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PORTUGUÊS, 12.

º ANO

GUIA DO PROFESSOR

Página 12
Pensa fora da caixa
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Projeto de leitura.
O 12: Expressão – debate.

1.1. e 1.2. Resposta livre.

Página 13
Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – seleção e registo de informação relevante.

1.1. Para o escritor, “ler é uma sorte”, pois quem não lê jamais descobrirá o prazer da leitura. Ler é uma sorte porque confere prazer e conforto
emocional
e intelectual, é um ato humano que estrutura e incentiva à reflexão.
1.2. Ler dá trabalho; obriga-nos a um esforço; obriga-nos a um envolvimento, inclusivamente, a nível emocional.
1.3. O propósito do livro é perturbar o leitor, podendo confortá-lo ou provocá-lo, levando-o a optar pela leitura ou pela mera imaginação do que ele
contém. Para comprovar esta afirmação, o escritor apresenta como exemplo o facto de alguém lhe ter dito que nunca teve coragem de ler o seu
livro, Morreste-me, mas que o facto de o ter e poder olhar para ele lhe era suficiente.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– reflexão sobre o que pensamos e até sobre quem somos;
– estímulo da sensibilidade, da criatividade;
– desenvolvimento do gosto estético;
– favorecimento da integração social;
– desenvolvimento de uma cultura literária e artística;
– promoção do respeito pelo outro, do pensamento livre e da liberdade de escolhas;
– leitura leva os leitores a sonhar e a imaginar outras realidades, permitindo sair do desgaste diário e da rotina, como se verifica nos livros de
aventuras e de ficção científica, por exemplo;
– leitura como forma de convivência, de contributo para o autoconhecimento e para a felicidade.

Página 14
Leitura | Gramática
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G: Valor modal; processos de coesão textual (gramatical e lexical); classes de palavras; funções sintáticas; orações subordinadas.
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2. O principal destinatário são os pais, como se comprova pela frase “Se querem convencer os vossos filhos a ler, comecem vocês a ler agora
mesmo.” (l. 42).
3. O primeiro parágrafo faz saber que, atualmente, “quase ninguém lê livros” (l. 1) e, no segundo, o autor afirma que “nunca se leram tantos livros
na história da humanidade” (ll. 5-6). Esta contradição é apenas aparente, uma vez que o autor quer valorizar a ideia do segundo parágrafo,
sustentando, no primeiro, que a afirmação de que quase ninguém lê livros não passa de um lugar-comum.
4. A leitura pode comportar-se como se de um contágio se tratasse, acabando por influenciar a sociedade.
5. O autor defende que, em relação ao facto de os jovens não lerem, existe uma série de lugares-comuns. Um deles é que não leem por causa da
tecnologia. Para mostrar o seu desacordo em relação a esta posição, refere que, na sua infância, os jovens também não liam e a tecnologia limitava-se a
dois canais de televisão e a meia-hora de desenhos animados por dia.
6. O artigo apresenta um ponto de vista que é desenvolvido através de argumentos (“Vivemos precisamente no tempo em que se leem mais livros.” – l.
6) e respetivos exemplos (“Alguns de nós, entre os quais me incluo, carregam a memória de avós analfabetos, que nunca leram qualquer livro.” – ll. 11-
12). Estão presentes juízos de valor implícitos (“Com frequência, as queixas de que os jovens não leem chegam de pessoas que leram um livro em 2009,
parece que foi ontem.” – ll. 32-33) e explícitos (“O lugar-comum limita o pensamento.” – l. 38).
7. a) Modalidade epistémica, valor de certeza. b) Modalidade apreciativa. c) Modalidade deôntica, valor de obrigação.
8. Coesão lexical através de reiteração.
9. (D)

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Oralidade | Escrita
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.
E 12: Apreciação crítica; texto de opinião.

Perfil dos Alunos


O professor poderá organizar um DAC em função das obras selecionadas ou temas dominantes.

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Projeto de leitura

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Páginas em movimento

Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo de episódios da saga literária Herdeiros de Saramago, de Carlos Vaz Marques, e
realização de Graça Castanheira, cuja didatização foi pensada para ir ao encontro do projeto de leitura proposto nesta unidade. Disponibiliza-se a
apresentação da saga literária, podendo o professor, caso o entender, aceder aos diferentes episódios, através de várias plataformas.
1.1. Sugestão de resposta:
a) Ser um “herdeiro de Saramago” significa receber um prémio literário que celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 ao escritor
português José Saramago.
b) Alguns dos requisitos são: ter menos de 40 anos; escrever em língua portuguesa; escrever uma obra inédita no domínio da ficção, romance ou
novela; …
2.
a) Natureza morta
b) Nenhum Olhar
c) Sinfonia em branco
d) Jerusalém
e) O remorso de baltazar serapião
f) As três vidas

Página 19

g) Os Malaquias
h) Os Transparentes
i) As primeiras coisas
j) A resistência
k) Pão de Açúcar
2.1. Rafael Gallo, Dor Fantasma.
3. Resposta livre.

Página 22
Pensa fora da caixa

Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, se articule a poesia com outras formas de arte, a partir dos poemas de Fernando
Pessoa e dos seus heterónimos. Esta proposta poderá constituir um domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do
decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como Oficina de Artes, Oficina de Multimédia, Aplicações Informáticas.

Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto de opinião.

1.1. Resposta livre.

Página 23
Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.

1.1. a) F – O Modernismo, em Portugal, está associado às primeiras décadas do século XX. b) F – Em Portugal, tudo aconteceu mais lentamente. c) V.
d) V. e) V. f) V. g) F – Amadeo de Souza-Cardoso, em Portugal, foi incompreendido no seu tempo.

Página 24
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Página 26
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. O termo Modernismo estabiliza por volta dos anos 50 do século XX.


2. O Modernismo caracteriza-se por ser um movimento de rutura, reativo, perante a massificação burguesa da sociedade, num período de crise e de
descrença, que caracteriza a Primeira Grande Guerra.
3. Pintura – Jackson Pollock; arquitetura – International Style.

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Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. A revista Orpheu está associada ao primeiro Modernismo português, por ser o principal veículo de expressão dos artistas que o introduzem em
Portugal. Através deste meio, conseguem fazer evoluir a arte para um contexto cosmopolita e transnacional.
2. O Modernismo português, na literatura, caracteriza-se por várias correntes, protagonizadas por Fernando Pessoa. Em primeiro lugar, o Paulismo, que
apela a uma realidade imaginária, resultante de um processo de intelectualização. Em segundo lugar, o Intersecionismo, que combina sensações,
resultantes de uma intercalação de vários planos da realidade.
Finalmente, o Sensacionismo, que decorre de uma evolução do Paulismo.

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Pré- leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – justificar pontos de vista e opiniões.
1.2. Tópicos de resposta: poeta enquanto enganador do leitor, pois não expõe os seus verdadeiros sentimentos; engenho do poeta em enganar o
leitor, ao ponto de o deixar sem cor; irritação do leitor, por se sentir enganado pelo poeta.

1.3. Os títulos distinguem-se pelos radicais, uma vez que “auto” exprime a noção de si próprio e “hetero” refere-se a outro. Assim,
“Autopsicografia” referir-se-á à descrição psicológica escrita que o “eu” faz sobre si próprio, e “Heteropsicografia” será sobre o outro. Auto (do
grego autós, -ê, -ó, eu mesmo, ele mesmo, mesmo); psico (do grego psykhê, -ês, vida, espírito); grafia (do grego grafé, -ês, escrita + -ia); hetero (do
grego héteros, -a, -on, outro, diferente).

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Fernando Pessoa, poesia do ortónimo

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Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Orações subordinadas; funções sintáticas.

1.1. O poeta é um fingidor, pois, apesar de a arte nascer da realidade – a dor deveras sentida –, a poesia consiste no fingimento dessa realidade – a
dor fingida ou intelectualizada.
2. O uso da terceira pessoa contribui para a universalidade do tema, neste caso, a teorização do “eu” sobre o ato de criação poética.
3. Perífrase.
3.1. A perífrase refere-se aos leitores. Nesta perspetiva, são, também, parte integrante do processo de criação poética.
4.1. d) Fingida; e) Intelectualização; f) Proveniente da racionalização da emoção; h) Interpretação.
Nota: Há perspetivas de análise que entendem a presença de quatro dores: a dor real, a imaginada pelo poeta, a dor do leitor e a dor
lida/interpretada pelo leitor.
5.1. Ao longo da terceira estrofe, o sujeito poético refere-se ao “coração” (v. 12) como um “comboio de corda” (v. 11), que “gira, a entreter a razão”
(v. 10).
O “eu” associa o coração a um brinquedo que alimenta a “razão” (v. 10). No entanto,
a razão mantém o comboio nas calhas de roda, ou seja, o sentimento está subordinado à disciplina do pensamento.
6. (B)

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7. a) Oração subordinada adverbial consecutiva / oração substantiva completiva; b) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
8. a) F – complemento direto; b) V; c) F – modificador restritivo do nome.

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Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1.1. Os leitores acusam o sujeito poético de mentir nos seus poemas, ou seja, acusam-no de fingir em tudo o que escreve e de não ser sincero.
1.2. O “eu” refuta a sua falta de sinceridade e esclarece a sua perceção sobre a criação poética. Para o sujeito poético, a criação poética tem por
base a imaginação e a intelectualização e não apenas as emoções.
2.1. Os dois poemas apresentam uma conceção sobre a criação poética: “Autopsicografia” de uma forma mais universal (pelo uso da terceira
pessoa) e “Isto” de um modo mais intimista (uso da primeira pessoa). Além disso, os dois poemas incluem os leitores na arte poética, como uma
entidade para quem remetem a função de sentir.
3. Os vocábulos presentes nos dois primeiros versos da segunda estrofe remetem para os anseios, as vivências, os fracassos do “eu”, denotando-se,
assim, um sentimento de constante procura e frustração.
4.1. a) pensamentos, intelectualização (razão); b) criação poética (poema).
4.2. Na segunda estrofe, a ideia do terraço demonstra que o mundo das emoções (real) e o mundo da intelectualização escondem algo mais belo, a
criação poética. Assim, a comparação associada ao terraço revela que esse espaço esconde algo maior, “Essa coisa […] linda” (v. 10).
5.1. A expressão “Por isso” (v. 11) assinala a segunda parte lógica do poema, através do seu valor conclusivo. Neste sentido, o sujeito poético
conclui que, pelo facto de ambicionar atingir esse mundo ideal (“escrevo em meio / Do que não está ao pé” – vv. 11-12), se afasta da captação
imediata do mundo real que o envolve, procurando, portanto, libertar-se do sentimento (“enleio” ). Ao distanciar-se da realidade e intelectualizar os
sentimentos, alcança uma nova realidade – a criação poética.
5.2. Neste último verso, o sujeito poético distancia-se das emoções e privilegia a razão e a intelectualização. Deste modo, o “eu” passa para o leitor
o ato de sentir (“Sentir? Sinta quem lê!” ).
6. Esta composição surge como resposta à crítica a que foi sujeito o poema “Autopsicografia”. Por este motivo, o título “Isto” remete para a
simplicidade, como se o sujeito poético pretendesse de forma breve e clara explicar a génese da sua obra poética.

Página 34
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. Na perspetiva de Pessoa, a sensação, repetida, conduz ao sentimento, pelo que a sua génese não tem origem no vazio, mas num estímulo prévio.
Por seu turno, os sentimentos experienciados pelo indivíduo, ao longo da sua vida, permitem que este, através do processo de recordação,
construa, na imaginação, outros sentimentos. Essa construção, baseada na memória, é, em si mesma, um processo racional. Assim, para Pessoa, as
emoções são sempre processos racionais, pois ativam memórias de experiências consciencializadas pela razão, através da recordação.
2. De acordo com Fernando Pessoa, a compreensão do poema resulta da compreensão da intenção do poeta. Por seu turno, os sentimentos que o
leitor experiencia ao ler o poema são independentes do poema, em si, e dos sentimentos consciencializados pelo poeta

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Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião; leitura crítica e autónoma; pontos de vista.
1. Para o autor, o fingimento é essencial para a boa educação.
2. Através da afirmação, o autor realça o facto de a linguagem não expressar verdadeiramente os sentimentos do locutor, uma vez que pode ter
várias interpretações.
3.1. Tópicos de resposta:
– cada um de nós apresenta vários “eus” e assume diferentes perso-nalidades, que nos acom--panham e que vão surgindo face às várias situações;
– o ser humano ajusta as várias dimensões da sua personalidade ao contexto em que se insere e em função dos diferentes papéis que desempenha
na vida em sociedade;
– para cada situação, somos capazes de adotar a postura mais adequada, ora mais expansivos em determinados momentos, ora mais introvertidos
noutros, por exemplo.

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Artigo de opinião

Página 36
Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – debate.

1.1. Para Siza Vieira, a arquitetura pode ter ou não um poder transformador, o que é variável no tempo. A arquitetura tem o dever de ser funcional.
Já Souto Moura considera que a obra arquitetónica tem de dar resposta a um pedido do cliente.
1.2. Os intervenientes apresentam argumentos válidos e fundamentados em exemplos – a arquitetura pode ser uma forma de arte.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião – planificação; textualização; revisão.

1. Tópicos de resposta:
– a liberdade artística deve ser validada e aplaudida em todo o mundo; por exemplo, na pandemia, a arte foi essencial;
– a incompreensão de alguns face ao papel da arte e da liberdade artística na sociedade faz com que esta seja um fator de desunião e de discórdia;
veja-se o ataque ao escritor Salman Rushdie, devido ao facto de ter escrito um livro sobre a religião islâmica.

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Texto de opinião

Página 37
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – justificar pontos de vista e opiniões.
1.1. A espera permite que nos deixemos levar pela corrente do pensamento, capacidade exclusiva do ser humano e que este subestima.
1.2. O estudo conclui que não estamos a dar a devida importância ao pensamento, isto é, à capacidade de refletir e imaginar. A partir desta
conclusão, os alunos poderão posicionar-se favorável ou desfavoravelmente.
Página 38
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Funções sintáticas.

1.1. O “eu” refere-se ao sujeito poético (“O que em mim sente ‘stá pensando”, v. 14). O “tu” alude à ceifeira (“Ela canta, pobre ceifeira”, v. 1).
2. a) Julga-se feliz; b) Canta de forma suave e despreocupada; c) Sentimentos contraditórios (alegre e triste); d) Angustiado (quer ser consciente e
inconsciente ao mesmo tempo).
2.1. A ceifeira julga-se feliz porque apenas sente, deixa-se levar pelas suas emoções. Por sua vez, o “eu” vive angustiado, uma vez que racionaliza
tudo e sente dor de pensar.
3. O canto da ceifeira representa a felicidade, na medida em que simboliza a alegria que o “eu” pretende atingir, mas que não consegue devido à
intelectualização excessiva.
4. (C)
5. O sujeito poético dirige-se aos elementos da natureza, que são harmoniosos e leves (como o canto da ceifeira) e pede-lhes que o libertem da
“ciência” (v. 20), que “Pesa tanto” (v. 21). Assim, o “eu” manifesta um desejo de anulação. Deste modo, reconhece que a intelec--tualização e o
conhecimento geram angústia e sofrimento.
6. O poema é composto por seis quadras, todas com rima cruzada (abab) e com uma versificação regular, geralmente versos octossilábicos.
7. a) Modificador apositivo do nome; b) Complemento do adjetivo; c) Complemento do nome; d) Complemento direto; e) Complemento do nome.

Página 39
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica; leitura crítica e autónoma; pontos de vista.

1. Tópicos de resposta:
– Apresentação e descrição do objeto da apreciação crítica: “perto de 1 200 páginas, a imensa e completíssima biografia de Fernando Pessoa” (ll. 1-
2);
– Apreciações pessoais: “imensa e completíssima biografia” (ll. 1-2); “um dos maiores acontecimentos editoriais” (ll. 3-4); “escolha que se revela
bastante acertada.” (ll. 17-18);
– Apreciação final do objeto: “Talvez esta biografia seja o mais próximo que poderemos chegar desse conhecimento absoluto. E já é muito,
muitíssimo” (ll. 28-30).

2. Tópicos de resposta:
– relação entre o título do texto e o percurso de Fernando Pessoa: a sua personalidade; os vários interesses; as contradições; a heteronímia, …;
– exploração da expressão “quanto mais se procura, mais difícil é encontrá-lo” (l. 27).

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Apreciação crítica

Página 40
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. (B)
2. Fernando Pessoa admite que é dotado de uma capacidade de escrutínio minuciosa, o que o conduz a uma situação paradoxal, em que não consegue
alcançar a felicidade, pois essa característica de permanente análise consciente impede-o de ser feliz.

Página 41
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – seleção e registo de informação relevante.

1.2. Diogo Ribeiro nunca desistiu do seu sonho, apesar das adversidades que viveu: perdeu o pai aos quatro anos; teve um acidente de mota que
pôs em causa a sua carreira como nadador. Mesmo assim, impulsionado pelo sonho de vencer, logo que pôde, treinou incessantemente, o que
levou a que, um ano depois do acidente, se sagrasse campeão mundial de natação de juniores e batesse o recorde mundial nessa competição.
Página 42
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Processos de coesão.

1. a) ilha paradisíaca (“terra de suavidade”, v. 3 ); b) distante e imprecisa (“ilha extrema do sul”, v. 4; “[…] palmares inexistentes, / Áleas longínquas […]”,
vv. 7-8); c) espaço de amor e de felicidade (“A vida é jovem e o amor sorri”, v. 6); d) lugar associado à noite (“luz da lua”, v. 15); e) desconfortável
(“Sente-se o frio de haver luar”, v. 16); f) espaço de permanência da dor e brevidade do bem (“O mal não cessa, não dura o bem”, v. 18); g) esperança; h)
desejo de felicidade; i) desilusão / desalento; j) dor de pensar / tristeza.
2. O poema tem três partes. A primeira corresponde às duas primeiras estrofes, em que o sujeito poético descreve a ilha sonhada, onde consegue
encontrar o amor e a felicidade. Na segunda parte, que se refere à terceira estrofe, a conjunção “Mas” (v. 13) apresenta a ilha real, onde existe frio e “O
mal não cessa” (v. 18). Por fim, a última estrofe corresponde à terceira parte, em que o “eu” explica que não é através do sonho que encontramos a
felicidade, mas sim em nós.
3. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
Nos versos 3 e 4, há a referência à beleza da ilha e à “suavidade”, para sugerir a felicidade e o amor que o mundo pode proporcionar. Assim, esta
ideia enquadra-se na temática do sonho e da realidade, na medida em que as ilhas imaginadas permitem ao sujeito poético vislumbrar um mundo
de plenitude, mas apenas sonhado.
4. Os versos 3 e 10 apontam para a ilha sonhada, pelo que os determinantes demonstrativos reforçam uma ideia de distanciamento. Já no verso 17, a
ilha transformou-se em algo real, próxima do “eu”.
5. No verso 5, o advérbio “ali” refere-se à ilha sonhada. Contudo, no verso 23, o sujeito poético altera a sua perspetiva, pelo que o advérbio se refere ao
“coração” (v. 22) e à possibilidade de cada um de nós encontrar a felicidade em si.
6. A ilha é a representação de uma imagem-símbolo associada ao sonho.
7. a) Coesão lexical por reiteração; b) Coesão lexical por substituição (sinonímia); c) Coesão gramatical referencial (anáfora); d) Coesão gramatical
interfrásica.

