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Mira na OAB eBook de Véspera 36º Exame de Ordem

Sumário

Ética 01
Direito Civil 06
Direito Processual Civil 11
Direito do Trabalho 15
Direito Processual do Trabalho 19
Direito Administrativo 23
Direito Penal 27
Direito Processual Penal 31
Direito Constitucional 36
Direito Tributário 40

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Ética
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Ética
1. São atividades privativas da advocacia:

1) A postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais

2) As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídica

Novidade incluída pela Lei n° 14.365 de 2022

As atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de modo verbal OU


por escrito, a critério do advogado e do cliente, e independem de outorga de mandato OU de
formalização por contrato de honorários

2. O advogado pode dirigir-se diretamente aos magistrados

Independentemente de horário marcado ou outra condição, observando-se a ordem de


chegada, pode o advogado dirigir-se aos juízes

3. Vedações ao advogado

O Código de Ética e Disciplina da OAB informa que é vedado ao advogado:

a) responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação
social;

b) debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;

c) abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o


congrega;

d) divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;

e) insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

4. Direitos do estagiário regularmente inscrito na OAB

É garantido ao estagiário regularmente inscrito na OAB retirar e devolver autos ao cartório


com carga; obter certidões de processos em curso ou findos; assinar petições de juntada dos
processos judiciais ou administrativos, bem como pode praticar atos extrajudiciais desde que
com autorização ou substabelecimento do advogado.

5. Nulidade de atos praticados na advocacia

São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem
prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.

São também nulos os atos praticados por advogados impedidos, suspensos, licenciados ou
que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.

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6. Inviolabilidades relacionadas ao exercício da advocacia

São invioláveis o escritório ou “local de trabalho”, instrumentos de trabalho e correspondência


escrita, eletrônica e telefônica.

No entanto é possível haver busca e apreensão em escritório de advogados se comprovados


indícios de autoria e materialidade da prática de crime por advogado, existir mandado de
busca específico e pormenorizado, presente um representante da OAB, sendo vedada a
utilização de provas contra outros clientes que não esteja, sendo investigados naquela
mesma operação

7. Acesso do advogado ao cliente preso

O advogado para ter acesso ao seu cliente que está preso não precisa de procuração,
devendo-se ser assegurado que esse acesso aconteça de forma pessoal e reservadamente.
Qualquer estabelecimento prisional, seja civil ou militar, ainda que os presos sejam
considerados incomunicáveis, o que é inconstitucional, devem garantir o acesso do advogado
ao cliente.

8. O advogado possui prerrogativas especiais para sua prisão em flagrante

Somente pode ser preso em flagrante por crime inafiançável, sendo exigível a presença de
representante da OAB quando a prisão se der por motivo ligado ao exercício da advocacia,
sob pena de nulidade, e nos demais casos, bastando a comunicação expressa. Neste caso, a
prisão se dará em Sala de Estado-Maior ou, em sua falta, prisão domiciliar. A prisão-pena não
possui estas prerrogativas, sendo elas limitadas à prisão cautelar.

9. Utilização da expressão “pela ordem”

O advogado pode usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal judicial ou administrativo,
órgão de deliberação coletiva da administração pública ou comissão parlamentar de
inquérito, mediante intervenção pontual e sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida
surgida em relação a fatos, a documentos ou a afirmações que influem na decisão.

10. Prerrogativas da advogada

A advogada gestante tem o direito de não ser submetida a detector de metais/raio-x, bem
como à vaga especial de garagem e tem preferência nas sustentações orais e nas audiências
enquanto estiver grávida.

A advogada lactante tem direito a creche/local adequado às necessidades do bebê, bem


como preferência em sustentações orais enquanto estiver amamentando.

A advogada adotante e que der à luz tem direito a creche/local adequado às necessidades do
bebê, bem como preferência em sustentações orais por 120 dias e suspensão de prazos
quando única patrona por 30 dias, sendo necessário o aviso ao cliente.

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11. Requisitos necessários para inscrição como advogado

Para inscrição como advogado é necessário ter capacidade civil; diploma ou certidão de
graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
Título de eleitor e quitação do serviço militar; aprovação em Exame de Ordem; não exercer
atividade incompatível com a advocacia; idoneidade moral; prestar compromisso perante o
conselho (indelegável, solene e personalíssimo).

12. O estágio em situações excepcionais

Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impossibilitem as atividades


presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio profissional poderá ser realizado no
regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, por qualquer
meio telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer uma dessas
modalidades.

13. Tipos de inscrição do advogado

A inscrição principal é a realizada pelo advogado no Conselho Seccional em cujo território


pretende estabelecer o seu domínio profissional, isto é, sua sede principal da atividade.

A inscrição suplementar é aquela realizada nos conselhos seccionais em cujos territórios


passar a exercer habitualmente a profissão, ou seja, quando excede 5 causas por ano

14. O advogado pode atuar sem procuração

O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la


no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.

15. Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas só podem ser admitidos a


registro quando visados por advogados

Sob pena de nulidade caso não sejam visados. Importante também é destacar é impedido de
visar o ato constitutivo advogado que presta serviço à órgão da administração pública
estadual que seja da mesma unidade federativa do órgão competente para registro.

16. O STF entendeu que, apesar de os advogados terem direito a serem presos em Sala
de Estado Maior, não há necessidade da OAB “reconhecer” tais estabelecimentos.

O STF entendeu que é inconstitucional parte do artigo que mencionava a expressão “assim
reconhecida pela OAB”, assim, a despeito da prerrogativa de direito do advogado de ser
recolhido nestas salas, não há necessidade de reconhecimento da ordem.

