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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Coordenação Pedagógica – IBRA
DISCIPLINA
DIREITOS HUMANOS E
SEGURANÇA PÚBLICA
DIREITOS HUMANOS: CONCEITO
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DIREITOS HUMANOS:
CARACTERÍSTICAS
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Moisés (séc. XIII a.C.) subiu ao alto do Sinai para elevar o espírito e trazer
consigo a palavra inscrita no Decálogo, seguindo-se o Pentateuco, cujo quinto
livro, o Deuteronômio, é uma consolidação das antigas leis imemoriais acrescidas
da sua experiência como estadista, resultando no estabelecimento do
ordenamento jurídico dos hebreus.
Com a Lei das XII Tábuas, considerada como a origem dos textos escritos
consagradores da liberdade, da propriedade e da proteção aos direitos do
cidadão, a lei deixava de possuir uma condição essencialmente sagrada,
exprimindo-se através de um código sucinto e extremamente autoritário, que
reconhecia e consolidava a legislação anterior, bem como introduzia novas
normas ao direito romano tabulário, podendo, entretanto, ser consultada e
invocada por todos, uma vez que resultava do clamor e da aspiração do povo,
estabelecendo, ao menos no mundo romano, o seu caráter de universalidade.
Na Inglaterra governada entre 1199 e 1216 por João Sem Terra (Lackland)
(Oxford 1167 — 1216 Nottinghamshire), quarto filho de Henrique II, não
contemplado com herança paterna, se impôs uma lei de salvação nacional,
principalmente em virtude do exacerbado conflito existente entre o governante
e o clero, a nobreza, a burguesia e, mais indiretamente, com as classes servis.
Importante lembrar que o servo não podia, então, sequer entrar ou sair
do feudo, comprar ou vender qualquer coisa sem autorização de seu senhor,
subtraído do poder de exercer qualquer direito de manifestação.
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Isso quer dizer que os órgãos do sistema têm competência para atuar
quando um Estado-Parte for acusado da violação de alguma cláusula contida em
um tratado ou convenção. É claro que deverão ser cumpridos previamente
alguns requisitos formais e substantivos que tanto a Corte quanto a Comissão
estabelecem para que tal intervenção seja viável.
Órgão judiciário que é, a Corte não relata, nem propõe, nem recomenda,
mas profere sentenças, que o Pacto aponta como definitivas e inapeláveis,
determinando seja o direito violado prontamente restaurado, e ordenando, se
for o caso, o pagamento de indenização justa à parte lesada.
Em termos gerais, a assinatura e ratificação de um tratado ou convenção
internacional gera para os Estados um compromisso de respeito por seu
conteúdo.
A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E OS
DIREITOS HUMANOS
Flávia Piovesan
Texto extraído do livro Direitos Humanos e o Direito
Constitucional Internacional
3ª Edição. São Paulo. Max Limonad. 1997.
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FUNÇÕES E DEVERES
PODERES E AUTORIDADE
PROMOÇÃO E PROTEÇÃO
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A matéria Direitos Humanos até pouco tempo não fazia parte da grade
curricular das escolas de formação policial no Brasil. O estudo dos Direitos
Humanos nas polícias brasileiras surgiu da necessidade das instituições de
segurança pública se adaptarem aos novos tempos democráticos, os quais
exigiam mudanças profundas na máquina estatal. As constantes denúncias de
violações sistemáticas dos Direitos Humanos daqueles que estavam sob a
custódia da polícia e as pressões sociais para a extinção de alguns órgãos de
segurança pública que desrespeitavam os direitos inalienáveis à vida e a
integridade física, permitiram que, pelo menos, a discussão sobre o tema
penetrasse através dos muros dos quartéis e dos prédios das delegacias.
Por outro lado, como podem conceber tal prática coercitiva, sem a ação
de um Estado forte, por intermédio de sua polícia? Aliás, nesse ponto, engrossam
o coro daqueles que hostilizam e descriminam a força pública.
Mas que simplesmente denunciar as violações dos Direitos Humanos
praticados pelos policiais e clamar pela prisão dos violadores, há de se buscar
discutir ações efetivas de redução dessa prática, ou seja, construir o “como fazer”
para modificar a cultura de violência e repressão existente, não só no entremeio
policial mas na sociedade como um todo. Inclui-se nesse viés a reformulação dos
métodos de treinamento e técnicas de emprego da força policial. Conclui Helena:
“Não seria mais coerente centrar os esforços para construir outras formas de os
“agressores” restituírem suas “vítimas” e a sociedade como um todo pelos danos
que causaram? Ou, melhor ainda, não seria mais conveniente buscar formas de
tornar a própria sociedade intolerante com esse tipo de comportamento, fazendo
o “forte investimento na educação para a cidadania”, sugerida por Ribeiro?”. Ou
ainda, que tenham na polícia uma aliada na construção de uma sociedade
cidadã, promovendo esforços que visem contribuir para as mudanças no
aparelho policial do Estado e a valorização dos seus integrantes, encarando-os
como legítimos representantes do poder de um Estado democrático e indivíduos
também sujeitos de direito e proteção.
“Hamurabi veio para “fazer brilhar a justiça (...) para impedir ao poderoso
fazer mal aos débeis”. Código de Hamurabi, 170-1685 a.C. Babilônia.
Definição
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Aproximar a polícia das ONGs que atuam com Direitos Humanos, e vice-
versa, é tarefa impostergável para que possamos viver, a médio prazo, em uma
nação que respire “cultura de cidadania”. Para que isso ocorra, é necessário
que nós, liderança do campo dos Direitos Humanos, desarmemos as “minas
ideológicas” das quais nos cercamos, em um primeiro momento, justificável, para
nos defendermos da polícia, e que agora nos impedem de aproximar-nos. O
mesmo vale para a polícia.
Para isso é que a polícia recebe desses mesmos cidadãos a unção para
o uso da força, quando necessário.
Ao policial, portanto, não cabe ser cruel com os cruéis, vingativo contra
os antissociais, hediondo com os hediondos. Apenas estaria com isso, liberando,
licenciando a sociedade para fazer o mesmo, a partir de seu patamar de
visibilidade moral. Não se ensina a respeitar desrespeitando, não se pode educar
para preservar a vida matando, não importa quem seja. O policial jamais
pode esquecer que também o observa o inconsciente coletivo.
Além disso, como os policiais não vão lutar na extinta guerra do Vietnã,
mas atuar nas ruas das cidades, esse tipo de “formação” (deformadora)
representa uma perda de tempo, geradora apenas de brutalidade, atraso
técnico e incompetência.
BIBLIOGRÁFIA
Direitos Humanos nas Prisões. The International Centre for Prision Studies.
King’s College. Universidade de Londres. Enciclopédia Digital de Direitos
Humanos – DHNET