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DIREITO
MARXISMO E ANARQUISMO:
CRÍTICAS AO DIREITO
CARUARU-PE
16/05/2019
VINICIUS QUEIROZ, DÁRIO HENRIQUE, WELLINGTON ARTUR,
SANDY HENRIQUE, THIAGO EVERTON.
MARXISMO E ANARQUISMO:
CRÍTICAS AO DIREITO
CARUARU-PE
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 MARXISMO...........................................................................................................................4
2.2 O COMUNISMO..................................................................................................................7
3 O ANARQUISMO.................................................................................................................7
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................10
5 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
2. MARXISMO .
O Marxismo convém a ser uma sociologia critica elaborada pelos filósofos e sociólogos
alemães Karl Marx e Friedrich Engels, linha de pensamento na qual será defendida outrora por
outros filósofos como Antônio Gramsci, Leon Trotsky, Lenin, Josef Stalin, dentre outros. O
Marxismo, visa estabelecer preceitos para uma constante e cautelosa analise crítica no que se
refere a relações econômicas entre classes sociais, no qual o mesmo, busca categorizar tais entre
burgueses e proletariados ou opressores e oprimidos.
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a
história das lutas de classes. [...] Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e
servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos em
constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada;
uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da
sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta (MARX, 1999, p. 7).
A metodologia por Marx elaborada, comumente terá por sua base a crítica à uma classe
que oprima outra, pois a metodologia dele, terá por objetivo alcançar no sistema econômico
socialista no qual se extinguiria a classe dominante para fim de uma sociedade justa e
igualitária. Outrossim, Marx na produção de suas obras consiste em descrever como foi o
desenvolvimento da burguesia e fazer crítica a falta de ênfase em questões sociais, mas sim ao
desenvolvimento do Estado Burguês, pois conforme o mesmo, “É mais fácil estudar um
organismo como um todo, do que suas células”(MARX, Karl, O Capital, 2001, p. 16).
Ao estudar as condições e qualidade de vida social, tenta elaborar uma definição sobre
divisão de classes, uma vez que está em meio a revolução industrial, a classe superior será a
que possuirá os meios de produção, a inferior será classe que não possuem, passam a vender
sua força de trabalho operando os meios de produção, no qual, o sociólogo os define em
Burguesia e Proletariados, no qual o mesmo, em suas obras busca criticar o desenvolvimento
da Burguesia, pela exploração da força de trabalho dos proletariados, no qual define conceitos
como a Mais-Valia e Alienação, para melhor caracterizar a funcionabilidade da exploração ou
do que ocasiona no mesmo.
O Burguês tendo em ótica, de que todos os produtos tem uma certa margem lucrativa,
procurará aumentar sua produção, pois quanto mais se produz mais lucro se tem, entretanto,
para que tal coisa ocorra se é necessário o aumento da jornada de trabalho, seja ela com
benefícios de um melhor meio de trabalho, que facilite a produção do operário, ou do aumento
da força de trabalho sem retorno algum, tendo só por alvo o aumento da produção e do lucro,
Mediante tais situações, Marx no primeiro volume do livro O Capital, classifica tais situações
como Mais-Valia Relativa e Absoluta.
”A utilização da força de trabalho é o próprio trabalho. O comprador da força de
trabalho consome-a, fazendo o vendedor dela trabalhar. Este, ao trabalhar, torna-se
realmente no que antes era apenas potencialmente: força de trabalho em ação,
trabalhador. Para o trabalho reaparecer em mercadorias, tem de ser empregado em
valores-de-uso, em coisas que sirvam para satisfazer necessidades de qualquer
natureza. O que o capitalista determina ao trabalhador produzir é, portanto um valor-
de-uso particular, um artigo especificado. A produção de valores-de-uso muda sua
natureza geral por ser levada a cabo em benefício do capitalista ou estar sob seu
controle. Por isso, temos inicialmente de considerar o processo de trabalho à parte de
qualquer estrutura social determinada. (MARX, 2001, p.211)
Alienação: O conceito de Alienação vem daquilo que tira o ser humano de si, quando
perde o senso apartir de crenças e ideologias utilizadas por uma classe social para oprimir a
outra, para que hajam conforme seus interesses, fazendo a classe oprimida sentirem-se
obrigadas a fazer algo sem contestarem o feito, como insistir em querer possuir produtos que
acreditam precisarem, porém não os necessitam para sobreviver .
