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Legislação
1. CF - arts. 37 a 41
2. Lei 9.784/99 - arts. 12, 13, 53 a 55 - processo administrativo federal.
3. Lei 8.666/93 - arts. 3º, 17, 24, 25 e 58 - licitações e contratos administrativos.
4. Lei 8.112/90 - arts. 8º e ss (formas de provimento de cargos públicos) e arts. 125 e 126
(incomunicabilidade das instâncias) - lei dos servidores públicos civis da União.
5. Lei 8.987/95 - arts. 2º, 6º, 35, 37 e 38 - concessão e permissão de serviços públicos.
Noção básica
• O único objetivo que a Administração pode perseguir quando atua é a preservação dos
interesses da coletividade. Sendo assim, sempre que a Administração editar um ato se
afastando-se desta finalidade única, ela pratica desvio de finalidade que é uma forma de
ilegalidade. Nestas situações, quem for prejudicado pelo ato que foi editado poderá buscar seus
direitos no judiciário.
Enquanto o particular atua em nome próprio, a Administração nunca poderá atuar senão em
interesse da coletividade.
a) Legalidade: somente poderá fazer o que a lei expressamente determina. É necessário que haja
lei anterior disciplinando aquela matéria. Os atos administrativos são atos infralegais (abaixo da
lei).
d) Publicidade: a Administração está obrigada a dar transparência em relação à todos os seus atos
e a todas as informações armazenadas nos seus bancos de dados.
Art. 5º, XXXIII: "todos têm o direito de obter nos órgãos públicos informações de interesse
particular, coletivo ou geral, no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, exceção feita àquelas
que possam comprometer a soberania do Estado e da sociedade". A regra é a transparência, mas
para proteger a soberania do Estado e da sociedade, pode-se proteger as informações.
e) Eficiência: a obrigação atribuída ao poder público de manter ou ampliar a qualidade dos seus
serviços e das obras que executa com economia de gastos. Caso o serviço não seja prestado sem
o mínimo de eficiência ou a qualidade das obras públicas (ou quando a obra causa dano a
terceiros), pode-se acionar o Estado no Judiciário, pois este analisa a legalidade. Ainda, deve
haver o controle de gastos por parte da Administração.
- Motivação: a cada ato que edita, a administração é obrigada a apresentar os motivos que deram
causa a ele.
São poderes instrumentais que a administração pública usa para atuar e atingir a grande finalidade
que é o interesse público.
São poderes-deveres, pois ao mesmo tempo em que a Administração Pública pode, tem essa
prerrogativa, tem os deveres de utilizá-los.
1. Poder Vinculado: será utilizado quando a Administração Pública estiver diante de uma
situação clara e objetiva que leva a um único comportamento. Presentes os requisitos legais, o
ato deve ser praticado. No exercício desse poder, a Administração Pública não pode fazer um
juízo de conveniência ou oportunidade. Ex: requer concessão de aposentadoria e apresenta a
documentação correta, preenchendo os requisitos legais, o agente público DEVE conceder a
aposentadoria. Caso não preencha os requisitos legais, o agente público NÃO DEVE conceder a
aposentadoria.
2. Poder Discricionário:
a) a Administração Pública pode fazer um juízo de conveniência/oportunidade.
Discriocionariedade não é a mesma coisa que arbitrariedade, pois só pode agir com permissão
da lei (princípio da legalidade). Ex: requer ao Prefeito autorização para uso de bem público
(requer o fechamento da rua para fazer a quermesse), o Prefeito pode fazer um juízo de
conveniência para decidir se vai permitir ou não.
b) quando a lei trouxer efeitos jurídicos inderminados: a lei traz conceitos indeterminados e a
Administração Pública pode usar o poder discricionário para preencher, entender melhor esses
conceitos.
5. Poder Normativo/Regulamentar:
a) normativo = regulamentar: poder utilizado para emitir atos normativos (decreto, portaria,
resolução, ordem de serviço, etc);
b) normativo x regulamentar:
I. Normativo: seria utilizado para expedir os demais atos normativos, menos o decreto.
II. Regulamentar: emissão de decretos (poder somente dele por ser o ato normativo mais
importante).