Página 43
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. (C)

Página 44
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – planificação do texto oral.

1.1. O ator descreve a sua infância como uma fase feliz da sua vida, recordando o sonho de ser paleontólogo ou basquetebolista, e os momentos
passados na discoteca dos seus avós. Como momento mais marcante, destaca aquele em que passou a viver no campo, considerando que isso fez com
que a sua infância fosse invejável e muito feliz.
2. Resposta livre.

Página 45
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias.

1.1. a) “Pobre velha música!” (v.1); b) “Quando as crianças brincam” (v. 1); c) “Enche-se de lágrimas / Meu olhar parado.” (vv. 3-4); d) “E toda
aquela infância /Que não tive me vem, / Numa onda de alegria” (vv. 5-7).
2. No texto A, o som da música provoca, no presente, uma sensação de felicidade. Deste modo, com uma “ânsia tão raiva” (v. 9), o “eu” quer trazer
o passado para o presente. Já no texto B, o “eu” parte do enigma do que foi o seu passado e da imprevisibilidade do seu futuro. Assim, resta-lhe
tentar sentir o conforto desta infância a que assiste no presente e que lhe traz felicidade.
3. No caso da poesia pessoana, a nostalgia da infância é um conceito intelectualizado e, como tal, a recordação dos tempos de infância é, também,
imaginada e literariamente
sentida.
4. Os dois poemas são compostos por três quadras, com o esquema rimático – abcb (rima cruzada e branca). Além disso, apresentam uma versificação
regular: no texto A, redondilha menor, e, no texto B, versos hexassilábicos.
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

2. Tópicos de resposta:
– filme do realizador de Os coristas, nomeado para um óscar;
– conta a história de uma criança que vive as aventuras de umas férias de verão;
– a descoberta do amor faz antever que Marcel sofrerá uma transformação à medida que a infância vai ficando para trás.

Página 46
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. e 1.1. a) F – O poeta procura na infância remota a felicidade que não encontra no presente. b) V. c) F – Fernando Pessoa admite a recuperação de
uma memória construída artificialmente, através de um processo racional. d) F – Na carta dirigida ao amigo, Fernando Pessoa é sincero, na perspetiva
que apresenta sobre a saudade. e) V.

Página 47
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – compreensão de textos em diferentes suportes.

1.1. No poema de Mia Couto, o “eu” precisa de ser outro para ser ele mesmo, procurando a sua identidade na natureza.
De igual modo, o primeiro verso do poema de Pessoa mostra que o sujeito poético revela a multiplicidade da sua identidade.

Página 48
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Valor aspetual.

1. Sugestão de resposta:
A anáfora presente nos versos 6 a 8 reforça a indefinição do sujeito poético, o que é visível ao longo do poema através da temática da fragmentação
do “eu”. Além disso, acentua a dualidade em que o sujeito poético vive constantemente: pensar vs. sentir, mergulhando-o na autoanálise excessiva
e, por consequência, na perda de identidade.
2. “Não sei” (v. 1); “Nunca me vi nem achei” (v. 4) e “não é quem é” (v. 8).
2.1. As expressões demonstram a indefinição, o desassossego e a dor associados ao estado de espírito do “eu”.
3. O sujeito poético não se consegue encontrar, pois, ao deixar por múltiplas vezes de ser ele próprio, já não tem sonhos, assistindo à sua própria vida
como alguém que lhe é exterior.
4. O “eu” encontra-se em sofrimento por não se conseguir encontrar e esse mesmo estado leva-o à solidão.
4.1. “Diverso, móbil e só.” (v. 15).
5. O complexo verbal acentua a ideia de despersonalização do sujeito poético, que é provocada pela autoanálise contínua (remete para uma ação
inacabada).
6. a) “Sou minha própria paisagem,” (v. 13); b) “ […] vou lendo / Como páginas, meu ser.” (vv. 17-18).
7. O sujeito poético, ao não conseguir encontrar uma solução para a sua fragmentação, apresenta Deus, no final do poema, como responsável por o ter
criado assim.
8. No À margem da página, Fernando Pessoa reforça a sua despersonalização, explicando que já não se encontra, nem sabe “com que sinceridade
fal[a]”. Neste sentido, percebe-se que a teoria do fingimento e a tendência para uma intelectualização constante provocam a fragmentação do “eu” e o
seu desconhecimento.
9. a) Valor imperfetivo; b) Valor perfetivo; c) Situação (ou valor) iterativa.

Página 49
Aprendizagens Essenciais
G 12: Valor aspetual.

Verifica

1. a) Situação (valor) habitual; b) Situação (valor) genérica; c) Valor perfetivo.


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Valor aspetual

Página 51
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Funções sintáticas; processos de coesão textual (gramatical e lexical).

1.1. (D)
1.2. (B)
1.3. (C)
1.4. (C)
1.5. (D)
1.6. (B)
1.7. Coesão gramatical interfrásica.

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Artigo de opinião

Página 52
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas

Proposta de textualização:
Na poesia do ortónimo, de Fernando Pessoa, e em Antero de Quental existem temáticas que se aproximam, como a dor de pensar e a angústia
existencial.
Na verdade, o excesso de racionalidade conduz Pessoa a um dilema – o desejo de sentir através da razão.
No poema “Ela canta, pobre ceifeira”, é notória a expressão deste paradoxo, nos versos – “Ah, poder ser tu, sendo eu! / Ter a tua alegre
inconsciência, / E a consciência disso! […]”. Também em Antero de Quental se verifica um pessimismo, uma insatisfação face à vida, sendo o desejo
de evasão da realidade uma estratégia de fuga a esse estado de dor. Essa evasão pode ocorrer através do sonho, como no poema “O palácio da
ventura”, em que o “eu” faz um percurso pelo mundo onírico, em busca do Ideal.
Em suma, ambos os autores apresentam uma perspetiva sobre a dor e a angústia que os aproxima, apesar de pertencerem a épocas literárias
diferentes.

Página 53
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Revisão da Unidade 1 – Fernando Pessoa, poesia do ortónimo

Página 55

Em Exame

3. Tópicos de resposta:
– interpretação da última estrofe: em discurso parentético, constitui uma reflexão final;
– a dor de viver sentida durante a noite de silêncio, o desassossego metafísico do sujeito poético;
– explicitação da contradição: v. 13 – o “eu” confirma o pessimismo revelado ao longo do poema;
v. 16 – a frase exclamativa final realça a esperança de mudança.
Exemplo de resposta:
Em discurso parentético, a última estrofe constitui uma reflexão final, revelando a dor de viver sentida durante a noite de silêncio, ou seja, o
desassossego metafísico do sujeito poético. Neste sentido, a contradição entre os versos 13 e 16 realça a instabilidade do sujeito lírico, que, por um
lado, confirma o pessimismo revelado ao longo do poema, mas, por outro, através da frase exclamativa final, sublinha a esperança de mudança.

Página 57

Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.
Página 58
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica

1. ortónimo – nome civil completo ou declarado pelo próprio; heterónimo – nome imaginário que um criador identifica como o autor de obras suas,
designando alguém com qualidades e tendências diferentes das desse criador; pseudónimo – nome adotado pelo autor, diferente do seu, por modéstia
ou conveniência.
2. Segundo Pessoa, desde criança tivera uma tendência para criar amigos fictícios, para a despersonalização. Ricardo Reis surgiu na mente do poeta
em 1912. Mas foi em 1914, a 8 de março, que criou um poeta bucólico e, de uma só vez, escreveu mais de trinta poemas – tinha surgido Alberto
Caeiro. Detalhou a imagem que tinha de Reis e, de repente, escreveu a “Ode Triunfal”, de Álvaro de Campos, cuja imagem lhe surgira por oposição à
de Reis.
3. A análise da documentação do poeta permite concluir que a explicação dada na carta dirigida a Casais Monteiro é uma encenação. O dia triunfal
nunca existira e os poemas foram escritos ao longo de um período de tempo mais alargado.
4. Pessoa considera que a construção ficcional de alguns dos seus heterónimos é mais importante do que a existência física de algumas pessoas, o que
evidencia o valor que dá às figuras que cria.

Página 59
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Página 60
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – compreensão de textos em diferentes suportes.

1.1. a) 2; b) 1; c) 2.
1.2. O aluno poderá selecionar versos como: “E todos os meus poemas são diferentes” – para o “eu”, a poesia é como a realidade, por isso, os seus
poemas são todos diferentes; “Eu nem sequer sou poeta: vejo” – a sua poesia espontânea parte das sensações visuais; “O valor está ali, nos meus
versos” – o valor está no poema e não no poeta.
Nota: Disponibiliza-se o quiz Que Pessoa és tu?, para uma introdução lúdica ao estudo dos heterónimos.

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Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos – Alberto Caeiro

Página 62
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1.1. O sujeito poético identifica-se com um “pastor”, apesar de nunca ter guardado rebanhos, pois, através do caráter ficcional, associa-se a ele pela
semelhança de comportamentos. Assim, como um “pastor”, deambula pelos campos, absorvido pela Natureza e por tudo o que observa.
2. a) “Eu nunca guardei rebanhos, / Mas é como se os guardasse” (vv. 1-2).
b) “Minha alma é como um pastor, / Conhece o vento e o sol ” (vv. 3-4)
c) “A seguir e a olhar.” (v. 6).
d) “Mas a minha tristeza é sossego / Porque é natural e justa / E é o que deve estar na alma” (vv. 14-16).
3.1. O sujeito poético fica triste, uma vez que o dia está a terminar e a noite impossibilita a deambulação e a comunhão com a Natureza, através da
visão.
4.1. Para o sujeito poético, as sensações são fundamentais, pois é através delas que a realidade é percecionada. Ao longo do poema, existem vários
exemplos de sensações visuais (“E vejo um recorte de mim / No cimo dum outeiro” – vv. 43-44), auditivas (“Com um ruído de chocalhos” – v. 19) ou
mesmo táteis (“E limpavam o suor da testa quente” – v. 64).
5. O sujeito poético rejeita a metafísica e o pensamento como uma forma de compreensão e de conhecimento. Privilegia o Sensacionismo (perceção da
realidade através dos sentidos) como o único saber verdadeiro, demonstrando, assim, a supremacia das sensações sobre a intelectualização e o
pensamento (“Pensar incomoda como andar à chuva” – v. 26).
6.1. O sujeito poético identifica-se com um poeta bucólico, que não tem desejos e, apenas, pretende captar o real através das sensações. Com efeito, a
deambulação e a escrita são atividades equivalentes e intimamente ligadas.
6.2. Esta saudação assemelha-se à de um pastor que, em sinal de respeito, deseja aos seus leitores a vivência simples, em comunhão com a Natureza, e,
por esse motivo, valoriza o Sol e a chuva. Esta postura será essencial para a leitura dos seus poemas.
7. a) 2; b) 1; c) 5; d) 3.

Página 63
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. 1. d); 2. a); 3. f) 4. b).

Página 64
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto oral.

1.1. É no campo que é possível deixar a porta de casa sempre aberta e viver livremente em comunhão com a Natureza, dormindo na relva. O tempo é
vivenciado de outra forma e é possível ter um “pedaço de terra”, ao contrário do que acontece na cidade, vista como uma “selva de cimento”. O facto de
o “eu” assumir o desejo de dormir na relva e que o seu perfume favorito é “pão quente, terra molhada e manjerico” revela que privilegia as sensações.

Áudio
“Casa no Campo”, Capicua

Página 65
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
G 12: Orações; processos de coesão.
1.1. A comparação remete para a pureza, simplicidade e naturalidade de ambos os elementos.
1.2. Esta estrofe reforça a primazia da visão em detrimento de outros sentidos na poesia de Alberto Caeiro, uma vez que, à medida que o “eu”
deambula pela Natureza, regista todos os elementos através da visão (“Tenho o costume de andar pelas estradas / Olhando para a direita e para a
esquerda” – vv. 2-3).
2.1. Olhar: fixar os olhos em; ver: perceber ou conhecer por meio dos olhos.
2.2. Ao longo do poema, o “eu” pretende, com o verbo “olhar”, estabelecer uma associação com a observação e a deambulação, enquanto o verbo
“ver” traduz a sua forma de compreensão da realidade.
3. O sujeito poético demonstra a recusa do pensamento e a valorização dos sentidos.
4. Na segunda estrofe, o sujeito poético descreve a sua visão do real como objetiva e despojada de pensamentos. Por sua vez, na terceira estrofe,
põe em evidência o facto de não ter filosofia e de amar a Natureza.
5. Neste poema, ao privilegiar o Sensacionismo, verifica-se como Caeiro consegue (ainda que, por vezes, parcialmente) alcançar o que Fernando
Pessoa (ortónimo) não conseguiu: eliminar a intelectualização excessiva e a dor de pensar.
6. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
‒ irregularidade estrófica, pois o poema é constituído por quatro estrofes com um número variável de versos;
‒ irregularidade métrica, dado que os versos apresentam um número variável de sílabas métricas;
‒ ausência de rima ao longo do poema, na medida em que quase todos os versos são brancos.
7. Orações coordenadas copulativas.
7.1. O sujeito poético, querendo anular o pensamento, usa um discurso simples e espontâneo, de acordo com a ideologia que defende.
8. O tipo de coesão utilizado nas três alíneas é a coesão gramatical referencial e os antecedentes são:
a) “o” – o antecedente é “Mundo” (v. 13). b) “ele” – o antecedente é “Mundo” (v. 16). c) “a” – o antecedente é “Natureza” (v. 20).

Página 66
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O Sensacionismo constitui a corrente estética que domina o Primeiro Modernismo português, da geração de Orpheu. Ora, Caeiro é considerado o
mestre de todos os heterónimos e aquele que, estando no centro do fenómeno da heteronímia, melhor concretiza o Sensacionismo, ao afirmar “os
meus pensamentos são todos sensações”. Caeiro sente as coisas tal como elas são, e é, por isso, o poeta do real objetivo.
Página 68
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.

2.1. (C)
2.2. (A)
2.3. (C)
2.4. (D)

Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.

1.1. Ao contrário dos versos de Caeiro, o ser humano parece não amar a Natureza.
Atualmente, a Natureza está zangada. A economia mundial assenta nos combustíveis fósseis mais poluentes, o que aumenta o “buraco climático”
em que o planeta se encontra.
2. Tópicos de resposta:
– as temperaturas médias globais aumentaram significativamente desde a Revolução Industrial;
– efeitos das alterações climáticas: perda de biodiversidade, incêndios florestais, diminuição da produção agrícola; impacto negativo na saúde das
pessoas;
– ações a realizar: a União Europeia promoveu a neutralidade climática até 2050; desenvolvimento de uma economia circular; criação de um sistema
alimentar sustentável; …

Página 69
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Revisão da Unidade 1 – Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: Alberto Caeiro

Página 70
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Página 71
Pré-leitura | Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Leitura – expressar pontos de vista.
1.1. O poema “Mestre, são plácidas”, de Ricardo Reis, é dedicado a Alberto Caeiro, a quem o sujeito poético chama “Mestre”. De facto, Caeiro foi
mestre de Ricardo Reis, dos demais heterónimos e até de Pessoa ortónimo, uma vez que se distingue “por ver tudo como é e não querer que fosse
diferente do que é – era ele próprio um princípio unificador” (ll. 2-3) e, para além disso, “aceitava incondicionalmente não só a vida, mas também a
morte” (ll. 4-5).
Nota: Disponibiliza-se o quiz Que Pessoa és tu?, para uma introdução lúdica ao estudo dos heterónimos.

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Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos – Ricardo Reis

Página 73
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
G 12: Funções sintáticas.
1. O sujeito poético revela ao mestre que a vida deve ser vivida de forma tranquila e simples.
2. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
Os elementos “flores”, “Girassóis” e “rios” presentificam a Natureza como a realidade com que o “nós” se identifica. Além disso, cada um deles
apresenta um simbolismo específico: as “flores” representam a beleza perecível; os “Girassóis”, a vida iluminada e regida pela luz do Sol; os “rios”, a
passagem inelutável do “Tempo”.
3. a) 3; b) 3; c) 2.
4. Com a referência a Cronos, o “eu” enfatiza o facto de a humanidade se subjugar aos deuses e, neste caso, à passagem do “Tempo” (v. 25).
4.1. O adjetivo “incautos” revela a vivência ingénua, típica das crianças. O adjetivo “Tranquilos” transmite a ideia central do poema. Por fim,
“Maliciosos” demonstra a astúcia dos que sabem que o tempo passa, de forma inexorável, e que adequam a sua vida a esse facto.
5.1. Os verbos “Colhamos” e “Molhemos” encontram-se no conjuntivo e apresentam um tom exortativo, próprio de Ricardo Reis.
6. Ricardo Reis aproxima-se de Alberto Caeiro, por exemplo, através da referência à Natureza e à aprendizagem que a sua observação proporciona.
Contudo, o epicurismo, o estoicismo e o rigor formal são próprios de Reis.
7. a) “Ao deus atroz” – complemento indireto; “que” – sujeito; “os próprios filhos” – complemento direto. b) “As nossas mãos” – complemento
direto.

Página 74
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – debate.

1. O tempo passado é visto como “tempo morto”. No presente, existe uma “página em branco”, cuja escrita depende de cada um de nós.
1.1. Tópicos para debate:
– à medida que se envelhece, perceciona-se a passagem do tempo de uma forma mais rápida e fugaz; por outro lado, o envelhecimento permite
uma vivência mais serena;
– para os jovens, “aproveitar o tempo” e “viver a vida” é, muitas vezes, viver no limite;
– a forma como os jovens encaram o tempo passado no mundo virtual;
– esperança ou desesperança que os jovens têm no seu futuro.

Áudio
“Tempo torto”, Branko e Eu.Clides

Página 75
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
G 12: Processos de coesão.
1.1. a) junto ao rio; b) sujeito poético; c) Lídia; d) desejo de aproveitar o momento e, de forma impulsiva, o sujeito poético decide enlaçar as mãos
com Lídia; e) reflexão e renúncia ao impulso de desenvolver uma relação amorosa; f) defesa de uma vivência tranquila e recusa de sensações
extremas para não haver sofrimento no momento da morte (desenlace das mãos).

Página 76
2. Nestes dois versos, há a referência ao Fado (destino) e aos deuses, elementos caracterizadores do paganismo e do Classicismo. O sujeito poético
transmite que os deuses estão no patamar abaixo do destino, ao qual também se submetem. Para além disso, a referência ao mar remete para a ideia
de morte, que está intimamente associada ao destino e não aos deuses.
3. Nas primeiras estrofes do poema, o “eu” refere-se a um destino comum a ele e a Lídia, visível pelo recurso a um sujeito plural (“Desenlacemos as
mãos […] / Quer gozemos, quer não gozemos” – vv. 9-10). Nas duas últimas estrofes, evoca-se a situação particular do “eu” e refere-se a experiência
da fugacidade da vida e do momento da morte, através do recurso a um sujeito singular (“Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti” – v. 30).
4. Ao longo do poema, o sujeito poético propõe a vivência moderada dos prazeres – “Amemo-nos tranquilamente” (v. 17) – e destaca a consciência
da passagem do tempo: “Depois pensemos, crianças adultas, que a vida / Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa” (vv. 5-6).
5. a) Simboliza a existência humana e a passagem inexorável do tempo; b) Simbolizam a inocência e a felicidade ingénua; c) Simboliza a morte.
6. Ao nível temático, as referências mitológicas, a presença do Fado, as filosofias epicuristas e estoicas revelam a influência de Horácio em Ricardo
Reis. Além disso, em termos formais, há o recurso à ode, composição poética privilegiada por Horácio.
7. a) Coesão gramatical interfrásica; b) Coesão gramatical referencial.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.
1. Tópicos de resposta:
– as experiências vividas pelo ser humano têm impacto na forma como perceciona a passagem do tempo;
– o tempo parece passar mais depressa à medida que o ser humano envelhece;
– a forma como se experiencia o tempo varia de acordo com o que se está a fazer e com o impacto emocional que a atividade exerce, pelo que uma
atividade prazerosa parece passar muito depressa;
– importância de desfrutar a vida em todos os sentidos, aproveitando o melhor de cada momento (carpe diem).