17. O advogado pode ficar sentado ou em pé e retirar-se independentemente de licença

É permitido aos advogados esses direitos em Salas de audiências, secretarias, cartórios;


Salas de sessões dos tribunais, mesmo na parte reservada aos magistrados; Delegacias e
prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus
titulares; Qualquer lugar onde funcione repartição judicial ou outro serviço público, mesmo

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fora da hora de expediente, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
Qualquer reunião privada de que participe ou possa participar o seu cliente, desde que
munido de poderes especiais).

18. Honorários do advogado no caso de bloqueio universal do patrimônio do cliente

No caso de bloqueio universal do patrimônio do cliente por decisão judicial, garantir-se-á ao


advogado a liberação de até 20% (vinte por cento) dos bens bloqueados para fins de
recebimento de honorários e reembolso de gastos com a defesa.

19. O Termo de Ajustamento de Conduta é um benefício oferecido aos advogados e


também aos estagiários

O TAC é cabível às sanções mais leves, à publicidade profissional irregular, , puníveis com
censura, sendo uma forma de evitar as sanções, mediante concordância pelo advogado em
obedecer determinadas obrigações, bem como cessar a conduta violadora e seus efeitos. O
TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) não pode ser oferecido: I- quando o infrator tiver
sido beneficiado com o instituto nos 3 anos anteriores a conduta apurada; II - se for mais de
uma infração ou quando apenas uma ação for apta a violar, de forma simultânea, outros
dispositivos do EAOAB. Também, não se aplica aos processos ético-disciplinares com
condenação transitada em julgado.

20. É vedada a punição com suspensão do advogado inadimplente no que tange ao


pagamento das anuidades.

Foi entendido como inconstitucional o Art. 34, XXIII do EAOAB que prevê que será punido com
suspensão o advogado que deixar de pagar suas contribuições (ex: anuidade). Isso porque a
grave punição impossibilita o exercício do trabalho para angariar recursos.

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Direito
Civil
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Direito Civil
1. Vícios Redibitórios

O doutrinador Pablo Stolze conceitua o instituto como "os defeitos ocultos que diminuem o
valor ou prejudicam a utilização da coisa recebida por força de contrato cumulativo".

2. Sucessão legítima

O Código Civil informa que a sucessão legítima deve obedecer a seguinte ordem:

a) aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este


com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;

b) aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

c) ao cônjuge sobrevivente;

d) aos colaterais.

3. São reconhecidos como absolutamente incapazes, segundo o CPC, apenas os


menores de 16 anos

O estatuto da Pessoa com Deficiência revogou os incisos que mencionavam serem também
absolutamente incapazes “os que, por enfermidade ou de deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos”, assim como aqueles “que, mesmo por
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade”.

4. Apesar de vícios sociais, a simulação e a fraude contra credores devem ser


diferenciadas.

A simulação se trata de declaração enganosa, sendo causa de nulidade, enquanto a alienação


dos bens pelo devedor insolvente para prejudicar credores é a fraude contra credores, que é
anulável.

5. Direto de representação

O direito de representação confere a possibilidade de herdeiros do sucessor pré-morto ou


indigno de participar da sucessão em seu lugar, aceitando indiretamente a herança em seu
nome. O direito de representação pode ocorrer na classe dos descendentes e em uma única
situação na classe dos colaterais: quando os sobrinhos, filho de irmão pré-morto ou indigno,
concorre com os irmãos vivos. Tal direito, contudo, jamais ocorrerá na classe dos
ascendentes.

6. O terceiro não interessado em uma dada obrigação (que não tem interesse jurídico)
que paga a dívida em nome do devedor não tem direito a reembolso

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Somente terá direito a reembolso o terceiro não interessado que pagar a dívida em nome do
devedor.

7. Havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e o cônjuge), o


testador só poderá dispor de metade da herança

São considerados herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge (ou


companheiro sobrevivente).

8. A Cláusula Penal Compensatória serve não apenas como punição pelo


inadimplemento, mas também como prefixação de perdas e danos.

Assim a execução desta cláusula poderá até substituir a execução do próprio contrato.

9. Vícios redibitórios

Os vícios redibitórios são defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da
coisa recebida por força de um contrato comutativo

10. Excludentes da responsabilidade civil

O nexo de causalidade é um dos elementos que caracterizam a responsabilidade civil. São


excludentes capazes de quebrar o nexo de causalidade: culpa exclusiva da vítima; culpa
exclusiva de terceiro; caso fortuito e a força maior.

11. Um dos efeitos dos Direitos Reais de Garantia é o vencimento antecipado da


obrigação garantida, que permite o credor exigir o pagamento antes do vencimento.

Isso ocorre nas seguintes hipóteses: 1. Quando há falência ou insolvência do devedor; 2.


Perecimento ou deterioração do objeto, sem que seja substituído ou reforçado pelo devedor
quando o valor do objeto está assegurado o valor da indenização sub-roga-se na coisa
destruída ou deteriorada; 3. Impontualidade do devedor no pagamento das prestações, o
atraso em qualquer das prestações justifica o vencimento antecipado; 4. Desapropriação total
ou parcial da coisa.

12. Regime aplicado à união estável

Na união estável, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens.

13. Ausência de indicação do regime de bens no pacto antenupcial

A falta de indicação expressa de um regime de bens por meio de pacto antenupcial, que deve
ser feito por escritura pública, sob pena de invalidade, acarretará a imposição do regime
supletivo de comunhão parcial de bens, sendo permitida, contudo, a alteração deste regime
após a celebração do casamento mediante autorização judicial em pedido motivado de
ambos os cônjuges, desde que ressalvados os direitos de terceiros.

14. Frutos civis no regime de comunhão parcial de bens

No regime de comunhão parcial de bens, em que pese os bens adquiridos anteriormente ao

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casamento sejam considerados patrimônio particular de cada cônjuge, os frutos civis destes
bens são considerados bens comuns do casal, assim como, sendo imóvel o bem particular,
será necessária a autorização do cônjuge para sua alienação.