6. Poder de Polícia:
1. Conceito (art. 78, CTN): limita direitos individuais em benefício da coletividade (ex: proibição
de estacionar em faixa dupla, construir prédio de 20 andares próximo ao aeroporto, etc - são
limitados para benefício coletivo). Esse poder limita o direito, mas não o aniquila (ex: pode
construir uma casa de dois andares próximo ao aeroporto, mas não um prédio).
Não confundi com a polícia juridiciária. Aqui, é a polícia administrativa.
2. Atributos:
a) Discricionariedade (exceção: licença para construir é ato administrativo e fruto do exercício de
poder de polícia, mas é um ato vinculado);
b) Coercibilidade;
c) Autoexecutoriedade: permite que o exercício do poder de polícia e os atos decorrentes desse
exercício podem ser executados sem que ela precise de autorização do Judiciário. EXCEÇÃO:
não existe autoexecutoriedade a multas impostas e não pagas (a Administração precisa do
Judiciário para executar essa multa).
3. Competência: poder de polícia é privativo de autoridade pública, não podendo ser delegado a
particulares, mas é possível a delegação de atos materiais que vão auxiliar/possibilitar no
exercício desse poder de polícia (ex: radares - quem multa é a Administração, mas os radares
são particulares).
2. Regime jurídico: é diferente dos bens privados. Se for um bem público, terá regime jurídico
diferente:
I. Imprescritível: o bem público não pode ser objeto de ação de usucapião (usucapião é forma de
prescrição aquisitiva). A Administração Pública não perde bens por ação de usucapião, mas
pode adquirir bens por usucapião;
II. Impenhorável: tem relação direta com os sistemas de precatórios (art. 100 da CF);
III. Inalienável: em regra, não pode ser vendido, trocado, doado. É relativa, pois o art. 17 da Lei de
Licitações prevê requisitos para alienação de bem público. Para aliená-lo, deve desafetar o bem
(retirar a destinação do bem).
II. Permissão de uso de bem público: ato administrativo (parte da doutrina chama de contrato de
adesão) discricionário, precária, podendo ser a título gratuito ou oneroso. Permissão
condicionada (mesma coisa que a autorização qualificada). Na permissão, sempre que possível,
haverá licitação (ex: box no Mercado Municipal). O particular DEVE usar o bem público. Os
interessados são: a coletividade e o particular.
III. Concessão de uso de bem público: contrato administrativo com prazo determinado, devendo
haver licitação na modalidade concorrência (ex: restaurante em aeroporto), é um instituto não
precário (durante a vigência do contrato, o particular tem direito a manutenção daquela
situação).
2. Elementos do ato administrativo (existência do ato): o que o ato precisa para existir
a) Competência (sujeito): pessoa que pratica o ato. Para o ato existir, alguém precisa praticá-lo.
Para que o ato seja válido, sem vícios, a pessoa deve ser competente para prática.
b) Motivo: ato administrativo deve ter motivos de fato e de direito. Razão de fato e de direito que
levaram a prática daquele ato.
❖ Teoria dos motivos determinantes: o motivo dado a um ato vincula a validade deste ato (ex:
servidor cometeu certa infração e a lei diz que nesta situação deve haver suspensão. Assim, o
superior hierárquico o suspende expondo as razões de fato e de direito). Se o motivo é falso, o
ato é inválido (ex: se o servidor não faz nada e seu superior hierárquico o suspende, este ato é
ilegal).
c) Forma: exteriorização do ato, o modelo que tomou (ex: despacho de suspensão para suspender
o servidor). A forma é prevista em lei - se não seguir a forma prevista em lei, o ato é inválido
(ex: desapropriação é por meio de decreto, se for feito por portaria, é ato ilegal).
d) Finalidade: é o bem tutelado, o que se quer proteger. Atos administrativos devem ter
finalidade. Todo ato administrativo tem como finalidade em comum, em sentido amplo, que é a
proteção ao interesse público.
e) Objeto: efeito jurídico do ato. É o que o ato dispõe, enumera, classifica. É o que quer se obter
juridicamente com a prática daquele ato (ex: despacho de suspensão - despacho é a forma e
suspensão é objeto). Para o ato não ter vicio neste elemento, o objeto deve ser lícito e possível.
