidência de juros equivalente ou superior a 3,00% (três por
cento) ao mês, enquanto que a Taxa Selic, índice adotado pela
União para atualização de débitos federais, não tem
ultrapassado 1% (um por cento) ao mês.

. Essa simples comparação já é suficiente para


demonstrar quão exorbitante é o índice imposto pelo Estado de
São Paulo, bem como para revelar a afronta à Carta Magna.

. Tanto é assim que E. STF, em 14/04/2010,


julgou parcialmente procedente o pedido da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 442, para assim decidir:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO


113 DA LEI N. 6.374, DE 1o DE MARÇO DE 1.989, DO
ESTADO DE SÃO PAULO. CRIAÇÃO DA UNIDADE FISCAL
DO ESTADO DE SÃO PAULO – UFESP. ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA PELO ÍNDICE DE PREÇO AO CONSUMIDOR –
IPC. UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COMO
FATOR DE ATUZALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.
ARTIGO 24, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO
CONFORME À CONSTITUIÇÃO.

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1. Esta Corte, em oportunidades anteriores,


firmou o entendimento de que, embora os Estados-
membros sejam incompetentes para fixar índices
de correção monetária superiores aos fixados
pela União para o mesmo fim, podem defini-los em
patamares inferiores - incentivo fiscal.
Precedentes.

2. A competência dos Estados-membros para fixar


índices de correção monetária de créditos
fiscais é tema que também foi examinado por este
Tribunal. A União e Estados-membros detêm
competência legislativa concorrente para dispor
sobre matéria financeira, nos termos do disposto
no artigo 24, inciso I, da CB/88.

3. A legislação paulista é compatível com a


Constituição de 1988, desde que o fator de
correção adotado pelo Estado-membro seja igual
ou inferior ao utilizado pela União.

4. Pedido julgado parcialmente procedente para


conferir interpretação conforme ao artigo 113 da
Lei n. 6.374/89 do Estado de São Paulo, de modo
que o valor da UFESP não exceda o valor do
índice de correção dos tributos federais.”
(g.n.)

. Com isso, é notória a impossibilidade da


FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO utilizar índices superiores ao
fixados pela União Federal, devendo ser respeitada a Lei Maior.

. Vale notar que a Executada não nega que os


Estados têm competência para, através de lei, determinar a
aplicação dos índices oficiais de atualização monetária de seus
créditos tributários constituídos e não pagos. Todavia, tais

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índices não podem exceder, isto é, de forma alguma podem


ultrapassar, os limites da inflação oficial fixados pelo
Governo Federal.

. Ressalte-se que além da jurisprudência desse


E. Tribunal, transcrita anteriormente, o entendimento de nossos
Tribunais Superiores é uníssono quanto aos limites que tem que
ser obedecidos pelos Estados para fixação de índices de
correção, a saber:

“SÃO PAULO. UFESP. ÍNDICES FIXADOS POR LEI LOCAL


PARA CORREÇÃO MONETÁRIA. ALEGADA OFENSA AO ART.
22, II E VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Entendimento assentado pelo STF no sentido da
incompetência das unidades federadas para a
fixação de índices de correção monetária de
créditos fiscais em percentuais superiores aos
fixados pela União para o mesmo fim.
Ilegitimidade da execução fiscal embargada no
que houver excedido, no tempo, os índices
federais.

Recurso parcialmente provido.” (RE no 183.907-


4/SP, Relator: Min. Ilmar Galvão, DJ 16- 04-
2004) (g.n.)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


FIXAÇÃO DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Os Estados não podem
fixar índices de correção monetária de créditos
fiscais em percentuais superiores aos fixados
pela União. 2. A jurisprudência do Supremo
Tribunal firmou-se no sentido de que as

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alegações de afronta aos princípios da


legalidade, do devido processo legal, do
contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, configurariam ofensa
constitucional indireta.” (RE 355.509 AgR / SP,
Relator: Min. Carmen Lúcia, DJ 13-11-2009)
(g.n.)