Página 77

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – debate.
1. a) José Roquette considera tratar-se de uma situação difícil de ultrapassar, revelando um confronto de civilizações e formas de estar que é
responsabilidade de todos;b) Joana Carneiro crê que a música é sinónimo de esperança nos momentos difíceis;c) Luís Portela afirma que a
humanidade está concentrada na materialidade e pouco preocupada em ser melhor, pelo que se nota uma queda de valores que se opõe ao
progresso científico.

Página 79

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Valor aspetual.
Página 80
1. As duas realidades opostas apresentadas no poema são, por um lado, o jogo dos jogadores de xadrez e, por outro, uma guerra resultante de uma
invasão de uma cidade.
2. b) “[…] a Pérsia” (v.1), “ […] na Cidade” (v. 3), “À sombra de ampla árvore […]” (v. 7); c) “ […] outrora […]” (v. 1); d) “Dois jogadores de xadrez […]”
(v. 5); e) “ […] as mulheres […]” (v. 17), “ […] as crianças […]” (v. 19), “ […] filhas […]” (v. 29); f) “Dois jogadores de xadrez jogavam / O seu jogo
contínuo” (vv. 5-6); g) “Quando a invasão ardia na Cidade” (v. 3); h) “Mesmo que o jogo seja apenas sonho / E não haja parceiro” (vv. 96-97).
3. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
Ao longo do poema, é exposta uma filosofia de vida que se caracteriza por uma atitude epicurista, que valoriza o prazer moderado – “Um púcaro
com vinho refrescava / Sobriamente a sua sede.” (vv. 13-14). Para além disso, é evidente o alheamento e a indiferença perante a realidade
circundante – “Inda que […] / Ao tabuleiro velho.” (vv. 31--36), bem como uma postura de serenidade, o que conduz a uma atitude contemplativa –
“Tudo o que é sério pouco nos importe, / O grave pouco pese,” (vv. 71-72). Finalmente, constata-se o desejo de fruição do momento presente (carpe
diem) – “Aprendamos na história […] / Como passar a vida.” (vv. 68-70).
4. Os jogadores de xadrez evidenciam uma atitude de serenidade imperturbável, indiferentes à tragédia humana que se desenrola à sua volta.
Assim, a placidez dos protagonistas, absortos no seu jogo, permite-lhes perspetivar a passagem do tempo como se a sua atividade fosse atemporal
– “O seu jogo contínuo” (v. 6). Por outro lado, o plano da invasão sugere uma passagem do tempo rápida – “Ardiam casas […]” (v. 15); “Lhes viessem
os gritos” (v. 26).
5. A metonímia representa a atitude psicológica de alheamento, presente na mente dos jogadores, através de uma realidade concreta – a sua
“fronte”.
6. O jogo de xadrez simboliza a indiferença dos protagonistas perante a realidade. Absortos, os jogadores fruem do prazer do jogo, abstraindo-se do
mundo circundante.
7. O “eu” convida o leitor a adotar uma filosofia de vida epicurista, capaz de tirar partido do momento presente – carpe diem –, mas sem procurar
os prazeres em excesso, pois, segundo o sujeito poético, “O que levamos desta vida inútil” (v. 77) de nada vale.
8. a) Valor aspetual perfetivo; b) Valor aspetual imperfetivo;
9. (D)

Página 81
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O epicurismo é um dos temas centrais da poesia de Ricardo Reis. Este heterónimo é influenciado por temas do Classicismo, sendo o epicurismo
um deles. Esta filosofia preconiza uma existência pacífica, numa contemplação plácida, evitando os excessos e o sofrimento, especialmente perante
a proximidade da morte.
Página 82
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Processos de coesão.

Página 83
2. A autora defende que o conflito está a deixar muitas crianças órfãs e entregues a si mesmas, pelo que, quando o conflito terminar, a Europa não
será capaz de cuidar dessas crianças, que passarão a ser “filhos da guerra”.
3. O texto apresenta um discurso valorativo: “ […] numa época em que ainda não era moda entre as estrelas dar a cara por causas humanitárias […]”
(ll. 31-32); “ […] assistimos a histórias de horror que revelam o pior do ser humano […]” (ll. 37-38).
4. Através da expressão, a autora recorre a um juízo de valor para mostrar a sua opinião relativamente aos atuais Embaixadores da Boa Vontade da
Unicef. Implicitamente, revela que apenas o são porque a solidariedade está na moda, contrariamente a figuras como Audrey Hepburn ou a princesa
Diana, exemplos de altruísmo.
5. A construção anafórica “Gostava de não escrever sobre a guerra […]” (l. 35) revela o pesar da autora face à catástrofe que a guerra está a provocar na
vida de mulheres e crianças.

Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

1. Proposta de textualização:
O mural Lutador pela liberdade é uma obra de arte urbana, do artista Mr. Dheo, pintada em Matosinhos, em 2022, tendo como tema a guerra.
A imagem apresenta o tema da guerra, através da presença de dois veículos de combate, que ocupam os lados esquerdo e direito do mural. Ambos
apontam os respetivos canhões para o espectador, ameaçando disparar a qualquer momento. No chão, veem-se estilhaços de detonações e, ao fundo,
os edifícios destruídos de um espaço urbano preenchem o campo visual. A composição da imagem respeita os princípios da perspetiva, uma vez que é
possível reconhecer elementos mais próximos do observador e outros mais distantes. Ao centro, uma figura humana domina a imagem. É o artista do
mural dirigindo-se aos dois veículos de combate.
Os tons cinzentos dominam a imagem, sugerindo um ambiente soturno e desolador. Por detrás dos tanques, as tonalidades de laranja-vivo relembram
os incêndios provocados pelas detonações dos projéteis.
Um outro aspeto relevante é a atitude da figura humana. Ajoelhada perante os dois veículos de combate, mostra-se poderosa face ao seu avanço
inexorável. Desta forma, Mr. Dheo consegue retratar os horrores da guerra e a importância da arte como forma de veicular o desejo universal de paz.

Páina 84
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Revisão da Unidade 1 – Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: Ricardo Reis

Página 85
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Página 86
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
L 10: Cartoon.
O 12: Expressão – debate.

1.1. Tópicos para o debate:


– o jovem encontra-se num estado de tédio, desilusão, por não ter acesso àquilo em que está viciado: as redes sociais;
– encontra-se num labirinto, pois o seu mundo está a desmoronar, parece já ter perdido tudo, inclusivamente as ideias, o cérebro (que se vê, a voar);
– dependência das redes sociais gera problemas de saúde mental.
Nota: Disponibiliza-se o quiz Que Pessoa és tu?, para uma introdução lúdica ao estudo dos heterónimos.

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Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos – Álvaro de Campos

Página 87

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.

1. O sujeito poético encontra-se a bordo de um navio, a caminho do Oriente. Revela-se doente e perturbado.
2. O “eu” demonstra estar enfadado (“Esta vida de bordo há de matar-me” – v. 6), cansado da monotonia (“Vou cambaleando através do lavor /
Duma vida-interior de renda e laca.” – vv. 18-19) e desorientado (“Mas falta-me o sossego, o chá e a esteira.” – v. 33).
3. O “eu” sente-se cansado da sua vida e, como tal, tenta abstrair-se da realidade através do consumo de ópio.
4. O sujeito poético vive, apenas, pelo ópio e procura ou a droga ou a morte como solução, mostrando viver quase como um marginal, que se
mantém distante das regras sociais de convivência.

Página 88
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. Na modernidade, as correntes artísticas, como o Futurismo, caracterizam-se por um paradigma de rutura, que procura romper com as conceções
do passado, valorizando o futuro. Assim, os temas como a energia, a cidade, o homem moderno, a velocidade, os transportes modernos são
predominantes. Para além disso, quanto ao estilo, na literatura, os textos caracterizam-se por um desrespeito pelas regras da sintaxe, as imagens
desconexas ou a desorganização gráfica.
2. Na “Ode Triunfal”, por exemplo, o poeta celebra a modernidade, a diferença relativamente ao passado, exaltando o presente, indo ao encontro,
assim, das temáticas do Futurismo.

Página 89
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto oral.
1.1. Esta curta-metragem apresenta a rotina da sociedade contemporânea, onde impera o consumismo excessivo e a busca de uma felicidade que
não se encontra em lugar nenhum. As pessoas surgem personificadas nos ratos, verdadeiros autómatos, num ambiente de trabalho excessivo,
poluição, pressa, consumo, máquinas e pouca humanidade.

Página 92
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
1. a) fábrica; b) o “eu” sente-se febril e com os lábios secos (estado físico). Além disso, verifica-se que está delirante, em fúria (estado psicológico),
por causa do ambiente que o rodeia; c) a noção do tempo presente é a junção de todos os tempos: passado e futuro; d) apologia da civilização
moderna, em particular da fábrica e da máquina; e) presença dos sentidos e a vontade exagerada de sentir tudo de todas formas: “E arde-me a
cabeça de vos querer cantar com um excesso / De expressão de todas as minhas sensações,” (vv. 12-13); f) há um tom melancólico que contrasta
com o tom do poema, pela referência a um passado rural e pela abordagem da nostalgia da infância; g) há um sentimento de desânimo pelo “eu”
não conseguir ser “toda a gente e toda a parte”; h) este poema é uma ode, com irregularidade métrica e estrófica. Apresenta um ritmo frenético,
intenso, que é reforçado pelo uso de interjeições, onomatopeias, apóstrofes, aliterações, …

Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 10: Cartoon.
2. (A) F – O cartoon apresenta um caráter icónico; (B) F – A principal intenção é mostrar a heteronímia pessoana; (C) V ; (D) V.

Página 93
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. (A)

Página 94
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
1. O sujeito poético encontra-se num cais, numa manhã de verão.
2. O objeto que retém a atenção do “eu” é um paquete, que desperta sensações contraditórias, ora de afeto, ora de náusea: “ […] doçura dolorosa
que sobe em mim como uma náusea,” (v. 17). Este levará o sujeito poético a iniciar uma viagem imaginária, evocando sensações, recordações,
reflexões, …
3. Esta estrofe aproxima-se do ritmo eufórico e alucinante da “Ode triunfal”, em que o “eu” quer sentir tudo de todas as maneiras, apresentando
momentos de um Sensacionismo excessivo. A realidade aqui apresentada é similar, mas associada ao mar.

Página 95
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica.
2. “Pode-se definir este Contra mim como um livro de memórias. Pode, mas fica a sensação de que não o apresentamos totalmente dessa maneira.”
(ll. 4-6); “Alguém com um entendimento muito particular da realidade – é essa a força destas páginas.” (ll. 18-19); “De alguma maneira, tudo o que
se lê neste Contra mim vem, diretamente, desses primeiros milagres.” (ll. 28-29)
3. Contra mim pode ser considerado um livro de memórias porque junta vários textos que remetem para a infância e adolescência do autor.
4. O título remete para o conteúdo do quarto parágrafo, salientando a pureza da criança que acreditava em tudo o que lhe diziam, mesmo que não
lho explicassem.

Página 96
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

1.1. Tópicos de resposta:


– objeto em apreciação: tira de Mafalda da autoria do argentino Quino, com o título “De volta à realidade”;
– na três primeiras vinhetas, observa-se a personagem a andar de baloiço, numa atividade que, claramente, faz com que se sinta feliz;
– a quarta vinheta corresponde ao momento em que a atividade prazerosa termina, pois Mafalda põe os pés no chão, o que faz com que o baloiço
pare. Esta vinheta faz a ponte com a vinheta seguinte (a única icónico-verbal), em que Mafalda manifesta a sua tristeza;
– ao referir “É sempre a mesma coisa: mal uma pessoa põe os pés na terra, a brincadeira acaba”, Mafalda faz uma clara alusão à infância, estádio
do desenvolvimento em que não é necessário “pôr os pés na terra”;
– o conteúdo da última vinheta pode relacionar-se com o tema da nostalgia da infância em Pessoa, época em que o “eu” experimenta a alegria e a
felicidade, por oposição à idade adulta, tempo de infelicidade e tédio. Esta temática pode ser identificada em poemas como “Pobre velha música!”
ou “Quando as crianças brincam”.

Página 97
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. e 1.1. a) F – A fase metafísica de Campos caracteriza-se pela linguagem mais íntima e temas focados no “eu”; b) V; c) F – O heterónimo revela
mais sobre si, mas despojado dos ímpetos do Sensacionismo. d) V; e) V.

Página 98
Pré-leitura | Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Compreensão e interpretação de textos.
1.1. A esperança de regressar à infância foi espoletada por uma mudança de casa da mãe do narrador, aquando dos seus 80 anos. Essa mudança fê-
-la reviver memórias da sua infância e “algo nela se colocou como quem ainda espera lá voltar” (ll. 6-7).
1.2. À medida que o tempo passa, a nostalgia da infância faz parte da natureza humana. Quando tal não acontece, quando essa capacidade de
reviver o passado, mesmo que adverso, não está presente, quando não temos tempo para as memórias, poderá isso significar que não estaremos a
saber viver o tempo de forma saudável.
Página 99
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: interpretar obras literárias.
G 10: Atos de fala.

Página 100
1.1. 15 de outubro é a data de nascimento de Álvaro de Campos e 13 de junho a de Fernando Pessoa.
1.2. Estas datas relacionam-se com o título do poema, pois o seu autor fictício e o real sofrem com os aniversários em que a família já não se
encontra presente e a ânsia do regresso a um tempo de alegria é a pretensão de ambos.
2.1. a) o “eu” era o centro das atenções da família; b) sentia-se amado; c) vivia na inconsciência; d) o aniversário do sujeito poético deixou de ser
celebrado; e) a casa da família foi vendida; f) os elementos da sua família morreram.
3.1. Neste verso, o sujeito poético reforça a ideia de que a felicidade antiga advinha da inconsciência.
4. O poema “Aniversário” caracteriza a fase intimista de Álvaro de Campos, aproximando-o da poética do ortónimo, nomeadamente pelo
desencanto em relação ao presente.
Com efeito, esse desencanto é motivado pela saudade de uma infância entendida como paraíso perdido e como tempo de harmonia. Além disso,
Álvaro de Campos, de uma forma mais expressiva do que o ortónimo, reforça a dicotomia entre presente e passado, confessando a sua “Raiva de
não ter trazido o passado roubado na algibeira!…” (v. 44). Finalmente, reconhece-se no poema a dor de pensar, temática abordada por Pessoa
ortónimo, e que motiva o “eu” a exclamar “Para, meu coração! / Não penses […]” (vv. 36-37).
5. O “eu” revela o desejo de regressar ao passado com uma voracidade de quem tem fome e come apressadamente um pão, e nem saboreia a
manteiga pela fome que tem.
6. O poema inicia e termina da mesma forma, havendo, assim, circularidade. Com efeito, o “eu” demonstra, inicialmente, como eram os seus
aniversários e, no final, reforça a saudade, a nostalgia e a dor por esse tempo estar irremediavelmente perdido e ele não poder voltar atrás.
7. Os adjetivos “metafísica” e “carnal” acentuam o desejo do “eu” de se transpor para o seu passado, para o momento do seu aniversário.
8. a) Ato de fala diretivo; b) Ato de fala diretivo; c) Ato de fala expressivo.

Página 101
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
A imagem representa uma pintura do Surrealismo, em que se destacam vários relógios dobrados, simbolizando uma perspetiva sobre a passagem do
tempo. No centro da imagem, uma figura com traços humanos alude ao artista, o pintor, ou o “eu” poético, de olhos fechados, evadido nos sonhos,
onde é feliz. Ao fundo, uma paisagem faz apelo a esta realidade onírica, idealizada, refúgio do “eu” e do pintor. A atemporalidade presente na obra faz
lembrar a inconsciência e o desejo de evasão, a permanência num mundo distante, de sonhos. Num plano mais próximo, um relógio vermelho é o único
que não se encontra derretido. Contudo, o mostrador está virado para baixo, como se o artista não quisesse ter consciência da informação nele
constante, simbolicamente representando um regresso a uma realidade indesejada.
De forma idêntica, em “O Sentimento dum Ocidental”, o “eu” procura a evasão através da poetização do real ou pela alusão a mundos longínquos seja
no espaço, seja no tempo. Também Fernando Pessoa, no tema do sonho, faz da vida real uma experimentação sonhada, a partir da qual se faz a arte.
Em conclusão, é possível estabelecer uma analogia entre Dalí, Cesário Verde e Fernando Pessoa, tendo como base a temática do sonho e da evasão.

Página 103

Em Exame
3. Tópicos de resposta:
– penúltimo verso: “fermento da falência” – metáfora;
– último verso: associação entre “imaginação” e “demonologia”;
– o curso de vida do “eu” foi marcado pelo desabamento do que sonhou e pela irreversibilidade da mudança.
Exemplo de resposta:
Os dois últimos versos do poema apresentam uma associação entre “imaginação” e “demonologia” e a expressão “fermento da falência” (v. 12),
que apresenta uma metáfora. Assim, através destes vocábulos e da metáfora, o “eu” destaca o facto de o seu curso de vida ter sido marcado pelo
desabamento do que sonhou, idealizou, bem como pela irreversibilidade da mudança.

Página 104
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Revisão da Unidade 1 – Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos: Álvaro de Campos
Página 106
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O mito é um elemento que impulsiona a História, dando-lhe sentido. Assim, a sua presença em Mensagem tem como propósito dar um objetivo à
História de Portugal.
1.1. O mito do milagre de Ourique faz referência ao aparecimento de Cristo a D. Afonso Henriques. Desta forma, Pessoa, com a epígrafe com que
inicia Mensagem, associa a fundação de Portugal a uma vontade divina, a um desígnio espiritual.
2. Através de Mensagem, Fernando Pessoa procura influenciar os portugueses seus contemporâneos e futuros, levando-os a agir.
3. A obra encontra-se dividida em três partes, estabelecendo-se uma associação entre a vida humana – nascimento, crescimento e morte – e a vida
de uma nação, neste caso, Portugal. Contudo, dada a associação à vida de Cristo, existe um quarto momento, a ressurreição da nação, tal como em
Cristo.

Página 108
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – pontos de vista.
1.1. O documentário apresenta a evolução de Portugal no século XX, referindo que, à entrada dos anos 30, somos o país mais pobre da Europa
ocidental. Os anos 60 dão início a um tempo de recuperação económica. Em 1986, celebra-se a entrada de Portugal na CEE e, anos mais tarde,
Portugal faz parte do grupo de países fundadores do EURO. Depois de nova crise económica e nova intervenção do FMI, já no século XXI, há uma
esperança e o país prospera graças ao crescimento do turismo e ao aumento das exportações, levando ao crescimento da economia.
1.2. Tópicos de resposta:
– maior investimento na educação e cultura;
– maior atenção às alterações climáticas;
– mudança de atitude dos cidadãos em relação à Natureza;
– maior sentido de cidadania europeia.