5. Tipos de ilegalidade:
a) Nulos: não é possível a convalidação. É dotado de nulidade absoluta. Não dá pra ser sanada.
b) Cumprimento de seus efeitos: não tem mais porque continuar existindo (ex: concessão de
férias - com o término das férias, o ato não tem mais razão de existir);
d) Contraposição: o ato é extinto em razão de outro ato contrário, antagônico, ao primeiro (ex:
pessoa é nomeada para o cargo, pode sair pela exoneração. A exoneração extingue a nomeação
e isso é uma forma de contraposição, pois o segundo ato é contrário ao primeiro);
e) Cassação: o ato é extinto porque o particular, beneficiário do ato, não cumpriu com seus
deveres (ex: Administração Pública concede licença para criação de um motel, o particular
montou um bordel). O ato será cassado e será extinto.
f) Caducidade: o ato é extinto, pois uma lei nova não mais permite a prática do ato (ex: particular
tem autorização para explorar determinado tipo de madeira, mas surge lei nova que não permite
mais exploração desse tipo de madeira. Com isso, a autorização perde validade
automaticamente);
1. Conceito: ato de imoralidade qualificada pela lei que importa em enriquecimento ilícito do
agente (art. 9º, rol meramente exemplificativo. Precisa de dolo - ex: recebimento de propina),
prejuízo ao erário (art. 10, rol exemplificativo. Admite dolo ou culpa - ex: Administração
adquiriu um bem com preço maior que o de mercado) e/ou violação de princípios da
Administração Pública (art. 11, rol exemplificativo. Precisa do dolo) e que enseja em processo
judicial (é uma ação judicial de natureza civil, não é apurado por processo administrativo)
promovido pela pessoa jurídica lesada ou pelo Ministério Público a aplicação das sanções
previstas no art. 37, parágrafo 4º, CF, e art. 12 da Lei 8.429/92.
Não precisa ser servidor para praticar ato de improbidade. É qualquer agente público (art. 1º).
Improbidade poderá penalizar o particular também, desde que se beneficie, que induza ou concorra
para o ato de improbidade. O sucessor do agente que cometeu improbidade por enriquecimento
ilicito ou prejuizo ao erário responderá até o limite da herança. Nao se aplica ao agente que violou
princípios da Administração, pois, nesse caso, não envolveria dinheiro.
Na ação de improbidade, o sujeito passivo é quem cometeu a improbidade. O sujeito ativo do ato
de improbidade é agente público.
Toda ação de improbidade terá o MP, ou como autor ou como fiscal da lei.
Quando for possível enquadrar nas 03 condutas, aplica-se o mais grave. Enriquecimento ilícito é o
mais grave. Violação de princípios da Administração Pública é o menos grave. A gravidade é
medida pela gravidade da sanção.
Administração Pública
1. Art. 37, XIX, CF: são chamadas de pessoas políticas porque tem competência para legislar e
estudar as próprias leis. Por meio de uma lei, elas criam a Administração Pública Indireta.
a) "somente lei específica": é uma lei para cada uma das pessoas indiretas (ex: SP quer uma
autarquia, terá que criar lei). Quer dizer que somente poderá tratar de um único assunto. Essa lei
será uma lei ordinária, pois quando a Constituição Federal requer lei complementar, assim ela
expressamente dispõe.
• As pessoas da administração indireta não nascem por contratos, mas sim mediante lei específica
(ex: lei que criou o IBAMA, só pode dissertar acerta do IBAMA, não pode falar de feriados).
Obs: lei específica é lei ordinária. Quando a CF nao especificar que se trata de lei complementar,
será lei ordinária. "
• Autorizada: precisa de lei; necessita de registro, os atos constitutivos precisam ser registrados
- Cria-se pessoa de direito privado
Descentralização
Pressupõe a existência de duas pessoas (as que criam e as que são criadas), diferente de
desconcentração.
1. Conceito
a) Descentralização: descentraliza porque não realiza todas as atividades. Na descentralização
trabalha-se com pessoas. Pessoa tem personalidade jurídica própria e responde por seus atos.
Pressupõe a existência de duas pessoas: as pessoas que criam e as pessoas que são criadas.
