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APOSTILA DE DIREITO

CONSTITUCIONAL
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E SEPARAÇÃO DOS PODERES

1. NOÇÕES

Princípios fundamentais, tudo que vai do art. 1 ao 4. Nome oficial? República


Federativa do Brasil. República, forma de governo ou forma de estado? Forma de
governo. Res pública, significa coisa pública, portanto, adotamos a república.
Quem faz a prova, quer te reprovar.
Vão te pergunta se forma de governo é a mesma coisa que sistema de
governo, não é! Adotamos o sistema presidencialista. No sistema presidencialista,
qual a função do presidente da república?
Chefe de governo e chefe de Estado. É dual.
Por que temos que frisar isso? Pois no sistema parlamentarista, a rainha é
chefe de estado, primeiro ministro é chefe de governo, desta forma, as funções
estão aglutinadas na mão do presidente da república.
O regime de governo é o democrático, democracia do krato, demos significa
povo.
Democracia é um governo do povo! Na tua prova a pegadinha do malandro
tá aqui, vai misturar república com federação.
Federação é forma de Estado! Forma de estado federativa significa união
indissolúvel, união indissolúvel dos estados, DF e municípios.
Os entes que compõe república federativa são dados o direito de secessão?
não. Se é formado pela união indissolúvel, não é dado o direito de secessão. NÃO
É DADO O DIREITO DE SECESSÃO.
Ex: Ronaldo caiado acordou inspirado, abriu a janela, e deu um gripo de
independência, declaro a partir de hoje que o estado de goiás vai se tornar
república federativa do piqui.
Só olhar para Rio grande do Sul, que tentou se separar do todo, estava
tentando vazar.
Essa federação brasileira é igual à do Estados Unidos? Não.
Quando o brasil se tornou independente, outorgou para os estados,
municípios e DF.
Houve uma independência dentro para fora, aquilo que chamamos de
federalismo centrífugo.
Nos Euas tínhamos 13 colônias independentes, que se uniram para formar
um todo. Houve um federalismo, de fora pra dentro, é chamado de centrípedo.
Federação é cláusula pétrea? Sim! Forma federativa de Estado art. 60,
parágrafo 4.
Clausula pétrea é um núcleo rígido da CF, não posso abolir.
Obs: as cláusulas pétreas não podem ser abolidas do texto Constitucional,
através de emendas constitucionais. Vamos analisar.
As cláusulas pétreas não podem ser alteradas por emendas constitucionais?
Não podem ser abolidas, mas podem ser modificadas, como alterar o rol, expandi-
lo.

Obs: SÃO CLÁUSULAS PÉTREAS:

1) Forma Federativa de Estado


Ex: JB acordou foi lê a constituição, fez o projeto de emenda e mandou para o
congresso para transformá-la em forma confederativo, não pode ser abolida.
2) Voto direto, secreto, universal e periódico.
3) Separação dos poderes.
4) Direitos e garantias individuais.

MACETE: Vose fedi. Se errar, vai para o inferno.

Obs: as cláusulas pétreas serão aprovadas em 2 turnos, de discussão e


votação, em cada casa do congresso nacional, se obtiver, no mínimo, 3\5 dos
votos dos respectivos membros. Vai para o presidente da república? As emendas
constitucionais dependem da sanção do presidente da república? Não!
As emendas constitucionais não dependem da sanção do presidente da
república.
(vide art.60 da CF). Tem que decorar!
A república federativa do Brasil é soberana? A república é soberana.
A união é soberana? União, estados, DF e municípios são autônomos.
O que significa autonomia?
Autonomia gera no âmbito interno e soberania gera independência no
âmbito externo.
Organização político administrativa. Art. 18 e 19 da CF. Dentro da
organização política administrativa não é dado aos estados o direito de secessão.
Secessão não existe em relação ao pacto federativo. O estado pode se
desmembrar.
Presidente JB vai dizer que o estado o que c tem que fazer, a união diz ao
estado o que tem que ser feito?
Não existe hierarquia entre os entes federativos? Por que? Eles são
autônomos!
Não existe interdependência entre eles. No Brasil prevalece o princípio da
não intervenção! Por quê? Porque eles são autônomos.
No Brasil, prevalece o princípio da não intervenção, em razão da autonomia
dos entes federados. Ou seja, a união não intervirá nos estados, nem no DF, nem
nos munícipios localizados em territórios federais. Assim como, os estados não
intervirão em seus municípios. (vide arts. 34, 35 e 36 da CF).

Intervenção, nas últimas 29 cairam 6 questões.


Quais são exceções?
Os casos previstos na CF. Eu falei que a união não intervirá em municipais
localizados em territórios federais? Não tem nenhum, os três últimos foram
extintos: Fernando de Noronha, Roraima e Amapá transformada em estados
federados.
Organização do Estado. Posso criar um território federal no Brasil?
O texto constitucional permite a criação do território, mas tem que ouvir a
população diretamente interessada.
E ai? É aprovado pelo congresso nacional. Oitiva prévia, plebiscito, faz uma
lei complementar para o congresso nacional, se for aprovada por congresso e ser
sancionada pelo presidente. Nasce o território, pertence a união. E ai? Qual a
natureza jurídica do território?
Se eu criar um território ele vai ser chamado de autarquia territorial federal.
Criei um território, posso dividi-los em municípios? Sim! Criei um território, vai ter
governador? E ai?
Obs: para se criar um território, a população diretamente interessada,
deverá ser ouvida através de plebiscito e dá aprovação de lei complementar pelo
congresso nacional.
Lei complementar o quórum é maioria absoluta, do total de membros,
metade mais 1.
81 putados
81 senadores
a) os territórios receberão a classificação de autarquias territoriais federais.

b) os territórios prestaram contas ao congresso nacional. (vide art. 33 da CF).

c) nos territórios federais, com mais de 100 mil habitantes, terá governador
nomeado pelo presidente da república, depois de aprovada escolha por
maioria absoluta do senado federal.
Nasceu um território, vai ter senador?

d) nos territórios federais não haverá senadores. Pq?


Porque a CF senador representa o estado ou o DF. Nasceu um território, vai ter
deputado federal? Nos territórios haverá eleição para 4 deputados federais. Por
que 4? Mandamento constitucional.
O que é um princípio da legalidade para administrativa pública?
ADM só pode fazer o que tá lei. O princípio da legalidade ele deriva de um
estado de Direito. O Brasil é um estado democrático de Direito.
você tem o poder nas mãos? Todo poder emana do povo. Se nasce do povo,
pertence ao povo. Esse mesmo povo que é detentor do poder vai exercê-lo?

a) O exercício do poder é direto ou indireto?


b) O exercício indireto = representantes eleitos

c) O exercício direto = PRI. Plebiscito, referendo e iniciativa popular.


Quando eu elejo alguém é exercício direta ou indireto?
Indireto.
Mas o voto é direto.
Diretamente, eu posso exercer através do plebiscito, referendo e iniciativa
popular.
Plebiscito => consulta prévia ao povo.
Referendo => consulta posterior.
Iniciativa popular => o cidadão vai fazer um projeto de lei. Vou criar a lei zé
da peia.
Significa dizer que tem que ter um baixo assinado, qual o quórum?
1% do eleitorado nacional, no mínimo 5 estados, cada estado que tem que
ter participação de 0.3% do eleitorado nacional. O fato de ter um abaixo assinado,
não significa o projeto será aprovado. É só para o congresso receber. Va para
câmara, senado, PRESIDENTE, e aí Sanciona ou Veta. Iniciativa popular está
previsto no art. 61, parágrafo 2

Fundamentos da República Federativa do Brasil?


MACETE: Socidvaplu

a) Soberania
b) Cidadania
c) Dignidade
d) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
e) Pluralismo político
Fundamentos são princípios fundamentais?
Fundamentos são princípios fundamentais!

Separação dos poderes é cláusula pétrea?


Sim!
Simbora pensar um nego doido, o presidente acabou inspirado e resolveu
fazer uma declaração, doravante o Estado sou SEU. Sou executivo, judiciário e
legislativo.
Ele pode fazer isso através de emenda a CF? não! Separação de poderes
=> teoria de freios e contrapesos. Checks na ballances. Porque o nome teoria de
freios e contrapesos, se um poder exorbitar, o outro vai frear.
Art. 2 da CF. São poderes da união: legislativo, executivo e judiciário. São
poderes independentes e harmônios entre si. Ele fala em três poderes: legislativo,
executivo e judiciário. Separação dos poderes competência típica e competência
atípica. Separação poderes são princípios fundamentais.
Palavras excludentes eliminam as exceções. A única competência é legislar,
típica, mas tem outra, fiscalizar que é atípica.

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

1. NOÇÕES PRÉVIAS

Os Direitos Fundamentais, como o próprio nome aponta, são elementares,


imprescindíveis e indispensáveis à vida em sociedade. Eles também são chamados
de Direitos Humanos, individuais, naturais, liberdades fundamentais, liberdades
públicas, direito público subjetivo e direito da pessoa humana.
Quais são as gerações/dimensões de Direitos e Garantias Fundamentais? A
primeira geração nasce por volta do século XVIII, no bojo do Estado Liberal, tendo
como norte, portanto, as liberdades, por isso, estes Direitos de natureza negativa
exigem uma postura de não fazer do Estado. É o indivíduo falando – ei Estado,
não interfira na minha vida!
Findo século XIX, início do século XX, no bojo da Constituição de 1919, nasce
os Direitos de segunda geração, tendo como norte, a ação do Estado para garantir
as condições matérias mínimas para todos e, principalmente, para os
hipossuficientes. Nasce, desta forma, os direitos prestacionais, um fazer por parte
do Estado.
PRESTE ATENÇÃO!
DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO: O INDIVÍDUO REINVIDICA POR
LIBERDADE, COM O FITO DE LIMITAR O PODER ESTATAL, UM NÃO FAZER.
DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO: UMBILIQUALMENTE LIGADO A
IGUALDADE MATERIAL, EXIGE UMA POSTURA FAZER ESTATAL.
Os direitos sociais encontram o seu lastro na Constituição no art. 6, como a
educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a
assistência aos desamparados, na forma da Constituição
Seguindo esta linha, os direitos de TERCEIRA GERAÇÃO, pós horrores da
segunda guerra mundial, constituem os direitos relacionado a “solidariedade entre
os povos”, como o meio ambiente, a paz e a autodeterminação dos povos.
Quais são as principais características dos Direitos Humanos? Se liga na
tabela:
Historicidade Os direitos fundamentais são fruto da HISTÓRIA, do
contexto político/social em que vivemos e desenvolvemos.
Ao observamos historicamente, percebemos que há uma
menor ou maior valorização dos Direitos Fundamentais.
Hoje, qual a valorização que você daria para os
Direitos Fundamentais/Humanos?
Universalidade Não são Direitos atribuídos a uma determinada classe ou
categoria de pessoas, MAS SIM A TODA E QUALQUER
PESSOA.
Imprescritibilidade Se você deixar de exercer o seu direito fundamental, você
o perde? Não! Eles podem ser requisitados a qualquer
tempo.
Indisponibilidade São indisponíveis e irrenunciáveis, ou seja, você não pode
e renunciar a um Direito Fundamental.
Irrenunciabilidade
Relatividade Não há uma relação de hierarquia, isto é, não há um direito
fundamental absoluto! Se houver conflito entre eles, deve
ser aplicado a técnica de harmonização ou concordância
prática.
Seguindo, com se dá a aplicação dos Direitos e Garantias Fundamentais? A
aplicação se dá de forma imediata! Não tão só, os direitos fundamentais possuem
um rol aberto, isto é, os direitos que estão ali não excluem os outros que advém
de tratados de direitos humanos no qual o Brasil seja parte.
Nesta mesma linha dos tratados, coloca o parágrafo 3 na mente. Tratados
e convenções aprovados em cada casa do congresso nacional, 2 vezes, 3|5, serão
equivalentes a emenda constitucional. É qualquer tratado ou convecção? Não! Tem
que ser internacional e acerca de direitos humanos.
Se este tratado der entrada na câmera dos deputados ou no senado, tem
que ser discutido e voltado 2 vezes, qual o quórum mínimo? Lembrando que no
processo legislativo, aprovou em uma, revisa em outra. Chegou no senado, vou
discutir e votar. 3\5 é o quórum mínimo.

