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PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2274548-17.2019.8.26.0000 e código F478CC9.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2019.0001032205

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN, liberado nos autos em 06/12/2019 às 16:26 .
DECISÃO MONOCRÁTICA

Tutela Provisória
Processo nº 2274548-17.2019.8.26.0000
Relator(a): CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN
Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito Privado

Trata-se de pedido de tutela provisória de urgência recursal,

requerimento previsto no parágrafo único do artigo 299 do Código de
Processo Civil, e não de pedido de atribuição de efeito suspensivo à apelação
(Código de Processo Civil, artigo 1.012, § 3º), por meio do qual se formula o
seguinte pedido: “obstar a continuidade dos atos de cobrança das diferenças de aluguéis pelos
Requeridos-Locadores, posto que inexigíveis neste momento processual, especialmente a negativação do
bom nome da Requerente-Locatária, impedindo-se também a possibilidade de cobrança judicial e/ou
suspensão de eventual cobrança já em curso, enquanto estiver sendo discutida nesta demanda o adequado
valor do aluguel devido, tratando-se, pois, de medida indispensável para que se garanta o resultado útil e
prático desta ação sem prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação à Requerente, tudo sob pena de multa
diária a ser arbitrada por este Egrégio Tribunal de Justiça”.

A pretensão aqui deduzida - tutela provisória de urgência na

fase recursal - comporta acolhimento, considerando a presença dos requisitos
do artigo 300 do Código de Processo Civil atinentes à probabilidade do
direito e ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
O exame dos elementos de convicção de que até aqui se
dispõe não autoriza concluir de imediato ser cabível, neste momento
processual, a cobrança das diferenças de alugueis pelos locadores, posto que
inexigíveis em razão da ausência do trânsito em julgado da sentença, o que é
expressamente estabelecido no artigo 69 da Lei nº 8.245/91 (O aluguel fixado na
sentença retroage à citação, e as diferenças devidas durante a ação de revisão, descontados os alugueres
provisórios satisfeitos, serão pagas corrigidas, exigíveis a partir do trânsito em julgado da decisão que fixar
o novo aluguel).

Nesse passo, fica deferida a tutela provisória de urgência

recursal para o fim de reconhecer a inexigibilidade do crédito oriundo da
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diferença de aluguéis, no valor de R$ 193.601,88 (cento e noventa e três mil e

seiscentos e um reais e oitenta e oito centavos), com vencimento para o
último dia 15 de novembro de 2019 (fl. 1.437 dos autos de origem), com
fundamento no artigo 69 da Lei nº 8.245/91, bem como para o fim de se

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN, liberado nos autos em 06/12/2019 às 16:26 .
determinar aos aqui requeridos, locadores, se abstenham de promover a
negativação do nome da agravante em cadastro de inadimplentes, sob pena de
multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Comunique-se ao juízo de primeiro grau, servindo cópia desta
decisão como ofício.
Decorrido o prazo legal, apensem-se os presentes à apelação
quando de sua efetiva distribuição a este relator.
São Paulo, 6 de dezembro de 2019.

CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN

Relator