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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Fundamentais
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Constituição é dividida em títulos, capítulos, seções e subseções.
O artigo 1º contempla os fundamentos da República Federativa, o artigo 2º se refere
à separação dos poderes, o artigo 3º se refere aos objetivos internos e o artigo 4º dispõe
sobre os princípios nas relações internacionais.
São princípios fundamentais: a concessão de asilo político (art. 4º), a soberania (art.
1º) e a erradicação da pobreza(art. 3º). Tudo que está dentro dos artigos 1º ao 4º são
princípios fundamentais.
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TÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARTIGOS 1º A 4º)

TEXTO CONSTITUCIONAL:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I –a soberania;
II –a cidadania;
III –a dignidade da pessoa humana;
IV –os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V –o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de represen-
tantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

República é uma forma de governo. Federação é uma forma de Estado. No art. 1º não
há menção ao sistema de governo brasileiro. A democracia é o regime de governo.
Princípios Fundamentais:
Forma de Estado: Unitário x Federação x Confederação;
Adota-se a Federação desde a Constituição de 1891.
Forma de Governo: Monarquia x República.
Adota-se a República desde a Constituição de 1891.
Existe o marco histórico e o ponto constitucional. O Brasil declarou independência
em 7 de setembro de 1822, porém a 1ª Constituição brasileira é de 1824 e a proclamação
da República foi em 15 de novembro de 1889.
Sistema de Governo: Parlamentarismo x Presidencialismo x Semipresidencialismo.
Adota-se o presidencialismo desde 1963. Teve parlamentarismo em dois momentos:
no Brasil império (na época do príncipe regente) e entre 1961 e 1963 (o 1º Ministro era
Tancredo Neves).
O semipresidencialismo está no meio do caminho entre parlamentarismo e presidencialismo.
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Regime de Governo: Ditadura x Democracia;


Cláusula pétrea implícita?
Também é chamada de núcleo intangível da Constituição. São pontos inegociáveis.
Os princípios fundamentais são cláusulas pétreas implícitas.

REPÚBLICA MONARQUIA
Eletividade Hereditariedade
Temporalidade Vitaliciedade
Representatividade popular (o povo escolhe seu Ausência de representatividade popular (o crité-
representante) rio para definição do rei é a linhagem familiar)
Inexistência de responsabilidade dos governan-
Responsabilização dos governantes (inclusive
tes (the king can do no wrong – o rei não pode
por crime de responsabilidade - impeachment)
errar).

República é a junção de coisa (res) + pública.


Na hereditariedade vai se passando de pai para filho. A eletividade pressupõe a elei-
ção de um candidato.
O mandato de Presidência da República é de 4 anos com a possibilidade de uma ree-
leição imediata. Antes, o prazo era de 5 anos sem a possibilidade de reeleição. A vitalicie-
dade só termina se a pessoa que está ocupando renunciar.
Na história recente do Brasil, dois presidentes da República acabaram perdendo o
mandato: Dilma Rousseff e Fernando Collor.
A Constituição prevê que no impeachment a condenação gera duas consequências:
perda do cargo e inabilitação por 8 anos.
Fernando Collor renunciou ao mandato, portanto não houve perda do cargo. O
Supremo Tribunal Federal entendeu que poderia ser aplicada apenas uma penalidade, a
inabilitação por 8 anos.
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Dilma Rousseff perdeu o mandato (Temer assumiu), mas não sofreu a inabilitação
por 8 anos. O Supremo Tribunal Federal estabelece que pode ser aplicada apenas uma
das penalidades.
A responsabilização no crime de responsabilidade no impeachment não se resume
apenas ao presidente da República, pode abranger governador e ministros do Supremo
Tribunal Federal.

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PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
Independência entre os Poderes nas funções Regime de colaboração; de corresponsabilidade
governamentais. entre Legislativo e Executivo.
Primeiro-Ministro só permanece na chefia de
Governantes (executivo e legislativo) possuem governo enquanto possuir maioria parlamentar.
mandato certo. Mandato dos parlamentares pode ser abreviado,
caso haja a dissolução do parlamento.
Há um só chefe do executivo (presidente ou Chefia do Executivo é dual, já que exercida pelo
monarca), que acumula as funções de chefe de Primeiro-Ministro (chefe de governo), juntamente
estado e chefe de governo. com o Presidente ou Monarca (chefes de estado).
A responsabilidade do governo é perante o par-
A responsabilidade do governo é perante o povo
lamento.

O Brasil, atualmente, vive o chamado presidencialismo de coalizão, ou seja, é depen-


dente da aliança entre o legislativo e o executivo.
Chefe de Estado é do Brasil para fora e chefe de governo é do Brasil para dentro.
Na Inglaterra, por exemplo, a rainha era uma figura simbólica de chefe de Estado,
mas havia o 1º Ministro como chefe de governo.
Há só um chefe de Estado no Brasil, o presidente da República. Há cerca de 5.600
chefes de governos, pois esse título é dado aos presidentes, aos governadores e aos pre-
feitos. Todos eles podem editar decretos, mas, por exemplo, para abrir processo contra
presidente da República por crime comum, em que é preciso de autorização da Câmara
dos Deputados, é prerrogativa do chefe do estado.
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A titularidade é do povo, mas o exercício do direito pode ser ou não na forma direta.
Quando é por meio dos representantes eleitos se está diante da democracia represen-
tativa. A democracia participativa se refere ao plebiscito (consulta à população), refe-
rendo (quando a lei já existe) e iniciativa popular de lei.
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Junto às eleições municipais é possível fazer consultas plebiscitárias sobre temas
sensíveis a questões locais.
O prefeito pergunta se a população quer um metrô na cidade. Dessa forma, seriam
deixadas de lado algumas questões, outros investimentos.
A iniciativa popular de lei também é chamada de lei de iniciativa popular. Na esfera
federal, o povo não pode propor PEC (proposta de emenda à Constituição).
O povo pode apresentar projeto de lei complementar e de lei ordinária: junta-se 1%
do eleitorado dividido em 5 estados. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal entendeu que
na esfera estadual o povo propor PEC se estiver previsto na Constituição do Estado.
Diferente do que acontece na esfera federal, nos estados, se tiver previsão na Cons-
tituição, o povo pode propor lei complementar, lei ordinária e Constituição Estadual.
Quem decide é a Constituição do Estado dentro de sua autonomia.

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Em relação à proposta de emenda à lei orgânica (PELO), dentro da esfera munici-


pal pode ter iniciativa popular de lei, mas o percentual sobe para 5, pois município é
pequeno. O projeto de lei vai para a Câmara dos Deputados e pode sofrer modificações.
Exemplo: Lei da Ficha Limpa, Lei Anticorrupção, Pacote Anti-crime.

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.

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