Entende-se por frutos civis, por exemplo, os aluguéis de imóvel particular do cônjuge, os
quais integram para todos os fins o patrimônio do casal.

15. Prescrição e decadência

A prescrição extingue a pretensão, além disso é um direito subjetivo, possuindo previsão legal
e deve ser reconhecida pelo magistrado de ofício. A decadência extingue o direito pode ser
convencional ou legal, somente cabe a renúncia na convencional. Observe-se que a
decadência legal deve ser reconhecida pelo juiz de ofício e a convencional não admite
intervenção judicial.

16. Cláusula penal

Cláusula penal é um pacto acessório, pelo qual as partes de determinado negócio jurídico
fixam, previamente, a indenização devida em caso de descumprimento culposo da obrigação
principal.

17. Dano material, moral e estético

O dano material pode ser dividido em: a) dano emergente — correspondente ao efetivo
prejuízo experimentado pela vítima, ou seja, “o que ela perdeu”; b) os lucros cessantes —
correspondente àquilo que a vítima deixou razoavelmente de lucrar por força do dano, ou seja,
“o que ela não ganhou”

O dano moral é prejuízo ou lesão de direitos, cujo conteúdo não é pecuniário, nem
comercialmente redutível a dinheiro, como é o caso dos direitos da personalidade

O dano estético é uma lesão ao direito constitucional de imagem.

18. Teoria da causalidade alternativa

A teoria da causalidade alternativa, trata-se de uma técnica de responsabilização decorrente


de danos causados por objetos caídos ou lançados de um prédio, "pela qual todos os autores
possíveis - isto é, os que se encontravam no grupo - serão considerados, de forma solidária,
responsáveis pelo evento, em face da ofensa perpetrada à vítima por um ou mais deles,
ignorado o verdadeiro autor, ou autores."

19. Contrato de Comodato

O comodato é uma espécie de contrato de empréstimo, realizado quando o bem, objeto do


contrato, é não fungível - bens que não perecem ao serem usados.

20. Direito de Representação

Direito conferido aos sucessores do herdeiro pré-morto ou excluído da sucessão, para que

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possam receber a parte que caberia ao próprio representado.

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Direito
Processual
Civil
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Direito Processual Civil


1. Divórcio consensual pela via recursal

O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não


havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser
realizados por escritura pública.

2. Ausência injustificada das partes na audiência de conciliação

O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é


considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.

3. Impenhorabilidade do bem de família

O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a


pessoas solteiras, separadas e viúvas.

4. Tutela provisória de urgência

A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo e poderá ser concedida em caráter antecedente ou incidental

5. Momento para alegar incompetência

A incompetência absoluta ou relativa deve ser alegada em preliminar de contestação

6. Incidente de Desconsideração de Personalidade Jurídica

A decisão que julga o Incidente de Desconsideração de Personalidade Jurídica é recorrível de


imediato por meio de Agravo de Instrumento ou Agravo Interno.

7. Recurso adesivo

O recurso adesivo não será conhecido caso a parte contrária desista do que recurso
independente ou caso ele seja inadmitido.

8. Há Fungibilidade entre as Tutelas de Urgência

Caso o autor requeira a tutela incorreta, o juiz poderá conceder a tutela escorreita, usando da
fungibilidade entre as tutelas de urgência

9. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos,


ainda que entre eles não haja conexão

São requisitos de admissibilidade da cumulação: I - compatibilidade entre si; II - seja


competente para conhecer deles o mesmo juízo e III adequação de todos pedidos ao tipo de

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procedimento (art. 327, “caput” e § 1º, CPC).

10. Instrumento público como substância do ato

Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por
mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta, havendo uma presunção absoluta de invalidade
do ato.

11. Legitimidade do Amicus Curiae

O Amicus Curiae poderá opor embargos de declaração e recorrer da decisão que julgar o
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR)

12. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição
inicial para substituição do réu.

Ao autor será facultado: a) substituir o réu pelo terceiro indicado; b) requerer a citação do
terceiro indicado para responder em litisconsórcio com o réu originário ao processo; e c)
manter o processo como está, não aceitando a indicação do terceiro indicado.

13. Reconvenção

A desistência na demanda principal, bem como sua extinção sem resolução do mérito, não
impede o prosseguimento da reconvenção.

14. É admitida a produção antecipada de provas

Admitida nos casos que: Haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito
difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; a prova a ser produzida seja
suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito e
(III) o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação (art. 381,
CPC).

15. Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento


dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior

Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento


anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos
embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação. A
parte poderá complementar as razões do recurso já interposto em caso de decisão
modificada pelos Embargos de Declaração, nos estritos limites daquilo que foi alterado.

16. Causa madura

Segundo o CPC, na apelação e no recurso ordinário, estando o processo maduro para


julgamento, o Tribunal deverá julgar o mérito da causa, ainda que seja caso de retorno, em
tese, dos autos ao primeiro grau.

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17. Em sede de execução, na fundada em título executivo judicial cabe a instauração da


fase de cumprimento de sentença (sincretismo processual). Por sua vez, quando
extrajudicial o título, cabe ação autônoma de execução. Ainda, caso exista prova escrita
sem eficácia de título executivo, a via competente será a ação monitória.

Caso exista prova escrita sem eficácia de título executivo, caberá ação monitória.

18. Fraude contra credores

Caracteriza-se a fraude contra credores quando houver: Alienação ou oneração de bens


capaz de levar o devedor à insolvência; 2) A preexistência de credores e 3) O nexo causal
entre os requisitos anteriores.