O processo é o mesmo utilizado, é o mesmo crivo de aprovação. Tratado e


convenção de direitos humanos. Só vale para esses. Quando não é aprovado pelo rito
constitucional, o tratado e convenção acerca de Direitos Humanos gozam do caráter
de supralegalidade.
Pirâmide de Hans Kelsen, ele entra no mundo jurídico, mas sem o status de
emenda, ele está acima das normas infraconstitucionais, mas abaixo das normas
constitucionais, por isso são chamadas de normas supralegais.
E se o que foi aprovada foi só um tratado internacional?
Tratado internacionais que forem aprovados no Brasil tem status de lei
ordinária, desta forma, tratado internacional que não versa acerca de direitos humanos
não equivale a emenda, equivale-se a uma lei ordinária
Recapitulando, portanto, os tratados internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados duas vezes em cada casa do congresso nacional, com o quórum
mínimo de 3|5, equivalem-se as emendas constitucionais, pois o processo legislativo
utilizado é o mesmo previsto no artigo 60 da CF para aprovação das emendas
constitucionais.
1) Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados pelo congresso nacional, com o processo legislativo diferente das
emendas constitucionais serão incorporadas no ordenamento jurídico como normas
supralegais.

2) Os tratados ou convenções internacionais que forem aprovados pelo congresso


nacional tem status de lei ordinária.

3) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o procurador geral da


república, com a finalidade de assegurar o cumprimento das obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o brasil
seja parte, poderá suscitar perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para justiça federal.

4) O Brasil se submete a jurisdição de TRIBUNAL INTERNACIONAL.

Misturando Penal, Processo Penal e Direito Constitucional.


VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS A CRIMES GRAVES
IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANÇABILIDADE VEDAÇÃO DE GRAÇA E
ANISTIA
° Racismo ° Racismo ° Tortura
° Ação de grupos ° Ação de grupos ° Tráfico de Drogas
armados, civis ou armados, civis ou ° Terrorismo
militares, contra a ordem militares, contra a ordem ° Crimes Hediondos
constitucional e o Estado constitucional e o Estado
Democrático. Democrático.
° Homofobia e Transfobia ° Tortura
ADO nº 26 ° Tráfico de Drogas
° Terrorismo
° Crimes Hediondos
° Homofobia e Transfobia
ADO nº 26
É importante salientar por fim, que o princípio da dignidade da pessoa
humana, que por sua vez, é um fundamento da nossa RFB, orienta todas as
interpretações dos direitos e garantias fundamentais, isto é, o princípio possui
caráter axiológico (verdadeiro valor) e normativo. A dignidade da pessoa humana
é o baluarte de proteção do ser humano.

2. DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

Para facilitar o entendimento, irei compilar os principais em uma tabela.


Simbora!

DIREITO À A constituição consagra o princípio da igualdade, afirmando que


IGUALDADE mulheres e homens são iguais em direitos e obrigações.

É fundamental registrar que a jurisprudência do STF considera


válida a disposição legal que impõe limite de idade para inscrição em
concurso público, desde que justificado pela natureza das atribuições
do cargo. É o que se dispõe da súmula 683/STF. Desta forma, se
devidamente justificado, pode haver uma limitação ao direito de
liberdade.
DIREITO À NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA
LIBERDADE COISA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI.
Opa, olha o princípio da legalidade se operando aí.
MUITA ATENÇÃO, pois sempre cai uma coisinha ou outra acerca do
Direito a Liberdade. Se liga:
A livre manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato, e
a atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença.

Igualmente, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou


profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer.
O art. 5°, inc. VIII da CF prescreve que ninguém será privado de
direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

A Constituição garante, ainda, a plena liberdade de associação para


fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (art. 5°, XVII). Contudo,
é importante ressaltar que as associações poderão ser
COMPULSORIAMENTE dissolvidas ou ter suas atividades SUSPENSAS
POR DECISÃO JUDICIAL, exigindo-se, no primeiro caso, O TRÂNSITO
EM JULGADO.

Ainda em respeito à laicidade do Estado, assegura a CF, nos termos


da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva.
DIREITO À Simbora.
PRIVACIDADE
E À São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
INTIMIDADE pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
(TUTELA DO ou moral decorrente de sua violação.
DIREITO DE
ESTAR SÓ).
Nesta esteira, o que dizer sobre a interceptação telefônica?
Então, em regra, vai contra o direito à privacidade, entretanto, se for
de imperioso motivo de ordem pública, pode levar à sua decretação,
desta forma, vigora sempre como uma medida excepcional. Quem
decreta? Opa, está sob reserva de jurisdição, portanto, o PODER
JUDICIÁRIO!

E em relação à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da


honra e da imagem das pessoas, a Constituição Federal assegurou a
preferência pelo modelo de prevenção em detrimento da reparação
ao dano. Os direitos da personalidade, uma vez violados, não serão
recompostos ao estado anterior à violação.

Portanto, a tutela preventiva é regra em detrimento da tutela


reparatória.

Seguindo...

E a casa? A sua?

É asilo inviolável. A inviolabilidade da casa pode ser


constitucionalmente afastada nas seguintes hipóteses: COM O
CONSENTIMENTO DO MORADOR; EM CASO DE FLAGRANTE DELITO;
PARA PRESTAR SOCORRO, EM CASO DE DESASTRE; COM
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, DESDE QUE DURANTE O DIA.

Se você estiver em um quarto de hotel, este é abrangido pela


palavra CASA? Sim, o STF tem dado uma certa flexibilidade a
extensão da palavra casa.
DIREITO A Primeira ideia é que a propriedade deve atender a sua função social.
PROPRIEDADE
Sendo assim, a desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, é admitida, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvadas situações excepcionas
previstas na própria Constituição.

Bom, se eu for um pequeno agricultor?

A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que


trabalhada pela família, NÃO SERÁ OBJETO DE PENHORA para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

DIREITOS E Por questão de espaço, vou deixar para o processo penal.


GARANTIS
PROCESSUAIS
E GARANTIAS
PENAIS.

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS E NACIONALIDADE

1. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

1.1 HABEAS CORPUS

A constituição preceitua que conceder-se-á habeas corpus sempre que


alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Que são os legitimados ativos? Ele tem caráter universal, isto é, qualquer
indivíduo nacional ou estrangeiro, independentemente da capacidade civil, política
ou profissional, de idade ou estado mental, tem legitimidade para ingressar com o
HC, em benefício próprio ou alheio.
E o sujeito passivo? E quem pratica a coação ou ilegalidade ao direito de
locomoção do paciente. E o paciente? É a pessoa física beneficiada pela ordem.
Importante salientar que não cabe HC em favor da pessoa jurídica, cujos
interesses poderão ser tutelados na esfera criminal pelo mandando de segurança.
Do mesmo modo, não há de se falar em HC para tutelar de animais irracionais.
Quais são as espécies?
Repressivo: como o próprio nome já fala, a liberdade já foi cerceada, desta
forma, o que se almeja é uma expedição de alvará de soltura.
Preventivo: quando o risco à liberdade é iminente, objetivando-se a
obtenção do salvo conduto.
Suspensivo: a hipótese de a prisão ter sido decretada, porém o mandado
ainda estar pendente de cumprimento, desta forma, almeja-se a expedição de um
contramandado para frear a prisão vindoura.
Cabimento
Como bem visto, o habeas corpus tem por finalidade a tutela do direito a
locomoção, sempre contra abuso de poder ou ilegalidade que afete o direito de
locomoção do paciente.
Quais são as hipóteses?
A coação considerar-se-á ilegal:

I - quando não houver justa causa;

II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a
autoriza;

VI - quando o processo for manifestamente nulo;

VII - quando extinta a punibilidade.

1.2 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

O mandando de segurança é de extrema importância, é uma ação de


natureza civil, pouco importando o ato impugnado, seja ele administrativo,
jurisdicional, criminal, eleitoral ou trabalhista.
Qual a finalidade? Visa proteger direitos líquidos e certos contra ato de
autoridade ou de quem exerça funções pública, isto é, não se admite a ação em
face de particular em atividade própria.
Quando vou utilizar o MS? Quando houver direito líquido e certo, ou seja,
aquele que não depende de ulterior dilação probatória, desde que seja violado por
ato de autoridade governamental ou agente de pessoa jurídica privada que esteja,
por delegação, no exercício de atribuição do Poder Público, contra qual não seja
oponível habeas corpus ou habeas data, olhe bem o caráter subsidiário dele.
Hipótese comum de cabimento?
Quando se tratar:
a) De ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independente de caução;
b) De decisão judicial da qual não cabia recurso com efeito suspensivo;
c) De decisão judicial transitada em julgado;
d) De lei em tese;
e) De ato interna corporis;
f) De substituição por ação popular ou ação de cobrança.