- ente - entidade - pessoas
Obs: pessoa tem personalidade jurídica própria, é sujeito de obrigações e responde por seus atos
(ex: atropelamento de seu José da Frutaria, foi atropelado pelo motorista de um carro do INSS,
quem irá responder é o INSS).
b) Desconcentração: não tem personalidade jurídica própria. Trabalha-se com órgãos - que não
detém personalidade jurídica.
- órgão
Obs: Escola Pública Municipal: escola e secretaria são órgãos, tem que processar o Município se
preciso.
Algumas dessas pessoas (administração pública indireta) são criadas e outras são autorizadas.
1. Conceito: a administrativa pública indireta é exercida por outras pessoas jurídicas que não se
confundem com os entes federativos.
d) Contratos administrativos;
e) Licitação;
f) Imunidade Tributária Recíproca (ex: IPVA e IPTU - art. 150, CF) - SOMENTE para impostos;
g) Possui bens públicos - porque toda prestadora de serviços públicos têm bens públicos.
h) Espécies:
I. Autarquias ordinárias (autarquia comum) - ex: IBAMA, INSS
II. Especial: são agências (reguladoras e executivas);
• Agência reguladora:
❖ Autarquia de regime especial, elas são particulares que prestam serviços públicos, a
• Agência executiva:
❖ Autarquia ou Fundação Pública que celebra um contrato de gestão e recebe a qualificação da
agência executiva, são elas:
- INMETRO
Obs: OAB não é uma autarquia, o STF argumenta que é uma categoria sui generis.
IV. Associação pública: são os concessionários públicos que criam na Lei 11.107/05 (ex: o estado
de São Paulo pode se associar a União).
b) Divisão:
I. Direito Público:
• Criada;
• Lei ordinária + Lei complementar (para definir a atuação, se será na área da saúde, educação ou
qualquer outra);
• Autarquia Fundacional.
4. Empresa pública: são autorizadas mediante lei, devendo fazer concurso para preencher cargo
em regime de emprego. Ainda, faz licitação para celebração de contratos administrativos. Pode
prestar serviços públicos outro explorar atividade econômica (ex: Caixa Econômica Federal e
Correios).
5. Sociedade economia mista: de direito privado, são autorizadas mediante lei e exigem concurso
para preenchimento de cargo em regime de emprego. Faz licitação para celebração de contratos
administrativos. Ainda, podem prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica (ex:
Banco do Brasil e Petrobras).
Autorizada Autorizada
Licitação Licitação
Prestação de serviço público <--> bens públicos Prestação de serviço público <--> bens públicos.
Explora atividade econômica (ex: BB) Explora atividade econômica (ex: Petrobras)
Foro de julgamento é da Justiça Estadual Foro de julgamento será de acordo com a Empresa
SEMPRE - art. 109, CF não contemplou a - pode ser na Justiça Estadual ou na Justiça
sociedade de economia mista Federal.
Obs:
1. Diferente das fundações mantidas pelo particular (ex: Senna);
2. Se a União tiver interessa na causa, este processo da Justiça Estadual vai para a Federal.
José foi atropelado por um carro do INSS (autarquia federal), perdeu as duas pernas, ele processa o
INSS (Responsabilidade Civil Objetiva) e ganha. O INSS entra com ação de regresso.
ATENÇÃO!!! As ações contra o estado não prescrevem mais em 05 anos, mas sim em 03 anos.
+Atentado; e
DPVAT
Temas especiais: quando o Estado deixa de agir, não evitando o resultado (caso de assalto, i.e.), a vítima deve comprovar a culpa ou o dolo
(teoria da responsabilidade subjetiva). Há a violação de um dever estatal (negligência).
Indenização em caso de obra: se a realização de obra causar prejuízo, em virtude de ato ilícito (violação da legalidade) haverá responsabilidade objetiva. Já
quando houver ato lícito, o dano é indenizável caso seja anormal (ultrapasse a normalidade) e seja específica.
Responsabilidade em caso de custódia (presos, alunos de escola pública, i.e.): o Estado deve zelar por sua integridade, com isso, se acontecer algo com a pessoa
(mesmo que seja causado por terceiro) o Estado deve indenizar. Se um preso foge e causa prejuízo o Estado indeniza, mas apenas se for de imediato.