“A apropriação do objeto manifesta-se a tal ponto como alienação que quanto mais
objetos o trabalhador produzir tanto menos ele pode possuir e mais se submete ao
domínio do seu produto, do capital (Marx, 1964, p. 159).
Ou seja o conceito de Alienação é quando o que o operário não tem o controle sobre o que ele
quer, mas sim aquilo que alguém quer que ele pense que é o correto a se fazer, como a Religião que faz
com que os indivíduos vivam conforme o que ditam suas regras ou líder religioso, onde o individuo tem
o controle sobre suas ações, pois acha que tem que agir conforme uma vontade religiosa.
O objetivo de toda e qualquer pensamento ou teoria Marxista teve sempre por objetivo
ser posto em prática, uma vez que, surgiu em meio as manifestações de operários pelo constante
abuso da força de trabalho e a constante opressão dos mesmos pela classe burguesa, e o objetivo
da linha filosófica Marxista era que os proletariados se erguessem para derrotar e tomar o
controle que o Estado burguês exercia sobre eles, movimento no qual seria para alcançar o que
Marx chamaria de Ascenção do Estado Comunista ou do proletariado, e para promover as
transformações sociais, utilizará o direito para reorganizar e propor a igualdade através do
mesmo, pois para ele o Direito é aquilo que é o poder que consiste em uma dominação de uma
classe sobre a outra, e com ele ter por objetivo a queda da burguesia, fazendo com que a classe
operária seja a predominante, dando-os todos os direitos que necessitam, para que assim se
construa uma sociedade livre e igualitária.
2.2 O COMUNISMO
3 O ANARQUISMO
Que forma de governo vamos preferir? – Eh! Podeis perguntá-lo, responde, sem
dúvida, algum dos meus leitores mais novos; sois republicano. – Republicano sim;
mas essa palavra nada precisa. Res publica, é a coisa pública, sob qualquer forma de
governo que seja, pode dizer-se republicano. Os reis também são republicanos. – Pois
bem! Sois democrata? – Não. – Quê! Sereis monárquico? – Não. – Constitucionalista?
– Deus me livre. – Sois então aristocrata? – Absolutamente nada. – Quereis um
governo misto? – Ainda menos. – Então que sois? – Sou anarquista. [...] – Estou a
ouvir-vos; estais a brincar; dizeis isso dirigido ao governo. – De maneira nenhuma;
acabais de ouvir a minha profissão de fé seria e maduramente reflectida; se bem que
muito amigo da ordem, sou, em toda a acepção do termo, anarquista.( PROUDHON.
O que é a propriedade. p, 234-235)
Pierre Joseph Proudhon foi um filosofo e politico de Paris no século XIX, que viveu
entre o ápice da Revolução Industrial com ascendência do Estado Burguês que oprimia , traz a
defesa ideológica de uma sociedade sem governo, pois acredita que todo e qualquer forma de
Estado sempre será opressor, uma vez que ele representa uma manifestação de autoridade e
poder, defendendo assim o mutualismo que seria uma forma de liberdade e igualdade que
embora tendo-se em vista diferentes indivíduos, buscar um consenso entre eles para um trabalho
voltado a toda a sociedade no qual todos são beneficiados.