1.3 MANDADO DE INJUNÇÃO

O mandando de injunção é uma ação constitucional, de natureza civil e


procedimento especial, que pretende viabilizar o exercício de direitos, liberdades
constitucionais ou prerrogativas inerentes à nossa nacionalidade, soberania ou
cidadania, inviabilizados pela falta de norma regulamentadora.
Possui o intuito, portanto, de combater a síndrome de inefetividade das
normas constitucionais, protegendo, portanto, direitos subjetivos que não se
concretizaram e não estão sendo exercícios, pois falta norma regulamentadoras.
Desta forma, possui duas finalidades:
a) Viabilizar o exercício de direitos previstos na Constituição;
b) Combater a inércia dos poderes públicos.
Quais são os requisitos?
São três:
a) Norma constitucional de eficácia limitada impositiva desprovida de
regulamentação;
b) Existência de um dever para os poderes públicas em editar as normas
infraconstitucionais;
c) Efetiva omissão do poder público.
1.4 HABEAS DATA

A ideia básica é assegurar o conhecimento de informações relativa à pessoa


do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidade
governamentais ou de caráter público; e para a retificação de dados, quando não
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Cabimento: a) Obter o acesso às informações referente à pessoa do
impetrante; b) Promover a retificação de informações referente à pessoa do
impetrante; c) Proceder à anotação de informações relativas à pessoa do
impetrante.
Quem são os legitimados?
a) No polo ativo, qualquer pessoa tanto natural quanto jurídica, seja nacional
ou estrangeira, par ater acesso à informações ao seu respeito.

b) No polo passivo, tendo em vista que referido remédio tem por finalidade dar
conhecimento e/ou retificar informações constantes de registro ou de banco
de dados, tanto de entidades governamentais, como de particulares que
tenha caráter público, são justamente entidades que podem ser sujeitos
passivos do habeas data, desde que possuam informações relativas ao
impetrante.

1.5 AÇÃO POPULAR

A ação popular é um instrumento judicial de exercício da soberania, isto é,


viabiliza que o cidadão controle a legalidade dos atos administrativos e impeça
lesividades, fazendo valer seu direito subjetivo a um Governo probo, desprovido
de corrupção e desonestidade.
A ação popular pode ser preventiva, quando for ajuizada antes da efetivação
dos efeitos ofensivos ou repressiva, quando o intuito da propositura da ação for
anular atos lesivos, conseguir ressarcimento dos danos ocasionados e a
recomposição do patrimônio público lesado.
a) Requisito subjetivo: ser cidadão.
b) Requisito objetivo: lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público, por
ilegalidade ou imoralidade.

Lembrando que a lesão deve ser contra o a) patrimônio público ou de entidade


de que o Estado participe; b) moralidade administrativa; c) meio ambiente; d)
patrimônio histórico e cultura.

NACIONALIDADE

1. NOÇÕES PRÉVIAS
A primeira ideia aqui é entender o que é nacionalidade? Mas afinal, o que é?
A nacionalidade pode ser conceituada como o laço jurídico-político que liga um
indivíduo a um Estado. No sentindo que quando você nasce, há uma linha “ligando”
você ao seu Estado respectivo, no caso, o Estado Brasileiro. Beleza, e quem são
os nacionais deste Estado? São os que mantém este laço jurídico-político.
Temos que prestar muita atenção na diferenciação entre alguns conceitos
centrais, sendo assim, qual a diferença entre o conceito de povo, população,
nação, nacional e cidadão?
Povo São as pessoas que estão “ligadas” politicamente e
juridicamente com o ESTADO. É como se fosse a
persona Estatal.
População Quem vive no Estado, na parte territorial, independentemente
de ser nacional ou estrangeiro. Percebe que é um conceito
numérico!?
Nação Na mesma base territorial, as pessoas compartilham os
mesmos laços históricos, culturais, religiosos, linguísticas
dentre outros.
Nacional É aquele mantém o laço jurídico-político com um determinado
ESTADO. Você é um nacional? Sim, pois você mantém o laço
com o ESTADO BRASILEIRO.
Cidadão É o indivíduo que detém o gozo dos direitos políticos.
Bom, continuemos. Qual a diferença entre nacionalidade primária e
secundária? É essencial vocês entenderem isso. Se liga:
Primária (NATO): se é primária, deduz-se que é àquela adquirida pelo
nascimento, como assim? No momento que você nasce, ou seja, é “lançado” ao
mundo, você não escolhe em qual país vai nascer, você, simplesmente, nasce!
Desta forma, a aquisição desta nacional se pauta em dois critérios: jus solis
e jus sanguinis. SOLIS, SOLO, são nacionais quem nasce naquela base territorial;
SANGUINIS, SANGUE, são nacionais os filhos dos seus nacionais, no sentindo, que
a base territorial não importa muito (vai do critério de cada país).

Secundária (NATURALIZADO): existe uma VONTADE do indivíduo ou do


Estado de outorgá-la esta nacionalidade, por isso, chama-se de naturalização.

2. BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS: FUNDAMENTAIS


DIFERENÇAS.

Já te disse que a nacionalidade primária pode ser adquirida pelo critério JUS
SOLIS E JUS SANGUINIS, joia? Todavia, estes critérios são somados a outras
condições específicas, prestem atenção na tabela:

BRASILEIROS NATOS CONDIÇÃO/REQUESITO


Os nascidos na República JUS SOLI.
Federativa do Brasil, ainda A constituição está falando o seguinte:
que de PAIS estrangeiros, – Ou, nasceu no território nacional, você é
desde que estes não Brasileiro, tá? Tô consagrando o JUS SOLI.
estejam a serviço do país. - Mas perae, o seus pais estão a serviço de outro
país (nem que seja um)? você NÃO será NATO!

É um requisito FUNCIONAL.
Os nascidos no JUS SANGUINIS.
estrangeiro, de PAI
BRASILEIRO ou MÃE Temos que observar o requisito funcional, qual? Os
BRASILEIRA, desde que pais devem estar a serviço da República Federativa
qualquer deles esteja a do Brasil. Mas perae, como assim estar a SERVIÇO
Serviço da República DA RFB? Os pais devem estar a SERVIÇO de
Federativa do Brasil. qualquer entidade da Administração DIRETA OU
INDIRETA. Perceba que SOMENTE UM (PAI OU
MÃE) pode estar a serviço.

Os nascidos no estrangeiro JUS SANGUINIS.


de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que Esta forma de nacionalidade se baseia em uma
sejam registrados em MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, perceba que esta
repartição brasileira deve ser externada após atingida a MAIORIDADE
competente ou venham a IDADE.
residir na República Ex: O jovem nasce no EUA, pai é brasileiro, grilado
Federativa do Brasil e com a política atual do seu país, decidi vim para o
optem, em qualquer BRASIL após fazer 18 anos, neste caso, ele irá optar
tempo, depois de atingida pela nacionalidade Brasileira.
a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

SECUNDÁRIA AGORA, presta atenção, este tipo de nacionalidade depende


da MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DO INDIVÍDUO e o SEU REQUIREMENTO, no
sentindo, ele fala: quero ser brasileiro? quero! Mas tenho de requerê-la e observar
os requisitos legais. Simbora analisar os requisitos aqui:
.
1) Observando a Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro), conclui-se que, os
requisitos para adquirir a nacionalidade brasileira, no caso dos originários
de países de língua portuguesa, são: a) residência por um ano
ininterrupta; b) idoneidade moral. É a famosa naturalização
ORDINÁRIA.
2) Opa, se tem a ordinária, consequentemente, terá a EXTRAORDINÁRIA.
Quais são os requisitos desta: a) residência há mais de 15 anos
ininterruptos; b) sem condenação penal.

BELEZURA, continuando, a Constituição Federal veda a distinção entre


BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO. Todavia, ela mesma apresenta exceções,
ou seja, o diploma constitucional estabelece as regras e as exceções. Vamos mirar
na mais importante.

São privativos de brasileiros natos os cargos de:

• Presidente e Vice-Presidente da República;


• Presidente da Câmara dos Deputados;
• Presidente do Senado Federal;
• Ministro do Supremo Tribunal Federal;
• Carreira diplomática;
• Oficial das Forças Armadas;
• Ministro de Estado da Defesa

Opa, então, a Constituição está falando que somente BRASILEIROS NATOS


podem assumir estes cargos. Então, imagine que xupuca, brasileiro naturalizado
há mais de 15 anos, decidi se candidatar a presidente, ele pode? Não! A
constituição é CLARA como a água! Dica: DECOREM estes cargos, direito cai uma
questão ou outra.

2.1 EXTRADIÇÃO

Coloca uma coisa no seu coração: O brasileiro NATO não pode ser
EXTRADITADO. E o naturalizado?
Pode, nas seguintes situações: a) prática de crime comum cometido antes
da naturalização; b) ou envolvimento com tráfico de entorpecentes a qualquer
tempo.
Há duas categorias de extradição:
a) Ativa: Brasil requere a um estado Estrangeiro;

b) Passiva: o estado Estrangeiro requere ao Brasil.

Vamos devagar que aqui é mais complicado. Na passiva (o crime foi


cometido fora da base territorial nacional), existem três situações distintas:

1) O estrangeiro comete o crime e foge para o brasil. O pedido de extradição


será analisado pelo STF e, caso seja crime político ou de opinião, a
extradição não ocorrerá;

2) Brasileiro naturalizado comete crime fora e volta para o Brasil, só será


possível a extradição se delito foi cometido antes da naturalização ou tráfico
ilícito de drogas;

3) Brasileiro nato que comete crime e foge para o brasil. EM NENHUMA


HIPÓTESE OCORRERÁ A EXTRADIÇÃO.

Mais um adendo, a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão


sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há
mais de dez anos, ou de pessoas jurídica constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sede no País.
Exemplo: xiquaz, naturalizado há 2 anos e grande admirador do FUNK
PESADÃO, decidi comprar a empresa brasileira de radiodifusão (a rádio)
KondiFUNK, ele pode adquirir? NÃO! Só poderia se fosse naturalizado há mais de
dez anos.

2.2 PERDA DA NACIONALIDADE E OUTRAS QUESTÕES


FUNDAMENTAIS
Vamos falar um pouco acerca da perda de nacionalidade, ela pode ocorrer
por duas vias: 1) cancelamento da naturalização, por sentença judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional; e 2) aquisição de outra nacionalidade.
É fundamental observar que somente o brasileiro naturalizado pode ter a
sua nacionalidade cancela em virtude de interesse nacional, ou seja, esta hipótese
NÃO SE APLICA AO BRASILEIRO NATO. E a aquisição de outra nacionalidade?
Aplica-se tanto ao naturalizado quanto ao nato.
Como funciona esta perda da nacionalidade por aquisição de outra? É mais
o menos assim:

a) A regra é que o nato e o naturalizado perda a nacionalidade, caso adquira


outra originária. Todavia, esta regra comporta exceções: o
reconhecimento da nacionalidade originária pela lei estrangeira.
Neste caso, se a lei estrangeira impor esta condição, as duas poderão
conviver.
b) A outra, é caso a lei estrangeira imponha ao brasileiro a naturalização
como condição de permanência ou para o exercício dos direitos
civis. Neste caso, a condição para viver no país é a naturalização, desta
forma, não faria sentindo extirpar a nacionalidade originária.

3. NOÇÕES PRÉVIAS

É imperioso antes de falarmos acerca dos partidos políticos, explanarmos a


respeito dos direitos políticos. Então, simbora. Afinal, o que são os DIREITOS
POLÍTICOS? É a participação do indivíduo nos negócios do estado e, a partir do
momento que acontece isso, obtém-se o status de cidadão.