19. Exceções à impenhorabilidade de renda

Existem exceções à regra geral de impenhorabilidade de renda, sendo elas: em sede de


pensão alimentícia, independentemente do valor da renda do devedor e quando os salários
forem superiores a 50 salários mínimos mensais

20. A apelação não possui efeito suspensivo automático nos casos de sentença que:

a) Homologa divisão ou demarcação de terras;

b) Condena a pagar alimentos;

c) Extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;

d) Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;

e) Confirma, concede ou revoga tutela provisória.

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Direito
do Trabalho
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Direito do Trabalho
1. Anotações na CTPS

O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, a data de admissão,
a remuneração e as condições especiais, se houver (Art. 29, CLT). O trabalhador deverá ter
acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua
anotação.

2. Na terceirização, a responsabilidade do tomador é subsidiária, porém, quando a


terceirização ocorrer mediante contrato temporário, ocorrendo a falência da empresa de
contrato temporário, responde o tomador solidariamente

Entende-se por tomador aquele que contrata o serviço de empresa terceirizada, à qual estão
subordinados seus empregados.

3. Férias do estagiário

O Art. 13 da Lei 11.788/2008 assegura ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual
ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares. Porém, não se confunde com férias, nem
tampouco há pagamento de acréscimo de 1/3 do valor da bolsa.

4. Teletrabalho

O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades


específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o
regime de teletrabalho (art. 75-B, parágrafo único, CLT).

A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do


contrato individual de trabalho.

5. Compensação da jornada

A compensação de jornada mensal se dá por meio de acordo individual, tácito ou escrito; a


compensação de jornada semestral depende de acordo individual escrito; enquanto a anual
depende de acordo ou convenção coletiva de trabalho.

6. Não há necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de


convenção ou acordo coletivo de trabalho dispensas coletivas

As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins,


não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.

7. Nos estabelecimentos em que houver mais de 20 trabalhadores será obrigatória a


anotação da hora de entrada e de saída

A anotação pode ocorrer em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções

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expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,


permitida a pré-assinalação do período de repouso.

Atenção: É permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de


trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

8. Na jornada 12×36, havendo prorrogação do trabalho noturno, considera-se já


remunerado

A remuneração mensal pactuada desta jornada já abrange os pagamentos devidos pelo


descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno.

9. Acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho

As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as


estipuladas em convenção coletiva de trabalho.

10. Situações que não permitem a computação como período extraordinário

Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos
previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria,
buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares.

11. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,


auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado.

Essas importâncias não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de


incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.

12. Empregado transferido

Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua
residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de
transporte.

13. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de


emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato
dos empregados da categoria

O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a


quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas

14. A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na

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rescisão injusta do contrato de trabalho

A suspensão do trabalho é uma das formas de o trabalhador sancionar o trabalhador em sede


de suas condutas, visa a disciplinar, resgatar o comportamento do empregado conforme as
exigências da empresa. Ela pode ocorrer após advertências ou até mesmo logo após o
cometimento de uma falta de maior relevância.

15. Contrato de trabalho

O contrato de trabalho é pautado no princípio da primazia da realidade e pode ser formalizado


verbalmente ou por escrito. A ausência de anotação na CTPS não invalida tal negócio jurídico.

16. Licença-maternidade quando da adoção

A licença-maternidade deve ser concedida a adotante pelo mesmo prazo da gestante - 120
dias, conforme previsão do art. 392-A c/c 392 ambos da CLT. Isso porque a Lei 12.010/2009
revogou os dispositivos celetistas que atrelavam o número de dias da licença a idade do
adotado.

17. Trabalho Temporário

Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de
trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços.

18. Policial militar e empresa privada

É legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada,


independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do
Policial Militar.

19. Aviso prévio

Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas,
se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar
ou não a reconsideração. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação
depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não
tivesse sido dado.

20. Contrato de aprendizagem

É o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e
quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica,
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar
com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.

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Direito
Processual
do Trabalho
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Direito Processual do Trabalho


1. A regra no processo do trabalho é da irrecorribilidade imediata das decisões
interlocutórias, porém, em se tratando de decisão que acolhe a incompetência territorial
para TRT diverso do originário, ela é recorrível por meio de Recurso Ordinário

Vamos a um exemplo concreto: o reclamante ajuizou uma reclamação trabalhista em São


Paulo, o reclamado, por sua vez, apresentou petição de exceção de incompetência territorial
em Alagoas, a decisão final acolheu a exceção, determinando a remessa dos autos para
Alagoas. Neste caso, a despeito da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias em
seara processual trabalhista, é possível a interposição de imediato de Recurso Ordinário, no
prazo de 8 dias.

2. Efeito da ausência do reclamado

A ausência do reclamado importa a revelia e confissão dos fatos alegados. Porém,


comparecendo seu advogado, acolhe-se a defesa e os documentos.

3. Na reclamação trabalhista verbal, aquele que, tendo apresentado ao distribuidor não


se apresentar, em 5 dias, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena
de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho.

É excepcionada esta situação se o reclamante não comparecer por motivo de força maior

4. Rito Sumaríssimo

O rito sumaríssimo (aquele para causas de até 40 salários mínimos) não comporta citação por
edital, e só será deferida a intimação de testemunha que, comprovadamente convidada,
deixar de comparecer.

5. Arquivamento por não comparecimento em audiência

O reclamante que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento por
não-comparecimento à audiência perde o direito, por 6 meses, de reclamar perante a Justiça
do Trabalho, ocorrendo a perempção trabalhista.

6. Procedimento sumário

No procedimento sumário (causas com valor inferior a 2 salários-mínimos), é dispensável o


resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão da vara quanto à matéria de
fato.

