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INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS BELÉM

ANNA VICTORIA DE SOUZA GALVÃO


FELIPE BRYAN GUEDES FONSECA DE MELO
MARIA CLARA SILVA DOS SANTOS
MELISSA NICOLE VIEIRA SANTIAGO
THAINÁ DOS SANTOS PANTOJA

ESTADO LIBERAL
RESUMO

BELÉM
2022
ANNA VICTORIA DE SOUZA GALVÃO
FELIPE BRYAN GUEDES FONSECA DE MELO
MARIA CLARA SILVA DOS SANTOS
MELISSA NICOLE VIEIRA SANTIAGO
THAINÁ DOS SANTOS PANTOJA

ESTADO LIBERAL
RESUMO

Trabalho solicitado para fins avaliativos para


a disciplina de Sociologia II, do curso de
Mineração integrado ao ensino médio do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará, ministrada pela Prof.ª
Dr.ª Kirla Anderson.

BELÉM
2022
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O QUE É UM ESTADO LIBERAL?


O Estado liberal, também chamado de Estado liberal de direito, é voltado para a
valorização da autonomia e para proteção dos direitos dos indivíduos, garantindo-lhes a
liberdade de fazer o que desejarem desde que isso não viole o direito de outros.

Estado liberal é um modelo de governo baseado no liberalismo desenvolvido


durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII.

CONTEXTO DE SURGIMENTO DO LIBERALISMO

Ele surgiu na Europa, durante o iluminismo, como uma maneira de se opor à


monarquia e ao controle social e econômico do Estado.  A ideia central do iluminismo é que a
liberdade individual deve ser priorizada frente ao coletivo. Sendo que o objetivo é alcançar
uma sociedade justa e igualitária.  Além da liberdade individual, o iluminismo se posiciona a
favor da ampla concorrência de mercado, sem a intervenção e restrições causadas pelo
Estado. 

A ORIGEM

O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre
política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo
econômico ganhou força com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam
Smith. Vale ressaltar que o Liberalismo recebeu muita influência do Iluminismo e das
Revoluções Burguesas de século XVII (Gloriosa e Puritana).

CARACTERÍSTICAS DO ESTADO LIBERAL

Em um Estado liberal, os indivíduos têm liberdades sem que sofram interferências do


governo. Assim, eles podem se envolver em qualquer atividade, mas que não se viole os
direitos de outras pessoas.
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 Igualdade: A igualdade é uma característica que se obtém por meio do respeito a cada
indivíduo e sua individualidade.
 Tolerância: A tolerância se relaciona como uma consequência da igualdade que o
governo trata os seus indivíduos dentro de um Estado liberal.
 Livre mercado: No Estado liberal, a predominância é da "mão invisível do mercado",
termo que designa a ausência de intervenção do governo na economia.
 Estado Mínimo: A garantia de que o Estado intervenha o mínimo possível no âmbito
econômico, por exemplo. O Estado torna-se, portanto, provedor de condições
mínimas e básicas para o livre e individual desenvolvimento dos cidadãos.
 Defesa da propriedade privada: A propriedade privada é um direito fundamental a
todos os cidadãos.

OS TIPOS DE LIBERALISMO

 Liberalismo político:
Desenvolvido por John Locke, o sistema político liberal é opositor ao modelo
monárquico, visto que as ideias do rei e seus aliados não englobam o desejo da população
como um todo e, muito menos, os individuais. E Ao abandonar a visão antiga de governo e
economia, os liberais modernos adotaram uma visão política baseada no republicanismo ou no
parlamentarismo. Esses sistemas políticos permitiam a divisão dos poderes, retirando das
mãos de um monarca o poder absoluto. Então, o filósofo francês Charles de Montesquieu, um
dos pensadores que influenciaram o liberalismo e a Revolução Industrial, defendeu a divisão
dos poderes estatais em três partes: O poder Legislativo, o poder executivo e o poder
judiciário. Os quais, respectivamente, criam as leis, executam as leis e governam com elas e
julgam quando alguém as infringe.

 Liberalismo econômico:

O liberalismo econômico desenvolveu-se nos séculos XVIII e XIX e ainda hoje


constitui uma das principais doutrinas filosóficas e econômicas já formuladas. E nesse modelo
econômico as leis da livre concorrência e de oferta e procura são bem-vindas, assim como o
direito à propriedade privada e a forte valorização do trabalho humano, que providencia
sustentos para a sobrevivência individual. Mas para toda essa ideia, antes tivemos teóricos de
todo esse sistema, e dois deles são: François Quesnay (694-17774) e Vincent
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Gournay (1712-1759) que são dois dos principais teóricos que defendiam a liberdade no
campo econômico e político e que deram início a política do “Laissez Faire”. Eles ajudaram
a estruturas a teoria do liberalismo econômico. Contudo, Adam Smith (1723-1790) é
considerado o pai do liberalismo econômico e maior divulgador desta teoria. 
Adam Smith ficou conhecido por seus estudos e reflexões acerca do liberalismo.
“Teoria dos Sentimentos Morais” (1759), “Ensaio sobre temas filosóficos” (1795) e “Uma
investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações” (1776) são algumas das
suas obras mais conhecidas. 
E como sabemos o liberalismo econômico surgiu como oposição ao mercantilismo.
Com isso, temos alguns dos pilares que irão sustentar essa oposição, que são: A “política do
laissez faire”, a ideia da “mão invisível do mercado” e a ideia da “livre concorrência”.