Os direitos políticos podem ser divididos em dois grupos:

1) Positivos, que são subdivididos em: capacidade eleitoral ativa – direito de


votar – e capacidade eleitoral passiva – direito de ser votado.
2) Negativos, estes estão atrelados as causas de inelegibilidades.
Se liga na tabela:

CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA


É simplesmente a capacidade de Se um é a capacidade de votar, noutro,
VOTAR, quando você adquire? A partir temos a capacidade de ser VOTADO, as
do momento que faz o alistamento condições elegibilidade são:
eleitoral.
Lembrando que o alistamento e o voto 1) Nacionalidade brasileira;
são obrigatórios para:
a) Maiores de 18 anos e menores 2) Pleno exercício dos direitos
de 70 anos; políticos

E facultativos para: 3) Alistamento eleitoral;

b) Analfabetos, os maiores de 70 4) Domicílio eleitoral na


anos e maiores de 16 e menores circunscrição
de 18 anos.

Quem não pode se alistar? 5) Filiação partidária;


a) Estrangeiros;
b) Durante o serviço militar – 6) Idade mínima de:
conscritos;
c) Lembrando que somente A) TRINTA E CINCO ANOS para
brasileiros são alistáveis. Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador;
c) TRINTA ANOS para Governador
e Vice-Governador de Estado e
do Distrito Federal;
d) VINTE E UM ANOS para
Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
e) DEZOITO ANOS para Vereador.

DECOREM ESTAS IDADES!

Além do direito de votar e ser votado, os direitos políticos possibilitam que


o cidadão participe do processo legislativo de forma direta, através dos
mecanismos da iniciativa popular, plebiscito e referendo. Diferença crucial do
plebiscito e referendo?
O plebiscito é antes, ou seja, antes da norma ir para o “mundo”, esta decisão
poderá vincular ou não o legislador. Já o referendo é depois, ou seja, a norma já
está quase no “mundo”, para ter vigência ou eficácia, a ponte é o referendo. Tanto
a autorização para a realização do referendo quanto a convocação do plebiscito
são de competência EXCLUSIVA do congresso nacional, que é feita mediante
decreto legislativo.

4. INEGIBILDIADES

TEMA DE IMPORTÂNCIA ABISSAL PARA A SUA PROVA, ABISSAL! Olha aqui,


a ELEGIBILIDADE é REGRA, A INEGIBILIDADE é a EXCEÇÃO! Ou seja, o indivíduo
fica impedido de SER VOTADO, devido as circunstâncias fáticas que reverberam
na própria constituição ou lei complementar.

A ilegibilidade pode ser:

a) Absoluta: são os que não podem ser votados, simples. Isto é, se não podem
ser votados, logo, não podem se candidatar a nenhum cargo eletivo. Quem
são? Analfabetos e inalistáveis.

b) Relativa: são aqueles impedidos de se candidatar a determinados cargos.


Simbora trabalhar a classificação, se liga na tabela:

POR MOTIVO O próprio nome já aponta, pois se é funcional, certamente, será


FUNCIONAL relacionada a função, ou seja, ao cargo!

O sistema constitucional nacional a possibilita a reeleição para os


cargos eletivos do Executivo (Presidente da República,
Governador e Prefeito), permitindo apenas uma vez para o
período subsequente.

Exemplo: B(xxx) presidente foi eleito neste pleito (2019-2022),


ele só pode ser eleito para mas um pleito (2023-2026).

O art. 14, § 6° da CF/88 disciplina a denominada


"desincompatibilização-renúncia", como funciona isso?

3. Se o ocupante do cargo do chefe do executivo, queira


concorrer a outra vaga diversa que ocupa, ele terá que
renunciar, seis meses antes do pleito, ao respectivo
mandato.

Exemplo: chega 2022, B(xxx) presidente, decidi que o


lugar dele é no legislativo, senador, desta forma, ele terá
que renunciar seis meses antes do pleito.

Questão? Mas se ele for disputar o mesmo cargo, precisa


da renúncia? Não! Se for reeleição, não precisa.

REFLEXA OU Na mesma esteira, se é INDIRETA, opa. Não atinge o cargo do


INDIRETA chefe do executivo propriamente, mas a alguém ligado a ele.
Ou seja, ficam impedidos de disputar cargo eletivo:
a) o cônjuge
b) e os parentes (consanguíneos e afins até 2.º grau, inclusive
por adoção)
Daquele que ocupa cargo na chefia do Executivo quanto à
CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL do território ocupado.

Ou seja, supondo que MB(XXX) é a primeira dama do presidente


e queira concorrer ao cargo de SENADORA, pode? Não! Há uma
vedação aí. Lembrando que a vedação é em todo território
brasileiro (CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL).

Outra coisa, e se o B(xxx), presidente, se desincompatibilizar,


isto é, renunciar 6 meses antes, vai aproveitar a MB(XXX),
primeira dama, para concorrer ao seu cargo respectivo?

SIM!

POR MOTIVO Os militares conscritos são inalistáveis e, desta forma,


MILITAR inelegíveis. Todavia, os militares não conscritos (recrutados para
o serviço militar obrigatório) são alistáveis e a elegibilidade, à
visto disso, obedece às seguintes regras:
1) se contar menos de dez anos de serviço, deverá se afastar
da atividade militar;

2) se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela


autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
no ato da diplomação, para a inatividade.
LEGAIS São outros casos que poderão ser disciplinados por Lei
Complementar.

5. PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

A constituição no seu artigo 15 estabelece o ROL TAXATIVO das causas de


perda ou suspensão dos direitos políticos. Importante ressaltar que a cassação dos
direitos políticos é ato vedado pela atual constituição federal, sendo considerado
autoritário.
Mas então, o que se entende por perda dos direitos políticos? A perda é uma
privação dos direitos políticos de forma definitiva, portanto, sem um certo. São
duas as causas de perda dos direitos políticos: 1) cancelamento de
naturalização por sentença transitada e julgada; e 2) a recusa de cumprir
obrigação a todos imposta ou prestação alternativa na forma da lei.
Bom, se a perda é algo definitivo, deduz-se, portanto, que a suspensão é
por tempo determinado. São as causas: 1) incapacidade civil absoluta
(lembrando que deve ser reconhecido por sentença de interdição); 2)
condenação criminal transitada em julgado enquanto durarem os seus
efeitos; e 3) improbidade administrativa.

6. PARTIDOS POLÍTICOS

Se falarmos acerca de partidos políticos, devemos lembrar que para


organizar um partido, deve-se respeitar direitos e garantias fundamentais, assim
como determinados preceitos, como a) caráter nacional; b) proibição de
recebimento de recursos financeiros de entidades ou governo
estrangeiro; c) prestação de contas junto à justiça eleitoral;
d)funcionamento parlamentar de acordo com a lei; e e)vedação de
utilização de organização paramilitar.
Apesar do nosso coração e mão tremer para pensarmos que o partido
político tem natureza jurídica de direito pública, esta ideia está ERRADA! O partido
político tem natureza jurídica de DIREITO PRIVADO! Além disso, ele deve
formalizar o seu registro junto ao TSE. Bom, se ele adquire personalidade, logo,
pressupõe que ele tem legitimidade par atuar em juízo, inclusive podendo ajuizar
mandando de segurança, caso tenha representação no congresso nacional.
Devemos prestar uma atenção maior em relação aos recursos do fundo
partidário e acesso gratuito ao rádio e a televisão. Isto é, só terão estes recursos,
se, alternativamente, tiverem: I - nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos
votos válidos em cada uma delas; II - tiverem elegido pelo menos quinze
Depurados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação.

PODER LEGISLATIVO E PROCESSO LEGISLATIVO

1.0 PODER LEGISLATIVO

1.1 Noções Prévias

Certo, se eu estou falando acerca do poder legislativo, estou reafirmando


que a sua função precípua: LEGISLAR! Todavia, se esta tarefa de legislar não
observar a receita constitucional, ou seja, aquilo que dispõe a nossa carta magna,
o judiciário, se valendo do mecanismo nominado controle de constitucionalidade,
pode limitar estas normas.
Da mesma forma do executivo supratranscrito, o legislativo desempenha
funções atípicas como administrativas e judiciárias. Se ligando lá em cima, quando
o senado julga o presidente da república, ele está se valendo da sua função atípica,
funcionando como tribunal político.
O que é bicameralismo? É a ideia básica que o congresso nacional é formado
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, isto é, duas casas. Sendo a
primeira exteriorizando a ideia do POVO, já segunda, representada pelos estados
membros.
Qual a serventia do tribunal de contas? Ele AUXILIA o Poder Legislativo
nas atividades de FISCALIZAÇÃO (PRESTA ATENÇÃO NESTA PALAVRA) contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias das receitas.

Vamos fazer um breve esboço acerca do Tribunal de Contas, simbora.

a) Vai fazer fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela


União, mediante convênio, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

b) Além disto, a competência do TCU vai abranger o julgamento das contas


dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público, devendo aplicar as sanções previstas na
ordem jurídica em conformidade com os ilícitos que venha a identificar.

Funciona o seguinte, quem aprecia as contas do Poder Executivo? O poder


legislativo, todavia, este não tem capacidade para elaborar um parecer acerca das
contas, desta forma, quem elabora? O tribunal de contas!
Além do Tribunal de Contas da União, os Estados organizarão os seus
próprios Tribunais. A CF de 1988 veda a criação de Tribunais de contas Municipais;
todavia, aqueles já criados antes de sua promulgação foram mantidos, como é o
caso, por exemplo, do Tribunal de Contas dos Municípios de São Paulo e Rio de
Janeiro.
Desta forma, como funciona nos municípios? Se houver, como já dito, o
tribunal de contas emitirá um parecer sobre as contas, anualmente, prestadas pelo
prefeito. Presta atenção, que aqui reside a diferença, as contas podem ser
rejeitadas por 2/3 DOS MEMBROS DA CÂMARA DOS VEREADORES.
Outra coisa que já caiu: as contas do município ficarão, DURANTE 60
DIAS, a disposição de qualquer contribuinte, para exame a apreciação, o qual
poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

1.2 CONGRESSO NACIONAL

Vamos tratar um pouco acerca do congresso nacional. Então, quando os


parlamentares se reúnem para fazer as maldades? (BRINCADEIRA! só para fixar o
conteúdo) Eles se reúnem, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17
de julho e de 1° de agosto a 22 de dezembro. O que é uma legislatura? uma
legislatura compreende um lapso tempo de 4 anos, no qual é dividida em 4 sessões
legislativas (art. 44, parágrafo único, CF).
Bom, denomina-se recesso parlamentar as férias dos nossos digníssimos
parlamentares. Agora imagine, temos que fazer uma convocação extraordinária,
pois irá precisar autorizar um estado de sítio, por exemplo. Então, quem irá fazer
essa convocação?

a) O Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de


defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente
e do Vice-Presidente;

b) O Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados


e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de
ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante com
a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso
Nacional.
Quando convocados de forma extraordinárias, os parlamentares recebem?
Não! A constituição veda EXPRESSAMENTE o pagamento de parcela indenizatória
aos parlamentares em virtude de convocação extraordinária.