Página 109
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Valor aspetual.

1. 1. c); 2. a); 3. d) 4. b).


2.1. O “eu” atribui a Portugal a parte do rosto da esfinge – “O rosto com que fita é Portugal.” (v. 12). Tal significa que a Europa, aqui representada
como uma esfinge, procura antever a sua missão e papel no mundo, olhando misteriosamente para o Ocidente. Portugal, ao ser o rosto, torna-se a
parte mais importante desta figura e do continente, liderando a civilização europeia na concretização do seu desígnio.
3. A adjetivação contribui para expressar a ideia de que o papel que a Europa terá de cumprir está inscrito no Destino, no Fado. Daí o olhar ser
“’sfíngico”, isto é, misterioso, e “fatal”, ou seja, indicando que o futuro está predestinado.
4. a) Situação estativa e genérica. Exprime a ideia de imobilismo e a de expectativa; b) Evento durativo, valor imperfetivo. Contribui para expressar
um período de tempo longo, já por si intrínseco ao sentido do verbo fitar; c) Situação estativa e genérica. Traduz a associação entre as partes do
corpo da esfinge e a disposição geográfica do continente europeu.

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Mensagem, Fernando Pessoa

Página 110
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.
1.1. a) F – Não se sabe a origem da lenda que atribui a Ulisses a fundação de Lisboa e essa informação não consta da Odisseia; b) V; c) F – A Ilíada e
a Odisseia são dois poemas atribuídos ao poeta Homero, mas não se sabe ao certo se Ulisses terá existido; d) V; e) F – Frederico Lourenço pretende
conferir uma visão mais autêntica do texto original; f) V.
Página 111
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Deíticos.
G 12: Valor aspetual; processos de coesão.

1. b) “O mesmo sol […] desnudo.” (vv. 2-5); c) “Este […] E nos criou.” (vv. 6-10); d) “Assim […] morre.” (vv. 11-15).
2. O mito é uma narrativa simbólica que explica a origem de determinada situação. Não sendo constituído por factos verificáveis, é “o nada”.
Contudo, sendo a razão para a existência de algo, é “tudo”.
3. a) Deítico espacial – Ulisses; b) Deítico espacial – Lisboa / Portugal; c) Deítico temporal – momento em que Ulisses chegou ao estuário do Tejo;
d) Deítico pessoal – os portugueses.
4. A palavra “aqui” (v. 6) refere-se a Lisboa. Porém, a intenção do “eu” é conferir uma origem mitológica grandiosa aos portugueses e a Portugal.
Como tal, o deítico refere-se, também, a Portugal e aos portugueses.
5. O “eu” demonstra que a existência factual e histórica do evento mitológico é desnecessária. Com efeito, a presença de Ulisses em Lisboa está por
confirmar – “por não ser”. Contudo, para a construção do mito, basta – “nos bastou” – a ideia da sua existência – “Foi […] existindo”.
6. a) e b) Evento durativo.
6.1. Através destes complexos verbais, o “eu” mostra como o processo de mitificação é lento, dependendo de uma tradição, normalmente oral.
7. O “eu” refere-se a todos os portugueses. Deste modo, acentua um processo de identificação do leitor com o mito que apresenta.
8. O “eu”, ao atribuir a origem de Portugal a Ulisses, transfere as qualidades desta figura da Antiguidade para os portugueses. Assim, a coragem do
maior marinheiro de todos os tempos associa-se aos portugueses, capacitando-os para a aventura dos Descobrimentos.
9. Coesão gramatical referencial (anáfora).

Página 112
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – pontos de vista.
1.1. Os loucos não podem ser ignorados porque são eles os verdadeiros promotores da mudança, impulsionando a humanidade e, para além disso,
a loucura está muito próxima da genialidade.
1.2. Resposta livre.

Página 113
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias.
G 12: Funções sintáticas.

1. O sujeito é subentendido. Trata-se da figura de D. Sebastião, que se dirige ao leitor.


2. Sugestão de resposta (adaptação do Exame): O herói histórico está presente: na referência ao “areal”, enquanto alusão ao local do desembarque
para a batalha de Alcácer Quibir; na referência ao “ser que houve”, isto é, a existência física de D. Sebastião. O herói mítico está presente na referência
ao seu estado de “louco” e à “grandeza” desejada pelo monarca.
3. D. Sebastião, ao decidir invadir o Norte de África, foi apelidado de louco, pela maior parte da nobreza portuguesa da época. Monarca muito
inexperiente, não mediu as consequências da sua decisão. A repetição do adjetivo contribui para a ideia da apologia da ação de D. Sebastião.
4. O verso 3 explicita o reconhecimento, por parte do “eu”, de que o seu desejo de superação (v. 1) foi superior à sua própria existência,
fundamentando, assim, a sua transcendência.
5. No verso 4, a forma verbal “está”, no presente do indicativo, remete para a localização espacial atemporal do norte de África, local do histórico
desastre militar. Contudo, associado a esse ponto espacial, encontra-se o ser que ”houve” de D. Sebastião, ou seja, a sua dimensão material,
corpórea. O ser que “há”, no momento da leitura do poema, já não se encontra em África, mas sim idealizado.
6. O “eu” desafia outros a adotarem a mesma atitude perante os obstáculos e desafios que são lançados ao ser humano. Sem essa atitude, o ser
humano não é capaz de alcançar o sonho nem de ver para lá das formas visíveis da realidade material.
7.1. O velho do Restelo sustenta que o desejo dos marinheiros é motivado apenas pela fama, que será o motivo da sua desgraça. As críticas que
apresenta são contrárias às ideias presentes no poema, uma vez que nele o “eu” argumenta que, apesar das contrariedades e da possibilidade de
um desastre, sem essa ânsia de alcançar novos horizontes o ser humano confina-se a uma existência limitada à sua condição de mortal.
Página 114
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica.
G 12: Processos de coesão.

1. O objeto desta apreciação crítica é o álbum de estreia do grupo Alexander Search. Um aspeto peculiar é o facto de o nome da banda corresponder
ao do heterónimo inglês de Fernando Pessoa.
2. Com esta afirmação, o autor pretende destacar a ousadia da banda, ao recuperar a obra de Pessoa como inspiração para uma banda de rock.
3. “ […] fez algo que, com um século em cima, ninguém tivera a audácia de fazer” (l. 16); “É uma estreia vigorosa […]” (l. 23)
4.1. a)
4.2. b)

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Apreciação crítica

Página 115

Pré-leitura | Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 10: Cartoon.
L 12: Intencionalidade comunicativa.

1.1. Considerando que o Infante D. Henrique ficou conhecido por “O Navegador”, o autor do cartoon faz uso do humor, ao revelar o aborrecimento do
Infante por constatar que, na atualidade, há um navegador mais famoso, numa alusão ao motor de busca Google. Assim, a intenção comunicativa de
provocar o riso revela eficácia e está presente na polissemia do termo “navegador”. Fazendo uso desta estratégia, o cartoon tem subjacente uma crítica
à falta de conhecimento da população, que, não tendo cultura geral, acaba por recorrer ao Google.

Página 116
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Deíticos.
G 12: Valor aspetual; orações subordinadas.

1. 2.ª e); 3.ª a); 4.ª b); 5.ª d).


2. No verso 1, as formas verbais encontram-se no presente do indicativo, sugerindo uma ideia de generalização. Ao longo de todo o poema, o tempo
verbal predominante é o pretérito perfeito, numa alusão ao passado histórico. No último verso, a forma verbal encontra-se no presente do indicativo,
numa alusão à situação atual da nação e apontando para a sua realização futura.
3. a) Deítico pessoal – Infante D. Henrique; b) Deítico pessoal – os portugueses.
4. O título – “O Infante” – é uma referência ao Infante D. Henrique, filho de D. João I e o impulsionador dos Descobrimentos. Para além disso, a
referência ao “mar” e a associação do Infante à sua pátria – “português” (v. 9), bem como “Império” (v. 11) e “Portugal” (v. 12) permitem situar o
contexto histórico no âmbito dos Descobrimentos.
5.1. e 5.2. A orla branca é a costura ao redor das velas, representando, através da metonímia, as caravelas portuguesas, pelos mares e oceanos do
planeta. Simboliza, por isso, o esforço da ação dos portugueses, nos Descobrimentos. A gradação presente na segunda estrofe expressa esse processo
de descoberta, gradual.
6. a) e b) Valor aspetual imperfetivo. As expressões contribuem para acentuar o efeito de uma ação inacabada, contínua num período de tempo
extenso.
6.1. Eventos durativos.
7. Oração subordinada substantiva relativa.
8. Deu-nos sinal do mar e [de] nós [em] ti.
9. A apóstrofe – “Senhor” – confere um tom de prece ao poema, que termina com a súplica dirigida a Deus, em que o “eu” pede para que, realizada a
vontade divina, Portugal possa, finalmente, cumprir o seu desígnio.

Página 117
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.
Verifica
1. O primeiro tipo é o herói natural, que age por vontade própria, mas guiado por um desígnio superior. O segundo tipo de herói é o mártir, que se
sacrifica em nome de um papel que tem de desempenhar. O herói louco representa aquele que tem uma visão do mundo superior à dos seus
semelhantes. Finalmente, o herói mítico está associado a um mito ou a uma lenda.
1.1. Herói natural – D. Afonso Henriques; herói mártir – D. Pedro, regente de Portugal; herói louco – D. Sebastião; herói mítico – Ulisses.
2. a) Herói natural, D. Afonso Henriques; b) Herói mártir, D. Pedro, regente de Portugal.

Página 118
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
1.1. A nação aguardava com ansiedade o nascimento de D. Sebastião. Daqui advém o seu cognome – “O Desejado”.
1.2. A ironia pode ser atribuída ao facto de os portugueses estarem sempre à espera do regresso de D. Sebastião, no seu sentido metafórico, como
alguém que virá resolver os problemas do país.

Página 119
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias.
G 12: Funções sintáticas; mecanismos anafóricos.

1. “última”, “aziago”, “Erma”, “choros de ânsia”, “pressago” e “Mistério”.


2. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
– o povo português, perante o desaparecimento da “última nau”, em que seguia D. Sebastião, reage com desânimo (v. 13);
– o sujeito poético manifesta uma viva crença no regresso de D. Sebastião e no Império que ele simboliza (vv. 14 a 18).
3. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):Na última estrofe, o sujeito poético responde afirmativamente à pergunta enunciada nos versos 8 e
9, apresentando o regresso de D. Sebastião e do Império que ele simboliza como uma certeza obtida por intuição – “sei que há a hora” (v. 19);
“Surges ao sol em mim” (v. 22); “trazes o pendão ainda / Do Império.” (vv. 23-24).
4. O verso 10 representa uma visão da realidade assente no determinismo divino, em que os eventos são determinados pela vontade de Deus.
5. Os pronomes pessoais “a” e “lhe” (v. 20) são anáforas do referente “hora” (v. 19), assegurando a coesão textual.

Página 120
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O sebastianismo é um mito de carácter salvífico com uma longa tradição na cultura portuguesa. Trata-se de uma crença dotada de um profundo
carácter religioso, associada à tradição judaico-cristã e com uma dimensão messiânica importante. Associado à figura do rei D. Sebastião, o
Desejado, por ser o herdeiro aparente que assegura a independência nacional, o mito manifesta-se antes do nascimento de D. Sebastião, durante a
sua vida e prolonga-se, até aos dias de hoje, após a sua morte. Nesse sentido, finda a possibilidade do regresso físico efetivo de D. Sebastião, de
Alcácer Quibir, o mito vai evoluindo até adquirir um contorno messiânico, associado à renovação nacional e ao advento de uma nova dimensão
espiritual para Portugal, centrada na língua, cultura e mundividência portuguesas.

Página 121

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – texto oral.

1.1. Partindo do pressuposto de que “a loucura está a vencer o juízo” e “o ódio a amizade”, o tema apela à ação, contrariando, assim , uma conceção
conformista da existência. O “eu” apresenta uma série de ações a concretizar: “vou protestar / denunciar / vou alertar/ vou implorar ao Deus da vida
para os neutralizar / vou suplicar / vou-me queixar / vou implorar”.
Áudio
“Guerra nuclear”, Marisa Liz

Página 122
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1. As duas primeiras quadras apresentam uma perspetiva pessimista relativamente à vida e àqueles que se contentam com a situação em que se
encontram. Na interrogação final, o “eu” sustenta a ideia de que é preciso abandonar a crença no sebastianismo, para que o Quinto Império se
concretize.
2. O verso 6 sintetiza as ideias apresentadas nas duas primeiras estrofes. O “eu” lamenta a condição de quem se conforma com a vida que tem.
3. O verso 10 apresenta a mesma ideia do poema mencionado, na medida em que, através de uma metáfora associada à passagem do tempo até ao
momento da morte, o “eu” critica quem se limita a ter uma existência sem aspirar a se superar.
4. O verso 13 é essencial para a intencionalidade do “eu”: criticar quem se limita a uma existência vazia e explicitar a verdadeira essência da condição
humana – a insatisfação.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. A primeira referência ao mito do Quinto Império consta da Bíblia, no “Livro de Daniel”, de acordo com a interpretação que Daniel faz do sonho
que o rei Nabucodonosor tivera. Padre António Vieira reinterpreta o mito e Pessoa imprime aos impérios uma perspetiva cultural-civilizacional. Para
Pessoa, os impérios são: Grécia, Roma, Cristandade e Europa (ou império inglês). O Quinto Império, espiritual, será português.

Página 123
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.

2. Segundo o autor, a identidade portuguesa é fruto de um conjunto de narrativas que variam entre a ficção e a realidade que cada português vai
guardando na sua memória desde a infância, podendo, assim, não corresponder à verdade.
3. O segundo parágrafo corrobora a tese apresentada, reiterando a ideia de que a identidade assenta numa construção lendária.
4. As interrogações retóricas (ll. 1-5; ll. 22-28) e expressão de juízos de valor explícitos (ll. 16-17e 18).
5. Resposta livre.

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Artigo de opinião

Página 124

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem: interpretar obras literárias.
1. Trata-se do último poema de Mensagem, pertencendo à última parte – “O Encoberto” – e, nesta, “Os Tempos”.
2. O título “Nevoeiro” constitui uma representação metafórica de um país que não consegue discernir o seu caminho.
3.1. Os elementos “rei” e “lei” remetem para uma representação do poder e da ordem social. A sua ausência aponta a dificuldade de Portugal em
definir o seu rumo. Por outro lado, “paz” e “guerra” são contextos históricos definidores de uma nação.
4. “fulgor baço” remete para a ideia de uma energia, um brilho que, no entanto, é pouco vivo. Por seu turno, a metonímia aponta o estado de alma
da sociedade portuguesa.
5. “Brilho sem luz” (v. 5); “fogo-fátuo” (v. 6);
6. Portugal é uma nação sem perfil definido, uma pátria sem alma, moribunda, sem brilho, sem chama.
7. A crise de identidade de Portugal é evidente na segunda estrofe, através da repetição do pronome “Ninguém”. A presença de elementos
antitéticos como “mal” e “bem” também contribui para o efeito pretendido, assim como as expressões “incerto” e “nada é inteiro.”

Página 125
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de Fernando Pessoa: contextualizar textos literários.

Verifica
1. Mensagem encerra uma dimensão épica pela visão providencialista que nos apresenta da História de Portugal, associando a vida da nação à vida de
Cristo. Contudo, considerando as reflexões de carácter intimista e o tom de lamento do “eu”, a obra também adquire uma dimensão lírica.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas

Tópicos de resposta (adaptação do Exame):


Mensagem
− Após a batalha de Álcacer Quibir, o que está em causa é o que D. Sebastião representa – o mito, fecundador da realidade; o Desejado, que surge
como o salvador.
− O sebastianismo evidencia-se na crença no regresso messiânico do salvador que conduzirá Portugal a nova conquista.
Frei Luís de Sousa
− Num contexto em que Portugal está sob o domínio filipino, o sebastianismo evidencia-se na crença nacional de que D. Sebastião não morreu em
Alcácer Quibir.
− O sebastianismo evidencia-se na convicção de que o regresso de D. Sebastião devolverá a Portugal a independência e a liberdade perdidas.

Página 127

Em Exame
3. Tópicos de resposta:
– sentido do verso: situação atual do povo português, caracterizado pelo sofrimento e desolação;
– globalidade do poema: o sujeito poético, ao longo do poema, apresenta um tom de esperança, a crença no regresso do rei como salvador da
pátria, realçando o alento na mudança, no fim do império material e início do império espiritual; apelo ao rei para “salvar” o povo (“alma
penitente” ).
Exemplo de resposta:
O verso caracteriza a situação atual do povo português, marcado pelo sofrimento e desolação. No entanto, ao longo do poema, o sujeito lírico
apresenta um tom de euforia e esperança no regresso do rei como salvador da pátria, o messias que vai liderar a mudança, ou seja, o início do
império espiritual após o fim do império material. Há, de facto, um apelo ao rei para salvar o povo (“alma penitente” ).

Página 128
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Revisão da Unidade 1 – Mensagem, de Fernando Pessoa

Página 130
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Página 131
Nota: testes de avaliação sobre a unidade 1 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Interativo.
Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. Na primeira estrofe, o sujeito poético apresenta considerações gerais sobre o tema do “destino” (v. 2) e da sua aceitação, como se confirma através
da repetição do vocábulo “cumpre” (vv. 1, 3 e 4), indo ao encontro da filosofia estoica defendida pelo “eu”. Por sua vez, na segunda estrofe, o sujeito
lírico refere o “Fado” (v. 6) e a “Sorte” (v. 7) como elementos determinantes da existência humana. Por último, na terceira estrofe, o “eu” exorta à
aceitação pacífica do nosso destino, remetendo para uma atitude de serenidade epicurista (“Não tenhamos melhor conhecimento” e “Cumpramos o
que somos.”, vv. 9 e 11).
2. (C)
3. O poema é constituído por três quadras, sendo os dois primeiros versos de cada uma das estrofes decassilábicos e os dois últimos hexassilábicos.
Quanto à rima, a primeira estrofe apresenta rima interpolada e emparelhada, enquanto as duas últimas apresentam versos livres.

Avaliação
Gerador de testes interativo

Página 133

Grupo I – Parte B

4. (D)
5. Na estância 89, o poeta faz referência à “Ilha angélica” (v. 2) como símbolo das recompensas dadas aos marinheiros portugueses. Deste modo, o
poeta refere que os prazeres e os deleites da ilha surgem pelos sucessos e vitórias alcançadas árdua e justamente pelos marinheiros, como ilustra a
estância 90: “Caminho da virtude, alto e fragoso, / Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso”. Assim, a confraternização com as “Ninfas do Oceano, tão
fermosas” (v. 1) confere-lhes um estatuto divino e imortal, a mitificação.
6. Na estância 91, o poeta faz referência a figuras da Antiguidade (“Júpiter, Mercúrio, Febo e Marte”, v. 21), deuses que, enquanto humanos,
praticaram feitos de grande valor, como argumento para convencer os seus contemporâneos a alterar a sua atitude, levando-os a combater os vícios e
a percorrer um caminho que os faz também merecedores do prémio, da imortalidade.

