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HUMANOS
Professor Fábio Ramos Barbosa
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1. CONSTITUIÇÃO E O DIREITO INTERNACIONAL DOS
DIREITOS HUMANOS
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Estado Democrático, sempre relacionado ao limite da intervenção estatal na
esfera individual bem como, após os movimentos socialistas e o
Constitucionalismo Social, à satisfação das demandas coletivas, como agente
encarregado de realizar o valor da solidariedade social.
Precedentes:
• Declarações Liberais – visão liberal de cidadania com foco na liberdade,
propriedade, segurança e resistência à opressão.
o Declaração de direitos do bom povo da Virgínia – 1776
o Declaração de direitos do homem e do cidadão – 1789
• Declaração dos direitos do povo trabalhador e explorado – 1918 – com
foco na Justiça Social e no combate à opressão e exploração econômica
e no fim da propriedade privada dos meios de produção.
A partir dessa herança a DUDH nasce como uma reação à barbárie totalitária,
sendo necessário se dividir o Direito Internacional dos Direitos Humanos em 2
eixos:
• 2ª Guerra – simbolizando a ruptura com os Direitos Humanos
• Pós-Guerra – simbolizando a esperança emancipatória de reconstrução
dos Direitos Humanos.
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O que nos interessa é o Direito Internacional do pós guerra -
▪ Nazismo: 18 milhões de pessoas encaminhadas a campos de
concentração. 12 milhões morreram: 6 milhões de judeus, além de
ciganos, homossexuais e comunistas. Os campos de concentração não
eram campos de condenados. A condição de inocência era fundamental
para a sua perpetuação. A questão não era saber o que cometeram,
senão quem eram essas pessoas. Pessoas sem lugar no mundo,
desumanizadas, aniquiláveis, extermináveis. Esta lógica da destruição e
da barbárie corroeu o âmbito internacional com a 2ª Guerra como uma
experiência totalitária e o pós guerra com um horizonte de reconstrução
com a adoção da carta da ONU de 1945 com 3 linhas:
➢ A promoção e a proteção dos Direitos Humanos no âmbito
universal;
➢ Segurança e paz na esfera internacional
➢ Cooperação no campo socioeconômico
Três anos após, 1948, nasce a DUDH – nasce como um código consensual forte
a partir da concordância de 48 Estados e 8 abstenções, ou seja, não houveram
votos vencidos.
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• Por que direitos? – Dignidade da Pessoa Humana como fundamento ético
que vai inspirar toda a arquitetura protetiva internacional dos Direitos
Humanos.
• Quais direitos? – Visão holística, integral: direitos civis e políticos,
econômicos, sociais e culturais. 30 artigos com diversos direitos.
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Dignidade Humana é o fundamento ético
dos direitos humanos.
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• RESPEITO – não pode violar
• PROTEÇÃO – não permitir que violem
• PROMOÇÃO - remover injustiças e promover igualdade material.
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS GERAÇÕES
1ª GERAÇÃO Direitos civis e políticos, direitos de
liberdade
2ª GERAÇÃO Direitos econômicos, sociais e
culturais, direitos prestacionais.
3ª GERAÇÃO Direitos de solidariedade, direitos
globais
4ª GERAÇÃO Direito à democracia, direito à
informação, direito ao pluralismo.
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1.5. CARACTERÍSTICAS
I) Inerência - os DH são inerentes a cada pessoa, pelo simples fato de
existir como ser humano.
INERÊNCIA
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas
(resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis
é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.
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▪ A partir de 1948 a questão dos DH já não mais está restrita à órbita
interna dos Estados, passando a se ocupar o Direito Internacional
Público, no sentido de reconhecer um bem comum internacional,
tendo nos DH um fundamento para a paz. Seres humanos figurando
como sujeitos de direitos no plano internacional.
▪ A desconsideração da dignidade fundamental de cada ser humano não
tem fronteiras e não tem lugar na cultura humana.