• Serviço público: é todo aquele prestado pela administração de baixa regra de direito público
para a preservação dos interesses da coletividade.
• Execução: possibilidade de quem executar serviços ser a própria administração pública titular,
porém, pode acontecer, que a Administração transfira a execução para particular que quer obter
lucros.
2. Valor da tarifa: é fixado por aquele que é titular do serviço, no caso o poder público.
3. Responsabilidade: quem responde pelos danos é quem executa o serviço. A execução pode ser
feita pelo particular ou pelo terceiro.
4. Danos causados a quem? Qual a extensão dessa responsabilidade danos causados aos usuários,
terceiro e poder público.
• O STF, em 2009, decidiu que nodano experimentado pela vítima resulta da prestação de um
serviço público, a responsabilidade será sempre objetiva sendo irrelevante saber quem causou o
dano ou quem sofreu.
❖ Quem causou? Não importa quem causa o dano, o poder público responde de forma objetiva e o
particular também.
❖ Quem sofreu? Não importa saber quem foi à vítima. Aqui, a vítima pode ou não ser usuário ou
terceiro. Se a responsabilidade é objetiva, importa apenas que a vítima que sofreu o dano.
Responderá objetivamente independe de comprovação de culpa e dolo, pois deve demonstrar
apenas o nexo de causalidade, ou seja, que o dano sofrido teve como causa a prestação de um
serviço público. Acionado em juízo pela vítima, o concessionário ou permissionário só responde
pelos danos que tiveram causados à ela. Ainda assim poderão usar em sua defesa:
- Caso fortuito (dano causado por terceiro);
- Força Maior (dando pela natureza); ou
- Culpa da vítima (para excluir ou atenuar sua responsabilidade).
- Variantes do Risco Administrativo.
2. Objetivo: atrair a iniciativa privada para execução de obras e serviços de grande portes;
7. Objeto: a lei proibiu a celebração de PPP que tenham por objeto ÚNICO/ EXCLUSIVO a
execução de obras públicas, o fornecimento de obras e o fornecimento e a instalação de
equipamentos.
8. Modalidade de PPP:
a) Patrocinadas: art. 2º, parágrafo 1º, da Lei, apresenta uma dupla fonte de arrecadação para o
parceiro privado além de possibilidade de cobrança de tarifa do usuário a lei permite que o
parceiro privado também seja remunerado pela administração.
b) Administrativa: art. 2º, parágrafo 2º da Lei - não poderá cobrar tarifa dos usuários apenas a
remuneração.
Licitações
2. Fundamento:
• art. 37, XXI, CF - para contratar serviço, adquirir ou alienar bens deve licitar (propostamais
vantajosa para o interesse público).
4. Competência: foi atribuída, pela própria CF, para a União (art. 22, XXVII, CF). Trata-se de
competência privativa para editar normas gerais sobre licitações. Tem aplicabilidade para todo o
território nacional.
a) Destinatário (art. 1º da Lei): todos aqueles que se encontrem dentro da administração (nas 04
esferas de governo) - isso porque o objetivo único é interesse público. Se não preservar o
interesse público, não é legítimo. Todas as pessoas dentro da administração inclui as autarquias,
sociedades de economia mista e empresas públicas.
b) Modalidades de licitação (art. 22): não basta abrir licitação, deve escolher a modalidade
correta. Se não licitar quando deve limitar, cometeu ilegalidade. Se licitou quando devia, mas
escolheu a modalidade errada, também cometeu ilegalidade.
• Concurso: hipotese única de cabimento. Para escolha de trabalho técnico, artístico ou científico
mediante remuneração. Qualquer um pode participar.
• Leilão: hipótese única de cabimento. Somente pode ser utilizado para alienação de bens públicos
inservíveis ou aqueles que tenham sido legalmente apreendidos (ex: leilão de bens de traficante).
• Pregão (Lei 10.520/02): modalidade mais utilizada. Serve para tornar a licitação mais rápida e
mais transparente. Qualquer um pode participar. É a única modalidade que admite a participação
on-line, ou seja, a distância (ganho de competitividade). As outras só admitem participação
presencial.
Pode ser utilizado para aquisição de bens e serviços comuns a preços de mercado. Essa
terminologia é extremamente subjetiva e assim foi criada para abranger diversos temas.