Grupo I – Parte C
7. Tópicos de resposta:
Ricardo Reis
– a consciência da mortalidade condiciona toda a sua vivência;
– consciente da efemeridade da vida, Reis procura viver o presente de forma tranquila;
– numa perspetiva epicurista, o poeta afirma ser preciso viver cada instante que passa, sem pensar no futuro e fruindo serenamente do presente;
– numa perspetiva estoica, o “eu” defende que o prazer do momento deve ser vivido com serenidade, disciplina e aceitação, face ao destino que
segue o seu curso;
Os Lusíadas, de Luís de Camões
– a imortalidade é o grande desejo expresso pelo poeta;
– o herói da epopeia alcança a imortalidade pelo caminho de ousadia e de coragem que empreende, ultrapassando todos os obstáculos;
– “o peito ilustre lusitano” é recebido na Ilha dos Amores, símbolo da imortalidade alcançada.

Página 135
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (A)
2. (D)
3. (B)
4. (B)
5. (C)

Página 136
6. “que se note que existiu Homero” .
7. a) Sujeito; b) Complemento direto.

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– a consciência da presença da morte origina medos e ansiedades incontroláveis que levam a depressões e a uma vida infeliz;
– o facto de compreendermos que a morte é inevitável faz com que muitas pessoas procurem viver de maneira harmoniosa e feliz;
– o objetivo de quem aceita a morte com serenidade acaba por ser deixar uma marca positiva para as futuras gerações;
–…

Página 137

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento do filme O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho (2020), cuja didatização foi
pensada de acordo com o conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor,
caso o entenda, aceder ao filme, na íntegra, através de várias plataformas.
2. a) Fernando Pessoa, Ricardo Reis, Marcenda, Lídia, … b) Ano de 1936, ano de aparecimento e consolidação de regimes ditatoriais em Portugal e na
Europa; c) Lisboa, cidade caracterizada pela censura, pela pobreza, pela opressão; d) desigualdades sociais, falta de liberdade de expressão, censura,

3. a) Preocupado com questões existenciais e questões do quotidiano; chora preocupado com Lídia, quando não tem notícias dela; indigna-se face à
miséria e opressão vividas pelos portugueses. b) Estabelece relações de proximidade e até de intimidade: inicia uma relação amorosa com Lídia e beija
Marcenda. c) Não se contenta com a contemplação do “espetáculo do mundo”. Envolve-se numa realidade caótica, marcada pela pobreza, pela falta
de liberdade e injustiça, reagindo e revoltando-se.
4. Tópicos de resposta:
— a ação passa-se em Lisboa, em 1936, e retrata o regresso de Ricardo Reis a Portugal após o seu exílio no Brasil; o heterónimo dialoga com o seu
criador, Fernando Pessoa, e os dois refletem sobre o contexto político e social do país: a opressão, a fome, a censura…
— atores e atrizes no elenco principal: Chico Diaz (Ricardo Reis), Luís Lima Barreto (Fernando Pessoa), Victoria Guerra (Marcenda), Catarina
Wallenstein (Lídia);
— numa estética a preto e branco, a combinar com o tempo da narrativa, o filme apresenta características clássicas, com um ritmo lento, propício à
contemplação, ao monólogo e à poesia;
— o filme termina com o final esperado para o protagonista, deixando o espectador a refletir sobre o passado de Portugal, ao mesmo tempo que faz
uma verdadeira homenagem ao cinema clássico.

Página 140
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, a partir dos contos estudados, os alunos caracterizem a sociedade portuguesa da
segunda metade do século XX , relacionando-a com a atualidade, e organizem um debate ou um ciclo de debates. Esta proposta poderá constituir
um domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como Economia C, Geografia C, Aplicações Informáticas.

Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – debate.

2. Resposta livre.

Página 141
Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Interculturalidade.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – explicitação e justificação de pontos de vista e opiniões; texto de opinião.

1.1. Povo sonhador; viveu séculos de monarquia absoluta e uma longa ditadura; povo de emigrantes; povo lutador e corajoso.
2. O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa corrobora as palavras de Pessoa, pois a referência à emigração, por exemplo, mostra que o português
revela a adaptabilidade de que fala Pessoa e consegue ser “várias pessoas”. Por outro lado, o tom emotivo do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa
contradiz a afirmação de Pessoa, segundo o qual os portugueses são “pouco intensos” .
3.1. Resposta livre.

Página 142
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Página 143
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O conto apresenta como principais características o facto de ser uma narrativa breve, curta e linear, envolvendo poucas personagens, concentrada
numa só ação de curta duração e situada num só espaço. Assim, evidencia uma concentração de elementos, com as personagens, factos, ambiente e
tempo reduzidos.

Página 144
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Página 145
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Interculturalidade.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita; apreciação da validade dos argumentos.
1.1. A rádio une as pessoas.
1.2. Os argumentos apresentados corroboram a tese, uma vez que, permitindo o acesso a informação vital e funcionando como fonte de inspiração
e informação, a rádio promove a diversidade, logo, contribui para a criação de um mundo mais pacífico e inclusivo, sendo, assim, uma forma de
união entre as pessoas.

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“Sempre é uma companhia”, Manuel da Fonseca

Página 147
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Modalidades de reprodução do discurso.
1. O Batola e a mulher têm um relacionamento conflituoso, marcado por momentos de violência e agressividade. A mulher do Batola é determinada
e gosta de controlar todas as decisões da vida do casal. Por sua vez, o Batola é apresentado como um homem passivo, inerte e desalentado.
Contudo, quando bebe, agride a mulher.
2. O Rata suicidou-se quando deixou de poder viajar entre as várias localidades. Assim, o seu suicídio advém da solidão e da pobreza extrema e tem um
impacto significativo na vida do Batola. O mendigo era a única pessoa da aldeia que trazia notícias de outras terras e, portanto, fazia o Batola viajar pelo
mundo só de o ouvir contar as suas histórias. A morte do Rata adensou, também, a sua solidão.
3. a) F – metáfora; b) V; c) V; d) F – personificação / adjetivação.
4. O dia a dia dos habitantes da aldeia e do Batola é monótono e rotineiro (“Os homens chegam com a noitinha, cansados da faina.” – ll. 43-44). Assim,
como consequência, os dias arrastam-se e demoram a passar: “No estio, então, o sol faz os dias do tamanho de meses.” (ll. 42-43).
5. a) Discurso direto. b) Discurso indireto livre.

Página 148
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O Batola é um alcoólatra e agressor da mulher. A mulher é trabalhadora, manipuladora e domina o marido. Os homens da aldeia vivem
miseravelmente, trabalhando no campo. O contexto doméstico e as condições de vida refletem uma situação social que o conto neorrealista tem
como objetivo denunciar.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– aumento dos níveis de qualificação das mulheres;
– opção da mulher por uma carreira profissional;
– existência de licenças remuneradas de apoio à família promove o trabalho das mulheres fora de casa, pois ajuda-as a conciliar vida pessoal e
profissional;
– desigualdade entre homens e mulheres em relação ao trabalho doméstico;
– as mulheres executam mais do triplo do trabalho que o companheiro, sendo que apenas 30 % dos casais são considerados simétricos em relação
ao trabalho doméstico.

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Texto de opinião

Página 152
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: interpretar obras literárias.

1.1. a) Aldeia no Alentejo – Alcaria; a venda do Batola. b) Inicialmente, um espaço monótono, solitário, aprisionador, que dava a sensação de que o
tempo não passava. Após a chegada da telefonia, a aldeia torna-se num espaço de convívio, libertador, em que os dias passam rapidamente. c) Vida
rural (trabalho no campo); Estado Novo, nos anos 40.
2.1. A mulher do Batola mostra ser decidida, autoritária. Assim, tendo sido ela até ao momento a tomar as decisões mais importantes na gestão da
venda, perante esta situação, atua de forma extrema.
3. Os habitantes da aldeia passaram a estar mais próximos do mundo, através das notícias que ouviam na telefonia, o que motivava conversas
animadas e até serões de dança. Assim, o silêncio e a solidão da aldeia deram lugar ao convívio e a conversas animadas. No que diz respeito ao
Batola, as conversas com os fregueses promoveram a vitalidade da personagem, que passou a gerir a venda, levantando-se diariamente cedo e
servindo todos os clientes.
4.1. O conto apresenta um final inesperado, uma vez que há uma mudança drástica por parte da mulher do Batola. Na verdade, após a atitude
intempestiva junto do vendedor da telefonia, a postura de submissão perante o marido acaba por se revelar surpreendente. Neste momento, percebe-
-se que a esposa do Batola terá analisado todas as mudanças do marido e terá refletido sobre a importância da telefonia na sua venda.

Página 155
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Valor aspetual; funções sintáticas; processos de coesão.
1.1. (A)
1.2. (D)
1.3. (B)
1.4. (C)
1.5. (A)
2. Coesão gramatical referencial (anáfora).

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Artigo de opinião
Processos de coesão textual

Página 156
PowerPoint®
Revisão da Unidade 2 – “Sempre é uma companhia”, de Manuel da Fonseca

Página 157
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Página 158
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – texto oral; apreciação crítica.

1.1. Tópicos de resposta:


a) O vídeo apresenta as três idades da vida – infância, idade adulta e velhice, acompanhando a vida de uma mulher;
b) À medida que vai passando pelas três fases da vida, a figura feminina vai-se metamorfoseando: pureza da infância; alegrias e tristezas da idade
adulta e consequente crescimento emocional; inseguranças relativas ao futuro, com o aproximar da velhice;
c) A mulher deverá ter a capacidade de apreciar a sua beleza interior, acreditando em si e concretizando os seus sonhos, não temendo o
envelhecimento físico.

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“George”, Maria Judite de Carvalho

Página 161
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: interpretar obras literárias.
G 10: Valor modal.
1. Gi é uma rapariga muito jovem, simples, frágil, que pensa em partir da sua terra natal. Por sua vez, George é uma pintora de sucesso,
reconfortada pela estabilidade financeira, mas que revela ser inconstante, quer nas relações que estabelece, quer na mudança de visual.
2. George, no passado, decide partir, uma vez que a família não compreendia a necessidade de ir ao encontro do seu sonho: ser pintora e não
seguir os padrões que lhe estavam destinados – casar, ser mãe e viver como uma dona de casa.
3.1. A transcrição textual revela que a família onde cresceu George era simples e não tinha cultura geral, pois desconhecia os grandes nomes da
pintura internacional.
4.1. A mala representa, simbolicamente, a melhoria de vida de George do ponto de vista financeiro. À medida que a sua condição económica ia
melhorando, as malas também se tornavam mais dispendiosas.
5. Este último parágrafo descreve uma revisitação do passado por parte de George, que, apesar da protagonista ter tentado esquecer, estava
presente na sua memória. Assim, este parece ser o momento de George se desligar definitivamente de Gi e, como tal, do seu passado: “O
esquecimento desceu sobre ambas” (ll. 106-107).
6. Modalidade epistémica, com valor de certeza.

Página 162
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Verifica
1. As transformações ou metamorfoses da figura feminina ao longo da sua vida, como consequência das fases em que se encontra – juventude,
meia-idade ou velhice –, estão associadas aos dramas decorrentes da complexidade da natureza humana, como se em cada fase da vida existisse
uma pessoa completamente diferente.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

2. O filme foi exibido em Itália, em outubro de 2020, no âmbito das comemorações dos 100 anos da morte de Modigliani.
O filme percorre os passos do pintor, através das suas obras expostas em vários museus do mundo, nomeadamente no Museu Albertina, em Viena,
no Museo della città, em Livorno, e pelos corredores da National Gallery, em Washington.
3. Tópicos de resposta:
– Objeto em apreciação: apresentação do filme Modigliani – o pintor maldito, de Valeria Parisi; 2020; género: documentário; maiores de 12 anos;
estreou nos cinemas em abril de 2022.
– Comentário crítico: referência ao facto de o filme ser narrado a partir da perspetiva da sua mulher, Jeanne Hébuterne; apreciação das obras de
Modigliani que vão surgindo ao longo da apresentação e relação das mesmas com as personagens reais; apreciação do carácter documental.

Página 164
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Processos de coesão; valor aspetual; orações subordinadas.

2.1. (B)
2.2. (B)
2.3. (A)
2.4. (D)
2.5. (C)
3. Oração subordinada substantiva relativa.

PowerPoint®
Artigo de opinião
Valor aspetual

Página 166
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: interpretar obras literárias.

1. a) Passado; b) Futuro; c) 45 anos; d) aproximadamente 70 anos; e) rapariga frágil, lindo sorriso, olhos largos, boca fina, cabelos escuros, lisos, e um
pescoço alto; f) alterou diversas vezes a cor do cabelo e tem olhos escuros.
2. Neste conto, a voz de Georgina é a voz da razão, que acautela, que relembra as consequências dos atos e das decisões. Além disso, este diálogo com o
futuro reforça a perspetiva defendida por esta personagem imaginada: a rápida passagem do tempo.

Página 167
3.1. George é, inicialmente, apresentada como uma mulher forte e inabalável nos seus princípios: a importância da carreira e o conforto
económico. Contudo, pode constatar-se uma certa nostalgia relativamente ao passado (“Uma lágrima que não tem nada a ver com isto mas com o
que se passou antes – que terá sido que já não se lembra? – uma simples lágrima no olho direito, o outro, que esquisito, sempre se recusa a chorar
[…]” – ll. 4-6) e, no final, George, na conversa com Georgina, deixa transparecer alguma dúvida e receio relativamente à solidão da velhice (“Ela
pensa – sabe? – que com dinheiro ninguém está totalmente só, ninguém é totalmente abandonado”, ll. 51-52).

Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Verifica
1. A juventude configura-se como um tempo associado à terra natal, a um momento da vida para sempre esquecido, mas preservado na memória,
através da fotografia que a personagem insiste em guardar. Se, por um lado, George quer esquecer o seu passado, em que não se revê, por outro
lado, Gi é jovem, perante uma mulher de meia-idade, perdida nas suas contradições. Já Georgina surge subitamente, representando a
inexorabilidade da passagem do tempo e a chegada da velhice.

Página 168
PowerPoint®
Revisão da Unidade 2 – “George”, de Maria Judite de Carvalho

Página 169
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: contextualizar textos literários.

Página 170
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – texto oral; opinião.

1.1. O excerto critica a postura dos portugueses no trânsito.


1.2. Resposta livre.

PowerPoint®
“Famílias desavindas”, Mário de Carvalho

Página 172
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos: interpretar obras literárias.
G 12: Valor aspetual.

1.1. O esquema deve conter a seguinte informação: Semaforeiros: Ramon – dedicado, apesar de não saber andar de bicicleta, esforçou-se e cuidava
muito bem do semáforo. Sentiu-se magoado com o doutor Bekett e começou a complicar-lhe a passagem, dando origem à inimizade entre as famílias.
Depois de Ramon, surge Ximenez (mantém o ódio familiar). De seguida, Asdrúbal, que insultava o médico Paulo, e Paco, que era prestável, mas
mantinha o ódio aos médicos. Todos os semaforeiros eram dedicados à sua profissão.
Médicos: doutor João Pedro Bekett – tinha espírito de missão e foi o autor do primeiro conflito com os semaforeiros. O doutor João, filho de Pedro
Bekett, era modesto, inseguro e odiava os semaforeiros. Por fim, o doutor Paulo era muito explicativo, levando os pacientes a adormecer, e
mantinha o ódio a Paco, até este ter tido um acidente.
2. “Dobrar do século XIX” (l.7); “Primeira Guerra” (l. 18); “Segunda Grande Guerra” (ll. 25-26).
2.1. A referência a marcos históricos importantes tem como objetivo dar verosimilhança à narrativa.
3. O doutor João Pedro Bekett é apresentado pelo narrador como alguém com um excessivo “espírito de missão” (l. 40) e um carácter “severo” (l. 44).
Assim, tem como hábito procurar pacientes na rua, tentando convencê-los a serem vistos por ele no seu consultório.
3.1. A personalidade do doutor Bekett, em particular o seu excesso de zelo pelos pacientes, que o levava a atravessar vezes sem conta a rua, revela-se
incompatível com o obstáculo que o semáforo constituiu. Por esse motivo e por ser intempestivo, entra em conflito com Ramon, dando início ao conflito
entre as famílias.
4.1. No final do conto, há uma possível reconciliação entre as famílias, pois, perante o estado grave de Paco, não só o médico o socorre, como, também,
assume o seu cargo de semaforeiro.
5. a) Valor imperfetivo; b) Valor habitual.

Página 174
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G: Valor modal; processos de coesão; funções sintáticas.
2.1. (D)
2.2. (C)
2.3. (A)
2.4. (B)
2.5. (C)
3. a) Sujeito. b) Sujeito.

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Artigo de opinião

Página 175
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
Em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, e em “George”, de Maria Judite de Carvalho, a passagem do tempo é fundamental para o desenrolar da
ação.
Na verdade, o regresso do Romeiro, a 4 de agosto de 1599, vinte e um anos após o seu desaparecimento na batalha de Alcácer Quibir, impede que
seja imediatamente reconhecido pelos seus familiares, adensando, assim, a tragicidade da situação em que as personagens se encontram. O seu
reconhecimento, primeiro, por Frei Jorge e, depois, por Telmo, transforma a situação em que Madalena e Maria se encontram.
Por seu turno, em “George”, a passagem do tempo é o elemento que confere sentido à narrativa. O encontro de George com Gi, uma memória de si
própria com dezoito anos, e com Georgina, uma antevisão da sua velhice, com quase setenta anos, só é possível dada a configuração do tempo
enquanto categoria da narrativa que permite o confronto entre a personagem e os seus outros “eus”.
Em suma, em ambas as obras, o tempo é o elemento crucial para o desenrolar da ação.

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – debate.

1.1. Por um lado, a valorização dos escritores portugueses. Por outro lado, afirma que Portugal é tido como um local de referência pelos visitantes.
1.2. Os argumentos são validados pelo exemplo apresentado: se, nos anos 70, era necessário explicar aos americanos que a Península Ibérica era
composta por dois países, atualmente, reconhecem Portugal e, quando o visitam, ficam encantados.
1.3. O mundo vê Portugal como um país simpático. Portugal combina, atualmente, o charme de um país antigo e algo conservador com a
modernidade e abertura ao estrangeiro.

Página 177

Em Exame
3. Tópicos de resposta:
– passagens satíricas: “Enganava-se, era um facto.” (l. 3) e “Arrenego de ti, galego!” (l. 17).
– crítica subjacente: paródia aos estratos sociais, nomeadamente à classe dos médicos, considerados pela sociedade como detentores de um vasto
conhecimento, uma formação acima da média, mas apresentando, na verdade, defeitos, comportamentos pouco responsáveis e preconceituosos.
Exemplo de resposta:
As passagens satíricas “Enganava-se, era um facto.” (l. 3) e “Arrenego de ti, galego!” (l. 17) parodiam estratos sociais, nomeadamente a classe dos
médicos. De facto, estes são considerados pela sociedade como detentores de um vasto conhecimento, com uma formação acima da média, mas
apresentam defeitos e comportamentos pouco responsáveis. O Dr. João compreendia que não sabia muito de medicina, enganando-se nos
diagnósticos, como realça humoristicamente a expressão “era um facto.” (l. 3), mas continuava a exercer a sua profissão.
Deste modo, a infantilidade da classe é ilustrada no conto não só através do facto de o médico, consciente das suas debilidades, continuar a dar
consultas, como também por pedir aos pacientes para assumirem comportamentos infantis e preconceituosos, insultando o homem do semáforo.