▪ Peculiaridades regionais e nacionais, contexto histórico, cultural e
religioso, ainda que importantes não servem de obstáculo à obrigação
estatal de promover e proteger todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais.
UNIVERSALIDADE/UNIVERSALIZAÇÃO
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação
uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição
política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença
uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela,
sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
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III) Indivisibilidade e Interdependência – desejo de limitar a possibilidade
de os Estados construírem interpretações restritivas dos direitos
enunciados, alegando o cumprimento parcial das normas
internacionais sobre o tema. Não existe meio termo: só há vida
verdadeiramente dignasse todos os direitos previstos no direito
internacional dos direitos humanos estiverem respeitados, sejam
civis e políticos, sejam econômicos, sociais e culturais.
INDIVISIBILIDADE E INTERDEPENDÊNCIA
Proclamação de Teerã - 1968
Proclamada pela Conferência de Direitos Humanos em Teerã a 13 de
Maio de 1968
A Conferência Internacional de Direitos Humanos,
Tendo se reunido em Teerã entre os dias 22 de abril a 13 de maio de
1968, para examinar os progressos alcançados nos vinte anos
transcorridos desde a aprovação da Declaração Universal de Direitos
Humanos e preparar um programa para o futuro,
13. Como os direitos humanos e as liberdades fundamentais são
indivisíveis, a realização dos direitos civis e políticos sem o gozo dos
direitos econômicos, sociais e culturais resulta impossível. A
realização de um progresso duradouro na aplicação dos direitos
humanos depende de boas e eficientes políticas internacionais de
desenvolvimento econômico e social;
INDIVISIBILIDADE E INTERDEPENDÊNCIA
CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE OS DIREITOS DO HOMEM
Viena, 14-25 de Junho de 1993
DECLARAÇÃO DE VIENA E PROGRAMA DE ACÇÃO
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5. Todos os Direitos do homem são universais, indivisíveis,
interdependentes e interrelacionados. A comunidade internacional
tem de considerar globalmente os Direitos do homem, de forma justa
e equitativa e com igual ênfase. Embora se devam ter sempre
presente o significado das especificidades nacionais e regionais e os
antecedentes históricos, culturais e religiosos, compete aos Estados,
independentemente dos seus sistemas político, económico e cultural,
promover e proteger todos os Direitos do homem e liberdades
fundamentais.
TRANSNACIONALIDADE
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Artigo 15
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem
do direito de mudar de nacionalidade.
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3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade,
nem do direito de muda-la.
V) Ausência de hierarquia
VI) Imprescritibilidade
VII) Inalienabilidade
VIII) Indisponibilidade
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2. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL (TPI) –
ESTATUTO DE ROMA
• PRECEDENTES DO TPI
• CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS MATERIAL E TEMPORAL
• DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A AFIRMAÇÃO DA JUSTIÇA PENAL
INTERNACIONAL
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• Convenção para prevenção e repressão ao crime de genocídio – 1948:
define o crime de genocídio como um crime marcado pela intolerância,
pela destruição, no todo ou em parte de um grupo em razão da sua
nacionalidade, raça, etnia, religião, grupo político. Além disso a
convenção afirma ser o genocídio um crime internacional, pela sua
gravidade, que tem como lesada a própria humanidade. O art. 6º já previa
que o julgamento seria feito pela Corte Penal Internacional, inexistente à
época.
• Convenção contra a tortura – 1984: tipifica o crime de tortura e estabelece
uma jurisdição universal e compulsória. Uma cooperação e ter os
Estados no âmbito internacional para o combate à impunidade.
• Tribunais ad hoc criados pelo Conselho de Segurança para tratar dos
casos de Ruanda, envolvendo genocídio envolvendo tutsis e Utus e da
antiga Iugoslávia.
O TPI foi adotado pelo Estatuto de Roma com 122 artigos e 2 anexos, um com
elementos e circunstâncias dos crimes e outro trazendo regras procedimentais.