. O Órgão Especial do E. Tribunal de Justiça


do Estado de São Paulo decidiu, frente à Arguição de
Inconstitucionalidade suscitada incidentalmente, que o ESTADO
DE SÃO PAULO não pode cobrar juros de mora diários superiores à
Selic relativamente aos débitos de I.C.M.S. Observe-se:

“INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE - Arts. 85 e


96 da Lei Estadual n° 6.374/89, com a redação
dada pela Lei Estadual n° 13.918/09 – (...)
Fixação originária de 0,13% ao dia que, de outro
lado, contraria a razoabilidade e a
proporcionalidade, a caracterizar abuso de
natureza confiscatória, não podendo o Poder
Público em sede de tributação agir
imoderadamente - Possibilidade, contudo, de
acolhimento parcial da arguição, para conferir
interpretação conforme a Constituição, em
consonância com o julgado precedente do Egrégio
STF na ADI n° 442 – Legislação paulista
questionada que pode ser considerada compatível
com a CF, desde que a taxa de juros adotada (que
na atualidade engloba a correção monetária),
seja igual ou inferior à utilizada pela União
para o mesmo fim – Tem lugar, portanto, a
declaração de inconstitucionalidade da

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interpretação e aplicação que vêm sendo dada


pelo Estado às normas em causa, sem alterá- las
gramaticalmente, de modo que seu alcance
valorativo fique adequado à Carta Magna (art.
24, inciso I e § 2o) – Procedência parcial da
arguição.” (Arguição de Inconstitucionalidade no
0170909-61.2012.8.26.0000, Órgão Especial –
TJ/SP, Relator Kioitsi Chicuta) (g.n)

. Dessa forma, tem-se que não pode ser


considerado válido o índice adotado pela exequente para a
atualização do crédito tributário, fator que implica na
inexigibilidade do título executivo e em sua iliquidez, ainda
que parcial.

. São inúmeros os precedentes deste E.


Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reconhecendo a
inconstitucionalidade da cobrança dos juros superiores à SELIC,
a iliquidez do título, determinando a sustação das ordens de
protesto e a própria insubsistência da C.D.A., ao menos até que
se recalculem os juros em patamares aceitos pelo sistema
jurídico pátrio. Observe-se:

1047031-78.2016.8.26.0053

Relator(a): J. M. Ribeiro de Paula

Comarca: São Paulo

Órgão julgador: 12ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 04/06/2018

Ementa: AÇÃO DECLARATÓRIA – Questionamento


acerca da taxa de juros – Possibilidade – Taxa
de juros prevista na Lei nº 13.918 deve ser

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revista – Interpretação conforme a Constituição


pelo C. Órgão Especial do TJSP

– Impossibilidade de exceder os juros incidentes


na cobrança dos tributos federais

– Sentença parcialmente reformada para sustação


dos protestos ou, se já efetivados, que cesse a
publicidade – Recurso de apelação provido.

------------------------------------------------

2031699-48.2018.8.26.0000

Classe/Assunto: Agravo de Instrumento /ICMS/


Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Relator(a): Antonio Carlos Villen

Comarca: São Paulo

Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 28/05/2018

Ementa: TUTELA PROVISÓRIA. ICMS. (...) Juros de


mora. Lei 13.918/09. Cálculo que deve observar o
decidido pelo C. Órgão Especial na Arguição de
Inconstitucionalidade nº 0170909-
61.2012.216.0000. Decisão que indeferiu a tutela
pleiteada. Agravo parcialmente provido para
suspender a exigibilidade dos juros de mora que
excedem a taxa SELIC e da multa que excede o
montante do imposto, e sustar o protesto da CDA.