1.3 SENADO FEDERAL

Em síntese, o senado federal compõe de representantes dos estados


membros e o DF, os parlamentares são eleitos pelo sistema majoritário, cada
Estado e o Distrito Federal elegerão três senadores, com mandato de oito anos.
PRESTA ATENÇÃO! Esta representação será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, um e dois terços.
Então, como funciona? Determinada eleição eu, como eleitor, escolho UM
senador, noutra, DOIS senadores, a ideia básica é essa. Cada senador terá dois
suplentes. As competências privativas estão elencadas no art. 52 da CF,
materializam-se por meio de resolução e independe de sanção ou veto.

1.4 CÂMARA DOS DEPUTADOS

Em síntese, a Câmara dos Deputados é composta por representantes do


povo, que se valem do sistema proporcional, em cada estado, território e distrito
federal. Como funciona o sistema proporcional? O sistema eleitoral proporcional
determina que eleito será o candidato do partido político com maior número de
votos válidos. São eleitos por este sistema: deputados federais, estaduais e
vereadores.
Como se estabelece o número mínimo e máximo de deputados? Será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, sendo o ajuste
feito um ano antes da eleição, tendo como parâmetro o mínimo de oito deputados
e o máximo de setenta deputados por estado. Os territórios terão o número fixo
de 4 DEPUTADOS.

1.5 PRERROGATIVAS, GARANTIAS E IMPEDIMENTOS DOS


PARLAMENTARES.
Vamos tratar das imunidades materiais e formais, se liga na tabela:

IMUNIDADE Está atrelado à inviolabilidade, civil e penal, por opinião,


MATERIAL palavra ou voto durante o exercício do mandato, como dispõe
o artigo 53 da CF.

A ideia básica é o seguinte, o parlamentar, na orbita federal, pode


falar o que bem entender, desde que esteja atrelado ao conteúdo
político e, desta forma, não será punido. Lembrando que vale para
todo território nacional, mesmo que esteja fora do congresso
nacional.

Exemplo: xipacux, vai para o ESTADO X, tirar as suas férias,


chegando lá, encontra o babysaix, implacável adversário político,
sem pensar duas vezes, entram em um debate político, xipacux
chama babysaix de petralha, comunista, genocida e caralho a quatro.
Xipacux está acobertado pela imunidade material? Sim!
IMUNIDADE PROCESSO
FORMAL
Nos crimes praticados após a diplomação, isto é, quando
parlamentar é efetivamente “empossado”, a casa legislativa
respectiva poderá sustar o andamento do processo. De quem é a
iniciativa para pedir esta sustação? Do partido político respectivo.
Sustou, e aí? Suspende a prescrição até o final do mandato. Se o
crime foi cometido antes da diplomação, aplica-se esta regra
supramencionada? Não!

PRISÃO
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável (importante lembrar quais são os crimes inafiançáveis).

Como vai funcionar? Os autos serão remetidos dentro de 24 horas


à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus
membros, resolva sobre a PRISÃO. Segundo entendimento do STF,
a imunidade formal dos parlamentares impede a prisão processual,
mas não impede aquela decorrente de decisão judicial com trânsito
em julgado.

PRERROGATIVA DE FORO
Desde expedição do DIPLOMA, os deputados federais e senadores
serão julgados pelo STF.

Tais imunidades subsistirão até nos pior cenário esculpido na nossa


Constituição, que é o Estado de sítio, todavia, as imunidades, dado gravidade do
estado de sítio, poderão ser suspensa pelo voto de 2/3 dos membros da casa
respectiva, desde que os atos seja praticados foram do congresso nacional e sejam
incompatíveis com a execução da medida.
ATENÇÃO! Os deputados estaduais gozam das mesmas prerrogativas,
garantias e impedimentos que os deputados federais e senadores, devido ao que
dispõe o artigo. 27, parágrafo 1 da CF.
Como funcionam estas imunidades com os vereadores? Eles gozam de
imunidade material, em relação as palavras e votos, dentro da circunscrição do
munícipio. PRESTA ATENÇÃO que vale NA BASE TERRITORIAL DO MUNÍCIPIO! E
as formais, ou seja, em relação à prisão, processo e competência para julgamento?
Eles não gozam!
Vamos falar um pouco acerca dos impedimentos agora, se liga:
Os Deputados e Senadores não poderão desde a EXPEDIÇÃO DO
DIPLOMA:
a) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária
de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
e

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de


que sejam demissíveis "ad-nutum” nas entidades referidas acima.

Por outro lado, não poderão a partir da POSSE:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor


decorrente de contraio com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum" em pessoa


jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço público; ou

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer dessas entidades; e

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo

Simbora, continuando, vamos falar agora da PERDA DO MANDATO. Bora


colocar numa tabela aqui para facilitar. Vamos trabalhar CAUSA e o
PROCEDIMENTO, para entender a lógica.

CAUSA PROCEDIMENTO
Encontra-se no artigo 55, parágrafo
1) inobservar as causas de único.
impedimento;
2) Adotar procedimento A perda será decidida pela câmara
incompatível com o decoro dos deputados ou pelo senado
parlamentar; federal, por maioria absoluta de seus
3) Sofrer condenação criminal membros, mediante a provocação da
com trânsito em julgado. respectiva Mesa ou de partido político
representado no Congresso Nacional,
assegurado a ampla defesa.
1) Deixar de comparecer, em
cada sessão legislativa, à terça E então?
parte das sessões ordinárias da A perda será declarada pela mesa
casa a que pertencer, salvo da casa respectiva, de ofício ou
licença ou missão por esta mediante provocação de qualquer de
autorizada; seus membros, ou de partido político
2) Perder ou tiver suspenso os representado no congresso nacional,
direitos políticos; assegurada a ampla defesa.
3) No caso em que a perda do
mandato for decretada pela
justiça Eleitoral.

1.6 COMISSÕES PARLAMENTARES

A ideia é o seguinte, dentro das casas do congresso nacional, existem


comissões permanentes e temporárias. Mas afinal, para que serve as comissões
permanentes e temporárias?
Permanentes: está agarrado a própria estrutura institucional da Casa
Legislativa e têm finalidades perpétuas, como apreciação e deliberação de
assuntos de sua competência ou acompanhando e fiscalizando dos planos e
programas governamentais. Fica bem claro na Comissão de Constituição e Justiça.
Temporárias: são as criadas com uma finalidade, todavia, assim que
exaurida as suas finalidades, são extintas.
O que as comissões podem fazer? Se liga:
a) discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos
membros da Casa;

b) realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

c) convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos


inerentes a suas atribuições;

d) receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer


pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

e) solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

f) apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de


desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

Vamos trabalhar a comissão mais importante para o exame da OAB, a


comissão parlamentar de inquérito policial, simbora:

Definição e Para criar uma CPI, você precisa do requerimento de 1/3 dos
criação membros do Senado ou da Câmara, em conjunto ou
separadamente.
Poderes As comissões não têm poderes ilimitados de investigação, são
limitados, pois determinados atos devem observar a reserva de
jurisdição, como assim? Tem que requisitar ao juiz competente
determinado ato investigatório.
Vedações O que a CPI não pode fazer? Ela não pode expedir: 1. Mandado de
prisão; 2. Mandado de busca e apreensão domiciliar; 3. Mandado
de interceptação telefônica.
Ou seja, estas matérias devem ser submetidas ao poder judiciário,
é o que chamamos de RESERVA DE JURISDIÇÃO
CONSTITUCIONAL.
Conclusões A CPI NÃO TEM COMPETÊNCIA JURISDICIONAL, até porque se
o tivesse, faria parte dos órgãos do poder judiciário, desta forma,
ela não pode JULGAR OU MESMO APLICAR PENAS AOS
INVESTIGADOS. Ou seja, findo a investigação, o inquérito será
mandado ao Ministério Público ou a Advocacia Geral da União, para
que só assim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

2. PROCESSO LEGISLATIVO

O processo, nas palavras do nosso querido mestre João Augusto, é um


caminhar... E no Direito Constitucional não seria diferente, o processo legislativo
é um caminhar para fabricação das normas. Por isso, esta parte, para facilitar a
assimilação, será feita predominantemente por tabelas. SIMBORA!
Bom, se não observei o procedimento constitucionalmente estabelecido para
fabricar a norma, qual é a inconstitucionalidade? FORMAL!
Este processo legislativo, compreende a fabricação de quais normas?
Emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e delegadas, das
medidas provisória, dos decretos legislativos e das resoluções. A OAB ama trabalha
as emendas à constituição, desta forma, leem o artigo 60 da CF com vossas almas.

2.1 EMENDAS À CONSTITUIÇÃO

A nossa constituição, classifica-se quanto a estabilidade, como rígida, sendo


assim, ela possui um mecanismo diferente de alteração da legislação
infraconstitucional, um mecanismo mais moroso/dificultoso.
Por isso, a constituição precisa ser alterada para se ajustar ao
desenvolvimento social, isto é, para acompanhar novas demandas jurídicas,
sociais, políticas e econômicas. Se tivéssemos um documento inalterável,
possivelmente, ninguém o seguiria, pois a sociedade está em constante evolução.
As emendas à constituição exteriorizam uma um mecanismo FORMAL de
alteração, fruto do poder constituinte derivado reformador. Sendo este um poder
limitado, condicionado e subordinado, ou seja, não pode fazer tudo. Daí decorres
as limitações materiais e procedimentais, simbora:

1) PROCEDIMENTAIS: referente à iniciativa, votação e promulgação;

2) CIRCUNSTANCIAIS: impossibilidade de alteração da Constituição durante

a vigência de intervenção federal, estado de defesa ou de sítio;

3) MATERIAIS: supressão das chamadas cláusulas pétreas (DECOREM) -

FORMA FEDERATIVA DE ESTADO, VOTO SECRETO, DIRETO, UNIVERSAL E


PERIÓDICO, SEPARAÇÃO DOS PODERES E OS DIREITOS E GARANTIAS
FUΜDAMENTAIS;

4) TEMPORAIS: impossibilidade de modificação da Constituição durante certo

tempo. Não foi adotada essa limitação pela Constituição da República de


1988;

5) LIMITAÇÕES IMPLÍCITAS à elaboração de emendas à CF, como, por


exemplo: a supressão das limitações expressas e a alteração do titular do
poder constituinte derivado reformador.

Perguntinha para mexer em vossa mente, uma emenda constitucional pode


ser considerada “Inconstitucional”, isto é, ser objeto do controle de
constitucionalidade? SIM, pode! Por exemplo: uma emenda que propõe acabar
com a separação de poderes, opa... ela vai violar as cláusulas pétreas.

