Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DO SERTÃO CENTRAL


– FECLESC

LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO CEARÁ I

PROFESSOR(A): MARCÉLIA MARQUES DO NASCIMENTO

ALUNO: JOÃO VICTOR DE MORAIS LOPES

SÍNTESE

QUIXADÁ – CE

2022
O documentário Vestígios-Pré-coloniais cearenses vai nos apresentar
um mapeamento e um panorama acerca dos sítios, museus e descobertas
sobre o período pré-colonial no estado do Ceará. O Objetivo principal do
documentário é levar toda a informação coletadas durantes as gravações e
viagens e mostra-la a sociedade para que este tome conhecimento dos
trabalhos arqueológicos e a partir disso, também, crie um entendimento de
preservação desses locais.

Inicialmente o vídeo vai nos apresentar por meio de entrevistas com


pesquisadores sobre a chegada do homem na América e, em específico, sua
chegada no Brasil. Em paralelo a isso, falam também sobre o inicio das
pesquisas sobre as civilizações pré-colombianas que se deu a partir da
iniciativa de Thomaz Pompeu de Sousa Brasil, o Senador Pompeu, no qual ele
faz uma série trabalhos em vários locais do Ceará sobre a arte rupestre
presente em várias partes do estado. No Ceará, embora os trabalhos
arqueológicos tenha se avançado muito, ainda é um “território desconhecido”
isso se deve pelo seu vasto território e que abrange regiões muito diferentes
embora esteja no mesmo território.

Algo interessante que o vídeo mostra é que durante o documentário, é


mostrado como se deu a chegada do homem na América, das suas imigrações
no território. Em contraponto, se dala também dos indígenas pré-coloniais, da
qual se acredita viviam em locais mais fixos, em grupos e que praticavam a
caça a agricultura e também viviam em conflitos em conflito pelos recursos.

Um dos primeiros locais de conservação e onde se encontra uma


variedade de vestígios pré-coloniais é na Serra Azul que fica localizado na
cidade de Ibaretama-Ce, onde a primeira parada do documentário se dá em
uma rocha em chama de Pedra do Sol, que tem uma gravura muito semelhante
ao sol com vários “raios solares”, onde se acredita que esse local seria usado
para rituais religiosos. Além disso, na mesma região são encontradas diversas
“marcas antrópicas” (marcas do homem), ou seja, foram encontradas diversas
marcas de que indicam a passagem do homem naquele local, e uma dessas
marcas encontradas na Serra Azul são os pilões ou bacias feitas nas rochas e
que algumas tenha até marcas polimento indicando seu uso. Acredita-se que
esses pilões tenham sido usados para “pisar” alimentos com fins de agricultura.

Ainda em Ibaretama, se tem, também, o museu Tertuliano de Melo, um


local que abriga diversos artefatos. Nesse museu, um dos locais é reservado
para as peças pré-coloniais, como machados de pedra, pilões “móveis” que era
usado pelos indígenas e uma variedade de cerâmicas, pedras polidas e pedras
lascada.

Em Quixadá e Quixeramobim, no Sertão Central, que se têm vários


sítios arqueológicos foram encontrados em diversas regiões vários achados de
cerâmica, materiais líticos, arte rupestre e etc. Como por exemplo, na Serra do
Macaco que se tem encontrados vários fragmentos de materiais de cerâmicas,
onde os arqueólogos acreditam que, por sua altitude, tenha sido talvez,
utilizado como local religioso.

Em Quixeramobim, no Rio Quixeramobim e Rio Banabuiú, tem uma


variedade de locais com gravuras e pinturas rupestres, da qual os
pesquisadores a chama de ‘grafismo figurativo. As inscrições se localizam em
locais de difícil acesso, abaixo de rochas, locais esses que se tornam
desafiadores para pesquisa por conta de sua localização e que o torna mais o
difícil acesso nos períodos de chuva. Essas inscrições vão mostrar uma intensa
relação, vivência e cultura dos homens e mulheres com a natureza, e em
específico, com o semiárido. Outro local é a chamada Pedra do Letreiro, que é
considerada um dos locais mais importantes para arqueologia no Ceará por
abrigar diversas gravuras e pinturas, e que o torna mais importante para os
pesquisadores são as técnicas empregadas nas figuras naquele local.

Em Itapipoca, na Região Norte, se tornou um local muito procurado para


pesquisas por ter uma imensa variedade de fósseis da megafauna, além disso,
têm-se vários materiais arqueológicos, principalmente do período lítico, que
indica, a partir de pesquisas palio ambientes, que a cidade de Itapipoca tenha
sido um refugio. Ainda na cidade, tem a Pedra Ferrada, considerada o
local/sítio arqueológico mais importante de Itapipoca, lá os pesquisadores
acreditam que sido usado não para habitação, mas como local de
observação/apoio do homem pré-colonial para um “monitoramento da caça”,
isso por ser um local de altitude elevada que facilita a visão a diversos locais.
Além disso, outros locais de Itapipoca são documentados como os vários sítios
arqueológicos, museus, praias, dunas e etc.

O documentário vai destacar também outras cidades como Irauçuba que


contém pinturas rupestres em rochas, pinturas essas que são bem “explícitas”
com formas conhecidas que representam pássaros e répteis; Forquilha que
contém pinturas rupestres em rochas que são, segundo pesquisadores,
universal, ou seja, não há nenhuma outra pintura semelhante em outro lugar e
que não se sabe qual povo e etnia que tenha o feito. Em Taperuaba, que tem
pinturas rupestres e rochas em formato de lua crescente que ao toca-la soa
como um som de sino. Em Camocim tem a pedra da letra, local com várias
inscrições e pinturas rupestres, a população local fala que o local é encantado
e é “coisa de índio”, conhecimento esse repassado por várias gerações, na
mesma cidade ainda contém vários outros locais de pesquisa. Além disso,
várias outras cidades do Ceará tem arte rupestre e vestígios do passado pré-
colonial.

Algo que permeia o documentário é a importância que os museus e


sítios arqueológicos carregam. Além de abrigar materiais históricos,
arqueológicos, antropológico e paleontológico, esses locais tem uma enorme e
importante função na conservação e conscientização. Ao longo do
documentário percebemos que a população talvez conheça ou já viu o local
onde se encontra esses materiais, mas desconhecem sua importância, e é
nesse ponto onde entra a atuação desses locais de conservação e pesquisa.
Em função disso se vê ao longo do documentário vários projetos de pesquisa e
conservação que visam à atuação de escolas e da comunidade nesses
serviços. Daí quebrasse o paradigma, também, de que o conhecimento só
existe dentro dos muros da universidade. O documentário vai mostrar a enorme
importância dos conhecimentos e memórias da população na construção e
elaboração de pesquisas, visando que essa local conservação tenha
participação da população, como direito cultural e bem coletivo de todos, uma
verdadeira arqueologia social.

Ora, promovendo isto, estaria promovendo também o turismo, que vai


ocasionar um crescimento econômico para a cidade como também vai
promover mais ainda a conservação e a difusão desses locais que
constantemente são alvos de vandalismo, de destruição, pichação e ainda
sendo local para piquenique/lazer que ocasiona destruição e acumulação de
lixo no local.

Você também pode gostar