Você está na página 1de 4

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

ORGANOGRAMA PROCESSUAL

!________Inquérito Policial______!__Denúncia ou Queixa___!___Ação Penal___!

- “Habeas Corpus” - Recurso em Sentido Estrito - “Habeas Corpus”


- Representação - Liberdade Provisória - Resposta Escrita
- Revogação da Prisão Preventiva - “Habeas Corpus” - Alegações Orais
- Relaxamento da Prisão em Flagrante - Liberdade Provisória
- Liberdade Provisória - Mandado de Segurança
- Revogação da Prisão Temporária
- Requerimento de Instauração de
Inquérito Policial
-Representação para Instauração de
Inquérito Policial
- Mandado de Segurança

!_____Sentença_____!________Recursos_________!______2ª Instância______!

- Apelação - “Habeas Corpus”


- Embargos de Declaração - Embargos de Declaração
- “Habeas Corpus” - Embargos Infringentes
- Recurso em Sentido Estrito - Rec. Ordinário
Constitucional
- Liberdade Provisória - Recurso Especial
- Carta Testemunhável - Recurso Extraordinário

!___Trânsito em Julgado___!_______Execução_______!_____Após 2 anos_____!

- Agravo em Execução - Reabilitação Criminal


- Livramento Condicional
- Revisão Criminal
- “Habeas Corpus”
- Requerimento de remição
- Requerimento de progressão de regime
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

TESES DEFENSIVAS

As teses defensivas devem ser utilizadas na argumentação da peça processual


peticionada pelo advogado. Estas teses podem ser utilizadas em qualquer peça
processual. São elas:

1) FALTA DE JUSTA CAUSA – Ocorre quando o ato praticado pelo agente


não possui ajustamento, não se amolda a norma penal incriminadora. Pode
ser fato atípico ou o agente não praticou uma conduta voluntária dolosa ou
culposa ou se o fato for típico, o agente praticou o fato amparado por uma
das excludentes de antijuridicidade, previstas no artigo 23 do Código Penal.
Aplica-se também esta tese, quando não houver provas de que o réu tenha
sido o autor do crime. O artigo 395, inciso III do Código de Processo Penal
diz que a denúncia ou a queixa será rejeitada quando faltar justa causa para
o exercício da ação penal.

2) NULIDADE – Quando ocorre uma falha (irregularidade) processual. Ex: A


falta do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios. A falta
de citação do réu, quando as partes não forem intimadas para
comparecerem em Juízo e etc. São hipóteses previstas no artigo 564 do
Código de Processo Penal;

3) EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE – Esta tese será sempre utilizada quando o


agente pratica um crime, mas por algum motivo, não pode mais ser punido.
As causas de extinção da punibilidade extinguem a pena aplicável. São
causas exteriores ao crime e também, em regra, posteriores ao mesmo.
Estão na parte Geral do Código Penal (artigo 107) do CP. Vamos tratar das
hipóteses previstas no artigo 107, inciso IV do Código Penal, são elas:

a) Decadência – Na ação penal privada, decadência é a perda do direito de


ação em face do decurso do prazo sem o oferecimento da queixa. Nos
crimes de ação pública condicionada à representação a decadência decorre
do não-oferecimento da representação no prazo legal, fator que impede o
titular da ação (Ministério Público) de oferecer a denúncia, gerando a
extinção da punibilidade. A decadência portanto, somente é possível antes
do início da ação penal e comunica-se a todos os autores do crime.

Resumo: Decadência é a perda do direito do ofendido de propor a ação


penal. Só cabe em ação penal privada e pública condicionada a
representação. Prazo: Regra Geral – 6 (seis) meses. Exceção: Crime de
imprensa – 3 (três) meses.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

b) Prescrição – É a perda do direito de punir do Estado, pelo decurso do


tempo. Cabe em todos os tipos de ação penal.

c) Perempção – É uma sanção aplicada ao querelante, consistente na perda


do direito de prosseguir na ação penal privada, em razão de sua inércia ou
negligência processual. A perempção somente é possível após o início da
ação penal e, uma vez reconhecida, estende-se a todos os autores do
delito. Está prevista no artigo 60 do CPP.

Resumo: Perempção é a perda do direito do querelante de continuar com a


ação penal pela inércia do mesmo. Somente é cabível em ação penal privada.

4) ABUSO DE AUTORIDADE – Constitui abuso de autoridade qualquer


atentado à liberdade de locomoção, à inviolabilidade de domicílio, à
incolumidade física do indivíduo, bem como agir com abuso de poder. A lei
nº 13.869/2019 prevê as hipóteses de abuso de autoridade.

Exemplos: a) Decretar medida de privação da liberdade em manifesta


desconformidade com as hipóteses legais; b) A autoridade judiciária que,
dentro de prazo razoável, deixar de relaxar a prisão manifestamente ilegal;
c) Deixar de substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou
deixar de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível; d)
Deixar injustificadamente de comunicar a prisão em flagrante à autoridade
judiciária no prazo legal; e) Deixar de entregar ao preso, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o
motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas; f) Deixar de
comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; g) Ordenar ou executar
medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com
abuso de poder; h) Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame
ou a constrangimento não autorizado em lei; i) Levar à prisão e nela deter
quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; j) Quando
alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei, e etc.

PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL

Na realização de uma prova prático-


profissional, os itens avaliados pelos examinadores são os seguintes:
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

- Adequação da peça ao problema apresentado;


- Raciocínio Jurídico;
- Fundamentação e sua consistência;
- Capacidade de Interpretação e Exposição;
- Correção gramatical;
- Técnica Profissional.

Você também pode gostar