Olha pra cá, simbora facilitar em uma tabela:


Quem pode Os legitimados são:
apresentar a
proposta de a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos
emenda? Deputados ou do Senado Federal;

b) do Presidente da República;

c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das


unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas,
pela maioria relativa de seus membros.
Como a
emenda será Será discutida e votada em cada casa do congresso nacional, em
votada? dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Quem Muito cuidado! A promulgação será realizada PELAS MESAS DA
promulga? CÂMARA E DO SENADO, COM O RESPECTIVO NÚMERO DE
ORDEM. São as duas mesas!

3. LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES

Principal diferença entre uma e outra, é acerca do quórum mínimo para


aprovação, enquanto as leis ordinárias exigem MAIORIA SIMPLES, PRESENTE
MAIORIA ABSOLUTA DOS SEUS MEMBROS (art.47 CF), as complementares
devem ser aprovadas pela MAIORIA ABSOLUTA dos seus membros.

No mais, seguem o mesmo processo legislativo, simbora nas tabelas:

1. INICIATIVA É definido como a faculdade, conferida pela Constituição


Federal a certas pessoas ou órgãos, de apresentar
projetos de lei ao congresso nacional.
Pode haver iniciativa:
:
a) Concorrente: quando pode ser exercida, de forma
independente, por vários órgãos ou pessoas;

b) exclusiva: quando é reservada, com exclusividade,


a determinada pessoa ou órgão;

c) parlamentar: atribuída aos membros do


Congresso Nacional; e

d) extraparlamentar: atribuída a pessoas ou órgãos


não parlamentares, como, por exemplo, a lei
complementar que disporá sobre o Estatuto da
Magistratura é da iniciativa privativa do STF - art.
93 da CF.
2. DISCURSSÃO É a segunda fase, esta começa com a análise da
constitucionalidade do projeto apresentado. Faz-se, nesse
caso, um juízo formal, a fim de se identificar, por exemplo,
um vício de iniciativa. Este juízo é feito pelas comissões
da câmara ou do senado ou do congresso nacional como
um todo.
3. SANÇÃO/VETO Então, o chefe do poder executivo poder sancionar
(aprovar) ou vetar (não) o projeto de lei aprovado pelo CN
ou por suas comissões, com a sanção, o projeto irá se
tornar e segue para a promulgação e, consequentemente,
publicação.
Esta sanção pode ser EXPRESSA ou TÁCITA. Como
assim?
A tácita é quando, decorrido o prazo de 15 dias, o
presidente silencia quanto a sanção.
E a expressa? Ele a exterioriza a VONTADE de sancionar
a lei.
E em relação ao veto? Pode ser de dois tipos:
1) JURÍDICO: quando o projeto de lei for
inconstitucional. Trata-se de controle preventivo de
constitucionalidade realizado pelo Chefe do Poder
Executivo;

2) POLÍTICO: quando o projeto for contrário ao


interesse público.
O veto, quanto à extensão, pode ser total ou parcial. Além
disto, o veto não pode se dirigir apenas a palavras ou
expressões, isto é, tem a obrigação de ser
necessariamente dirigido ao TEXTO INTEGRAL de
ARTIGO, PÁGRAFO, ALÍENA E INCISO.
VETOU?
Será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias,
só podendo ser REIJEITADO pelo voto da maioria absoluta
dos DEPUTADOS E SENADORES (art.66, parágrafo 4, da
CF).
PROMULGAÇÃO e Quando a norma é inserida no ordenamento jurídico, ou
PUBLICAÇÃO seja, ela passa a existir, gozando de presunção de
constitucionalidade, ela é promulgada.

Já a publicação, tem como fito dar conhecimento a todos


da existência da lei, ou seja, se todos sabem da existência,
não tem como arrumar imperativos para desobedecê-la.

Existe muita discussão, principalmente, no âmbito da doutrina acerca da


diferença entre a lei ordinária e complementar, principalmente, nas suas
peculiaridades. O principal é:
1. Leis complementares e ordinárias seguem semelhante processo
legislativo (como já visto);

2. Sob o aspecto formal, leis complementares e ordinárias diferem quanto ao


quórum de aprovação (maioria absoluta e maioria simples,
respectivamente);

3. sob o aspecto material, as hipóteses de regulamentação mediante lei


complementar estão taxativamente previstas na Constituição
(chama-se campo material de atuação), mostrando-se residual a
adoção da lei ordinária. Atualmente, predomina na jurisprudência do STF o
entendimento SEGUNDO O QUAL NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE LEI
COMPLEMENTAR E LEI ORDINÁRIA.

O que se entende por regime de urgência constitucional?

É o famoso processo sumário, o Presidente poderá solicitar urgência para


apreciação de projetos da sua iniciativa. Como se dá? A Câmara tem o prazo de
45 dias para apreciar o projeto, posteriormente, o projeto segue para o senado
federal que também deverá apreciá-lo em 45 dias. E se tiver emendas? O projeto
retorna para à Câmara que terá o prazo de 10 dias para se manifestar.

Se somarmos estes dias, o processo sumário terá duração de 100 dias.


Lembrando que o presidente só pode solicitar urgência em processos de sua
iniciativa!

4. LEI DELEGADAS

A ideia central é entender que este instituto é a exceção. Como assim? O


presidente da república solicita ao congresso nacional tal delegação para elaborar
as leis. Sendo assim, a delegação é feita por intermédio de uma resolução do CN,
que especificará o CONTEÚDO e os TERMOS DO SEU EXERCÍCIO.
Esta resolução poderá prever a apreciação prévia do CN. Mas como seria a
votação? Votação única, portanto, sendo proibida qualquer emenda. Se houver
rejeição, temos o VETO PARLAMENTAR.
Quais atos não serão objeto de delegação?
1. Os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional;

2. Os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado


Federal;

4. A matéria reservada à lei complementar;

5. Nem a legislação acerca de: a) organização do Poder Judiciário e do


Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; b)
nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; c) planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

E se o presidente transtornar, ou seja, exorbitar os limites da delegação?


Neste caso, cabe ao CN sustar o ato normativo. Prestar atenção que o CN está
fazendo um verdadeiro controle repressivo de constitucionalidade. Além disto, o
CN pode vetar o projeto de lei, se houver previsão na resolução delegação.

5. MEDIDAS PROVISÓRIAS

Com funciona?
O Presidente da República, em casos de RELEVÂNCIA E URGÊNCIA, pode
editar medidas provisórias, COM FORÇA DE LEI, que deverão ser submetidas ao
congresso de forma imediata. Prestar bem atenção, RELEVÂNCIA E URGÊNCIA são
pressupostos constitucionais para a edição desta medida.
Olha, ela possui FORÇA DE LEI, sendo assim, desde sua edição, ela pode
ser objeto de controle de constitucionalidade, não tão só, NEM TODAS AS
MATÉRIAS PODEM SER DISCIPLINADAS POR MEDIDAS PROVISÓRIAS, caso o
fossem, não precisaríamos de poder legislativo, né!? Então, quais são essas
matérias? São as relativas a:

a) Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito


eleitoral, direito penal, processual penal e processual civil, organização do
Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3°
da CF;

b) Que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer


outro ativo financeiro;

c) Reservada a lei complementar;

d) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e


pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Bom, presidente edita a medida provisória, já sabemos que ela deve ser
submetida ao congresso nacional, mas como se opera? Simples, se o presidente a
edita, ela já possui eficácia desde sua edição, ou seja, já produz efeitos no mundo
fático, no mundo da vida. Todavia, ela deve ser CONVERTIDA EM LEI NO PRAZO
DE SESSENTA DIAS, PODENDO SER PRORROGÁVEL UMA VEZ POR IGUAL
PERÍODO.
O congresso nacional disciplina, por intermédio do decreto legislativo, as
relações delas decorrentes.
Assim, imaginemos que o projeto de lei de conversão foi aprovado, até aí
tudo bem. Contudo, houve a alteração do texto original da medida provisória,
desta forma, a medida provisória se manterá integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o referido projeto, conforme o art. art. 62, § 12. Agora, se
não houver alteração, não precisa remeter o projeto ao Presidente para Sanção/
veto.
6. DECRETO LEGISLATIVO

Tem por finalidade disciplinar matérias de competência EXCLUSIVA DO CN.


Sendo assim, presume-se que não há sanção ou veto do Poder executivo. Quem
faz a promulgação? O presidente do Senado Federal, na figura de PRESIDENTE DO
CN.

7. RESOLUÇÃO

Tem por fito a disciplina de matérias de competência do congresso nacional,


assim como matérias de competência privativa da câmara dos deputados e do
senado federal. Na mesma esteira, não há sanção ou veto do poder executivo.
Quem faz a promulgação? É realizada pela Mesa da Casa legislativa que fabricar a
resolução.

PODER EXECUTIVO E JUDICIÁRIO

1. PODER EXECUTIVO

1.1 NOÇÕES PRÉVIAS

Primeira ideia aqui é partirmos do pressuposto da separação de poderes do


barão de Montesquieu, a tripartição orgânica, oras, cada poder exerce a sua
função, desta forma, pela óptica constitucional, os poderes do Estado são
independentes e harmônicos entre si.

1.2 PODER EXECUTIVO

Simbora discorrer, o presidente exerce uma função dual, isto é, como chefe
de Estado (órbita externa) e chefe de governo (órbita interna), além disso, se o
chefe maior do Estado é chamado de presidente, logo, pressupõe que o sistema
adotado é o presidencialismo. A função típica do executivo é gerir a coisa pública,
para além disto, existe a função atípica, quais sejam: legislativa (medida provisória
na “veia”) e judiciária (contencioso administrativo).
Como funciona a eleição? O Presidente e o Vice-Presidente da República
serão eleitos pelo sistema majoritário, elegendo-se aquele que obtiver a maioria
absoluta dos votos válidos, excluídos os nulos e brancos. Ela é realizada em qual
data? A eleição será realizada, simultaneamente, no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo
turno, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Quando o presidente deve tomar posse do cargo? O Presidente ou o Vice
devem tomar posse obrigatoriamente em até 10 dias após a data oficial, todavia,
se isso não ocorrer até o dia 11 de janeiro, os cargos serão declarados vagos.
Bom, em caso de impedimento e vacância dos cargos, como proceder? Em
caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos
respectivos cargos, serão chamados, nesta ordem, AO EXERCÍCIO DA
PRESIDÊNCIA O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, O DO
SENADO FEDERAL E O DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A linha sucessória
do Presidente da República é composta por BRASILEIROS NATOS
DECOREM ESTA LINHA SUCESSÓRIA, POR FAVOR!

