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Com certeza, você já sabia todas ou quase todas essas informaçõ es. No entanto,
para se dar bem na prova, é necessá rio associá -las ao que cada uma delas
representa, porque é neste ponto que o examinador vai tentar te confundir.
Dever de prestar contas – uma vez que o patrimô nio pú blico pertence ao
povo, o governante deve deixar claro o que está sendo feito com ele;
A doutrina entende que a República não é uma cláusula pétrea, razã o pela qual
ela poderia ser abolida por emenda constitucional. No entanto, entendem que a
forma de governo republicana seria um princípio sensível e qualquer desrespeito a
ele poderia ensejar intervençã o federal.
Para que nã o restem dú vidas a respeito disso, vou repetir mais uma vez: a
Constituiçã o Federal incluiu expressamente a forma federativa como cláusula
pétrea, nã o podendo ela ser abolida por emenda constitucional.
Democracia significa que o responsá vel pelas decisõ es políticas do Brasil é o povo.
É isso que podemos extrair do pará grafo ú nico do art. 1º da Constituiçã o:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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Tome cuidado com uma coisa: a Constituiçã o estabelece, nos arts. 1º ao 4º, os
princípios fundamentais. Tudo o que nó s vamos ver nessa aula é princípio
fundamental. No entanto, se a prova quiser ser específica, ela pode se referir à s
subcategorias que existem dentro dos princípios fundamentais, que sã o os
fundamentos da repú blica, os objetivos fundamentais e os princípios das relaçõ es
internacionais.
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Para a prova, é necessá rio decorar esses cinco fundamentos. Já é bem famoso entre
os estudantes a sigla SO-CI-DI-VA-PLU, que serve para facilitar a memorizaçã o dos
fundamentos da repú blica.
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É muito importante que você tenha na ponta da língua esses objetivos. As provas
costumam cobrar o texto constitucional literalmente. Uma pegadinha bastante
comum é quando o examinador tenta confundir sua cabeça colocando um
fundamento da repú blica e dizendo que ele é um objetivo fundamental. Tome
bastante cuidado com isso.
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
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VI - defesa da paz;
Esse artigo traz mais dez hipó teses que você precisa saber para a prova. Como eu
sei que é bem difícil decorar tudo isso, vou deixar mais uma “sigla” pra você. A
princípio vai parecer grande demais e até mais difícil para memorizar do que os
incisos do dispositivo, mas acredite em mim que isso ajuda bastante na hora da
prova. Para nã o esquecer os princípios das relaçõ es internacionais, podemos
utilizar a “sigla” IN-PRE-AUTO-NÃO-IGUAL-DEFE-SO-RE-CO-CO.
Dentro do art. 3º da Constituiçã o, temos, ainda, o pará grafo ú nico, que estabelece
que a Repú blica Federativa do Brasil buscará a integraçã o econô mica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formaçã o de uma
comunidade latino-americana de naçõ es. Eu preciso que você preste atençã o a
algumas coisas nesse dispositivo:
II) O Brasil busca uma integraçã o dos povos da América Latina (muitas
provas tentam confundir o candidato dizendo ser da América do Sul);
5. TRIPARTIÇÃO DO PODER
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funçõ es desse poder sã o divididas para evitar abusos. Por isso falamos em
tripartição do poder.
Em segundo lugar, você precisa saber também que a tripartição do poder é uma
cláusula pétrea, conforme o § 4º do art. 60 da Constituiçã o, nã o podendo ser
abolido nem mesmo por emenda constitucional.
Cada poder tem funçõ es típicas, que os caracterizam. No entanto, além das funçõ es
típicas, eles também podem exercer atipicamente as funçõ es típicas dos outros.
Vamos trazer alguns exemplos abaixo (que vocês nã o precisam decorar, já que a
parte importante é saber que cada poder exerce tipicamente a sua função e
atipicamente a função dos demais).
O Poder Executivo pode, por exemplo, editar medidas provisó rias, que sã o atos
normativos com força de lei. Além disso, o Poder Executivo deve julgar seus
processos administrativos, o que seria um exercício atípico da funçã o jurisdicional.
O Poder Legislativo, por sua vez, deve fazer licitaçõ es para comprar materiais e
realizar concursos pú blicos para contratar servidores, o que seria uma
manifestaçã o da funçã o administrativa. Ademais, o Poder Legislativo também
exerce a funçã o jurisdicional na chamada Comissã o Parlamentar de Inquérito
(CPI).
O Poder Judiciá rio também deve fazer licitaçõ es para comprar materiais e realizar
concursos pú blicos para contratar servidores, evidenciando o exercício atípico da
funçã o administrativa. Quanto ao exercício atípico da funçã o legislativa, podemos
citar o poder que o Supremo Tribunal Federal tem de editar sú mulas vinculantes.
As sú mulas vinculantes sã o enunciados de observâ ncia obrigató ria pelos tribunais,
funcionando como verdadeiras leis.
Se você observar, o art. 2º diz que os três poderes sã o independentes e harmô nicos
entre si. Apesar de haver certa independência, o que garante que a harmonia entre
eles é o chamado sistema de freios e contrapesos (checks and balances). Embora
independentes entre si, cada poder sempre terá atribuições trazidas pela
própria Constituição que o permitirão controlar os demais poderes, evitando
que estes atuem com arbitrariedade. Apenas para você poder visualizar (nã o
precisa decorar), vamos dar um exemplo. O Poder Judiciá rio pode fazer o controle
das leis editadas pelo Poder Legislativo à luz da Constituiçã o. Assim, caso alguma
lei esteja conflitando com o texto constitucional, o Poder Judiciá rio pode
determinar que aquela lei é inconstitucional e determinar que ela nã o seja mais
aplicada.
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