7. O empregador poderá fazer-se substituído em audiência de julgamento pelo gerente


ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato

Sobre o preposto, não há exigência de que ele seja empregado da parte reclamada, podendo
ser qualquer pessoa com conhecimento.

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8. Administração pública direta, autárquica ou fundacional como parte

No caso de a administração pública direta, autárquica ou fundacional ser parte, o rito


obrigatório será o rito ordinário.

9. Número de testemunhas

O número de testemunhas na Justiça do Trabalho é variável de acordo com o procedimento.


No rito sumário e ordinário, é possível até 3 testemunhas, no sumaríssimo, 2 testemunhas e o
inquérito para apuração de falta grave admite até 6 testemunhas.

10. A regra da competência em razão do lugar no Processo do Trabalho é do local de


prestação do serviço

Excepcionam-se à regra o agente ou viajante comercial cuja competência será da Vara da


localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado
e, na falta, será competente a Vara da Localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima; e, em se tratando de empregador que promova realização de
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços

11. Homologação de acordo extrajudicial

A homologação de acordo extrajudicial depende que cada parte esteja representada


obrigatoriamente por advogado diferente.

A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação


quanto aos direitos nela especificados.

12. É vedada a cobrança antecipada de honorários periciais na Justiça do Trabalho

Sobre este ponto, importante lembrar que, na esfera cível, os honorários são cobrados
antecipadamente, o que não ocorre no processo do trabalho.

13. Com a reforma trabalhista, os honorários de sucumbência foram reconhecidos na


Justiça do Trabalho, sendo fixados entre 5% e 15%.

Aqui, reside outra diferença entre o processo do trabalho que pode gerar confusões,
lembre-se que, na esfera cível, a fixação é entre 10% e 20%.

14. Exceção à exigência de garantia ou penhora

A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que
compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.

15. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

No caso de incidente de desconsideração da personalidade jurídica na justiça do trabalho, da


decisão que acolher ou rejeitar o incidente na fase de cognição não cabe recurso de imediato;
na fase de execução, cabe agravo de petição; e da decisão de relator em incidente instaurado

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perante tribunal cabe agravo interno.

16. Recurso cabível para destrancar recurso

É possível agravo de instrumento no Processo do Trabalho para destrancar recursos

17. Inserção do nome no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas

A inserção do nome do executado no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas pode ocorrer


apenas 45 dias após a citação se ele não pagar ou garantir o juízo

18. Fase de liquidação

Na fase de liquidação, elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo
comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores
objeto da discordância, sob pena de preclusão.

19. Depósito recursal

São isentos do depósito recursal na Justiça do Trabalho os beneficiários da Justiça gratuita,


as empresas em recuperação judicial e as entidades filantrópicas.

Recolherão apenas 50% do valor do depósito recursal: as entidades sem fins lucrativos,
empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte.

O depósito recursal pode ser substituído por fiança bancária ou seguro-garantia judicial

20. Execução de ofício

É permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal nos casos em que as
partes não estiverem representadas por advogado.

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Direito
Administrativo
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Direito Administrativo
1. Bens alodiais

Os bens públicos são considerados bens alodiais, ou seja, bens com domínio público;

2. É proibida a usucapião de bem público

É adquirida diante da posse contínua e ininterrupta; mansa e pacífica com animus domini.

3. Cumulação de cargos

A Constituição Federal informa que é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,


exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto
no inciso XI: [...] c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.

4. Bens públicos dominicais

Os bens públicos dominicais são sem uso específico (desafetados), sendo o único tipo de
bem público que pode ser vendido

5. Pregão

O pregão é a modalidade licitatória exclusiva para a aquisição de bens e serviços comuns de


qualquer natureza e valor, sendo defeso para locação e serviços de engenharia em regra.

6. Reintegração do servidor estável

A Reintegração é o retorno do servidor estável após a invalidação da demissão por decisão


administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens

7. Tombamento

O tombamento consiste numa restrição à propriedade para a proteção do bem em razão de


valores de interesse público.

8. Estágio probatório

A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa


para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período
superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os
dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas.

9. Quantidade de marcas ou modelos na licitação

Na licitação, a Administração poderá, excepcionalmente, indicar uma ou mais marcas ou


modelos, desde que formalmente justificado

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10. Estatais de direito privado

As estatais de direito privado não podem falir e seus bens são penhoráveis em regra;

11. A inadimplência da administração

Foi reduzido, na Nova Lei de Licitações, o prazo de inadimplência da administração, antes era
de 90 dias, agora, foi reduzido para 2 meses, após o que o contratado terá direito à extinção
do contrato

12. Contratos administrativos

Os contratos administrativos são aqueles ajustes bilaterais de direito público realizados pela
administração pública de direito público ou privado;

13. Aplicação da advertência

Será aplicada nos casos em que o servidor ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
prévia autorização do chefe; retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou abjeto de repartição; recusar fé a documentos públicos; opor resistência
injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; promover
manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; cometer a pessoa estranha à
repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado; coagir ou aliciar subordinados no sentido de
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; manter sob sua chefia
imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até segundo
grau civil; recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

14. Convênios na administração pública

Os convênios são ajustes de repasse de recursos públicos a entidades de direito público ou


de direito privado sem fins lucrativos para o desenvolvimento de um programa de governo.

15. Estabilidade do servidor

São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

O servidor público estável só perderá o cargo:

a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

16. Diálogo competitivo

Foi criado nova modalidade de licitação, o diálogo competitivo, que envolve conversas entre

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os licitantes, sob orientação do gestor público licitante, visando ao desenvolvimento de uma


solução capaz de atender às necessidades do órgão (art. 6º, XLI e art. 32).

