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DIREITO
CARUARU-PE
2019
GABRIELE SOUZA RIBEIRO
PALOMA OLIVEIRA DA SILVA
THAYNÁ EVELLYN LIMA DOS SANTOS
CARUARU
2019
INTRODUÇÃO
1. CONTRATUALISMO
2.1 LIBERALISMO
Pode-se dizer que o liberalismo nasce na Inglaterra do século XVII, na luta da
população inglesa, dos setores da pequena nobreza inglesa (chamados de Gentlemans) contra
o rei, e foi base para a revolução inglesa e revolução gloriosa. Baseado em John Locke e Sam
Smith, considerados os pais do liberalismo político e econômico, respectivamente, o termo
liberalismo deriva do latim ‘’líber’’ que significa livre ou não-escravo. É um fundamento que
tem como base a busca da liberdade e para eles, a liberdade tem ‘’um fim em si próprio’’ ou
seja, eles defendem que não exista um grupo seja o estado ou a maioria, que lhe imponha
oque deve ser feito ou seguido.
O liberalismo político teve como base a obra ‘’O segundo tratado sobre a
sociedade Civil’’ do filosofo John Locke, onde nela ele negava a origem divina do poder e
dizia que as leis que devem reger uma comunidade política vêm da natureza e por isso ele é
denominado um Jusnaturalista, esse pensamento se perpetua pela maioria dos liberalistas
clássicos. Tais direitos que o ser humano tem naturalmente seriam o de liberdade, a vida,
igualdade e propriedade privada. Locke defendia um pensamento oposto ao do modelo
monárquico, pois para ele as ideias do rei não englobavam o direito de todos os cidadãos e
sim o de si próprio e por isso não permite um crescimento econômico e social, indo de
encontro as suas vertentes de liberdade e igualdade, prioridades do pensamento liberalista.
2. COMUNITARISMO
O comunitarismo designa-se como uma corrente teórica que surgiu na década de
1980, com o objetivo de resgatar a importância da “ideia” de comunidade que havia sido
deixada a partir da globalização no século XX, e da ascensão do capitalismo. A globalização
trouxe inúmeros benefícios e progressos para o mundo, no entanto, trouxera também
desigualdades, conflitos e miséria. Inspirado por Aristóteles, Hegel e Marx, o movimento
ganha força após a Guerra Fria, e tem sua maior movimentação nos Estados Unidos.
A corrente comunitarista surge como um movimento de crítica às teorias
individualistas propostas pelo liberalismo. Pois, o comunitarismo discorda que possam haver
teorias ou princípios universais, que não respeitem a influência histórica e cultural. Logo,
tornara-se impossível determinar os princípios de justiça de forma a não considerar as
particularidades de cada povo.
O comunitarismo entende o indivíduo como membro que está ou é inserido em
uma comunidade, sendo assim, o mesmo seria influenciado por suas raízes históricas e valores
culturais. O movimento opõe-se diretamente ao individuo autônomo proposto pelo
liberalismo, pois prioridade a comunidade, e entende que está deve se sobrepor aos interesses
individuais.
Para o comunitarismo, faz-se necessário reconhecer as divergências existentes em
cada sociedade, é preciso entender que leis universais e imparciais não deveriam ser
aplicadas, pois aplica-las seria negar a diversidade social e o particularismo histórico presente
em cada região. Fazer uso da Universalidade dos Princípios da Justiça, proposta por Rawls,
seria criar um mecanismo que não condiz com a sociedade real, trazendo consequências, entre
elas a predominância dos direitos individuais em relação aos direitos sociais. Logo, entende-
se que o movimento opõe-se veementemente á imparcialidade e o universalismo.
O particularismo defendido pelos comunitaristas, crítica e contesta a ideia de um
suposto individuo abstrato, não situado historicamente. O homem é moldado por valores e
pela cultura da comunidade em que vivem, sendo impossível acreditar que os indivíduos da
comunidade não levariam em conta na hora de escolher seus princípios de justiça, pois uma
pessoa sem experiência seria incapaz de realizar escolhas morais, como desejava Rawls e sua
teoria do véu da ignorância.
Com base no particularismo histórico que os comunitaristas afirmam que a justiça
está nos valores culturais, e que a justiça fundamenta-se com base nestes. Logo, entende-se
que qualquer definição de justo ou injusto depende intrinsecamente do significado de tal
atribuído por cada comunidade. Desta maneira, para os comunitaristas o bem e o justo são
inseparáveis, ou seja, não se pode fazer entendimento do justo sem previamente entender o
bem. Logo, uma sociedade justa, é aquela em que o processo distributivo dos bens sociais é
realizado de acordo com a significação social da comunidade para com aquele bem. A
sociedade descrita como injusta, seria aquela em que determinado grupo social detém o poder
ou o monopólio de um determinado bem.
O comunitarismo valoriza a autonomia pública, ou seja, as teorias comunitaristas
defendem que o estado seja mais atuante, pois segundo os comunitaristas, a teoria liberal que
propõe a valorização da autonomia privada liga-se diretamente ao processo de fragmentação
da sociedade, a teoria pretende resgatar o individuo da apatia politica, valorizar o espaço
publico para que ele possa exercer sua liberdade. Vale ressaltar que, o comunitarismo não
defende a extinção dos valores individuais ou privados, o comunitarismo entende que se faz
de suma importância a valorização destes, contudo, visa o equilíbrio que deve ser estabelecido
entre os direitos individuais e a responsabilidade social.
O comunitarismo entende que a constituição de um Estado não pode ser neutra e
expressar apenas direitos individuais, ela deve expressar a vontade e os valores
compartilhados entre determinada sociedade, permitindo a participação política do cidadão.
CONCLUSÃO