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Estudo resumido do

Liberalismo econômico
• Fundado no séc. XVIII, na França (Gournay, Quesnay);
• Era uma reação ao mercantilismo;
• Afirmava ser a terra era a única fonte de riqueza, e
havia uma ordem natural que fazia o universo ser
regido por leis naturais (Jusnaturalismo);
• Sugeriam que a regulamentação governamental era
desnecessária; a função do soberano era a de servir
como intermediário no cumprimento dessas leis
naturais.
• Preconizava a prioridade da iniciativa privada na
economia, ao mesmo tempo que repelia a
intervenção estatal nesse setor. Os seguidores
defendem que a produção, o consumo e os preços
somente serão regidos pela lei da oferta e da
procura.
• Proclamação o fim da intervenção do Estado na
produção e na distribuição das riquezas, e
consequentemente o fim das medidas protecionistas e
dos monopólios, defendendo a livre concorrência
entre as empresas e a abertura dos portos entre os
países.
CAPITALISMO
POLÍTICA E ECONOMIA
• O capitalismo surgiu e desenvolveu-se na
Europa, entre os séculos XV e XIX, á partir da
burguesia, desarticulando a sociedade feudal e
dando origem a sociedade capitalista.
• O capitalismo pode ser entendido em sua
dimensão política e em sua dimensão
econômica através de duas vertentes teóricas e
ideológicas do liberalismo.
Leviatã
“E, de fato, o funcionamento do Leviatã

preconizado por Hobbes não seria muito liberal,

mas o seu fundamento sim. E esse é o xis da

questão: Para Hobbes, não há realmente direitos,

mas sim poderes” (RAMOS et al, 2018, p.123).


Os Contratualistas e a Commomwealth
“No que todos concordavam era que o Pacto entre pessoas livres, e não

sujeitas a leis no sentido mais estrito, fez surgir o Estado e suas leis, o

Pacto sendo sempre uma concordância livre e mútua de que dali em

diante seriam seguidas as leis criadas por um Legislador que, além de

fazê-las, teria condições de implementá-las. Quem seria o Legislador, se

um ou alguns, não interferia no mais importante: o Legislador faria as

leis, e as pessoas, mantidas em vínculo pelo Pacto, as obedeceriam.

Quem não o fizesse, seria punido pela aplicação da lei” (RAMOS et al,

2018, p.123).
Liberdade em Hobbes?
“Liberdade mesmo é apenas aquilo que a lei não proíbe. A

liberdade negativa de Hobbes está contida na frase: A liberdade é

apenas o silêncio das leis. A questão seria a de apontar quaisquer

limites para a amplitude das leis, mas não os há. De fato, o limite

das leis promulgadas pelo Soberano é decidido por este mesmo,

tão somente, e apenas o intuito de autoconservação do Soberano

é que pode aconselhar até onde ir, em termos de legislação”

(RAMOS et al, 2018, p.123).


Liberdade em Hobbes
“No que todos concordavam era que o Pacto entre pessoas livres, e não

sujeitas a leis no sentido mais estrito, fez surgir o Estado e suas leis, o

Pacto sendo sempre uma concordância livre e mútua de que dali em

diante seriam seguidas as leis criadas por um Legislador que, além de

fazê-las, teria condições de implementá-las. Quem seria o Legislador, se

um ou alguns, não interferia no mais importante: o Legislador faria as

leis, e as pessoas, mantidas em vínculo pelo Pacto, as obedeceriam.

Quem não o fizesse, seria punido pela aplicação da lei” (RAMOS et al,

2018, p.123).
O liberalismo
de John Locke
e os direitos
naturais dos
cidadãos
Locke e o Liberalismo Político
“Se pode haver alguma dúvida a respeito da inclusão do
pensamento de Thomas Hobbes entre os autores liberais, já
sobre o pensamento de John Locke não paira nenhuma
dúvida: com sua obra, Locke de fato inaugura e consolida o
pensamento liberal dentro da Filosofia Política. Os grandes
temas do Liberalismo, o respeito à vida e à propriedade, a
tolerância política e religiosa, a separação dos poderes do
Estado, são por ele apresentados e defendidos. Desde então,
quando se trata da questão de liberdades civis e políticas, o
debate tem como um de seus polos as ideias defendidas por
Locke e seus seguidores” (RAMOS et al, 2018, p.125).
Locke defende que antes de
existir a sociedade constituída
como tal, ou seja, no ESTADO DE
NATUREZA, os homens viviam
bem, em harmonia e já havia a
PROPRIEDADE individual.

O que faltava aos homens era um


CONTRATO SOCIAL que
garantisse essa propriedade e
outros direitos naturais como a
VIDA E A LIBERDADE

Assim, os homens fundam a


sociedade e colocam o
ESTADO COMO GARANTIDOR
desses direitos, tendo por função
primordial a
DEFESA INCONDICIONAL DOS
DIREITOS INDIVIDUAIS.
Resumo:

A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo


consentido dos governados diante da autoridade constituída e o
respeito ao direito natural do ser humano

À VIDA, À LIBERDADE E À PROPRIEDADE.