17. Formas de provimento derivado

Reintegração: é o retorno do servidor ilegalmente desligado de seu cargo ao mesmo, que


dantes ocupava, ou, não sendo possível, ao seu sucedâneo ou equivalente, com integral
reparação dos prejuízos que lhe advieram do ato ilegal que o atingira. Tal decisão pode ser
administrativa ou judicial – RJU, art. 28.

Reversão: é o reingresso do aposentado ao serviço ativo.

Aproveitamento: é o reingresso do servidor estável, que se encontrava em disponibilidade, no


mesmo cargo dantes ou em cargo de equivalentes atribuições e vencimentos compatíveis.

Recondução: é o retorno do servidor estável ao cargo que dantes titularizava, quer por ter
sido inabilitado no estágio probatório; quer por ter sido desalojado dele em decorrência de
reintegração do precedente ocupante.

18. Servidores temporários

Alguns autores chamam de servidores temporários são aqueles “que se ligam à Administração
Pública, por tempo determinado, para atendimento de necessidades de excepcional interesse
público, consoante definidas em lei”. Dentre estes encontram-se os contratados sob
fundamento do artigo 37, IX, in verbis: “A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.

19. Demissão do servidor público

As situações que geram a penalidade de demissão através do Processo administrativo


Sumário: Abandono de cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilícita de cargos públicos
(art.133 da Lei n. 8.112/90).

20. Tombamento

O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras de
conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras, sob pena de
multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela
mesma coisa.

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Direito
Penal
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Direito Penal
1. Perdão judicial

O juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio


agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

2. Concurso material

Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se
primeiro aquela.

3. Desistência voluntária

A desistência voluntária ocorre quando não se esgotam os meios executórios do crime,


desistindo o agente de prosseguir com os atos. O arrependimento eficaz, por sua vez, ocorre
quando se esgotam os meios executórios, mas, antes da consumação, o agente atua de modo
a evitar o resultado.

4. Crimes que não admitem tentativa

Em regra, não admitem tentativa os crimes omissivos próprios, os delitos culposos,


unissubsistentes, habituais e as contravenções penais.

5. Na progressão criminosa o dolo inicial é menos grave e evolui para o um dolo final
mais grave. No crime progressivo, o dolo é o mesmo, desde o começo até o fim da execução
do crime.

Assim, por exemplo, quando o agente tem o dolo de lesão contra a vítima, mas durante a
agressão MUDA o dolo, evoluindo para o homicídio, temos a progressão criminosa,
respondendo pelo crime mais grave. Já o crime progressivo acontece quando o agente tem o
dolo de homicídio e provoca diversas lesões contra a vítima até chegar no seu objetivo final.

6. Arrependimento posterior

A figura do arrependimento posterior exige requisitos próprios, dentre eles, que o crime seja
cometido sem violência ou grave ameaça, mediante a reparação do dano ou restituição da
coisa e que ocorra

7. Extraterritorialidade

A teoria aplicada no Lugar do crime é da Ubiquidade. A teoria aplicada ao Tempo do crime é


da Atividade (LU.TA)

8. Concurso formal próprio

No concurso formal próprio, necessariamente, uma das condutas será culposa.

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9. Erro na execução

Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de
ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70
deste Código.

10. Erro de tipo

O erro de tipo sempre vai excluir o dolo.

O erro de tipo essencial é aquele relativo aos elementos do tipo ou outras circunstâncias
deste, o que não foi o caso, pois Joaquim tinha a intenção de matar.

O erro escusável (inevitável) é quando o agente tem uma falsa representação da realidade e
mesmo com análise devidamente acurada, ele não poderia evitar o erro. Isto permite o
afastamento do dolo e da culpa.

11. Erro de proibição

O erro de proibição pode excluir a culpabilidade ou ser causa de diminuição de pena.

12. Concurso de pessoas

Liame subjetivo no concurso de pessoas é a vontade e ciência de participar do crime. Não


precisa de ajuste prévio.

13. Suspensão condicional da pena

A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa,
por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que presentes os seguintes requisitos:

a) o condenado não seja reincidente em crime doloso;

b) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem


como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;

c) Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.

14. Inimputabilidade

Quanto à aferição da inimputabilidade, o CP adota, como regra, o critério psicológico,


segundo o qual importa saber se o agente, no momento da ação ou da omissão delituosa, tem
ou não condições de avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse
entendimento.

15. Crimes contra a honra

Na calúnia e difamação existe ofensa da honra objetiva, enquanto que na injúria a ofensa é da

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honra subjetiva.

16. Funcionário público para fins penais

Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou


sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

17. Reincidência

Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado
a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.

18. Homicídio privilegiado

Quando o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

19. Furto privilegiado e qualificado

É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de


crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor
da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.

20. Penas restritivas de direito

São penas restritivas de direito a limitação de final de semana, a interdição de direitos, a perda
de bens e valores, prestação pecuniária e prestação de serviços à comunidade.

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Direito
Processual
Penal
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Direito Processual Penal


1. Testemunhas

A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a


fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado,
o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro
modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho

2. Revisão criminal

A revisão dos processos findos será admitida:

a) Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência
dos autos;

b) Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos


comprovadamente falsos;

c) Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de


circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.

A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após, mas
não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas. A revisão
poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de
morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

3. Competência no caso de estelionato

O estelionato quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem


suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou
mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da
vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.

4. Inquérito policial

O delegado é o presidente do inquérito policial e tem discricionariedade para conduzir as


investigações, porém não pode arquivar o inquérito.

O Ministério Público, ao receber o inquérito, pode: oferecer a denúncia, requerer o


arquivamento ou requisitar novas diligências.

5. Prazo para o oferecimento da denúncia

O prazo geral para oferecimento da denúncia é de 5 dias para o réu preso e de 15 dias para o

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réu solto.