Mesmo com o anarquismo buscando o fim do Estado, isso não significa que os
anarquistas preguem a anomia social, pois ainda assim existem regras, não no sentido de regras
positivadas, mas regras baseadas na moral, o que permite que o direito não seja algo imposto
pelo Estado, mas sim algo construído socialmente, com isso percebe-se que o direito anarquista
criasse a partir das leis naturais, não da forma tradicional para fundamentar o direito positivo,
mas sim para combate-lo e por fim ser considerado o único direito legítimo.
Para Bakunin existem dois tipos de direito, o direito do Estado, que como para qualquer
anarquista é visto de forma negativa, e o direito natural, que também pode ser visto de forma
ruim caso seja imposto aos homens, pois no anarquismo a liberdade consiste em cada indivíduo
reconhecer e aceitar as leis naturais e não serem impostas por alguém. Percebe-se que a ideia
de lei natural para Bakunin é diferente do de Hobbes e Rousseau, pois para eles as leis naturais
devem ser incorporadas ao Estado e acabaria representando as leis civis, para Bakunin cada
indivíduo deve aceitar as leis naturais, quando isso ocorrer será desnecessária a existência do
Estado, pois todos aprenderiam a viver em sociedade de forma solidária.
“A questão da liberdade se resolverá quando estas leis forem reconhecidas pela ciência
e tenham ingressado na consciência geral por meio de um amplo sistema de educação
popular. Os mais decididos protagonistas do Estado devem admitir que quando isso
acontecer, não haverá necessidade de organização política, de administração, nem de
legislação, essas três instituições, emanadas da vontade do soberano, do voto do
Parlamento, elegido por sufrágio universal, ainda que estejam em sintonia com os
sistemas de leis naturais (coisa que nunca ocorreu e nem acontecerá) serão sempre
igualmente hostis e fenestras para a liberdade das massas, porque impõem um sistema
de leis externas e na mesma medida despóticas. (BAKUNIN, N. Escritos de filosofia
política II. p, 58)
Kropotkin acredita que as leis estatais são uma criação dos tempos modernos, já que nos
tempos passados já havia regulação da conduta humana por meio dos costumes, dos hábitos e
da moral, assim como é pregado no anarquismo.
1-Não admite o direito como lei escrita, pelo mesmo motivo que condena a existência do
Estado, pois é uma manifestação de autoridade e poder, o que põe o Estado sobre o indivíduo,
sendo que no anarquismo o indivíduo é soberano de si mesmo onde não existe ninguém acima
de ninguém.
2-O anarquismo parte de um direito natural, que para eles valem ainda mesmo que não seja
escrito, pois a essência da lei natural está na própria natureza das coisas sem precisar que um
legislador as transforme em lei positiva.
3-O único direito que pode ser cumprido na anarquia é aquele que é fixado pelos próprios
indivíduos, ou seja, normas que eles mesmos criem, não admitindo apresentação para a criação
de regras.
4-No anarquismo o costume é a principal fonte do direito, já que ele resulta de um consenso, é
uma prática habitual de todos.
5-Não permite que essas normas que foram consentidas sejam codificadas, já que o direito
anarquista é baseado na moral, e ela está em constante mudança, se ele fosse codificado (escrito)
haveria maior dificuldade de modificá-lo e adequá-los as necessidades do povo
6- Para resolução de conflitos, seria usado um processo chamado de arbitragem, ao invés de
serem usados juízes impostos, os envolvidos no conflito fazem a escolha de árbitros que irão
intervir nessa relação.
7-O anarquismo tem como valor fundamental a liberdade da qual se derivam todos os outros
princípios.
Entretanto, por os Anarquistas terem por defesa a extinção do Direito, tendo em vista
que dentro do mesmo grupo tinha além de anarquistas, os debates entre o Direito e o fim do
Direito eram constantes, no quais se sobressaiu o pensamento Comunista, pois os comunistas
não acreditavam na direta queda e extinção do Estado, e queriam reforma-lo e não destrui-lo,
pois para os anarquistas o direito sempre irá oprimir alguém, e para que isso não ocorra, o
mesmo deve ser extinto.