------------------------------------------------

2019586-62.2018.8.26.0000

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Classe/Assunto: Agravo de Instrumento /ICMS/


Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Relator(a): Maria Laura Tavares

Comarca: São Paulo

Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 30/05/2018

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO (...) Taxa de


juros que deve ser igual ou inferior à utilizada
pela União - Fazenda Estadual que deve
recalcular o débito, limitando a cobrança à Taxa
Selic para cálculo de juros de mora – Presente a
demonstração de probabilidade do direito
invocado na demanda (caput do art. 300 do CPC de
2015) – Decisão reformada, para conceder
parcialmente a tutela provisória de urgência,
suspendendo os efeitos do protesto até que a
Fazenda Estadual efetue o recálculo do débito
sem a incidência dos juros de mora previstos na
Lei Estadual nº 13.918/2009 – Recurso
parcialmente provido.

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1010017-08.2015.8.26.0405

Classe/Assunto: Reexame Necessário / ICMS/

Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Relator(a): Djalma Lofrano Filho

Comarca: Osasco

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Órgão julgador: 13ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 23/05/2018

Ementa: REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA.


CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. SUSTAÇÃO DO
PROTESTO. Admissibilidade de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário tão somente
em relação aos juros de mora exigidos com base
na Lei Estadual nº 13.918/2009, no que excede a
taxa federal, de acordo com a decisão do Órgão
Especial deste E. Tribunal de Justiça, no
julgamento da Arguição de Inconstitucionalidade
n.º 0170909-61.2012.8.26.0000. Possibilidade,
ainda, de sustação dos efeitos do protesto e
anotações negativas, diante da ausência de
representatividade da CDA ao valor efetivamente
devido pelo contribuinte.

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2002594-26.2018.8.26.0000

Classe/Assunto: Agravo de Instrumento /ICMS/


Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Relator(a): Heloísa Martins Mimessi

Comarca: São Paulo

Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 23/05/2018

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Execução fiscal.


Tutela provisória de urgência. Cancelamento dos
protestos das CDAs sub judice.
Inconstitucionalidade da Lei Estadual nº

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13.918/2009 reconhecida pelo C. Órgão Especial


deste E. Tribunal de Justiça. Excesso de juros
que não implica invalidação total do título,
porém, impõe o cancelamento do protesto,
porquanto protestado valor superior ao devido.
Presentes o fumus boni iuris e o periculum in
mora. Precedentes TJSP. Recurso provido.

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2217235-69.2017.8.26.0000

Classe/Assunto: Agravo de Instrumento


/Juros/Correção Monetária

Relator(a): Heloísa Martins Mimessi

Comarca: Guarulhos

Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 14/05/2018

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Tutela de


urgência indeferida. ICMS. Juros de mora
superiores à Selic. Inconstitucionalidade da Lei
Estadual n. 13.918/09 reconhecida pelo C. Órgão
Especial deste E. Tribunal de Justiça.
Cancelamento do protesto devido, porquanto
protestado valor superior ao exigível,
implicando iliquidez do título. Impossibilidade
de inscrição do nome da agravada no CADIN/Serasa
antes de efetivado o aditamento das CDAs.
Recurso provido.

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2051118-54.2018.8.26.0000

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Classe/Assunto: Agravo de Instrumento /

Juros/Correção Monetária

Relator(a): Kleber Leyser de Aquino

Comarca: São Paulo

Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 15/05/2018

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ANULATÓRIA


DE DÉBITO FISCAL – (...) Fixação originária de
juros de 0,13% ao dia, já considerados
inconstitucionais pelo nosso TJ/SP – A taxa de
juros aplicável ao montante do imposto ou da
multa não pode ser superior à taxa SELIC –
Invalidade da Certidão da Dívida Ativa, que se
torna incerta e inexigível em razão da
ilegalidade dos juros cobrados – Vício que
atinge o título em sua integralidade –
Desnecessidade de depósito do valor
incontroverso – Decisão reformada – AGRAVO DE
INSTRUMENTO provido para afastar a exigência de
caução para a suspensão da exigibilidade dos
créditos das CDAs identificadas na inicial.

ACORDAM, em 3ª Câmara de Direito Público do


Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a
seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso.
V. U.", de conformidade com o voto do Relator,
que integra este acórdão. O julgamento teve a
participação dos Exmos. Desembargadores ANTONIO
CARLOS MALHEIROS (Presidente sem voto), MARREY
UINT E CAMARGO PEREIRA.