Página 178
PowerPoint®
Revisão da Unidade 2 – “Famílias desavindas”, de Mário de Carvalho

Página 179
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Página 180
Nota: testes de avaliação sobre a unidade 2 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Interativo. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no
Dossiê do Professor.

Avaliação
Gerador de testes interativo

Página 181
Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. Neste excerto, estão presentes duas figuras femininas, George e Georgina.
George é uma mulher que revela ser direta e pragmática, pois “detesta eufemismos” (l. 2). Aparenta estar cansada: “– Sinto-me velha, às vezes.” (l. 15) e
desiludida com a vida, mas, ao mesmo tempo, também revela segurança relativamente ao seu presente (“George suspira, tranquilizada”, l. 38), bem
como orgulho nas suas conquistas, como o “dinheiro no banco” (l. 32) e a “bela casa mobilada” (l. 39).
Por sua vez, a velha Georgina tem a pele enrugada, “cabelos pintados de acaju, de rosto pintado de vários tons de rosa” (ll. 6-7) e revela solidão (“vivo
tão só”, l. 19). Consciente da passagem do tempo, quando afirma que George “olhará para o espelho com mais atenção e verá que está velha” (l. 25),
realista e ainda pragmática e condescendente (“– Não seja tonta, menina”, l. 28).
2. A personagem apresenta várias paixões, nomeadamente pela pintura, pelo sucesso artístico, pelas viagens, pela liberdade e pelo conforto
económico. No entanto, no final do excerto, a interrogação mostra que esta segurança, conforto e sucesso são aparentes, são falsas sensações de
estabilidade, realçando o medo, a insegurança, a dúvida de uma solidão final que o sucesso não pode compensar.
3. (C)

Página 182

Grupo I – Parte B
4. D. Madalena foi casada uma primeira vez com D. João de Portugal, nobre cavaleiro, que desapareceu na batalha de Álcacer Quibir. Após sete anos,
voltou a casar com Manuel de Sousa Coutinho. Porém, como o corpo do seu primeiro marido nunca apareceu, esta teme o seu regresso, facto que
inviabilizaria o seu segundo casamento e tornaria ilegítima a filha do atual casal, vivendo, por isso, em constante temor e ansiedade. Por sua vez,
Manuel de Sousa Coutinho, como se percebe pelas afirmações presentes na fala, não crê nesse regresso e vive um presente tranquilo e feliz,
aproveitando-o em consciência.
5. (C)

Página 183

6. O excerto apresenta algumas marcas do estilo garrettiano. Por um lado, a pontuação expressiva através da presença de reticências, a sugerir a
tensão emocional e dramática (“Mas é que tu não sabes…”, l. 4, e “nisso não…”, l. 5). Por outro lado, as interjeições, a exprimir a ansiedade e a
angústia das personagens, presente em “Oh” (ll. 7 e 15).

Grupo I – Parte C
7. Tópicos de resposta:
Tanto no conto “George”, de Maria Judite de Carvalho, como na obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, o presente é vivido pelas personagens
femininas com receio, angústia e temor pelas opções do passado:
George
– o presente é vivido com dúvidas e receios pelas opções do passado, que levaram a personagem a seguir as suas paixões com liberdade e coragem, mas
deixando as pessoas para trás;
– angústia e medo dos efeitos da passagem do tempo, tanto física como psicologicamente;
– o medo da solidão no futuro, devido às opções de vida no presente, que, afinal, se podem ter revelado erradas, com o desapego e afastamento de
familiares e amigos.
D. Madalena
– o presente é também vivido com dúvidas e receios pelas opções do passado, ou seja, o facto de ter vivido o amor com Manuel de Sousa sem a certeza
da morte do seu primeiro marido, desaparecido na batalha de Alcácer Quibir;
– no momento, a personagem pauta a sua vida pelo remorso, pela dúvida das suas opções, que podem condicionar o seu futuro e o da sua família.

Página 185
Leitura e Gramática

Grupo II
1. (C)
2. (D)
3. (A)
4. (C)
5. (B)
6. a) Complemento oblíquo. b) Complemento do nome.
7. Coesão textual lexical, por reiteração.

Página 186
Escrita

Grupo III
Tópicos de resposta:
– três figuras femininas surgem em plano central, sendo que cada uma delas representa as três fases da vida: juventude, vida adulta, velhice;
– as três mulheres apresentam um rosto e uma fisionomia característicos da fase da vida representada, tanto a nível da cor de cabelo como da
expressão revelada;
– o vestuário também estabelece uma relação de similitude com a idade de cada uma das mulheres, uma vez que os vestidos vão assumindo mais
fluidez e largueza, em função do aumento da idade;
– a expressão facial assumida por cada uma das mulheres também é diferente, sendo que a jovem apresenta um olhar mais alheado, sonhador,
inseguro, ao passo que a mulher adulta olha diretamente para a câmara fotográfica, revelando segurança, firmeza e certeza das concretizações que
esta fase da vida traz; por fim, a expressão da mulher mais velha mostra serenidade e pacatez;
– a posição das mãos é diferente na mulher mais velha: mãos entrelaçadas, pousadas, de quem se encontra calmo, sem pressa e afazeres, enquanto
as mãos das outras mulheres mais jovens revelam energia, estando livres para as várias tarefas;
– a posição das pernas é igualmente distinta na mulher mais velha: pernas descruzadas, de quem descansa, enquanto as pernas das mulheres mais
novas estão cruzadas, em pose elegante, de retrato;
–…

Página 187
Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Variações, de João Maia (2019), cuja didatização foi pensada de acordo
com o conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor aceder ao filme na
íntegra, através de várias plataformas.
2.1. Sugestão de resposta:
António Variações nasceu em Amares, no norte de Portugal, começando a trabalhar numa fábrica, muito jovem. Cedo ambicionou ser artista e parte
para Lisboa à procura da concretização desse sonho.
3. e 3.1. a) V; b) V; c) F – O artista partiu para Lisboa à conquista do seu sonho, a música. d) F – A sua identidade e faceta arrojadas colidiam com o
contexto da sua infância, mais conservador; e) V; f) V; g) V;
4. Tópicos de resposta:
– contraste entre o Portugal do interior, isolado, marcado pelas duras condições de vida e trabalho árduo, e o Portugal citadino, Lisboa, onde se vivia
de modo mais livre e se podia lutar por uma vida melhor, sobretudo para quem tinha ambições artísticas;
– a mudança de espaço da personagem principal, que sai da aldeia para a cidade;
– as dificuldades em dar a conhecer a sua música, mas também a perseverança e o compromisso com o sonho de singrar nesse mundo.
Página 190
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, a partir dos poetas estudados, os alunos intervenham de forma artística e original na
escola ou na comunidade. Esta proposta poderá constituir um domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do decreto-
-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como Oficina de Artes, Oficina de Multimédia, Desenho, Clássicos da Literatura, Literaturas de Língua
Portuguesa, Sociologia.

Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – opinião.

2. Tópicos de resposta:
– revalorização do património;
– intervenção estética nos espaços;
– divulgação e valorização da poesia;
– preservação e valorização do património da azulejaria portuguesa.

Página 191
Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – explicitação e justificação de pontos de vista e opiniões; texto de opinião.

1.1. Com este poema, a poeta quer chamar a atenção para o tema do racismo, partindo do exemplo do “lápis cor de pele”. Através da poesia,
transmite-se uma mensagem de intervenção social, mostrando a poeta que a sociedade prefere “ignorar o vazio do mundo”.
2.1. Resposta livre.

Página 192
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 193
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – texto de opinião.
2. Numa entrevista, Ana Luísa afirmara-se como “uma poeta para quem tudo é poetável”, uma vez que, no seu entender, tudo pode ser posto em
poesia, pois tudo pertence ao mundo e a própria poesia faz parte do mundo. Para Ana Luísa Amaral, a poesia é feita a partir da linguagem que
usamos no dia a dia, logo, tudo faz parte do ser humano.
3. Resposta livre.

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Poetas contemporâneos – Ana Luísa Amaral

Página 194
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Ana Luísa Amaral: interpretar obras literárias.
1. a) “quero que a minha filha não se esqueça de mim” (v. 6); b) “que alguém lhe cante mesmo com voz desafinada” (v. 7); c) “e que lhe ofereçam
fantasia” (v. 8); d) “Deem-lhe amor e ver […] / sonhar com sóis azuis e céus brilhantes” (vv. 11 e 13).
2. O “eu” está mais preocupado com que a filha viva com amor, sonho e fantasia, do que com os bens materiais, que são a trivialidade do dia a dia.
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 195
PowerPoint®
Artigo de opinião

Página 196
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Funções sintáticas; processos de coesão.
2.1. (D)
2.2. (C)
2.3. (A)
2.4. (B)
2.5. (A)
3. Complemento do advérbio.

Página 197
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Ana Luísa Amaral: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Deíticos.
G 12: Complemento do advérbio.
1. O sujeito poético refere-se à chegada silenciosa da filha – “De mansinho ela entrou, a minha filha” (v. 1) – e à inspiração associada ao ato de
criação poética – “O poema invadia como ela, mas não / tão mansamente, […]” (vv. 7-8).
2. O “eu” fica embevecido com a chegada da filha, o que se pode comprovar pelas expressões “De mansinho” (v. 1) e “mansamente” (v. 8) e pela
referência ao seu riso, “bem maior que o dos [s]eus versos” (v. 5). Relativamente ao ato de criação poética, o sujeito poético confessa-se
conformado com o desaparecimento da inspiração, não sentindo mágoa, nem desespero, pois os “versos quase chegados […]” (v. 11) deram lugar a
um bem mais precioso, a sua filha – “E mansamente aqui adormeceu” (v. 12).
3. Na quarta estrofe, o sujeito poético associa a presença da filha ao momento de inspiração poética. Assim, é feita uma comparação entre a forma
como a filha invade o espaço do “eu” e o modo como a inspiração ocorre. Na segunda comparação (“Como um ladrão furtivo” – v. 9), percebe-se
que a inspiração desapareceu, sendo a presença da filha a responsável pelo sucedido.
4. No último verso, verifica-se a presença da metáfora através do vocábulo “crime”, que demonstra o desvio da inspiração poética pela mão da
filha, mas que foi realizado de modo inocente.
5. Sugestão de resposta:
O título apresenta uma dualidade. Por um lado, o plural “visitações” ajuda a compreender a mensagem poética, uma vez que aponta para as duas
realidades já enunciadas – a visita da filha e a aproximação do poema. Por outro lado, a expressão “poema que se diz manso” remete para um clima
de serenidade associado ao ato de criação poética, uma vez que o poema se vai construindo de forma natural e espontaneamente.

Página 198
6. a) Sujeito poético; b) Sujeito poético.
7. a) “meu” – deítico pessoal; b) “meus” – deítico pessoal; c) “aqui” – deítico espacial.
8. Complemento do advérbio.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.
1. Tópicos de resposta:
– Ana Luísa Amaral considera que a intervenção é uma obrigação, embora afirme que a poesia não tem de ser claramente comprometida;
– a própria poesia pode ser um gesto de resistência;
– a poesia como forma de transmitir uma mensagem de amor, de beleza, de esperança é também uma forma de intervenção;
– a poeta é inspirada pela vida, logo, tudo pode ser objeto de poesia;
– no poema “Testamento”, por exemplo, identifica-se uma mensagem de emancipação feminina, através dos desejos que o “eu” expressa para a
sua filha.
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Texto de opinião

Página 199
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 200
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – justificar pontos de vista e opiniões.
2. Para José Tolentino de Mendonça, Eugénio de Andrade revolucionou a poesia portuguesa, uma vez que privilegiou a ideia sobre a palavra, tendo
entendido a poesia como uma forma de música.
3. O tempo mostrará que a poesia de Eugénio de Andrade é um clássico da literatura portuguesa e europeia.
4. Estes versos remetem para o facto de a poesia estar associada à expressão da liberdade, de não se deixar levar por ninguém.

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Poetas contemporâneos – Eugénio de Andrade

Página 201
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Eugénio de Andrade: interpretar obras literárias.
G 12: Funções sintáticas.
1. O “eu” utiliza a conjunção “Mas”, que transmite uma ideia de oposição, pois, apesar de lhe faltar pouca coisa, quase nada (“É pouca coisa, é certo
[…]”, v. 2), sente que essa pequena falta é motivo de insatisfação para a construção do poema.
2. As referências temporais refletem a passagem do tempo e apenas a sílaba poderá servir de “salvação” para lutar contra esta realidade.
3. O processo de criação poética é entendido como essencial para o “eu”. Esta é uma tarefa árdua, morosa, mas que será a única possibilidade de luta
contra a passagem do tempo.
4. a) Complemento indireto; b) Complemento indireto; c) Modificador; d) Complemento direto; e) Complemento oblíquo.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Verifica
1. A escrita é um ato de rigor, que ocorre em momentos de crise pessoal. Eugénio de Andrade afasta-se do sentimentalismo lírico e reconhece o
cansaço que o ato de escrita lhe provoca, relacionando-a com o seu envelhecimento físico.

Página 203
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Processos de coesão; valor aspetual.
2.1. (A)
2.2. (B)
2.3. (B)
2.4. (C)
2.5. (B)
2.6. (A)

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Artigo de opinião
Processos de coesão textual
Valor aspetual
Página 204
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Eugénio de Andrade: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
1.1. Ao longo do poema, o sujeito poético reflete sobre as palavras e a forma como interage com elas, o que demonstra a dificuldade do ato de
escrita pelo rigor verbal associado a este momento.
1.2. O recurso expressivo é a personificação, uma vez que as palavras têm vida própria e vão evoluindo ao longo do tempo.

Página 205
2. a) obedientes; b) alegres e divertidas; c) obedecem menos; d) resmungam, estão ariscas.
3. A alteração de comportamento das palavras prende-se mais com a atitude do poeta do que propriamente delas próprias. Verifica-se que a
exigência do poeta aumentou e, por isso, as palavras estão “ariscas” e “escapam-se por entre / as mãos” (vv. 16-17).
4. O sujeito poético revela uma tentativa de controlar as palavras e de encontrar a palavra perfeita, o que demonstra um grande rigor e até
perfecionismo por parte do “eu”.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.
1. Tópicos de resposta:
– valor denotativo em oposição ao valor conotativo das palavras;
– as palavras apresentam um carácter ativo – “São como um cristal, / as palavras” (Eugénio de Andrade);
– íntima relação entre as palavras e a expressão de sentimentos e emoções;
– o leitor tem a capacidade de interpretar as palavras dos poetas.

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Texto de opinião

Página 206
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 207
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.
2. a) F – Miguel Torga soube da morte de Fernando Pessoa pelos jornais, um dia depois do seu funeral. b) F – Torga chorou a morte de Pessoa entre
os pinheiros e as fragas. c) V. d) F – Pessoa sugere a Torga que separe ou confunda ainda mais sensibilidade e inteligência. e) V.

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Poetas contemporâneos – Miguel Torga

Página 208
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Miguel Torga: interpretar obras literárias.

1. O sujeito poético revela que não se deve desistir perante os obstáculos apresentados, apelando à resiliência perante as adversidades. Além disso,
acrescenta, também, a ideia de que o ser humano deve ter liberdade para realizar as suas escolhas.
2. O sonho é visto como um impulsionador da ação, principalmente nos momentos de maiores dificuldades, na medida em que permite que o homem
nunca desista dos seus objetivos.
3. Nestes últimos versos, o “eu” associa a “loucura” (o sonho) à lucidez, ou seja, é essencial que o sonho possa ser controlado pela razão para ser
reconhecido e aceite.
4. O mito de Sísifo representa a resistência e a resiliência, tal como o apelo que o “eu” faz ao ser humano: a luta pelo sonho e a não desistência perante
as dificuldades.
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 210
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Orações subordinadas; processos de coesão; valor modal.

2.1. (B)
2.2. (D)
2.3. (C)
2.4. (A)
2.5. (B)

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Artigo de opinião
Coordenação e subordinação
Valor modal

Página 211
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Miguel Torga: interpretar obras literárias; elementos constitutivos do texto poético.
G 12: Orações subordinadas.
1. O “eu” caracteriza-se como um poeta rebelde, que se encontra revoltado e em sofrimento (“Gravasse a fúria de cada momento”, v. 4 ; “A
eternidade do meu sofrimento”, v. 6).
2. O canto do “eu” é agressivo, violento, ao contrário dos outros, que são “rouxinóis” (v. 7).
3. O sujeito poético usa a poesia “em legítima defesa” (v. 16), o que sugere que é uma forma de liberdade de expressão e uma arma para a
denúncia.
4. O poema é constituído por três sextilhas, com rima cruzada nos últimos quatro versos de cada estrofe e emparelhada nos versos 14 e 15. Quanto
à métrica, os versos são maioritariamente decassilábicos.
5. Verso 13 – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; Verso 18 – oração subordinada substantiva completiva.

Página 212
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

2. Tópicos de resposta:
– tema inserido no álbum Viagem a um reino maravilhoso, do dueto Lavoisier;
– reinterpretação dos poemas de Miguel Torga, nomeadamente do poema “Viagem”;
– poema cantado a duas vozes, acompanhado de guitarra;
– força das palavras acompanhada pela força/ritmo musical.

Áudio
“Viagem”, Lavoisier
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Apreciação crítica

Página 213
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos: contextualizar textos literários.

Página 214
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – informação explícita e implícita.
O 12: Expressão – texto de opinião.

1. Relação entre revolução e poesia: uma revolução poética não faz uma revolução política, embora a poesia desperte consciências. Importância
da poesia cantada: a canção é um poderoso veículo de transmissão de mensagens censuradas pelo regime. Papel da poesia na ditadura e na
guerra: impacto político. Papel da poesia hoje: a poesia pode ser um ato de resistência.
2. Resposta pessoal.

Página 215
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Manuel Alegre: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Valor aspetual; funções sintáticas.
1. O “eu” dirige-se à amada.
2. e 2.1. O amor entre ele e o outro é “de Pedro por Inês” (v. 4) – impossível. As referências ao “navio” (v. 8) e ao “barco” (v. 13) sugerem a tradição
marítima portuguesa, mas, neste caso, impossível de se concretizar – “E eu sem navio.” (v. 8). Os versos 11 e 12 sugerem a poesia trovadoresca –
sentimento amoroso.
3. No verso 9, o “eu” manifesta a sua incapacidade em expressar o que sente pela sua amada, tal como em todo o poema.
4. A anáfora do advérbio acentua a impossibilidade de este amor se concretizar, refletindo, assim, a frustração do “eu”.
5. O pretérito imperfeito do indicativo (“podia” ) traduz uma ideia de hipótese não concretizável.
6. O presente do indicativo contribui para evidenciar uma ideia de algo que é permanente, duradouro, contra o qual o “eu” não pode lutar,
contrastando com uma realidade hipotética expressa pelo pretérito imperfeito do indicativo.
7. Situação genérica.
8. Complemento do advérbio.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
Em Miguel Torga e em Camões, as figurações do poeta são um tema predominante.
Por exemplo, na poesia de Miguel Torga, o poeta assume um papel ora votado ao sofrimento silencioso, ora gritando contra as injustiças do mundo,
como no poema “Sísifo”. Por seu turno, nas Rimas, de Camões, a reflexão sobre a vida pessoal é um tema que também evidencia uma figuração do
poeta, na medida em que este se vê vítima de forças superiores a ele, como no soneto “Erros meus, má fortuna, amor ardente”. Em suma, as
figurações do poeta são um tema abordado com intencionalidade por parte dos poetas.