6. Queixa-crime subsidiária

A vítima poderá oferecer queixa-crime subsidiária dentro do prazo decadencial de 6 meses


contados do esgotamento do prazo do Ministério Público, se este se mantiver inerte.

7. Crime de lesão corporal

As lesões de natureza leve são crimes de ação penal pública condicionada. Porém, se essas
lesões resultarem de lesões corporais no contexto da lei maria da penha, serão de ação
pública incondicionada.

8. Acordo de não persecução penal

Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e


circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.

Dessa forma, são condições para o ANPP:

a) reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;

b) renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como


instrumentos, produto ou proveito do crime;

c) prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena


mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo
da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal);

d) pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser
indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens
jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou

e) cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que
proporcional e compatível com a infração penal imputada.

9. Apelação

A apelação não tem juízo de retratação, e tem prazo de 5 dias para interposição e 8 dias para
razões.

Sendo assim, cabível apelação, ainda que encontre hipótese de cabimento recursal de
recurso diverso, prevalecerá a apelação, ainda que somente de parte da decisão se recorra.

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10. Recurso em sentido estrito

As hipóteses de cabimento previstas para o Recurso em Sentido Estrito que tenham qualquer
relação com a fase de execução penal serão recorríveis por meio de agravo em execução.

11. Concurso de agentes

No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se


fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.

12. Prisões

A prisão preventiva não poderá ser decretada de ofício.

A prisão temporária é cabível somente na fase de inquérito, também não podendo ser
decretada de ofício, sendo necessário fundadas razões de autoria ou participação em crimes
específicos.

13. Competência nos casos de crimes de contrabando e descaminho

A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho


define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens.

14. Provas derivadas das provas ilícitas

As provas derivadas das provas ilícitas também devem ser desentranhadas do processo.
Salvo quando as derivadas puderem ser obtidas por uma forma independente das primeiras

15. Reformatio in pejus direta

A reformatio in pejus direta proíbe que o juiz prolate sentença com condenação superior à que
foi dada no primeiro julgamento anulado pelo Tribunal, quando somente a defesa recorre.

16. Contagem do prazo

No processo penal, a contagem do prazo começa a correr do dia seguinte ao dia da intimação
(não se computa o dia do começo), conforme estabelecem o art. 798 e §§ do CPP e a Súmula
710 do STF.

17. Recurso cabível da rejeição da denúncia ou queixa no juizado especial criminal

Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser
julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição,
reunidos na sede do Juizado.

18. Emendatio libeli

A emendatio está prevista no artigo 383 e ocorre quando "O juiz, sem modificar a descrição
do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda

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que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave."

19. Renúncia à representação nos casos da Lei Maria da Penha

Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida, só será admitida a


renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

20. Interceptação telefônica

A interceptação pode ser determinada pelo juiz ou a requerimento da autoridade policial, se


no curso da investigação, ou pelo representante do MP, na investigação e na instrução
processual.

Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:

a) Não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

b) A prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

c) O fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

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Direito
Constitucional
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Direito Constitucional
1. Existem limitações ao poder constituinte derivado reformador, sendo elas de ordem
circunstancial, formal e material.

As Limitações circunstanciais determinam circunstâncias, em que não poderá haver emenda


à Constituição. São elas: intervenção federal; estado de defesa; e estado de sítio. As
Limitações formais dizem respeito ao processo muito mais rigoroso do que aquele necessário
para a aprovação dos demais atos normativos. Com efeito, a proposta precisa passar nas
duas Casas do Congresso, sendo que em ambas ocorrerão dois turnos de votação,
exigindo-se, em cada um deles, a aprovação de 3/5 dos membros, as Limitações materiais,
por sua vez, estão relacionadas às cláusulas pétreas.

2. Limite de idade no concurso público

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX,
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.

3. ADI e ADPF

Não cabe ADI para questionar normas editadas antes da Constituição. Para o direito
pré-constitucional, a única ferramenta do controle concentrado é a ADPF.

4. Extradição e expulsão são institutos muitas vezes confundidos, mas vale


diferenciá-los

A extradição terá lugar quando o indivíduo tiver praticado crime em outro país e aquela nação
pedir o envio dessa pessoa para que lá responda pela infração. Por sua vez, sendo o crime
praticado aqui no Brasil, não haverá extradição, mas sim expulsão.

5. É possível criação de lei por iniciativa popular

No âmbito federal, será proposta na Câmara dos deputados e subscrito por, no mínimo: 1% do
eleitorado nacional, em ao menos 5 estados, com no mínimo 0,3% do eleitorado de cada um
deles.

6. Existem cargos que são privativos de brasileiros natos

São eles: ministros do STF, Presidente e Vice Presidência da República, Presidente da Câmara
dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Carreira Diplomática, Oficial das Forças
Armadas e Ministro da Defesa

7. A nacionalidade derivada ordinária ocorre para os estrangeiros oriundos de países


de língua portuguesa.

Para garantir a nacionalidade, é necessário residir por 1 ano ininterrupto no Brasil e ter
idoneidade moral.

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8. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,


independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente.

A própria Constituição determina alguns requisitos para o exercício desse direito, sendo eles
(i) Fins pacíficos; (ii) Sem armas; (iii) A reunião não pode frustrar outra reunião marcada para
o mesmo local.

Atenção! Não é necessária autorização prévia estatal, mas é necessário o prévio aviso à
autoridade competente (devem cuidar do trânsito, segurança dos manifestantes, de
terceiros).

9. Vício de iniciativa

O vício de iniciativa não se convalida, ou seja, a sanção pelo chefe do executivo não faz com
que a norma passe a ser constitucional.

10. Reclamação constitucional

Cabe Reclamação Constitucional contra decisão judicial ou ato administrativo que


contrarie\negue vigência ou aplique indevidamente Súmula Vinculante.