Hoje é composto por mais de 12º Estados-Partes, que entrou em vigor em
01/07/2020 quando houve o depósito do 60º instrumento de ratificação.
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• É uma jurisdição complementar dos Estados (art. 17 – Princípio da
subsidiariedade). A jurisdição quando o Estado não puder e não quiser
valer-se da sua jurisdição, ou, não puder e quiser, ou não quiser e puder.
Há que se assegurar ao Estado que exerça a sua responsabilidade
primária no que se refere ao julgamento dos mais graves crimes que
afetam a ordem internacional. Princípio da subsidiariedade e da
complementariedade vertical, e não mais horizontal. Lembrar o §4º do
art. 5º da CF/88 que reconhece que o Brasil se submete à jurisdição do
TPI.
• O TPI se move pela lógica da cooperação. Ele depende dos Estados por
não ter polícia própria, o que demanda a cooperação dos Estados para o
exercício da sua jurisdição.
2.2.2. Competência material (art. 5º): julga o que há de pior, de mais grave, os
mais graves crimes que afetam a ordem internacional.
✓ Crime de genocídio
✓ Crimes contra a humanidade (o acordo de Londres, quando criou o
Tribunal de Nuremberg previu as figuras dos crimes contra a
humanidade) mais ampliado.
✓ Crimes de guerra
✓ Crimes de agressão
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A jurisdição pode ser invocada por 3 vias (art. 13):
✓ Por via dos Estados.
✓ Pelo Conselho de Segurança, órgão da ONU que tem como mandato atuar
quando há ofensa à paz e à segurança internacional. As situações podem
ter ocorrido em quaisquer Estados, sejam ou não partes do Estatuto.
✓ De ofício, pela promotoria.
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tema da imprescritibilidade dos crimes; e, por último a prisão perpétua,
que é excepcional, esgotadas as vias internas (art. 77).
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3. SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS
• INTRODUÇÃO
• ESTRUTURA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
• CARTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
3.1. INTRODUÇÃO
Sistema jurídico multinível que protege direitos humanos em 3 aspectos:
✓ Global
✓ Regional
✓ Local
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tratados para o seu monitoramento. No campo da ONU, são os comitês.
Cada tratado prevê o seu próprio comitê. Órgãos políticos, quase
judiciais.
• Não há tratado que não preveja Mecanismos de Monitoramento:
o Direito de Petição: empodera o indivíduo para defender direitos e
contrapor ilegalidades e abuso de poder. Cristaliza a capacidade
processual do indivíduo na esfera internacional. Requisitos de
admissibilidade: inexistência de litispendência internacional e
prévio esgotamento das vias internas.
o Comunicações interestatais: comunicações entre Estados. Um
Estado denuncia outro que não está cumprindo o Tratado.
o Relatórios/informes periódicos: prestação de contas de como está
implementando as medidas legislativas, executivas e judiciais.
o Investigações in locu: o comitê vai ao local dos fatos para
averiguar com maior precisão as violações.
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relatórios e por protocolo adicional facultativo introduziu o direito de petição
individual e investigações in locu.
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científicos capazes de mensurar a progressividade dos direitos
econômicos, sociais e culturais, além disso, no Comitê DESC há uma ideia
do mínimo vital, núcleo essencial de cada direito social. Vasta
jurisprudência que aponta qual o cerne, o núcleo essencial do direito à
moradia, à alimentação adequada, à saúde, educação. Vale lembrar do
Princípio Democrático que é indissociável e estruturante de todo e
qualquer direito, ou seja, direitos sociais demandam informação,
transparência, prestação de contas.
▪ Ou seja, há toda uma jurisprudência da ONU que confere juridicidade e
judiciabilidade aos direitos sociais.