Se os dois cargos ficarem vagos, o do Presidente e do Vice-Presidente da


República, além de seguir a linha do rol de substitutos acima, deve-se:

a) Se a vacância se der nos DOIS PRIMEIROS ANOS DO MANDATO, assume o


Presidente da Câmara e realizam-se eleições DIRETAS no PRAZO DE 90
DIAS (art. 81, ''caput", CF), a contar da abertura da última vaga.

b) Se a vacância se der nos DOIS ÚLTIMOS ANOS DO MANDATO, assume o


Presidente da Câmara e realizam-se eleições INDIRETAS pelo Congresso
Nacional (art. 81, § 1°, CF), no PRAZO DE 30 DIAS, a contar da abertura da
última vaga.
Olha, quem for eleito, só irá terminar o resto do MANDATO! Não serão 4
anos a mais. Como assim? Imagine que João foi eleito ao cargo de presidente e
este ficou vago, o presidente só vai terminar o resto. É o famoso mandato TAMPÃO.
Outra coisa, o presidente e o vice-presidente não poderão, sem licença do
congresso nacional, ausentar-se do país por período superior a QUINZE DIAS, sob
pena da PERDA CO CARGO.
Deem uma lida no art. 84 da CF, que trata das atribuições do Presidente da
República. Vamos falar um pouco acerca da delegação de atos por parte do
Presidente da República.
Chefe do Executivo poderá delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-
Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites
traçados nas respectivas delegações, as seguintes atribuições:
1) dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, QUANDO
VAGOS;
2) Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos
órgãos instituídos em lei;
3) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

Para que serve os ministros de ESTADO? Servem para auxiliar o presidente,


eles são escolhidos dentre maiores de 21 anos que gozam do exercício dos seus
direitos políticos. Podem ser exonerados pelo presidente a qualquer tempo.
Beleza, seguindo. O PRESIDENTE FEZ “MERDA”, e aí, como ele deve ser
responsabilizado? Se liga na tabela:

CRIME DE RESPONSABILIDADE CRIME COMUM


É infração de natureza política- Apesar do nome, este crime comum
administrativa, o rol está no artigo 85 deve estar atrelado a função
da CF e na lei 1.079/50. (necessidade de demonstração da
pertinência temática).
Se não o for, o processamento só
poderá ser realizado após o término do
mandato.
Essa prerrogativa é chamada pela
doutrina de IRRESPONSABILIDADE
RELATIVA DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA.
A Câmara dos Deputados deve A Câmara dos Deputados deve
autorizar por 2/3 dos seus membros, autorizar por 2/3 dos seus membros,
isto é, um juízo de admissibilidade, isto é, um juízo de admissibilidade,
antes da instauração do processo de antes da instauração do processo de
responsabilidade. responsabilidade.
O Senado que faz o juízo de inicial de PRESTA ATENÇÃO AQUI, OH.
instauração ou não deste O inquérito irá tramitar no STF. se o
procedimento, por maioria simples, PRG, caso entenda que há indícios
com a presença da maioria suficientes de autoria e materialidade,
absoluta. Se instaurar, o presidente irá oferecer denúncia contra o PR ao
fica suspenso por 180 dias. STF.
O julgamento é feito por 2/3 dos seus
membros. Certo, O STF, antes de receber a inicial,
irá pedir a autorização da Câmara dos
DEPUTADOS.

Beleza, calma que vamos terminar.


Se autorizado, O STF fará outro juízo
de admissibilidade, se entender para o
sim, o presidente ficará AFASTADO
POR 180 DIAS.

SENADO CONDENOU? STF CONDENOU?


Consequências: Consequências:
Haverá perda do cargo e STF designará uma pena a ser
inabilitação para o exercício de cumprida e o presidente poderá vir a
função pública por oito anos, sem ser preso. A perda do mandato é uma
prejuízo das demais sanções judiciais consequência reflexa, pois haverá a
cabíveis. suspensão dos direitos políticos,
conforme o artigo 15, III da CF.

2. PODER JUDICIÁRIO
2.1 NOÇÕES PRÉVIAS

Nosso querido poder judiciário, como o próprio nome já propõe, a função


típica do poder judiciário é jurisdicional, isto é, resolver os conflitos em sociedade.
Todavia, ele pode realizar funções atípicas, por exemplo as administrativas e
legislativas como realização de concursos para provimento do cargo ou a
elaboração odo seu regimento interno.
Quais são os órgãos que compõe o poder judiciário?

ORGÃOS DO 1) o Supremo Tribunal Federal;


PODER
JUDICIÁRIO 2) o Conselho Nacional de Justiça;

3) o Superior Tribunal de Justiça;

4) o Tribunal Superior do Trabalho (incluído pela recente


Emenda Constitucional 92 de 12 de

3) os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

4) os Tribunais e Juízes do Trabalho;

5) os Tribunais e Juízes Eleitorais;


6) os Tribunais e Juízes Militares;

5) os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federa! e


Territórios.

Importante salientar que o STF e os Tribunais superiores têm jurisdição em


todo território nacional e, justamente com o CNJ, encontram-se sediados na capital
federal. Lembrando que o CNJ, apesar de fazer parte dos órgãos do poder
judiciário, NÃO TEM COMPENTÊNCIA JURISDICIONAL, a competência dele é
meramente ADMINISTRATIVA.

3.2 QUINTO CONSTITUCIONAL

Tema elementar, pois envolve advocacia, portanto, tem grandes chances de


cair no seu exame de OAB.
Extrai-se do artigo 94 da CF, que UM QUINTO dos lugares dos Tribunais
Regionais Federais, Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será
composto por membros: a) do ministério público, com mais de DEZ ANOS de
carreira; b) ADVOGADOS de notório saber jurídico, reputação ilibada, com mais
de DEZ ANOS de efetiva atividade profissional. A ideia deste quinto constitucional
é oxigenar o judiciário.
Cada órgão de classe irá fazer uma lista sêxtupla, o tribunal respectivo,
recebendo esta, irá fazer uma lista tríplice e, posteriormente, o tribunal irá enviar
para o chefe do poder executivo respectivo, para que no prazo de vinte dias,
escolha um de seus integrantes para nomeação. Ou seja, começa com 6 pessoas,
vai para 3 pessoas e TERMINA COM 1 pessoa. Obs: aplica-se também aos Tribunais
Regionais do Trabalho, devido ao disposto no art. 115, inc. I, da CF.

3.3 GARANTIAS E VEDAÇÕES


As garantias basilares dos membros do poder judiciário são a vitaliciedade,
a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídios. Para que servem afinal? Elas
servem para garantir que os membros do poder judiciário exerceram a sua função
de maneira imparcial, isenta e autônoma.
Fundamental saber que a vitaliciedade só é adquirida após DOIS ANOS de
efetivo exercício do poder jurisdicional, isto em primeiro grau, caso seja pelo
quinto constitucional, a vitaliciedade é instantânea. Desta forma, o magistrado só
perde o cargo caso haja SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO.
O Magistrado pode ser retirado do lugar que exerce a sua função
jurisdicional contra a sua vontade? Não, pois ele está sob o manto da
inamovibilidade, isto é, ele só poderá ser retirado por motivo de interesse público
+ a deliberação pela maioria absoluta (ou do órgão especial) do Tribunal que
pertence o Magistrado.
Para evitar a coação financeira de um dos poderes no judiciário entra-se em
jogo a irredutibilidade dos benefícios, garantindo, portanto, que ele os membros
exercem a sua função sem medo de ter os seus subsídios rebaixados. Mas nem só
de glória vive o homem, apesar de garantias, os membros também possuem
vedações para evitar desvios funcionais em suas condutas, são elas:
A) Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma
de magistério;
B) Receber a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
C) Dedicar-se à atividade político-partidária;
D) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas
em lei;
E) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

3.4 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


É essencial entender a composição do STF, este é composto por 11
ministros, tendo como requisitos: a) cidadãos com mais de trinta e cinco anos e
menos de setenta e cinco anos de idade; b) notável saber jurídico e c) reputação
ilibada. Como funciona a escolha? O presidente escolhe, o Senado Federal sabatina
por maioria absoluta, desta forma, “nasce” um Ministro do Supremo Tribunal
Federal.
Qual é a função precípua do STF? É a guarda da Constituição! Funciona como
o dragão de cúpula, como o guardião da carta magna. É medular a leitura do
ARTIGO 102, competências originárias e recursais, sempre cai uma coisa ou
outra.

3.5 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Compõe-se de, no mínimo, 33 ministros, a nomeação segue a mesma linha


de nomeação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, isto é, os Ministros serão
escolhidos dentre: a) cidadãos com mais de trinta e cinco anos e menos de setenta
e cinco anos de idade; b) notável saber jurídico e c) reputação ilibada.
A escolha funciona como o supratranscrito, o presidente escolhe, o Senado
Federal sabatina por maioria absoluta, desta forma, “nasce” um Ministro do
Superior Tribunal de Justiça. A diferença é que estes ministros advêm de:
1) Um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço
dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista
tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

2) Um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério


Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios,
alternadamente, indicados de acordo com as regras do quinto
constitucional.

É imperiosa a leitura das competências originárias e recursais do STJ, tem


caído sempre uma coisinha ou outra, elas se encontram no artigo 105 da
Constituição. LEIAM!
3.6 FUNÇÕES ESSENCIAS A JUSTIÇA

O Ministério Público, a Advocacia, pública e privada, e a Defensoria Pública


NÃO integram o Poder Judiciário. Todavia, devemos saber algumas características
deles por serem funções essenciais à justiça.
O Ministério Público é instituição permanente, indispensável à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Aos membros do MP asseguram-se as seguintes garantias: vitaliciedade,
inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio. As vedações são apresentadas pelo
art. 128, § 5°, inc. II da CF.
O MP tem princípios institucionais, ou seja, aqueles que pertencem a
instituição, quais são eles? unidade, indivisibilidade e independência funcional,
sendo-lhe assegurada autonomia funcional e administrativa.

O Ministério Público abrange:

1) o Ministério Público da União (presta atenção, que o MPU abrange mais 4


MP´S), compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público
do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios;

2) OS MINISTÉRIOS PÚBLICOS DOS ESTADOS.

Quem é o chefe do MPU? É o Procurador Geral da República, este é nomeado


pelo Presidente da República, dentre INTEGRANTES DA CARREIRA, maior de trinta
e cinco anos, após a sabatina da maioria absoluta pelo Senado Federal, para
mandado de dois anos, permitida a recondução.
Quero destituir o Procuração Geral, e aí? Deve-se haver a autorização da
maioria dos membros do Senado Federal.
Como funciona a escolha para o Procurador Geral? Então, os MPS dos
estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes
da carreira para escolha. Quem nomeia? O Governador do Estado. Quanto tempo?
Dois anos, permitida uma recondução. Quem pode destituir? A deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
Já lhe disse acerca dos princípios institucionais, mas existem, as funções
institucionais, cuidado para não confundir! Simbora:

a) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

b) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de


relevância pública, aos direitos assegurados na CF, promovendo as
medidas necessárias à sua garantia;

c) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do


patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;

d) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de


intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF;

e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações


indígenas;

f) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua


competência, requisitando informações e documentos para instruí-los,
na forma da lei complementar respectiva;

g) Exercer o controle externo da atividade policial;

h) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,


indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
i) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis
com a sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a
consultoria jurídica de entidades públicas.