11. A inconstitucionalidade por arrastamento ocorre quando há dependência entre duas


normas, sendo que a declaração de inconstitucionalidade da principal, enseja a declaração
da inconstitucionalidade da acessória

Suponha que a lei do pregão estava contrária a CF e, por esse motivo, foi declarada
inconstitucional. Nesse caso, o decreto do pregão que visava dar fiel execução a lei também
será declarada inconstitucional.

12. Territórios Federais

Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou


reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

13. Desincompatibilização

A desincompatibilização é a proibição de o chefe do Executivo disputar outro cargo, seja no


Legislativo, seja no próprio Executivo, a não ser que se afaste do mandato ao menos seis
meses antes do pleito.

14. Inelegíveis

São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição

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15. Não é necessário que haja autorização expressa dos sindicalizados/associados para
o mandado de segurança coletivo.

Os sindicatos e associações têm legitimidade em sede de mandado de segurança coletivo, a


teor da súmula 629, é prescindível a autorização expressa dos sindicalizados/associados para
defesa de seus interesses no mandado.

16. Direito de reunião

Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,


independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

17. Rompimento do vínculo conjugal durante o mandato

O rompimento do vínculo conjugal durante o curso do mandato do poder não afasta a


inelegibilidade reflexa ou reflexiva

18. A expropriação não prevê indenização, e pode o proprietário responder


criminalmente por sua conduta

São duas as hipóteses de expropriação: terras nas quais se cultivem substâncias


psicotrópicas (no caso do Brasil, maconha e haxixe, essencialmente) e terras nas quais se
utilize de mão de obra escrava.

19. Não é possível que o Relator ou Órgão Fracionário de um Tribunal julgar


inconstitucionalidade de forma incidental.

A análise deve ser realizada pelo Plenário ou pelo Órgão Especial do Tribunal.

20. A nacionalidade brasileira nata não é absoluta, sendo possível perdê-la

Perderá a nacionalidade o brasileiro adquirir outra nacionalidade, salvo quando houver


reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou em caso de imposição para
fins de permanência ou para exercer direitos civis em território estrangeiro.

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Tributário
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Direito Tributário
1. Cláusula tributária Non Olet

O imposto incide mesmo se os rendimentos vieram de atividade ilícita

2. Impostos municipais

São impostos municipais o IPTU, imposto predial e territorial urbano, com alíquota fixada por
lei de cada município; ITBI, imposto sobre a transmissão de bens imóveis, não incide no
registro de promessa, incorporação, fusão ou cisão; ISSQN, imposto de serviço sobre
qualquer natureza, lei complementar fixa as alíquotas.

3. Impostos federais

São os impostos ordinários, residuais e extraordinários de guerra. sendo assim, são


considerados impostos ordinários: imposto sobre grandes fortunas, imposto territorial rural
(ITR), Imposto de Renda (IR) e Impostos Federais Extrafiscais, isto é, Imposto de Importação
(II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF).

4. Impostos estaduais

Os impostos estaduais são o imposto sobre a propriedade de veículo automotores (IPVA), o


imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD) e imposto sobre a propriedade de
veículos automotores.

5. Fato gerador do IPTU

O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana


tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza
ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

6. Competência para instituir ICMS

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior.

7. Princípio da legalidade

Somente a lei pode criar ou extinguir tributos, bem como majorá-los e reduzi-los.

8. Exceções ao princípio da irretroatividade tributária

a) A lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tributária interpretativa é aquela
promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser materialmente interpretativa.

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b) A lei tributária retroagirá quando for mais benéfica para o contribuinte em matéria de
infração, desde que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Neste caso existem duas
condições: lei mais benéfica e matéria de infração, e um pressuposto: ato não definitivamente
julgado. Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de tributos não retroage.

9. Imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos

De acordo com o art. 150, VI "d" da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. De acordo com entendimento
do STF, a imunidade da alínea d do inciso VI do art. 150 da CF/88, alcança componentes dos
livros eletrônicos, os suportes exclusivos para leitura e armazenamento, além de
componentes eletrônicos que acompanhem material didático.

10. Prescrição da ação para a cobrança do crédito tributário

O Art. 174 do CTN determina que: A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

11. Extinção do crédito tributário

Extinguem o crédito tributário:

a) O pagamento;

b) A compensação;

c) A transação;

d) Remissão;

e) A prescrição e a decadência;

f) A conversão de depósito em renda;

g) O pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no


artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

h) A consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

i) A decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,


que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

j) A decisão judicial passada em julgado.

k) A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

12. Taxa de coleta de lixo

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145,

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II, da Constituição Federal.

13. Instituição de empréstimos compulsórios

A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra


externa ou sua iminência;

b) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,


observado o disposto no art. 150, III, "b".

14. Restituição do tributo pago indevidamente

Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o
contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo.

15. Situações para a base de cálculo do imposto de importação

a) Quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

b) Quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria,
ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no
porto ou lugar de entrada do produto no País;

c) Quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da


arrematação.

16. Responsabilidade tributária

A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

a) Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

b) Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de


seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão

17. Responsabilidade pessoal do agente

A responsabilidade é pessoal ao agente: quanto às infrações conceituadas por lei como


crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração,
mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por
quem de direito; quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja
elementar; quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

a) das pessoas referidas no art. 134, contra aquelas por quem respondem;

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a) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou


empregadores;

b) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra


estas”.

18. Responsabilidade por sucessão

A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.

A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de


outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas


os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes
a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

19. Efeitos da solidariedade

a)vo pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;

c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica


aos demais.

20. Obrigação tributária

A obrigação tributária é principal ou acessória.

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,


positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.

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