▪ Desde 1966, quando nasceram os direitos civis e políticos, foi previsto em
Protocolo o direito de petição – velha máxima: não há verdadeiro direito
sem remédio. Isso gerou uma grande jurisprudência e doutrina. Já o O
PIDESC só previu mecanismo de relatório e só em 2008 adveio o
protocolo facultativo incluindo o direito de petição, parificando a
estrutura protetiva. Isso provocou pouca jurisprudência e doutrina
porque entrou em vigor em maio de 2013.
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4. SISTEMA REGIONAL
1948
OEA 1959 1969 1979
Declaração Comissão Convenção Corte
Americana dos Interamericada Americana sobre Interarmericana
Direitos e de Direitos Direitos de Direitos
Deveres do Humanos Humanos Humanos
Homem
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civis e políticos, fazendo menção abreviada a direitos econômicos, sociais
e culturais.
➢ Estabelece deveres dos Estados de respeitarem os direitos e o dever de
harmonizar a sua ordem jurídica à convenção. Do art. 3º até o 25, direitos
civis e políticos. Art. 26, solitariamente trata dos direitos econômicos,
sociais e culturais, prevendo aplicação progressiva, mas, depois, foi
adotado o Protocolo de San Salvador.
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Americana de Direitos e Deveres do Homem. Somente em 1959 foi
instituída a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, órgão
competente para receber e investigar as reclamações de indivíduos em
face de violações a direitos humanos observadas no âmbito dos Estados-
membros.
➢ A Convenção Americana sobre Direitos Humanos ou Pacto de São José
da Costa Rica foi proclamado em 22 de novembro de 1969. O referido
instrumento foi o responsável por organizar de modo definitivo a
estrutura do sistema interamericano de proteção dos direitos humanos,
e sua ratificação pelo número mínimo de Estados (que ocorreu em 1978)
abriu espaço para a fundação da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, já no ano de 1979.
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d) solicitar aos governos dos Estados membros que lhe
proporcionem informações sobre as medidas que adotarem em
matéria de direitos humanos;
e) atender às consultas que, por meio da Secretaria-Geral da
Organização dos Estados Americanos, lhe formularem os Estados
membros sobre questões relacionadas com os direitos humanos
e, dentro de suas possibilidades, prestar-lhes o assessoramento
que eles lhe solicitarem;
f) atuar com respeito às petições e outras comunicações, no
exercício de sua autoridade, de conformidade com o disposto nos
artigos 44 a 51 desta Convenção; e
g) apresentar um relatório anual à Assembleia Geral da
Organização dos Estados Americanos.
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➢ Dito intérprete deverá prestar juramento ou declaração solene sobre o fiel
cumprimento dos deveres do cargo e sobre o sigilo a respeito dos fatos de
que tome conhecimento no exercício de suas funções.
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• A inobservância dos requisitos mencionados tornará a petição/comunicação
inadmissível. Apresentados os requisitos dos artigos 44-46, a Comissão, nos
termos do art. 47, solicitará informações ao Governo do Estado ao qual
pertença a autoridade apontada como responsável pela violação alegada e
transcreverá as partes pertinentes da petição ou comunicação. A Convenção
não estipulou um prazo para que as informações sejam prestadas, mas
aloca a expressão prazo razoável para o seu envio. Ao contínuo, isto é,
recebidas as informações ou transcorrido o prazo razoável sem o seu
recebimento, a Comissão verificará se existem ou subsistem os motivos da
petição ou comunicação:
a) se não existirem, arquivará o pedido;
b) poderá declará-lo inadmissível ou improcedente, caso o Estado
apresente informação ou prova supervenientes robustas para tal;
c) poderá, a fim de comprovar os fatos, e com a ciência das partes, levar
adiante um exame do assunto exposto na petição ou comunicação.
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Estados Partes nesta Convenção e, posteriormente, transmitido, para
sua publicação, ao Secretário-Geral da Organização dos Estados
Americanos. O referido relatório conterá uma breve exposição dos
fatos e da solução alcançada. Se qualquer das partes no caso o
solicitar, ser-lhe-á proporcionada a mais ampla informação possível.
