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Atividade Avaliativa de Introdução ao Pensamento Arqueológico

Aluno(a):Stephanie Nascimento

Amazônia, Arqueologia da floresta: A terra dos povos (Episódio 01)


https://www.youtube.com/watch?v=EG8xXLEhmrQ
Trata-se de uma série de episódios de, em média, 55 minutos cada e está disponível no canal
SescTv.
Somos guiados pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves. Ele se graduou em História pela USP
em 1986. E de 1989 a 1997 fez mestrado e doutorado na Universidade de Indiana, Estados
Unidos. Atua como professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, onde ensina na
graduação e pós-graduação, e também no Programa de pós-graduação em Ciências do
Ambiente da UFAM. Onde realiza pesquisas e orienta trabalhos acadêmicos na bacia
amazônica. Foi presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira durante os anos de 2009 a
2011. Também prestou consultoria para implementação do Curso Superior de Tecnologia em
Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas.
O público alvo são estudantes de diferentes idades que buscam saber sobre cultura, artes,
literatura, sociedade e em específico a arqueologia . Visto que a plataforma disponibiliza
várias entrevistas, documentários e filmes que abordam essas temáticas. A linguagem tem
alguns termos técnicos mas não impede a compreensão e lembra muito a linguagem utilizada
em programas jornalísticos com reportagens sobre viagens, saúde, aventura, ciência e
atualidades.
O primeiro episódio se passa no ano de 2020 na região sudeste da Amazônia, Roraima, na
Aldeia Palhau em colaboração com a etnia Tupari no Sítio Monte Castelo. No início do
documentário fala-se da imagem de selvageria em torno da Amazônia e de como se podia tirar
riquezas dessa terra. Imaginário que levou várias pessoas pobres de outros estados a migrarem
para lá em busca de uma vida melhor e de como esse processo foi violento. Trata também do
preconceito científico que exalta os outros povos e regiões da América latina e enxerga a
Amazônia de uma forma periférica. Volta-se o olhar para a ocupação contínua desses povos
que habitavam, do contexto de uso dos resíduos e artefatos encontrados no sítio, e como a
natureza foi influenciada e modificada por eles.
As fontes narrativas se dão de forma imagética, material e oral. É possível perceber o uso de
palavras que são cunho evolucionista, colonialista e preconceituosa, mas elas são usadas para
se referir a forma que as pessoas ignorantes utilizavam para se referir a região e os povos.
As referências bibliográficas estão presentes nos créditos do episódio, mas em sua maioria
está relacionada às imagens e vídeos utilizados. Conteúdos estes que têm como origem
acervos de bibliotecas e de expedições. Pouco ou nada se vê sobre os livros ou artigos que se
pode encontrar os assuntos tratados. Acredito que o discurso não muda com essa ausência
pois os arqueólogos presentes em campo demonstram seu conhecimento em campo.
A materialidade tem destaque porém vemos também grupos humanos. A materialidade é
discutida trazendo a possibilidade da existência de cerâmicas com datações que precedem as,
até então, mais antigas da América latina.
As imagens são provenientes de acervos de bibliotecas ou de expedições e contribuem para o
entendimento das temáticas, culturas e pessoas abordadas.
O material não aborda os sítios a fim de ensinar o espectador como funcionam todos os sítios
mas é possível entender sua estrutura através da observação. Os vestígios recuperados são
cerâmicas e os ossos de uma mulher que tinham sido soterrados. Um arqueólogo que já havia
trabalhado com essa mesma comunidade foi Eurico Miller, citado durante o documentário.
O conteúdo foi bem interessante apesar de extenso. A apresentação da comunidade, vídeos e
imagens, a da escavação de forma ativa prendeu a minha atenção. Pontos que chamaram
minha atenção foram a quantidade de profissionais e o tempo dedicado nessas pesquisas.
Acredito que faltaram mais informações sobre os arqueólogos e da comunidade estudada. Mas
acredito que mais informações serão aprofundadas no decorrer dos episódios.

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