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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SULDESTE DO PARÁ

INTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS-ICH

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO ARAGUAIA TOCANTINS -FACSAT

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS LICENCIATURA

RESUMO

A Amazônia em 1491
Denise Pahl Schaan

DOCENTE: EDMA DO SOCORRO SILVA MOREIRA

DISCENTE: LUCAS PEREIRA FONTES

ITUPIRANGA

2021
1- RESUMO DO ARTIGO

O presente artigo é um capitulo que compõe o livro (Especiaria - Cadernos de Ciências


Humanas. vs. 11 e 12, ns. 20 e 21, jul./dez. 2008 e jan./jun. 2009, p. 55-82.) onde aborda de
maneira enfática e metodológica, as variáveis que permeiam a história da Amazônia, o
próprio título carrega essa linearidade “A Amazônia em 1491”.

Conhecer a própria história proporciona a capacidade de ser independente de devaneios e


contradições, quando se trata da história da região amazônica encontramos um emaranhado de
complicações, visto que á influencia dos colonizadores invadiu de maneira absoluta a
historiografia original e inseriu uma infinidade de lendas, contos e mitos ao redor do enredo
original da história da região, população, cultura etc.

Partindo desse eixo á autora inicia uma intensa pesquisa documental e historiográfica,
visando proporcionar ao leitor as informações contundentes e fundamentadas em fatos
científicos bem como achados e pesquisas do campo da arqueologia e antropologia.
Desmistificado assim qualquer ideia precipitada á respeito dos povos originais e seu estilo de
vida.

Através da pesquisa documental e comparação dos fatos é possível aprender desde as


rotas percorridas até mesmo os hábitos alimentares dos povos, através de objetos encontrados
pela arqueologia e modificações nos solos pela presença de abundante material orgânico
decomposto e temperado pelo tempo, á geologia denomina á primeira camada dos solos como
horizonte O, retratado como terra preta ao longo da leitura.

Muito mais do que difundido pelos colonizadores, os primeiros habitantes possuíam um


rico estilo de vida composto de particularidades e hábitos que compunham a sua cultura,
podemos constatar no decorrer das paginas quando á autora expõe fatos obtidos por
intermédio dos trabalhos de arqueólogos, um exemplo são os objetos de estudos citados como
os Sambaquis: “sítios arqueológicos deixados por povos pré-históricos que habitavam a costa
brasileira de 7 a 8 mil anos atrás, muito antes dos tupis-guaranis. Esses sítios são geralmente
compostos por ossos de peixes, pássaros e mamíferos, além de conchas de moluscos e outros
materiais orgânicos.”i
Por fim é visto que por maior que seja o empenho dos pesquisadores e cientistas
empenhados em revelar grandes achados do passado amazônico, ainda existe um campo vasto
á ser explorado o que fortalece mais ainda á ideia de que nossa história é muito maior que um
misero conto ou lenda perpetuada por influência do eurocentrismo.

2- AUTORES MENCIONADOS

Denise Pahl Schaan: “Denise Pahl Schaan foi uma arqueóloga brasileira, especialista em
cerâmica Marajoara. Escreveu 14 livros e mais de 40 artigos e capítulos de livros, a respeito,
tendo estudado geoglifos de culturas pré-colombianas, que a ajudaram a ampliar a cronologia
da cultura amazônica sobre o fenômeno.”

Julian Steward: “Julian Haynes Steward  foi um antropólogo americano mais conhecido


por seu papel no desenvolvimento do "conceito e método" da ecologia cultural , bem como
uma teoria científica da mudança cultural.”

Betty Meggers: “Betty Meggers é considerada uma das mães da Arqueologia Brasileira
por suas pesquisas pioneiras na Amazônia, a execução do primeiro Programa Nacional de
Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), cobrindo os estados litorâneos do Brasil, e do novo
Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (PRONAPABA),
cobrindo os afluentes do Rio Amazonas.”

Anna Curtenius Roosevelt: “é uma arqueóloga americana e professora


de antropologia na Universidade de Illinois em Chicago . Ela estuda a evolução humana e a
interação humano-ambiente de longo prazo. Ela é uma das principais arqueólogas americanas
que estudam os paleoíndios na bacia amazônica.”

3- METODOLOGIA

Observação direta intensiva: (observação não participante, observação


participante, observação em laboratório, entrevistas, etc.)

Pesquisa exploratória: (levantamento de informações sobre determinado fenômeno


ou problema, de forma a aumentar a familiaridade com ele e formular problemas e
hipóteses mais precisos. Geralmente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica ou um estudo
de caso.)
Pesquisa bibliográfica: levantamento de informações e conhecimentos acerca de
um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados, colocando em diálogo
diferentes autores e dados.

Pesquisa descritiva: registro e análise de características de um fenômeno ou grupo,


evitando a interferência do pesquisador, a partir de técnicas padronizadas de coleta e
análise de dados.

Pesquisa documental: levantamento e análise de materiais que ainda não


receberam um tratamento analítico, como documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias,
etc.

Pesquisa quali-quanti: Existem algumas pesquisas que exigem tanto a interpretação do


subjetivo (sentimentos, opiniões e percepções), quanto números estatísticos. Esse tipo de
pesquisa é chamada de quali-quanti (ou mista) devido a sua combinação das duas pesquisas.

4- CONCEITOS

Eurocentrismo: “O eurocentrismo serviu, no seu tempo, à dominação das populações


nativas, tendo a crença na inferioridade dos nativos se convertido em justificativa para o
domínio do imenso território americano, de norte a sul.” (SCHAAN, 2009, P. 56).

cultura arqueológica: “E a boa prática arqueológica exige que se dê ao dado empírico


– sujeito que está, obviamente, a interpretações subjetivas – o status de fiel da balança na
verificação de hipóteses e teste de teorias.” (SCHAAN, 2009, P. 76).

conceito de paisagem: “Na Amazônia Boliviana, desde a década de 1960, pesquisas


em Llanos de Mojos têm revelado uma impressionante paisagem antrópica, composta de
campos elevados para agricultura, canais em zigue-zague para a criação de peixes, com lagos
e reservatórios (DENEVAN, 1966; ERICKSON, 2000, 2001).” (SCHAAN, 2009, P. 73).
REFERENCIAS

Denise Pahl Schaan. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Denise_Pahl_Schaan> Acesso em: 03 out. 2021.

Julian Steward. In: stringfixer. Disponível em: <https://stringfixer.com/pt/Julian_H._Steward>


Acesso em: 03 out. 2021.

SCHMITZ, Pedro Ignácio. Betty Jane Meggers. In: anchietano. Disponível em:
<http://www.anchietano.unisinos.br/equipe/meggers/meggers.html> Acesso em: 03 out. 2021.

Anna Curtenius Roosevelt. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:


<https://en.wikipedia.org/wiki/Anna_Curtenius_Roosevelt> Acesso em: 03 out. 2021.
i
Sambaqui: o que são e como surgiram os “montes de conchas”. In:
eCycle. Disponível em:< https://www.ecycle.com.br/sambaqui/> Acesso em: 03 out. 2021.

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