Dois tópicos centrais do Liberalismo
Direitos Naturais Legitimidade política
(Indivíduos) (Estado)

Propriedade Justiça (leis)


Vida Segurança
Liberdade Garantia
Hobbes: um início perigoso....
“Que o primeiro pensador a ser tratado dentro do tema Liberalismo

clássico seja alguém que defendeu que o Estado tem todo o poder nas

mãos, que o Soberano possa fazer o que lhe der na telha, sem que se

possa tugir ou mugir contra as ordens emanadas do Soberano, com uma

única e importante exceção, não deixa de parecer paradoxal. Não deve

ser surpresa que justamente a exceção indicada seja tida como o bilhete

de entrada do pensamento de Hobbes para o rol dos pensadores liberais”

(RAMOS et al, 2018, p.122).


Locke, portanto, limita o
Estado a um
mediador de conflitos que
podem pôr em risco os
direitos individuais.
Robert Filmer e o Patriacarlismo
“Adão teria recebido de Deus os poderes para
governar sua família, e os governantes futuros
teriam os mesmos direitos de Adão, sendo vistos
como chefes da família que era o Estado”.
ADAM SMITH E A TEORIA
LIBERAL

Escreve a obra Wealth of Nations,


(A riqueza das nações), em 1776
• Adam Smith organiza as idéias de Gournay e Quesnay e
cria a moderna Teoria Econômica;

• Acredita que se se deixasse atuar a livre concorrência,


uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição.

• E todos os agentes na busca de lucrar ao máximo


acabariam promovendo o bem-estar de toda a
comunidade, seria como se uma mão invisível orientasse
todas as decisões da economia, sem a necessidade da
atuação do Estado.

• O papel do Estado na economia deveria corresponder


apenas à proteção da sociedade contra eventuais ataques,
e à criação e manutenção de obras e instituições
necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e,
conseqüentemente, na prática econômica.

• (...) Adam Smith coloca que a defesa do mercado como


regulador das decisões econômicas de uma nação traria
muitos benefícios para a coletividade, independente da
ação do Estado. Com isto, temos o princípio do
liberalismo, que nada mais é que uma restrição às
atribuições do Estado em benefício da iniciativa do
particular.

Fonte: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=879
LIBERALISMO ECONÔMICO
• Adam Smith, defendeu, na obra, a livre
iniciativa privada, sem intervenção
governamental, pois dessa forma “o
mercador ou comerciante, movido apenas
pelo seu próprio interesse egoísta, é
levado por uma ”mão invisível” a
promover algo que nunca fez parte do
interesse dele: o bem-estar da
sociedade."
Resumo:

Os liberais tradicionais não admitiam a intervenção


do Estado na iniciativa privada.
Smith, porém, defendia a necessidade do Estado
para assegurar o funcionamento da sua mão
invisível, sempre que fosse necessário proteger os
capitais nacionais ou realizar investimentos de
infraestrutura que não fossem cobertos pelo capital
privado.
Uma conclusão lógica
Se é função do estado garantir os direitos e
a PROPRIEDADE PRIVADA é um desses
direitos, então
a intervenção dos governos que estamos
assistindo nos últimos meses
é absolutamente

CONDIZENTE COM A TEORIA LIBERAL.


O governo está salvando a propriedade
privada, embora o discurso oficial seja a de
que ele esteja salvando empregos
NEOLIBERALISMO
O Neoliberalismo surgiu após a queda do Muro de
Berlim (1989), com o fim da Guerra Fria
(1945/1991), com a desarticulação do Socialismo na
Europa.
Pode ser entendido em sua dimensão econômica
(globalização) e em sua dimensão política (Estado
Neoliberal, ou seja, o Estado Mínimo).
Amparado pelo desenvolvimento tecnológico, que
possibilitou a produção e seu acompanhamento em
qualquer ponto do planeta, as forças capitalistas
liberais, exigiram a flexibilização da produção, do
trabalho, do consumo e das leis econômicas.
CONSENSO DE WASHINGTON

Consenso de Washington foi um conjunto de


medidas formulado em novembro de 1989 por
economistas de instituições financeiras situadas
em Washington (EUA), como o FMI, o Banco
Mundial e o Departamento do Tesouro dos EUA,
fundamentadas num texto do economista John
Williamson, do International Institute for Economy,
e que se tornou a política oficial do FMI, em 1990,
quando passou a ser "receitado" para promover
o "ajustamento macroeconômico" dos países em
desenvolvimento que passavam por dificuldades.
CONSENSO DE WASHINGTON

Disciplina fiscal
• Esse consenso
Reforma Tributária
determinou a política Desregulamentação da
econômica neoliberal, economia
inspirados em de Liberalização das taxas de
governos como o juros
Reagan (EUA) e de Taxa de câmbio competitiva
Margaret Thatcher Revisão das prioridades
(Reino Unido), através dos gastos públicos
de uma lista das Maior abertura ao
políticas de mercado investimento estrangeiro
recomendadas, que direto
Fortalecimento do direito
incluíam:
de propriedade.
CRISE NEOLIBERAL DE 2008
• Excessiva liberdade econômica ao mercado
• Mínima regulamentação (intervenção)
governamental no mercado
• Expansão do crédito e facilitação aos
empréstimos
• Alavancagem excessiva (bancos e empresas)
• Derivativos em excesso (“mercado futuro”)
• Crise de inadimplência
• Crise de confiança no sistema de créditos
• Falência do Banco Lehman Brothers (15/09/08)
CRISE NEOLIBERAL DE 2008
Países menos atingidos, de
Países mais atingidos, de economia e de Estado
economia e de Estado Neoliberal interventores e reguladores

• EUA • Brasil
• Reino Unido • China
• Países da União • Índia
Europeia ou da Zona • Rússia
do Euro • Novo “keynesianismo”?

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