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Atividade Avaliativa 02 - Sociologia

Grupo: Paolla Manzoli, Julia Sandrini e Vito de Vargas.


Turma: CTAI-3V.

Doutrinas Políticas: o liberalismo na atualidade.

No avanço da história, essa estrutura de poder assumiu diversas facetas. Uma


delas, que nasceu e se destacou nos séculos XVI e XVII. O liberalismo é em sua
essência o desejo de limitar o Estado para a consequente ascensão da liberdade
individual, dos direitos individuais, da proteção à propriedade privada, da igualdade
perante a lei, e do livre comércio. Considerando o aspecto econômico, o liberalismo
inclui o entendimento de que o Estado não deve interferir na economia, pois esta
deve vir da livre iniciativa dos cidadãos, que devem ser livres para produzir e
comercializar. Para Adam Smith, haveria uma “mão invisível” que permitiria que a
economia se desenvolvesse de forma autônoma sob o poder da iniciativa privada,
sem a necessidade do Estado. Politicamente, os liberais adotaram uma visão de
divisão de poder, tirando o poder absoluto do monarca. O filósofo francês Charles
de Montesquieu, um dos pensadores que influenciaram o liberalismo e a Revolução
Industrial, defendeu a divisão do poder do Estado em três partes: Poderes
legislativo, executivo e judiciário, que ajudam o Estado a conduzir suas atividades
de forma justa e ordenada. Na frente social, a primeira rebelião liberal começou no
final do século XVII, quando as ideias burguesas desafiaram a ordem dominante do
absolutismo. O liberalismo começou a ganhar notoriedade durante o Iluminismo,
com popularidade entre filósofos e economistas na tentativa de desafiar diversas
normas sociais vigentes na época.
A linha liberal foi implementada por vários países do globo, se adequando às
realidades sociais da região. No século XX, após a Segunda Guerra Mundial, a
maioria dos países ocidentais adotou medidas de liberalização, principalmente no
campo econômico, como a adoção de uma economia de mercado e o
enfraquecimento das barreiras tarifárias. O alto crescimento financeiro dos Tigres
Asiáticos deve-se em grande parte à mentalidade exportadora e ao forte
investimento do capital estrangeiro. Os Estados Unidos e os países nórdicos em
geral representam a personificação das ideias de representação política de Locke,
com o exercício da democracia e da liberdade de expressão plenamente
consolidados em seus territórios. No Chile, ainda sob o governo ditatorial de
Augusto Pinochet, as reformas neoliberais foram implementadas e sustentadas nos
governos subsequentes, gerando riqueza e reduzindo a desigualdade no país. No
Brasil, diferentemente da Europa, o liberalismo se desenvolveu no Brasil por vários
períodos com agendas diferentes de seus defensores. Um dos primeiros pontos a
emergir do liberalismo brasileiro foi a luta pela abertura econômica das colônias. A
flexibilização das taxas alfandegárias, a possibilidade de comércio com diferentes
países e o fim dos tratados coloniais que colocaram o Brasil sob o monopólio das
empresas comerciais portuguesas.
O liberalismo no debate político brasileiro é incorporado de forma extremamente
segmentada, visto que ele atinge diversos aspectos, defendendo a liberdade
individual, não se aplicando somente aos âmbitos econômicos. “O liberalismo atinge
todos os campos da atividade humana” explica o fundador do movimento libertà,
Mário Vargas Llosa, em uma entrevista na qual um trecho foi apresentado em um
episódio do programa “GREGNEWS com Gregório Duvivier”, no mesmo episódio
mostra-se outra entrevista onde o ex candidato a presidência, da última eleição,
João Amoêdo, diz ser “liberal na economia e conservador nos costumes” discurso
esse proferido por diversos políticos, os quais se declaram liberais, entretanto vão
contra a expressões de liberdade individual, algo que está intrinsecamente ligado ao
liberalismo, tanto econômico quanto político, portanto é notável a dissociação da
doutrina liberal nos debates políticos, na atualidade brasileira, presenciamos a
realidade que os verdadeiros liberais combatiam como, por exemplo, a
concentração econômica de poder, privilégios hereditários, dinastias familiares,
entre outros.

REFERÊNCIAS:

https://www.politize.com.br/liberalismo-o-que-e/
https://www.cafehistoria.com.br/o-que-e-o-liberalismo-o-que-significa-ser-liberal/
https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2484303/mod_label/intro/Pensamento%20
Pol%C3%ADtico%20Cl%C3%A1ssico.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=UF7OUWZrWEU
https://revistacult.uol.com.br/home/contrarrevolucao-liberalismo-necessario/

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