Página 216
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica.

1. O objeto desta apreciação crítica é o filme indiano Noite Incerta, reconhecido como melhor documentário no Festival de Cannes.
2. Para o autor, o filme não cumpre as marcas de qualquer género, uma vez que, embora se assuma como um documentário, apresenta marcas de
ficção romanesca.
3. O texto começa por fazer a descrição sucinta do objeto em apreciação (ll. 1 a 3). Para além disso, apresenta uma linguagem valorativa – “intensidade
material” (l. 26), “crueza informativa das imagens” (l. 27), “beleza contida de uma metódica deambulação poética” (ll. 28-29). O texto termina com uma
apreciação final – “uma das grandes estreias de 2022” (l. 33).

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Apreciação crítica
Página 217
4.1. O título estabelece uma associação entre cinema e poesia, assumindo que esta está presente no filme. De facto, o trailer revela isso mesmo, não só
através das imagens a preto e branco, mas também fazendo uso de uma linguagem expressiva, que cruza realidade e ficção, sonhos e memórias.

Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.
1. Tópicos de resposta:
– jovem iluminado por luzes de telemóveis, enquanto recita um poema;
– expressão facial e postura física do jovem, que remete para a luta por um ideal;
– multidão de jovens que o acompanha;
– poder dos jovens;
– poder transformador da poesia.
Nota: a fotografia foi captada durante um protesto juvenil no Sudão. Os jovens reivindicavam o regresso de um governo civil, depois de os militares
terem derrubado o ditador Omar al-Bashir.

Página 218
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos, Manuel Alegre: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Funções sintáticas; classes de palavras.
G 10: Valor modal.

1. Ao longo do poema, opõem-se a realidade presente, dominada pela opressão, e a futura, dominada pela liberdade.
2. O verbo cantar simboliza a liberdade de expressão, mesmo num contexto de opressão. Se a pessoa sente o apelo para a denúncia, deve fazê-lo.
3. Ao longo do poema, há marcas da segunda pessoa, como nas formas verbais “tens” (v. 4), “te apetece” (v. 8), “deixes” (v. 13), entre outras, ou no
determinante possessivo “teus” (v. 7). Assim, o “eu” dirige-se diretamente ao leitor, interpelando-o.
3.1. O “eu” procura incutir no interlocutor um sentimento de esperança.
4. Trata-se da entidade ou entidades que exercem opressão sobre as pessoas e as impedem de serem livres.
5. Os astros simbolizam o sonho e a ideia de liberdade. O “eu” acredita que é possível viver com sonhos e de forma livre, recusando a ideia de uma
existência de desânimo e descrença, com o olhar fixo no “chão”.

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Poetas contemporâneos – Manuel Alegre

Página 219
6. A anáfora evidencia o tom exortativo presente em todo o poema, reforçando a ideia da possibilidade de uma realidade diferente.
7. “falar sem um nó na garganta”.
8. No poema, predominam formas verbais no indicativo, como “é” (no início de quase todos os versos), associadas à oração subordinada adverbial
condicional (vv. 4 e 8), que expressa um desafio do “eu” para a mudança social por parte do leitor. Predominam, também, formas verbais no modo
infinitivo, como em “falar” (v. 1), “andar” (v. 5) e “viver” (v. 9), que contribuem para o retrato de uma vida livre e sem opressões, desejada pelo “eu”. Há,
ainda, formas verbais no modo conjuntivo, como “tenhas” (v. 4), ou no imperativo, como em “canta” (v. 4) ou “grita” (v. 8), evidenciando o apelo do
“eu” dirigido ao interlocutor para agir na sociedade.
9. Modalidade deôntica com valor de obrigação. O “eu” identifica o interlocutor com uma flor – “murchar” – e com um animal selvagem – “te domem”,
sugerindo que não se deve subjugar à situação de opressão em que se encontra.

Página 221
Em Exame
3. Tópicos de resposta:
– realça o desejo e a persistência do “eu” em ver a sua terra livre;
– cria uma estrutura circular, que sublinha a ânsia do sujeito poético, que, apesar de conhecer e vivenciar a opressão na terra onde nasceu, onde “é
quase um crime viver”, está certo de que ainda irá viver em liberdade.
Exemplo de resposta:
A anáfora “Não hei de morrer sem saber/qual a cor da liberdade” assume particular importância na construção de sentido do poema. Por um lado,
através da repetição dos dois versos, realça-se o desejo e a persistência do poeta em ver a sua terra livre. Por outro lado, estando presente no início
do poema e no fim, a anáfora cria uma estrutura circular, que sublinha a ânsia do sujeito poético, que, apesar de conhecer e vivenciar a opressão na
terra onde nasceu, e onde “é quase um crime viver”, está certo de que ainda irá viver em liberdade.

Página 222
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Revisão da Unidade 3

Página 223
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.
Legenda das imagens:
A – “o poeta é um fingidor”, Fernando Pessoa, Setúbal.
B – “Não há nenhuma cidade, assim, / que subitamente se não torne secreta”, Eugénio de Andrade, Escola Básica 2/3 Pires de Lima, Porto.
C – “Só as mãos que se estendem para a frente interessam. / Só os olhos que veem para além do que se vê, / só o que vai para o que vem depois, / só
o sacrifício por uma realidade que ainda não existe, / só o amor por qualquer coisa que ainda não se vê e ainda, / nem nunca, será nossa interessa.”,
Mário Dionísio, Rio de Mouro, Sintra.
D – “Havemos de ir ao futuro”, Filipa Leal, Bonfim, Porto.

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Página 224
Nota: testes de avaliação sobre a unidade 3 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Interativo.
Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. (B)
2. No seu relacionamento com o “cavalo” (verso 3), o sujeito poético revela admiração e identificação. De facto, o “eu” poético assume-o, por um
lado, como o elemento do real que permite a criação poética. Por outro lado, leva a que o “eu” se conheça melhor a si próprio, porque sai dos limites
da sua realidade, experimentando um mundo de possibilidades.
3. O último terceto surge como uma conclusão do poema. O “eu” clarifica que a realidade criada poeticamente o transforma, ou seja, não é o “eu”
quem transforma o real, mas sim o real que o transforma a ele (“És tu que me crias”, v. 12), levando-o a vivenciar, através da palavra poética, “a
liberdade e a força” (v. 6).

Avaliação
Gerador de testes interativo

Página 225
Grupo I – Parte B
4. Ao longo do excerto, a movimentação de Carlos no interior da casa mostra a tensão e o nervosismo que caracterizam o estado emocional da
personagem. Ao entrar em casa, Carlos procura não fazer barulho, revelando muita cautela, pois receia encontrar-se com o avô. Depois, surpreendido
com a sua presença, recua, temendo enfrentá-lo. Após o confronto, fica paralisado e em choque, não se movendo, “sufocado” (l. 6). Posteriormente,
entra no quarto, atormentado com a imagem do avô, “diante dele como um longo fantasma” (ll. 12-13). Por fim, entrega-se ao cansaço e, pensando
na morte como solução para os problemas, decide deitar-se para se evadir da realidade.
5. No excerto, Afonso da Maia surge “lívido” (l. 5) e “espectral” (l. 5), apresentando-se “em mangas de camisa” (l. 5). A personagem surge imponente,
assustadora, fantasmagórica, com poderes transcendentes, com a capacidade de ver o interior de Carlos através dos olhos. Mas, simultaneamente,
velha e frágil, com “a cabeça branca a tremer” (l. 8), dando passos “lentos, abafados, cada vez mais sumidos, como se fossem os derradeiros” (ll. 9-10).
De facto, a caracterização de Afonso da Maia anuncia o conhecimento do “segredo” (l. 7), ou seja, o incesto entre os netos.
6. a) 3; b) 1; c) 2.

Página 226
Grupo I – Parte C
7. Tópicos de resposta:
– a vida pessoal do sujeito poético foi marcada pelo sofrimento e pela angústia existencial, consequência dos erros que cometeu e do fracasso no
amor, imputando a responsabilidade pela sua desgraça à ação do Destino, como o poema “Erros meus, má fortuna, amor ardente” ilustra;
– o desespero do sujeito poético face à sua vida é acentuado pelo facto de este amaldiçoar o dia em que nasceu, rejeitando a sua existência por ser
marcada pela desgraça, evidente no poema “O dia em que eu nasci, moura e pereça”;
–…

Página 227
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (C)
2. (A)
3. (D)
4. (B)

Página 228
5. (A)
6. (B)
7. Coesão gramatical interfrásica.

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– no âmbito do contexto mundial, o ser humano tem sido confrontado diariamente com notícias que trazem completo desconcerto, como a
situação da invasão da Ucrânia em 2022, que trouxe a guerra para a Europa e novamente a nuvem negra da ameaça nuclear;
– para dar voz a esse receio, a artista Mariza Liz interpretou um tema inédito do cantor António Variações, intitulado “Guerra Nuclear”, que se
tornou um sucesso em Portugal, na medida em que, através da letra da música, se pode mostrar a contestação face a esta situação de medo e
repressão;
– durante a recente pandemia, todos sofreram com a ação do vírus, situação que, para muitas pessoas, não foi exclusivamente física mas também
psicológica, dado que se viram confrontadas com o isolamento social;
– para colmatar esses sentimentos, muitos artistas usaram a sua arte para ajudar quem estava em casa a resistir à tentação de sair, evitando a
propagação do vírus, e suportar o interminável passar das horas e dos dias, através de plataformas virtuais, dando concertos, lendo poesia, fazendo
diretos nas redes sociais, …;
–…

Página 229
Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo da série documental Planeta A (2022), episódio 8, intitulado “Inovação Social”, cuja
didatização foi pensada de acordo com o conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação da série, podendo
o professor, caso o entenda, aceder na íntegra, através de várias plataformas.
1. a) Esta série pretende mostrar o impacte das alterações climáticas, mas sobretudo apresentar soluções inovadoras, muitas delas através da
tecnologia, de modo a produzir mudanças a nível local e mundial. b) O título Planeta A sugere que não há planeta B.
2.1.1. (B)
2.1.2. (A)
2.1.3. (D)

Página 232
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, a partir da obra de José Saramago estudada, os alunos divulguem a Carta Universal de
Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. Esta proposta poderá constituir um domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo
9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como Oficina de Artes, Oficina de Multimédia, Desenho, Clássicos da Literatura, Literaturas de Língua
Portuguesa, Sociologia.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – opinião.

2. Resposta livre.
Página 233
Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.
O 12: Expressão – explicitação e justificação de pontos de vista e opiniões; texto de opinião.

1.1. Sampaio da Nóvoa, Teresa Salgueiro e Ondjaki aceitaram o desafio da Fundação José Saramago e cada um deu a conhecer um dos deveres da Carta
Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos.
2.1. Resposta livre.

Página 234
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Obras de José Saramago: contextualizar textos literários.

Página 237
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O romance caracteriza-se por se centrar no ano de 1936. O espaço da cidade de Lisboa é caracterizado como sombrio e labiríntico. Os diálogos
entre Reis e Pessoa são surpreendentes e críticos das injustiças e opressões políticas. Finalmente, a obra é moderna, mas recupera uma tradição
oral e um registo satírico peculiar.

Página 238
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.

1.1. O verso “A gente vai continuar” reflete a capacidade de resiliência do ser humano, sobretudo se o relacionarmos com “Chega aonde tu quiseres /
Mas goza bem a tua rota”, transmitindo a mensagem de que não se deve desistir dos objetivos, apesar das adversidades.
1.2. Os versos de Jorge Palma remetem para o infinito de ventos e mar, que permitirão ao ser humano prosseguir a sua jornada, seja por terra ou por
mar. Por seu turno, a primeira frase do romance remete para a finitude do mar, como se a viagem a fazer, agora, apenas pudesse ser feita por via
terrestre.

PowerPoint®
O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

Página 241
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.
G 12: Modalidades de reprodução do discurso.

1.1. N’Os Lusíadas, a posição geográfica referida destaca a ação de Portugal, enquanto país que liderou a aventura dos Descobrimentos. Na obra de
Saramago, a narrativa inicia-se, sugerindo uma renovação na terra, em Portugal.
2. O narrador critica o ambiente soturno da cidade de Lisboa: “Por trás dos vidros embaciados de sal, […] como se só de casas térreas construída,” (ll. 5-
7); “Por gosto e vontade, ninguém haveria de querer ficar neste porto.” (l. 16). Para além disso, sugere a ideia da cidade enquanto espaço opressivo:
“Estas frontarias […] a entrada para o labirinto.” (ll. 66-68).
3. Ricardo Reis considera que pouco se tinha alterado na cidade, nos dezasseis anos em que esteve ausente – “Ao viajante não parecia que as mudanças
fossem tantas” (l. 60).
4. Ricardo Reis perceciona o rio como símbolo da passagem do tempo, curso da vida, que corre num sentido inexorável e inelutável.
5. Exemplos: a) “o viajante perguntou, […] senão eram bem capazes de garrar e ir encalhar a Algés.” (ll. 44--48). b) “Desceram ao primeiro andar, e o
gerente chamou um empregado, moço dos recados e homem dos carregos” (ll. 81-82).
Página 242
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Verifica
1. O estilo de José Saramago caracteriza-se por um tom oralizante, como se o seu texto devesse ser dito e ouvido, mais do que lido. Para além disso,
o autor utiliza os sinais de pontuação como meros indicadores de uma pausa, obrigando o leitor a uma leitura interpretativa, de modo a sentir a voz
que “fala” no texto.

Página 243
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.

2. a) F – Neste romance, narra-se a vida de Ricardo Reis, a partir do seu regresso a Lisboa, vindo do Brasil, para onde tinha partido em 1919; b) V; c) V; d)
F – A referência ao labirinto tem um sentido metafórico, pois representa o facto de cada um andar à procura de si mesmo; e) F – O romance mostra que
a história do Adamastor precisa de ser recontada, nomeadamente ao nível do imaginário dos Descobrimentos; f) V.

Página 246
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.

1. A expressão relaciona a atitude deambulatória de Ricardo Reis com o encontro com as estátuas de Eça de Queirós e de Camões, permitindo uma
relação entre viagem geográfica e viagem literária.
2. a) 1; b) 2; c) 2.

Página 247
Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

1. Tópicos de resposta:
– descrição do cartoon – tanque de guerra numa seara; criança sentada no tanque;
– referência às cores azul (do céu) e amarelo (da seara) numa alusão à guerra da Ucrânia e à crise de cereais provocada pela invasão russa;
– a situação de guerra e a indiferença perante os cenários de fome e crise que provoca relacionam-se com as palavras de José Saramago, pois
revelam a desumanidade do ser humano.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Verifica
1. A expressão sugere a tristeza e a apatia que dominam a cidade de Lisboa, com os seus habitantes desorientados, distantes e com um ar perdido.
Trata-se da caracterização de uma cidade e das suas gentes, de acordo com a situação social e política da época.

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Apreciação crítica

Página 249
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Orações subordinadas; valor aspetual; processos de coesão.
1.1. (C)
1.2. (D)
1.3. (B)
1.4. (A)
2. Valor imperfetivo.
3. Coesão gramatical referencial (catáfora).

PowerPoint®
Artigo de opinião
Valor aspetual

Página 250
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Página 251
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – pontos de vista.

1.1. A dicotomia “luz que chama” / “luz que cala” expressa a situação vivida pelos amantes. Se, por um lado, querem viver o amor na sua plenitude,
porque há uma “luz que chama”, por outro lado, há uma “luz que cala”, impedindo essa vivência, podendo esta estar associada, por exemplo, às
convenções sociais, como no caso de Ricardo Reis e Lídia.

Áudio
“Que o amor te salve nesta noite escura”, Pedro Abrunhosa e Sara Correia

Página 253
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

1. A repetição da forma verbal atribui a fonte das informações veiculadas pelo narrador aos jornais da época, numa alusão à manipulação da
informação.
2. O excerto sugere que os governantes estrangeiros virão a Portugal aprender a governar com Salazar.
3. Reis não trata Lídia por “tu” e a criada dirige-se sempre ao médico através da expressão “senhor doutor”. Ambos refletem a estratificação da
sociedade portuguesa da época.
4. A vergonha de Reis decorre de se ter declarado a Lídia, explicitando, assim, a clivagem social entre as duas personagens. Na época, não era adequado,
segundo os valores sociais, que um médico se relacionasse com uma criada.
5. Reis mostra-se um homem envergonhado e limitado pela censura social, na medida em que não é capaz de concretizar o afeto que sente por Lídia.
Para além disso, é obcecado pela informação da imprensa.
6.1. O arquiteto delineou o projeto. / Saramago delineou a narrativa do seu romance com mestria.
6.2. Extensão semântica.

Página 254
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Verifica
1. (A)

Página 255
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – dedução de informação implícita.

1.2. É apresentada a sociedade portuguesa dos anos 60 do século XX, reprimida pelo regime de Salazar, sendo os seus opositores perseguidos pela PIDE.

Página 258
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

1.1. Portugal vivia numa ditadura e, portanto, Ricardo Reis foi chamado para ser ouvido por membros da PVDE, de forma a que se percebesse se estava
ou não contra o regime.
1.2. Aquando do interrogatório, há intimidação, pois o agente sabe tudo sobre Ricardo Reis e afirma que o próprio deve, apenas, responder às
perguntas.
2.1. Ricardo Reis e Lídia têm uma relação muito próxima e íntima, mas sem um compromisso real. Além disso, Lídia apresenta-se subserviente a
Ricardo Reis.
3.1. Lídia, pelo seu estatuto social, não poderia acompanhá-lo nem ajudá-lo. Por sua vez, Marcenda não seria autorizada pelo pai, nem teria o
conhecimento da vida prática.
4. Sigla.

Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– indiferença do ser humano perante os acontecimentos que se sucedem à sua volta;
– busca da serenidade e paz de espírito depende da indiferença perante os problemas do mundo;
– filosofia epicurista de Ricardo Reis perante a fragilidade da existência;
– atitude de contemplação para encontrar a tranquilidade.

Página 259
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – debate.

2. Tópicos para o debate:


– incumprimento dos direitos humanos;
– problemas ambientais;
– ambição desmedida do ser humano.

Página 261
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Modalidades de reprodução do discurso.

1. A visita de Fernando Pessoa foi importante, na medida em que deixou Ricardo Reis a refletir nas relações que estabeleceu com as duas mulheres:
Lídia e Marcenda.
2.1. Marcenda revela ser cautelosa, sóbria (“Dissera à empregada que queria ser atendida em último lugar, aliás não vinha como doente” – ll. 42-43) e
decidida, quando recusa casar com Reis (“Não seríamos felizes”, l. 56).
2.2. Marcenda é equiparada a uma ave fraca, quando Reis a beija, acentuando a sua fragilidade física.
3.1. Ricardo Reis, apesar de ter carinho por Lídia, nunca a pede em casamento, pois entende que Marcenda, pelo seu estatuto social, seria a mulher
indicada para se casar consigo. Contudo, é com Lídia que conversa sobre os mais diversos assuntos e com quem mantém uma relação íntima. Assim,
gosta das duas mulheres e não consegue abandonar nenhuma delas.
4. Discurso direto: “Como tem passado, Marcenda, muito prazer em vê-la, e seu pai, como está, Bem, muito obrigada, senhor doutor, ele não pôde vir,
manda-lhe cumprimentos” (ll. 47-48); Discurso indireto: “Dissera à empregada que queria ser atendida em último lugar” (ll. 42-43).

