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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro

PJe - Processo Judicial Eletrônico

23/06/2023

Número: 0844982-78.2022.8.19.0038
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Órgão julgador: 4º Juizado Especial Cível da Comarca de Nova Iguaçu
Última distribuição : 13/12/2022
Valor da causa: R$ 4.147,40
Assuntos: Cobrança de Aluguéis - Sem despejo
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
CLARICE MARTINS CUNHA (AUTOR) RAFAEL DE SOUSA PINHEIRO (ADVOGADO)
LUIS CLAUDIO PROVADELLI DUARTE (ADVOGADO)
CAMILE FERNANDES MICHO (ADVOGADO)
ANA PAULA DOS SANTOS COSTA (RÉU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
54636 19/04/2023 13:31 Projeto de Sentença Projeto de Sentença
776
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro
Comarca de Nova Iguaçu

4º Juizado Especial Cível da Comarca de Nova Iguaçu

Avenida Doutor Mário Guimarães, 968, 2º PAVIMENTO, Centro, NOVA IGUAÇU - RJ - CEP: 26255-230

PROJETO DE SENTENÇA

Processo: 0844982-78.2022.8.19.0038

Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

AUTOR: CLARICE MARTINS CUNHA

RÉU: ANA PAULA DOS SANTOS COSTA

I – RELATÓRIO

Dispensado o relatório, na forma do artigo 38 da Lei 9.099/95. Decido.

II – DO FUNDAMENTO

Sustenta a parte Autora que firmou contrato de aluguel com a ré. Que ela realizou a entrega das chaves em agosto de
2022, rescindindo o contrato. Que não efetuou o pagamento da multa rescisória prevista em contrato. Requer
pagamento dos valores devidos.

A ré, intempestivamente, afirma que a autora pretende cobrar a multa contratual prevista em instrumento de contrato
não assinado por ela. Requer a improcedência do pleito autoral. É o resumo.

DO MÉRITO

Sem preliminares, passo a decidir. A relação entre o autor e réu não é relação de consumo, razão pela qual, a norma
aplicável é o Código Civil, não o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

A parte autora trouxe aos autos o contrato de locação (ID 39400871), que apesar de não ter sido assinado pela ré, das
outras provas nos autos, como a notificação extrajudicial requerendo a entrega do contrato de ID 39400881 e o termo de
entrega das chaves, em que a ré reconhece que não realizou o pagamento da multa rescisória, em ID 39400883, é
possível constatar a validade do contrato firmado entre as partes. Bem como, trouxe também, planilha de débito dos
débitos e encargos devidos pela parte ré, tudo devidamente descrito através da planilha atualizada de débito constante
na petição inicial.

Ademais, a ré, pelo período que permaneceu no local, realizou o pagamento do valor referente ao aluguel, conforme
comprovado através do ID 39400873.

A demandada não impugna que a rescisão contratual foi feita por ela, apenas alega não ter dado sua expressa
aceitação quanto aos termos do contrato.

Assim, diante do narrado na inicial, corroborado com as provas juntadas, de fato, restou esse juízo convencido de que é
devido pela ré o pagamento da multa rescisória, com fundamento na quebra do contrato.

Assinado eletronicamente por: MARIANA BEATRIZ GARCIA LOBATO - 19/04/2023 13:31:36 Num. 54636776 - Pág. 1
https://tjrj.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23041913313666700000052165079
Número do documento: 23041913313666700000052165079
No entanto, quanto ao pedido de condenação da parte ré ao pagamento de honorários advocatícios, não há como
compelir ao requerido nesse sentido. Há de se observar ainda que em sede de juizado não há condenação de
honorários em primeira instância, razão pela qual, entendo pela improcedência desse pedido.

III – DO DISPOSITIVO

Isto posto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos iniciais, com resolução do mérito, na forma do artigo
487, I do Código de Processo Civil, para:

a) CONDENAR o réu a pagar à autora o valor de R$ 3.456,17 (três mil quatrocentos e cinquenta e seis reais e
dezessete centavos), referente ao pagamento da multa rescisória do contrato de aluguel, corrigido corrigida desde a
data da propositura desta demanda e com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação;

b) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de condenação em honorários advocatícios.

A Ré fica intimada de que deverá depositar a quantia acima fixada, referente à condenação em pagar quantia certa, no
prazo de 15 dias após o trânsito em julgado, independentemente de nova intimação, sob pena de multa de 10% prevista
no artigo 523, §1º do CPC, sendo certo que a comprovação do depósito deverá vir aos autos no prazo de até 05 dias
após o término do prazo.

Fica desde já, cientificado que o credor de que não incidem, em sede de Juizados Especiais Cíveis, honorários na fase
de execução, eis que o rol do art. 55 da Lei 9099/95 é taxativo, o que atende, ainda, à atual redação do Enunciado nº 97
do FONAJE.

Deixo de condenar em custas e honorários advocatícios, por força do que dispõe o art. 55 da Lei que regula esse
procedimento especial.

Submeto a sentença à homologação pelo M. Juiz de Direito, nos termos do artigo 40 da Lei nº 9.099/95.

NOVA IGUAÇU, 19 de abril de 2023.

MARIANA BEATRIZ GARCIA LOBATO

Assinado eletronicamente por: MARIANA BEATRIZ GARCIA LOBATO - 19/04/2023 13:31:36 Num. 54636776 - Pág. 2
https://tjrj.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23041913313666700000052165079
Número do documento: 23041913313666700000052165079

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