2.7 ADVOCACIA, PRIVADA E PÚBLICA, E DEFENSORIA PÚBLICA.

O ADVOGADO É INDISPENSÁVEL À ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA,


SENDO INVIOLÁVEL POR SEUS ATOS E MANIFESTAÇÕES NO EXERCÍCIO
DA PROFISSÃO, NOS LIMITES DA LEI.
Decorem este trecho acima ai, muito importante! Em relação a advocacia
pública, temos a advocacia geral da União que é uma instituição que represente a
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar
dispor sobre a sua organização e funcionamento, além de prestar atividades
consultivas e assessoramento ao Poder executivo.
Quando a fazenda pública vai executar uma dívida, de natureza tributária,
ela o faz por meio da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Quem é chefe da
Advocacia Geral da União? É o Procurador Geral da Fazenda Nacional. Quem faz a
nomeação? O presidente nomeia livremente dentre cidadãos maiores de TRINTA E
CINCO ANOS, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
E a Defensoria Pública? é uma instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do
inciso LXXXIV art. 5° da CF.
Quais são os seus princípios institucionais? Unidade, a indivisibilidade, e a
independência funcional.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Sem dúvidas, uma das matérias mais importantes para a sua aprovação na
OAB. Para que serve o controle de Constitucionalidade? Serve para aferição da
validade das normas face à Constituição, ou seja, busca-se fiscalizar a
compatibilidade vertical das normas e, dessa forma, garantir a força normativa e
a efetividade do texto constitucional.
Pensa em dois blocos, o primeiro é o bloco Constitucional e o segundo é o
bloco Infraconstitucional, opa, se a norma que é fabricada no congresso nacional
sai para o “mundo” e ela está em desacordo com a Constituição, vamos se valer
de um Mecanismo intitulado controle de constitucionalidade para fazer esta
ANÁLISE DE COMPATIBILIDADE.
Galera, seguinte, controle é uma matéria muito emaranhada, vou tentar
demonstrar as classificações para entender como funciona esse trem. As
inconstitucionalidades podem ser:

1) Inconstitucionalidade POR AÇÃO: o desrespeito à CF/88 resulta de uma


CONDUTA POSITIVA DE UM ÓRGÃO ESTATAL. Exemplo: edição de lei
contrária à CF/88.

2) Inconstitucionalidade POR OMISSÃO: resulta da INÉRCIA DO LEGISLADOR


frente a um dispositivo constitucional carente de regulamentação por lei.
(norma constitucional de eficácia limitada).
Ex: o art. 37, VII, CF/88 - direito de greve dos servidores público

3) Inconstitucionalidade material (ou nomoestática): ocorre quando o


CONTEÚDO da lei contraria a Constituição (será inválida mesmo que tenha
obedecido o processo legislativo preconizado pela Carta Magna).
Ex: uma lei que estabeleça que a autoridade policial poderá, mediante
ordem judicial, ingressar na casa de uma pessoa durante o período noturno;

4) inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica): caracteriza-se pelo


DESRESPEITO ao processo de elaboração da norma.
Ex: edição de lei proposta por Deputado Federal, mas cuja iniciativa era
privativa do Presidente da República.

5) Inconstitucionalidade total: ocorre quando o ato normativo for considerado,


em sua totalidade, incompatível com a Constituição. Nesse caso, todo
o conteúdo da norma será viciado.

6) Inconstitucionalidade parcial: ocorrerá quando apenas parte do ato


normativo for considerada inválida.

Vamos fazer adendo acerca da declaração de inconstitucionalidade parcial,


principalmente, acerca do princípio da parcelaridade, como assim? O poder
judiciário quando estiver fazendo o controle de constitucionalidade pode declarar
a inconstitucionalidade parcial DE FRAÇÃO DE ARTIGO, PARÁGRAFO, INCISO,
ALÍNEA OU ATÉ MESMO SOBRE UMA ÚNICA PALAVRA OU EXPRESSÃO DO
ATO NORMATIVO.
Todavia, esta declaração de inconstitucionalidade não poderá de forma
alguma modificar o sentindo e alcance da lei, pois se o fizer, ferirá a separação de
poderes.

Continuando nas espécies de inconstitucionalidade.

7) Inconstitucionalidade direta: ocorre quando um ato normativo primário (LO,


LC´s, Medidas Provisórias, decretos legislativos...) viola diretamente a
Constituição. HÁ UMA FRONTAL INCOMPATIBILIDADE DA NORMA COM O
TEXTO DA CONSTITUIÇÃO.

8) Inconstitucionalidade indireta: ocorre quando um ato normativo secundário


(atos infralegais) violar a Constituição. É chamada de reflexa, já que não se
retira fundamento de validade diretamente da Constituição.
Observação: o STF declarou que só existe a INCONSTITUCIONALDIADE
DIRETA, isto é, as únicas normas que podem ser objeto do controle de
constitucionalidade, são as normas primárias (LO, LC´s, Medidas Provisórias,
decretos legislativos). Mas por quê? Simples, a norma secundária aufere a sua
validade pela norma primária, não pela Constituição, desta forma a ofensa seria
apenas indireta.
Daí que surge a ideia de INCONSTITUCIONALIDADE “Por arrastamento”
(derivada, consequencial ou “por atração”), como assim? Esta
inconstitucionalidade ocorre quando a norma principal for declarada
inconstitucional, sendo assim, todas normas dependentes delas serão
inconstitucionais também.

Continuando na classificação, simbora.

9) Inconstitucionalidade originária: ocorre quando a NORMA-PARÂMETRO


(NORMA CONSTITUCIONAL) É ANTERIOR À NORMA OBJETO DA
IMPUGNAÇÃO (NORMA QUE VIOLA A CF). Exemplo: hoje é publicada uma
lei que viola o texto original da CF/88.

10) Inconstitucionalidade superveniente: ocorre quando a norma


parâmetro é posterior à norma objeto da impugnação: Ex: Emenda
Constitucional de 2018, que é contrária ao texto de uma lei editada em
2005. Essa lei padecerá de inconstitucionalidade superveniente

Prestar atenção nesta inconstitucionalidade superveniente, o STF entende


que no Brasil não existe inconstitucionalidade superveniente. Ou seja, em nosso
ordenamento jurídico, se a norma for anterior a Constituição, ela pode ser ou não
objeto de RECEPÇÃO CONSTITUCIONAL, jamais, digo, jamais de
INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE.

Vamos abordar os sistemas de controle agora, olha pra cá:


a) Controle judicial (ou jurisdicional): É o Poder Judiciário que detém a
competência para declarar a inconstitucionalidade das leis. Ex: ideia tirada
dos EUA.

b) Controle político: ocorre quando o controle é realizado por órgão político,


desprovido de natureza jurisdicional. Ex: França - no qual o controle de
constitucionalidade é realizado por um Conselho Constitucional.

c) Controle misto: a fiscalização da constitucionalidade de algumas normas


cabe ao Poder Judiciário; outras normas, por sua vez, têm sua
constitucionalidade aferida por órgão político

Desta forma, podemos se perguntar, qual o Brasil adota? Aqui, preste


atenção, adotamos preponderantemente, repito, preponderantemente, o controle
pelo poder judiciário, todavia, ainda existe alguns controles políticos.

Vamos estudar alguns, se liga:

1) Controle político-preventivo: É realizado pelo Poder Legislativo e pelo Poder


Executivo, incidindo sobre a norma em fase de elaboração.

Poder Legislativo:
• Comissões CCJ’s
• Analisam as proposições legislativas quanto à sua constitucionalidade

Poder Executivo:
• Veto jurídico
• Analisam um projeto de lei em razão de sua inconstitucionalidade

2) Controle judicial-preventivo: possibilidade excepcional de que o STF analise


se o direito dos parlamentares ao devido processo legislativo está sendo
respeitado. Garantir aos parlamentares o direito líquido e certo ao devido
processo legislativo. (Mandado de segurança junto ao STF). Legitimidade no
controle judicial preventivo exclusiva dos parlamentares: deverá ser
impetrado por parlamentar integrante da Casa Legislativa na qual a
proposta de “EC” ou “PL” estiver tramitando.

3) Controle judicial-repressivo: Caberá aos juízes e Tribunais do Poder


Judiciário efetuar o controle de constitucionalidade das normas prontas, já
integrantes do ordenamento jurídico. Fiscaliza-se a validade das leis e atos
normativos do Poder Público, avaliando sua conformidade CF/88.

Vamos falar um pouquinho acerca dos MODELOS DE CONTROLE, simbora:

1) Controle difuso: (ou aberto), É ATRIBUÍDO A TODOS OS ÓRGÃOS DO


PODER JUDICIÁRIO. Modelo americano, pois surgiu nos Estados Unidos,
com o caso Marbury versus Madison.

2) Controle concentrado: (ou reservado), A COMPETÊNCIA É DE UM ÚNICO


ÓRGÃO JURISDICIONAL, OU DE UM NÚMERO BASTANTE LIMITADO
DE ÓRGÃOS. Assim, a competência para controlar a constitucionalidade
das leis estará “concentrada”. Modelo europeu (ou austríaco), pois teve sua
origem na Áustria -Hans Kelsen Brasil: o controle se caracteriza tanto pelo
fato de o Poder Judiciário atuar de forma concentrada (por meio do
STF) quanto de forma difusa (por qualquer juiz ou tribunal do país).

Vias de Controle

1) Vias incidental: a) Ocorre diante de um caso concreto; b) Interesse pessoal,


subjetivo do autor; c) A constitucionalidade da norma é apenas um
antecedente lógico para a solução do caso concreto. Questão prejudicial da
ação; incidente do processo, um meio para se resolver a lide.
2) Via principal: a) Ocorre de maneira abstrata; b) Aferição da
constitucionalidade é o pedido principal do autor, é a razão do processo; c)
Tutela objetiva do sistema constitucional. Preservar a supremacia da
constituição de forma abstrata.
BIBLIOGRAFIA

MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4° Ed. Salvador. JusPODIVIM,


2016.

NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. °9 Ed. São Paulo. Método, 2014.

DIRLEY, Cunha Júnior. Marcelo, Novelino. Constituição Federal para Concursos. 7°Ed.
Salvador. JusPODIVM, 2016.

CRISTINA, Flávia. FRANCESCHET, Júlio. PAVIONE, Lucas. Exame da OAB Todas


Disciplinas. °9 Ed. Salvador. JusPODIVM, 2018.

GARCIA, Wander. GARCIA, Ana Paula. OAB Doutrina Completa. °8 Ed. São Paulo.
FOCO, 2018.
BOA PROVA!

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