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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - CCHL


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO PIAUÍ I
DISCENTE: ANDRÉ FIGUEREDO DA SILVA
DOCENTE: PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO

RELATÓRIO DA VISITA AO MUSEU DE ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA


DA UFPI

No último encontro presencial do ano de 2023 realizamos uma aula-visita ao Museu


de Arqueologia e Paleontologia do UFPI que fica localizado no Campus Petrônio Portela no
Centro de Ciências da Natureza II. A chegada até o local foi rápida seguida de uma breve
caminhada do local de aula até o museu, antes de adentrarmos o museu propriamente fizemos
breves observações com o auxílio do prof. Pedro Vilarinho das replicas de gravuras que
ornam as fachadas laterais do museu com representações da tradição Nordeste e da tradição
Agreste muitas delas encontradas no Piauí em regiões como a Serra da Capivara e o no
Parque Nacional de Sete Cidades.

Ao entrarmos no Museu fomos acolhidos pela Professora Renata, coordenadora de


educação e comunicação do MAP, e nos direcionamos ao auditório para uma breve introdução
ao museu. Conversamos sobre Patrimônio, o que é, quais os tipos, onde encontramos, e
levantamos problemáticas sobre o atual interesse da sociedade e dos orgãos públicos na
preservação desses bens culturais. Em seguida vimos o que é Arqueologia, que se trata do
estudos dos vestígios do ser humano na história, assim como sua cultura, esses estudos
ajudam a entender como as sociedades primitivas viviam como evoluíram e como chegamos
até aqui, visualizamos alguns sítios encontrados no Piauí e fomos informados inclusive da
existência do Sítio Ininga próximo ao Campus da universidade e que contém vestígios do
homem primevo, incluindo urnas funerárias. Vimos também sobre a Paleontologia uma
ciência que se complementa com a Arqueologia e que se dedica ao estudo dos vestígios da
natureza, seja fauna, flora, microrganismos, etc… a paleontologia avança ainda mais no
passado estudando fósseis com dezenas ou milhares de anos atrás, um fato que nos foi
explicado é que apenas os vestígios anteriores a 11 mil anos são considerados fósseis.
Conhecemos alguns sítios paleontológicos dando destaque para o Sítio Floresta Fóssil
localizado às margens do Rio Poty na região urbana de Teresina, uma característica deste sítio
e que dá a ele sua importância é a presença de troncos de árvores petrificados enraizados, o
que costumeiramente não ocorre desses seres vivos serem conservados nessa posição como se
encontram no sítio. Ao fim deste momento algumas perguntas foram feitas e respondidas e
seguimos para a exposição permanente do museu.

Ao chegarmos no espaço principal fomos guiados pela Professora Renata que iniciou
mostrando a exposição de rochas e vegetais fossilizados, uma característica elencada e que
vale destacar é que boa parte do bioma que existiu nos períodos anteriores a presença do
homem constituíam da vegetação comumente chamada “Megafauna”, recebeu este nome pela
característica de tamanho da fauna e também da flora nesse período, vimos um exemplo real
com partes fossilizadas de pteridófitas do tipo samambaia e que no tempo em que eram vivas
podiam chegar a 15 metros de altura. Visualizamos também fezes fossilizadas e que segundo a
Professora Renata servem para o estudo da alimentação dos animais daquele período, através
delas consegue-se saber o que comia, se possuiam alguma doença e a qualidade de vida
desses seres vivos.

Fomos apresentados a alguns fósseis mais conhecidos do nosso dia a dia, mais
precisamente peixes fossilizados e encontrados em pedras do tipo cariri, era possível observar
detalhes precisos como o conjunto ósseo, cabeça, pedaços da pele do peixe. Foi nos explicado
também como a variedade e a grande quantidade desse fósseis nesse tipo de rocha facilita e é
usado para o tráfico do mercado negro de fósseis, que são cotidianamente retirados no interior
do Brasil e levados para países como a frança e vendidos a colecionadores. Podemos conhecer
o fóssil de uma preguiça gigante, não estava completo mas encontrava-se bastante
preservados e nas poucas peças visíveis era possível ter a dimensão do tamanho que chegava
os animais da megafauna.

Indo para uma parte mais contemporânea do museu vimos peças arqueológicas
encontradas no Piauí e que ajudam a compreender a vida dos primeiros povos que aqui
habitavam, cerâmicas, pedras lascadas, pedras polidas, ossos, urnas funerárias. Todos esses
elementos que outrora foram manuseados por mãos humanas e que pudemos observar ali.
Nesse ponto encontramos o laço da arqueologia com a presente disciplina de História do Piauí
I, esses artefatos contam a história dos povos que habitaram essa região antes mesmo de ser
chamada de Piauí e mais tarde seriam reconhecidas como os povos indígenas. Povos estes que
estamos abordando na disciplina e compreendendo como a sua forma de vida e trocas sociais
contribuíram para a sociedade e a cultura piauiense.

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