1. Política do laissez Faire: Em resumo, temos que essa política prega que caso
ocorra algum problema, a própria economia irá naturalmente se ajustar de
forma satisfatória para todas as partes. Isso sem precisar que o Estado crie
regras, leis ou taxas.
2. A mão invisível do mercado: Criada por Adam Smith, é baseada na “política
do laissez faire” e diz que o mercado tem a capacidade de se organizar e se
regular, sem nenhuma interferência. Para Smith, os indivíduos e sua ganância
individual impulsionaria de forma natural e satisfatória o crescimento e
desenvolvimento econômico de um determinado país. 
3. A livre concorrência: É a mais importante para o liberalismo econômico e
prega que, por consequência, as relações de mercado entre o consumidor e o
produto ajustaria a demanda e o valor desse produto.

E a lei da oferta e da procura se aplicaria nessas situações, uma vez que a ação
de compra do consumidor também ajustaria a demanda e o valor do produto.
Essa tese diz que as empresas deveriam ter liberdade para produzir o produto
que deseja, precificar, qualificar e taxar esse mesmo produto, sem nenhuma
regulação. O consumidor também ditaria quais seriam as melhores empresas e
os melhores produtos por meio da procura.
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PRINCIPAIS TEÓRICOS DO LIBERALISMO E PRINCIPAIS


OBRAS/FRASES

 John Locke (1632-1704) - Segundo Tratado sobre o Governo Civil, Dois tratados de


governo e Da tolerância.
 Adam Smith (1723-1790) - A Riqueza das Nações e Teoria dos Sentimentos Morais
 John Stuart Mill (1806-1873) - Princípios de Economia Política e A Liberdade
 David Ricardo (1772-1823) - Princípios da economia política e tributação e O alto
preço do ouro, uma prova da depreciação das notas bancárias
 François Quesnay (1694-1774) - Quadro Econômico

● Vincent de Gournay (1712-1759) - autor da célebre frase: “Laissez faire, laissez


passer, lê monde va de lui même” (Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo).

DIFERENÇA ENTRE LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO

Em um primeiro momento, é difícil notar a diferença entre Liberalismo e


Neoliberalismo. De fato, são parecidas e possuem ideias comuns. Enquanto o liberalismo se
preocupa mais em defender a mínima intervenção estatal, liberdades individuais e o livre
mercado, com ênfase na produção, o neoliberalismo foca em diminuir mais ainda a presença
estatal, defendendo privatizações, circulação de capital estrangeiro, entrada de empresas
estrangeiras nos países e obtenção de lucros através do mercado financeiro. No entanto, fica
evidente que as duas defendem uma economia livre e um mercado forte como o regulador da
sociedade e exercem muita influência na maioria dos países no mundo, em menor ou maior
grau.

PAÍSES LIBERAIS

Tendo em mente que o liberalismo está pautado na menor interferência do Estado na


economia e nas ações para o crescimento do país, ou seja, essa perspectiva visa através do
setor privado impulsionar o capital financeiro da nação.

Dentre os países que atualmente adotam esse sistema podemos destacar: Alemanha,
Japão, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Espanha, Holanda, Argentina, Canadá, Reino
Unido, Polônia, Chile.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A DIFERENÇA ENTRE LIBERAL, NEOLIBERAL E LIBERTÁRIO. Instituto Milenium,


2020. Disponível em: <https://www.institutomillenium.org.br/millenium-explica-a-diferenca-
entre-liberal-neoliberal-e-libertario/ >. Acesso em: 26 de fev. de 2022.

AZEVEDO, Amanda Maria. Liberalismo econômico. Educa mais Brasil, 2019. Disponível
em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/liberalismo-economico>. Acesso
em: 24 de fev. de 2022.

 BEZERRA, Juliana. Liberalismo. Toda Matéria, 2020. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/liberalismo/ >. Acesso em: 22 de fev. de 2022.

CAVALCANTI, Maria Clara. Liberalismo. Querobolsa, 2019. Disponível em:


<https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/liberalismo>. Acesso em: 20 de fev. de 2022.

DE MELLO, Thiago. Estado liberal. Globo.com, 2020. Disponível em:


<http://educacao.globo.com/sociologia/assunto/organizacao-social/estado-liberal.html>.
Acesso em: 26 de fev. de 2022.

ESTADO LIBERAL. Significados, 2021. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/estado-liberal/ >. Acesso em: 24 de fev. de 2022.

 NAGAMINE, Lucas Civile. Estado de bem estar social e Estado liberal: qual a diferença.
Politize! 2017. Disponível em: <https://www.politize.com.br/estado-de-bem-estar-social-e-
estado-liberal-diferenca/>. Acesso em: 24 de fev. 2022

PORFÍRIO, Francisco. Liberalismo. Mundoeducação.uol, 2019. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/liberalismo.htm >. Acesso em: 20 de fev. de
2022.
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RAMOS, Jefferson Evandro Machado. Liberalismo. Sua pesquisa.com, 2021. Disponível


em: <https://www.suapesquisa.com/o_que_e/liberalismo.htm >. Acesso em: 24 de fev. de
2022.

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