Contratos públicos
1. Definição: as regras que comandam esses contratos não são as mesmas que comandam
contratos entre particulares.
3. Execução:
a) Regra geral (art. 66 da Lei 8.666/93): celebrado o contrato, as partes devem cumprir fielmente
com suas obrigações, sob pena de responsabilidade. Se nada de diferente acontecer, não pode
haver alterações.
b) Excepcionalmente: o contrato poderá ser alterado durante sua execução se surgirem fatos
imprevisíveis que impeçam o seu cumprimento (aleas extraordinários - fatos imprevisíveis que
impedem os contratos de serem cumpridos nos termos originais).
• Teoria da imprevisão: é aquela que autoriza mudanças nas cláusulas do contrato quando durante
a sua execução surgirem fatos imprevisíveis que impeçam o seu cumprimento. Os fatos
geradores são:
- Caso fortuito: fato imprevisível criado por terceiros;
- Força maior: fato imprevisível criado pela natureza;
- Fato do príncipe: fato imprevisível criado pelo poder público atingindo todos os contratos por
ele celebrados;
- Fato da administração: fato imprevisível criado pelo poder público atingindo apenas um ou
alguns contratos;
Se quem descumpre obrigação é o particular, a rescisão pode ser por parte da administração, mas se
na administração descumprir, a rescisão deve ser judicial.
Propriedade
2. Extensão: essa definição se estende aos bens móveis, imóveis, materiais e imateriais (ex:
direitos autoriais).
3. Importância:
A Constituição coloca a propriedade como direito fundamental (art. 5º, caput, CF). O mesmo
dispositivo assegura a inviolabilidade da propriedade.
No art. 5º, XXII, a Constituição reassegura o direito à propriedade.
A própria Constituição estabelece um dever fundamental ao dono da propriedade: dar ao bem uma
função social (art. 5º, XXIII).
Toda vez que o proprietário não der uma função social, estará praticando uma inconstitucionalidade
(desreispeita o art. 5º, XXII). Isso significa que pode sofrer uma penalidade.
❖ Plano Diretor: é o diploma legal que estabelece regras que vão permitir que uma cidade cresça de
forma ordenada. É o responsável por dividir a cidade em zonas (residencial, comercial,
preservação ambiental) e decide onde pode construir prédios. O plano diretor deve ser revisto de
10 em 10 anos.
b) Propriedade rural: a CF, no art. 186, determina que a propriedade cumpre sua função social
quando atende simultaneamente a 04 exigências:
I. Quando tem exploração racional e adequada;
II. Exploração que respeite os recursos hídricos e o meio ambiente;
III. Exploração que respeite as relações de emprego (ex. de desrespeito: quando permitirem menor
de 14 anos trabalhando ou quando há trabalho escravo);
IV. Exploração que atenda ao bem estar do proprietário e dos trabalhadores.
Todas as exigências são subjetivas, pois a única sanção que incide sobre a propriedade rural é a
desapropriação para fins de reforma agrária (art. 184, CF).
5. Meios de intervenção: podem ocorrer ainda que o proprietário não tenha feito nada de errado.
a) Desapropriação: trata-se de um meio de intervenção na propriedade em que ela é transferida
compulsoriamente para o patrimônio público, por razões de interesse público ou de
inconstitucionalidade mediante indenização, nos termos da Constituição. Implica na perda
compulsória da propriedade - a administração decide sozinha, é unilateral. Não precisa de
autorização do judiciario. Quando a desapropriação vier por razões de interesse público, o
proprietário não fez nada de errado, trata-se de supremacia do interesse público. No caso da
inconstitucionalidade, o proprietário fez algo errado, e ocorre quando a propriedade não cumpre
a sua função social.
O proprietário terá direito a indenização nos dois casos, mas muda a natureza da indenização. No
caso da propriedade rural, os títulos da dívida pública só poderão ser resgatados depois de 20 anos.
A desapropriação é feita por meio de um decreto de desapropriação - é o meio de comunicação.
A tresdestinação pode ser licita ou ilícita. A tresdestinação lícita é a mudança na destinação inicial,
mas mantém o interesse público (ex: desapropria para construção de escola, mas depois constrói-se
uma delegacia).