• Se, dentro do prazo que for fixado pelo Estatuto da Comissão, não se
chegar a uma conclusão, a Comissão redigirá um relatório no qual
exporá os fatos e suas conclusões. Se o relatório não representar, no
todo ou em parte, o acordo unânime dos membros da Comissão,
qualquer deles poderá agregar ao referido relatório seu voto em
separado. Também se agregarão ao relatório as exposições verbais
ou escritas que houverem sido feitas pelos interessados em virtude
do inciso 1, e, do artigo 48.
• No caso da segunda opção, isto é, o caso não ter obtido solução amistosa, e
transcorridos três meses após o envio do relatório da Comissão, ela poderá
emitir, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, sua opinião e
conclusões sobre a questão submetida à sua consideração. Em seguida, fará
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as recomendações pertinentes e fixará um prazo dentro do qual o Estado
deve tomar as medidas que lhe competirem para remediar a situação
examinada. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, pelo voto da
maioria absoluta dos seus membros, se o Estado tomou ou não medidas
adequadas e se pública ou não seu relatório.
• Por sua vez, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, segundo seu
estatuto, é uma instituição judiciária autônoma cujo objetivo é a aplicação e
a interpretação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. A Corte
exerce suas funções em conformidade com as disposições da citada
Convenção e desse Estatuto. O artigo 2º do Estatuto estabelece as
competências da Corte, que são jurisdicional e consultiva.
• A competência jurisdicional está prevista nas disposições 61 a 63 da
Convenção. É preciso ter em mente, de modo inicial, que somente os Estados
Partes e a Comissão têm direito de submeter caso à decisão da Corte. Além
disso, é uma condição da ação que o pedido tenha transitado pela comissão,
sob pena de não conhecimento. Os Estados Partes, no momento do depósito
do instrumento de ratificação, optaram por validar ou não a jurisdição da
Corte.
• Com efeito, sua competência para conhecer de qualquer caso relativo à
interpretação e aplicação da Convenção se circunscreve ao fato de os
Estados terem reconhecido a referida competência, seja por declaração
especial ou convenção especial.
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da medida ou situação que haja configurado a violação desses direitos,
bem como o pagamento de indenização justa à parte lesada.
2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer
necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos
de que estiver conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que
considerar pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda não estiverem
submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da Comissão.
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5. A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E OS TRATADOS
DOS DIREITOS HUMANOS
5.2.1. HIERARQUIA
O art. 5º, §2º, traz uma cláusula de abertura: Os direitos e garantias
expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte. Portanto, há aqueles direitos
expressos na CF/88, há os implícitos, que decorrem do regime e dos
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princípios por ela adotados, e, há os direitos internacionais, ou seja, 3
categorias.
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membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
• Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949,
de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018.
5.2.2. INCORPORAÇÃO
CF/88, arts. 49, I, 84, VIII - Para serem incorporados em nosso ordenamento
jurídico os Tratados Internacionais passam por momentos:
• Negociação e Assinatura – própria do Poder Executivo.
• Referendo Congressual – Congresso Nacional mediante Decreto
Legislativo referenda o Tratado.
• Ratificação do Tratado – Decreto Executivo do Pres. Da República.
• Promulgação e Publicação do Tratado no Diário Oficial.
5.2.3. IMPACTOS
Piso protetivo mínimo e nunca o teto máximo. Só podem fortalecer o grau de
proteção no âmbito doméstico.
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6. FEDERALIZAÇÃO DE INQUÉRITOS OU PROCESSOS QUE
ENVOLVEM GRAVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS –
EC 45/2004.
Requisitos:
• Verificar a existência de um TIDH que o Brasil faça parte.
• Verificar a existência de grave violação de um direito lá previsto.
• Verificar se a Justiça Local está inerte ou viciada
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PARABÉNS PELO EMPENHO!!!
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