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3001201-49.2018.8.26.0000

Classe/Assunto: Agravo de Instrumento / ICMS/


Imposto sobre Circulação de Mercadorias

Relator(a): Teresa Ramos Marques

Comarca: São José do Rio Preto

Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Público

Data do julgamento: 15/05/2018

Ementa: PROCESSO ICMS – Juros –


Inconstitucionalidade – CDA – Protesto –
Sustação – Tutela de urgência – Impossibilidade:
– A inconstitucionalidade dos índices de
correção monetária e dos juros moratórios não
retira a certeza e liquidez da CDA, pois o
excesso envolve simples cálculo aritmético e
pode ser expurgado do próprio título. -
Justifica-se a sustação do protesto de título
que contém excesso no valor cobrado.

. Embora a dívida inscrita, formalizada na


Certidão da Dívida Ativa supracitada, goze, em tese, de
presunção de certeza e liquidez (artigo 204, “caput”, do Código
Tributário Nacional - Lei Federal nº 5.172, de 25/10/1.966),
razão pela qual deveria ser exigível, e ainda, constitua título
executivo extrajudicial, nos termos do artigo 784, inciso IX,
do Código de Processo Civil, e, por conseguinte,
obrigatoriamente, sob pena de invalidade, contenha a
característica de obrigação “certa”, “líquida” e “exigível”,
conforme artigo 783 do mesmo código, no presente caso, a
Certidão da Dívida Ativa é composta de valor cuja origem é
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decorrente de acréscimo de juros considerados


inconstitucionais. Logo, o título executivo, por possuir valor
de crédito tributário indevido, ainda que em parte, deixa de
ser “certa” e “exigível”, sendo, portanto, inválida como título
executivo.

. Não há como se “dividir” o título executivo


em dois, mandando uma parte para a correção e a outra
prosseguir, o que fere todos os princípios jurídicos do que vem
a ser um “título executivo”. Ou ele é “certo”, “exigível” e
“líquido” ou não é, e, por conseguinte, é inválido.

. Considerando a legislação acima citada, e no


expresso reconhecimento de que a taxa de juros estabelecida
pela Lei (SP) n. 13.918/2009 é inconstitucional – decisão do
Órgão Especial do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
no Incidente de Inconstitucionalidade nº 0170909-
61.2012.8.26.0000, além dos demais entendimentos
jurisprudenciais, justificam, desde logo e por si, a necessária
condenação da Fazenda Pública ao pagamento dos honorários
advocatícios sobre o valor cobrado indevidamente, pois ausentes
a liquidez do título executivo devido a inconstitucionalidade
da incidência dos juros de mora sobre o crédito tributário.

V – DOS PEDIDOS

. Ante os fatos e direitos apresentados, vem o


executado, respeitosamente, requerer:

a) O recebimento desta exceção de pré-


executividade, haja vista preencher os requisitos para sua
admissibilidade;

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b) O reconhecimento da prescrição intercorrente


e a extinção do processo, nos termos do artigo 40, §§ 2º e 4º
da Lei nº 6.830/80, Súmula 314 do Superior Tribunal de Justiça
e entendimento jurisprudencial firmado em sede de repercussão
geral através da REsp nº 1340553/RS;

c) A condenação da Fazenda Pública ao pagamento


de honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do Código
de Processo Civil, em função do princípio da sucumbência e
entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça;

d) Subsidiariamente, caso não seja o


entendimento deste D. Juízo, requer a condenação da Fazenda
Pública ao pagamento dos honorários advocatícios sobre o valor
cobrado indevidamente a título de juros moratórios
inconstitucionais, pois ausente a liquidez do título executivo.

Termos em que, pede deferimento.

Sorocaba/SP, 03 de outubro de 2019.

ANA PAULA PESCATORI BISMARA GOMES


OAB/SP 215.234

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