Já a tresdestinação ilícita é a mudanca na destinação inicial do bem, não se preservando o interesse
público (ex: desapropria para construção de uma escola, mas depois constrói um hotel - nesse caso,
o proprietário recorre ao judiciário, através de um pedido de retrocessão, ou seja, requer que a
situação retroceda ao momento anterior à desapropriação - quer o bem de volta. Isso pode ocorrer
também quando não é dada finalidade alguma ao bem - art. 519, CC). Na retrocessão, pagará o
valor de mercado do imóvel, devolverá o valor pago a título de indenização.
Segundo orientação dos Tribunais, se o pedido de retrocessão for acolhido, ou seja, se for julgado
procedente a questão se resolve em indenização por perdas e danos (art. 35 do Decreto 3.365/41 -
principal norma em desapropriação). Ademais, se o bem já for considerado bem público e já tiver
sido dada destinação, ainda que a desapropriação seja ilegal, resolve-se em perdas e danos.
Se ocorrer acordo quanto o valor a ser pago a titulo de indenização, a questão é resolvida
administrativamente. Não é comum, pois o poder público tende a oferecer quase nada. Quando
ocorre, é por pressão da própria administração (ex: o imóvel vale 1 milhão, a administração oferece
200 mil, mas diz que pagará imediatamente e faz pressão, alegando a demora do Judiciário e a fila
para recebimento dos precatórios).
Na falta de acordo, resolve-se judicialmente. O proprietário terá que esperar a fila de precatórios
para receber o valor.
f) Servidão: trata-se de um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao uso
específicas e onerosas. Específica, pois atinge apenas um ou alguns bens. E, por ser específica,
dá direito a indenização (ex: passagem de rede elétrica por algumas propriedades - implica em
desvalorização). Implica na restrição somente quanto ao uso.
Consórcios Públicos
1. Noções básicas: serviço público é todo aquele prestado pela Administração seguindo as regras
de direito público para a preservação dos interesses da coletividade. A titularidade desses
serviços pertencer ao Poder Público, e essa titularidade é intransferível, ou seja, jamais poderá
ser transferidas a particulares. É divida entre as 04 esferas do governo (federal, estadual,
distrital e municipal).
Exemplos:
Serviço Titularidade Dispositivo
A esfera de governo que detém a titularidade será competente para elaborar as regras de execução
do serviço. Elaborando-as sozinha, de forma unilateral.
Também é o ente federativo detentor da titularidade que fiscaliza o cumprimento do serviço e
aplica sanções em casos de descumprimento.
Por fim, será o ente titular que determinará quem irá realizar a execução desses serviços, podendo
ser executado:
4. Fundamento: os fundamento encontra-se no art. 241, CF. Esse artigo determinada que os
consórcios públicos deverão ser regulamentos por lei.
II. Ratificação do protocolo de intenções por meio de lei: significa que o protocolo deve ser
aprovado pelo legislativo dos entes participantes.
d) Pessoa Jurídica (art. 6º): criado o consórcio, deve ser constituída uma pessoa jurídica para
acompanhar a execução das obras e dos serviços. Se essa pessoa jurídica tiver personalidade
de direito público, recebe o nome de associação pública. Se tiverem uma personalidade de
direito privado, recebe nome de associação privada.
e) Contrato Programa (art. 13): as esferas demoverão dirão com quais obrigações irão se
comprometer. Recebe o nome de Contrato Prograama, pois estabelece-se um programa para
realização dos serviços.
f) Contrato Rateio (art. 8º): já que cada esfera de governo disse sobre qual obrigação ficará
responsável, igualmente deverá dizer com quanto (dinheiro) irá participar.
h) Retirada (art. 11): é a saída da esfera do governo por iniciativa própria. Essa saída tem que ser
comunicada a uma Assembléia Geral, que pode autorizar ou não a saída dela. Se sair, pode ser
que tenha que pagar uma indenização.
i) Exclusão (art. 8º, parágrafo 5º): é a saída de uma esfera do governo em razão de irregularidades
praticadas. Tem direito a abertura de um processo administrativo assegurada a Ampla Defesa,
uma vez ué estão imputando a essa esfera de governo a prática de uma irregularidade. Podem
ser aplicadas sanções/penalidades.