Página 262
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Página 263
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – pontos de vista.

1.1. O cartaz apresenta a iniciativa #mandaumpoemaaocamões, que consiste em recitar um poema e partilhá-lo numa rede social.
1.2. Camões é uma figura incontornável da língua e literatura portuguesas. Dá nome a prémios literários e ao instituto promotor da lusofonia, razões
que justificam a pertinência desta iniciativa estar associada ao seu nome.

Página 265
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.
G 10: Valores semânticos; processos fonológicos.
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

1. Ricardo Reis mostra-se mais desleixado consigo próprio – “ […] agora, levanta-se tarde” (l. 1). Não toma o pequeno-almoço e levanta-se tarde –
“Quando se levanta são horas de almoçar.” (ll. 9-10).
2. O narrador, de forma irónica, utiliza o verso d’Os Lusíadas, “apagada e vil tristeza”, com o objetivo de contrapor a situação política e social de 1936 à
época dos Descobrimentos. Assim, sugere, em tom sarcástico, que o país atual é feliz e próspero, contrariamente à época de Camões.
3. Ricardo Reis mostra-se indiferente e até alheado perante a gravidez de Lídia. Questiona-a se ela pretende que a criança nasça.
4. a) Notívago; noturno; b) Pai; padre; c) Solteiro; solitário.
5. a) Assimilação e síncope; b) Palatalização; c) Sonorização.
6.1. Da janela de minha casa, avisto o rio Douro. / Tenho várias janelas abertas ao mesmo tempo, no meu computador.
6.2. Extensão semântica.

Página 267
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Funções sintáticas; modalidades de reprodução do discurso; processos irregulares de formação de palavras.
1.1. (D)
1.2. (C)
1.3. (C)
1.4. (A)
1.5. (D)
1.6. a) Acrónimo; b) Empréstimo; c) Extensão semântica.

PowerPoint®
Artigo de opinião
Processos irregulares de formação de palavras
Página 268
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: contextualizar textos literários.

Página 269
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – apreciação crítica.

1.1. Tópicos de resposta: a) Desejo de voltar a ter quem ama, mesmo sabendo que isso poderá provocar sofrimento; b) Apesar dos sentimentos que
nutre por Ricardo Reis, Lídia decide abandoná-lo e não voltar mais.

Áudio
“Volta”, Áurea e António Zambujo

Página 270
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 12: Processos de coesão.

1.1. Badajoz foi massacrada pelos nacionalistas, apoiantes do ditador Franco, e mataram milhares de pessoas, obrigando a cidade a render-se.
2.1. Lídia percebe que tem uma relação servil com Ricardo Reis e que este nunca a verá senão como sua criada. Assim, desiste do amor que nutre pelo
médico.
3. Ricardo Reis pretende compreender melhor a euforia popular perante este comício, bem como analisar o valor simbólico da praça de touros.
4. A comparação “aos poucos as coisas perdem o seu contorno como se estivessem cansadas de existir” acentua o cansaço e o desânimo de Ricardo Reis.
Assim, os objetos perdem vontade de existir, tal como Reis se revela mais desalentado, demonstrando que o final da sua vida estará próximo.
5. Coesão gramatical referencial (anáfora).

Página 271
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto oral – opinião.

2. Tópicos de resposta:
– crise financeira;
– situações de fome;
– refugiados;
– crise climática;
– ativismo jovem e voluntariado.

Página 273
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis: interpretar obras literárias.
G 10: Valor modal.

1.1. Lídia chora de angústia pelo que poderá acontecer ao seu irmão, pois sabe da intenção dos marinheiros se revoltarem.
2. Em Portugal, em 1936, vivia-se um regime ditatorial, liderado por Oliveira Salazar. A população identificava-se com o regime, excetuando-se alguns
elementos, que o tentavam derrubar, como Daniel, irmão de Lídia, que esteve envolvido na revolta dos marinheiros. Daí a tristeza de Lídia.
3. Fernando Pessoa encontrava-se abatido, pois tinha de dizer a Ricardo Reis que o tempo de ambos terminara.
4.1. Saramago altera o verso camoniano, no início da obra, dando a entender que, com a chegada de Ricardo Reis, há um novo ciclo que começa – “ […]
a terra principia”. Contudo, terminada a narrativa, percebe-se que o país se encontra amordaçado por uma ditadura, incapaz de concretizar os seus
desígnios. Por isso, no final, o narrador afirma que “ […] a terra espera”.
5. Modalidade deôntica com valor de obrigação.

Página 274
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica.

Página 275
2.1. Esta longa-metragem é considerada “filme de poesia e contemplação”, pois é um filme a preto e branco, assente num jogo de luzes e sombras. Ao
longo do filme, a poesia está presente nos diálogos, na estética, pretendendo criar no espectador um estado de contemplação, razão pela qual se
estabelece a analogia com a poesia.
3. Sugestão de resposta: Para João Botelho, Saramago era um pensador visionário. De facto, nas suas obras, encontram-se referências a problemas da
sociedade que continuam atuais na época em que vivemos.

Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
N’O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago, e em “O Sentimento dum Ocidental”, de Cesário Verde, é evidente uma crítica social. Na
verdade, no romance de Saramago, a sociedade portuguesa de 1936 é retratada numa perspetiva crítica, frequentemente através do tom irónico do
autor. O espaço triste e cinzento da cidade de Lisboa, a opressão e tirania do controle político exercido por Salazar, a perseguição da polícia política
ou a pobreza instalada, retratada através do episódio do bodo d’O Século, são exemplos da caracterização social do país, feita pelo olhar sarcástico
saramaguiano. Já em Cesário Verde, a crítica social destaca o contraste entre a burguesia, ridicularizada, por exemplo, na referência a “aquela
velha, de bandós!” ou às “burguezinhas do Catolicismo”, e o povo, “honesto” com os seus trabalhadores operários “enfarruscados, secos”. Para
além disso, a cidade é perspetivada, em ambas as obras, tal como Cesário a refere – um “vale escuro das muralhas”, onde vivem os “emparedados”,
ansiando por “amplos horizontes”. Em suma, as obras revelam uma acentuada consciência social do seu tempo.

Página 277
Em Exame

3. Tópicos de resposta:
– excertos exemplificativos: “Assim é.” (l. 26) e “Ricardo Reis não chegou a compreender as verdadeiras razões do alvoroço popular, nem isto deverá
espantar-nos, a nós e a ele, que só tinha os jornais para sua informação.” (ll. 31-34);
– o narrador intervém colocando em causa a verdade veiculada pelos jornais;
– o narrador denuncia a censura jornalística para promover a alineação popular, facto que não deve espantar ninguém.
Exemplo de resposta:
No texto, os excertos “Assim é.” (l. 26) e “Ricardo Reis não chegou a compreender as verdadeiras razões do alvoroço popular, nem isto deverá
espantar-nos, a nós e a ele, que só tinha os jornais para sua informação.” (ll. 31-34) são exemplificativos da atitude crítica e interventiva do
narrador. Neste sentido, coloca em causa a verdade veiculada pelos jornais, denunciando a censura jornalística para promover a alineação popular,
facto que não deve espantar ninguém.

Página 279
PowerPoint®
Revisão da Unidade 4 – O Ano da Morte de Ricardo Reis

Página 280
Nota: testes de avaliação sobre a unidade 4 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Interativo. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no
Dossiê do Professor.
Avaliação
Gerador de testes interativo

Página 281
Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. Quando Ricardo Reis se vai deitar, pensa em Lídia. Primeiro, sente saudade dos seus cuidados (“Em noites assim frias costumava Lídia pôr-lhe uma
botija de água quente entre os lençóis”, l. 3). Posteriormente, sente ciúmes, quando coloca a hipótese de ela dedicar a sua atenção a outros (“a quem
o estará ela fazendo agora […] sossega coração cioso”, l. 4). Por último, assim que ouve alguém bater à sua porta, pensa imediatamente em Lídia,
revelando o seu desejo de estar com ela (“Será Lídia”, l. 6).
2. No excerto, o diálogo entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis leva-os a viagens filosóficas e literárias. Por um lado, a propósito da mudança de casa por
Ricardo Reis, os dois refletem sobre a temática da solidão (“Ora, a solidão”, l. 22) e sobre o que é verdadeiramente estar só (“a solidão não é viver só, a
solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós”, ll. 23-25). Por outro lado, o diálogo leva as
personagens a viagens literárias, através da referência à poesia de Camões (“Como disse o outro, solitário andar por entre a gente”, l. 28; “serviu-se o
Camões dele”, l. 33) e ao “Imperdoável esquecimento”, por parte de Fernando Pessoa, de “não ter posto o Adamastor na Mensagem” (ll. 31-32).
3. a) 3.; b) 2.; c) 1.

Página 282
Grupo I – Parte B
4. O desejo de evasão do sujeito poético através do sonho está evidenciado nas quadras, com a repetição do verbo cantar, em que o “eu” se deixa
embalar pelo canto da ave, para se evadir, e com o vocabulário que remete para o ideal, o mundo divino e perfeito do sonho, através da referência a
“Céu” (v. 4), “luz” (v. 5) e “estrela” (v. 5).
5. O poema apresenta a possibilidade de felicidade através da evasão pelo sonho. No entanto, o verso 9 demonstra a impossibilidade dessa evasão, pela
sensação de desconforto que o vento súbito “húmido e frio” provoca. Deste modo, o “eu” conclui que só a realidade permanece, instaurando a angústia
existencial, a tristeza e a dor.

Página 283
6. (D)

Grupo I – Parte C
7. Tópicos de resposta:
Ao longo da sua deambulação, a cidade provoca ao sujeito poético:
– mal-estar físico e psicológico (“O gás extravasado enjoa-me, perturba”; “E o fim da tarde […] incomoda!” );
– desejo de evasão no tempo e no espaço (“E evoco, então, as crónicas navais: / Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!”; “Batem os carros de
aluguer, ao fundo, / Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!”);
– compaixão e solidariedade pelos mais frágeis (“Descalças!”; “Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso, / Meu velho professor nas aulas de
latim!” );
– tendência para a solidão e para a reflexão (“Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos, / Ou erro pelos cais a que se atracam botes.” );
–…

Página 285
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (B)
2. (D)
3. (C)
4. (B)

Página 286
5. (A)
6. (C)
7. (D)

Página 287
Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– várias figuras surgem sentadas num plano elevado, quase suspensas, tendo por baixo uma cidade;
– as figuras estão sentadas no nariz de uma personagem muito conhecida dos contos infantis, Pinóquio, um boneco de madeira;
– representam vários tipos sociais e profissões de poder, sendo identificadas pela indumentária e os acessórios;
– no cartoon, observamos representantes da política, da religião, das forças policiais, entre outros, que dialogam e trocam impressões de modo
cúmplice, como se se conhecessem e decidissem o destino da cidade em baixo;
– o facto de as figuras estarem sentadas no nariz do Pinóquio, que cresce quando este mente, remete claramente e de forma muito pertinente para
a mentira e, por isso, para a constatação de que todos mentem;
– de modo brilhante e sarcástico, o artista critica as classes do poder que usam a mentira e a manipulação enquanto governam a cidade;
–…

Página 289
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Verifica
1. Memorial do Convento distingue-se pelas estratégias narrativas adotadas, pelo estilo peculiar de Saramago e pela intenção de apresentar uma
perspetiva da História valorizadora da “multidão esquecida” (l. 11) que construiu o edifício, criticando a “vaidade e a ambição de um rei” (l. 8).
2. O rei exigiu que a consagração da basílica ocorresse no dia do seu aniversário, apesar de a obra não estar completa, o que evidencia o ser carácter
caprichoso e comprova a sua vaidade.

Página 290
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.

1.1. O rei era infiel, tinha relacionamentos extraconjugais, e é visto como um “rei esbanjador”.

PowerPoint®
Memorial do Convento, José Saramago

Página 292
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.
G 12: Modalidades de reprodução do discurso.

Página 293
1. a) F – O rei e a rainha ainda não têm filhos, mas, segundo o narrador, a culpa recai na rainha, pois a infertilidade nunca é culpa do rei e, além disso,
apesar de jovem, já terá os seus bastardos. b) F – O rei mandou erguer uma miniatura igual à basílica de S. Pedro, em Roma. c) V. d) F – O encontro
processa-se de forma fria e distante, apenas com o objetivo de dar herdeiros ao trono. e) V.
2.1. A rainha revela ser obediente, subjugando-se ao marido e, ao mesmo tempo, demonstra-se paciente e humilde para tentar engravidar e, assim,
agradar ao rei e ao país: “ […] nem a paciência e humildade da rainha que, a mais das preces, se sacrifica a uma imobilidade total […]” (ll. 15-16).
3. O narrador critica a visão retrógrada do papel da mulher: “Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens,
das mulheres sim” (ll. 5-6). Além disso, alude-se ao papel de Deus para que a rainha engravide: “Mas Deus é grande” (l. 20).
4. O rei demonstra ter uma adoração pela sua miniatura da basílica de S. Pedro. Assim, revela ser perfecionista, pela forma como é cauteloso com a
miniatura (“A arca […] brandões” – ll. 25-27). Além disso, é vaidoso (“Em rei seria defeito a modéstia” – l. 31) e, ainda, revela ser magnânimo, ao
demonstrar que todos o servem (“Do alto da cimalha o que elas veem não é a Praça de S. Pedro, mas o rei de Portugal e os camaristas que o servem” –
ll. 37-38).
5.1. Os percevejos apenas pretendem sugar o sangue, não fazendo distinção entre o povo e os reis (sangue azul). Desse modo, o narrador, num tom
irónico, critica a estratificação social da época.
6. Exemplos: a) “Perguntou el-rei, É verdade o que acaba de dizer-me sua eminência, que se eu prometer levantar um convento em Mafra terei filhos, e o
frade respondeu, Verdade é, senhor, porém só se o convento for franciscano” (ll. 71-73). b) “Já se murmura na corte, dentro e fora do palácio, que a
rainha, provavelmente, tem a madre seca” (ll. 3-4).

Página 294
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Verifica

1. O casal real é caracterizado de forma caricatural e irónica. A intenção do narrador é relegar para segundo plano o papel do rei e da rainha, no
desenrolar da ação, tendo em conta o objetivo de destacar as personagens que não têm poder.

Página 295
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.

1.1. Os judeus são considerados hereges, que estão espalhados por todas as classes sociais. A eles são atribuídos pactos com o demónio e feitiçaria.

Página 298
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.

1.1. O auto de fé era um momento de festa para o povo, havia bailes em frente à fogueira, o rei estava presente e vivia-se um ambiente de romaria.
Além disso, era um “espetáculo edificante”, pois a procissão dos condenados era enorme e servia de exemplo para todos os que ousassem praticar
algum ato condenável pela Inquisição, sendo que o narrador recorre, aqui, ao tom sarcástico.
2.1. Quando Blimunda estava em público, não demonstrou as suas emoções, pois não podia correr o risco de ser identificada como filha de Sebastiana
de Jesus e vir a ser perseguida pela Inquisição. Contudo, assim que chegou a casa, revelou a sua tristeza, chorando, uma vez que muito dificilmente
voltaria a ver a sua mãe.
3. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):
Num primeiro momento, o padre Bartolomeu Lourenço defende que há dois campos distintos, o de Deus e o dos homens, pondo até a hipótese de
Deus não saber quem são os homens. No entanto, segundo o padre, pela sua capacidade de criar, o homem desperta a atenção divina. Nesta
perspetiva, o homem é colocado a par de Deus, dado o estatuto de criador ser atribuído a ambos.
4. Blimunda, ao ter comido com a colher de Baltasar, simbolicamente, celebra a união entre eles, que é reforçada pela bênção que o padre Bartolomeu
lhe dá, antes de se ir embora.
5. Esta afirmação de Blimunda relaciona-se com o facto de a personagem começar a perceber que Baltasar será o homem da sua vida e, portanto, sente
que deverá respeitar a sua individualidade e não usar o seu dom para conseguir ver o interior de Baltasar.

Página 299
Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Apreciação crítica.

1. Tópicos de resposta:
– a pintura recria as personagens Baltasar e Blimunda, de Memorial do Convento, estabelecendo um diálogo entre a obra e a pintura;
– descrição das figuras representadas – Baltasar e Blimunda;
– atitude de Blimunda – cobrindo os olhos com o antebraço e comendo, para não ver Baltasar por dentro;
– a figura central é Blimunda, podendo relacionar-se com as palavras transcritas de José Saramago. A personagem feminina é forte, é ela que decide
que não quer ver Baltasar por dentro.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Verifica

1. A união entre Blimunda e Baltasar é caracterizada pela sua sinceridade. Para além disso, a cerimónia da união entre ambos, presidida pelo padre
Bartolomeu, mostra que não necessitam de um casamento com um ritual de acordo com as regras para se manterem unidos e fiéis um ao outro,
evidenciando-se, assim, a pureza e verdade dos seus sentimentos, superiores a qualquer prática ritualizada.

Página 300
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Artigo de opinião
Página 301
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Orações subordinadas;valor aspetual; processos de coesão.
1.1. (B)
1.2. (A)
1.3. (D)
1.4. (D)
2. Valor perfetivo.
3. Coesão gramatical referencial (anáfora).

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Valor aspetual
Processos de coesão textual

Página 302
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Página 303
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita.

1.1. Neste tema, a intérprete afirma que as andorinhas são rainhas, porque têm liberdade. Para além disso, o refrão (“Eu quero tirar os pés do chão /
Quero voar daqui para fora / E ir embora de avião / E só voltar um dia” ) reforça a ideia de liberdade e pode ser considerado um apelo à nação para
partir à descoberta de novas realidades e deixar a sua zona de conforto.

Áudio
“Andorinhas”, Ana Moura

Página 306
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

1. O padre Bartolomeu era apelidado de “Voador”, porque tinha feito voar mais do que um balão de ar quente.
2. Baltasar adverte o padre para o perigo de a Inquisição o perseguir, por causa da arte de voar. Todavia, Bartolomeu Lourenço demonstra-se
despreocupado, uma vez que se sente protegido pelo rei.
3. A passarola assemelhava-se a um pássaro, pois tinha asas para poder voar. Além disso, era similar a um barco, porque tinha velas, movia-se com
o vento e tinha, ainda, leme, proa, popa e formato de concha, aproximando-se da imagem de um navio com asas.
4. Baltasar hesita em aceitar a proposta do padre, na medida em que sente que tem uma fragilidade física – a falta de uma mão – que o pode
impedir de ser uma mais-valia para a construção da passarola.
4.1. Baltasar muda a sua atitude, porque o padre lhe diz que o seu gancho será ainda mais útil do que uma mão. Além disso, refere que Deus é
maneta da mão esquerda, pois há, apenas, referência, nas Escrituras, à sua mão direita.
5. O padre Bartolomeu mostra-se um homem sonhador e persistente, na medida em que quer desenvolver um engenho nunca antes visto ou
construído e não desiste da sua ideia, mesmo tendo alguns insucessos.

Página 307
6.1. Quero a chave de acesso para entrar no teu computador. / Eis a chave para a resolução correta da ficha de trabalho.
6.2. Extensão semântica.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.
Página 308
Aprendizagens Essenciais
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

Verifica

1. a) Truncação. b) Sigla. c) Empréstimo. d) Acrónimo. e) Onomatopeia. f) Amálgama. g) Extensão semântica.

Página 309
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto oral; opinião.

2. Tópicos de resposta:
– a música desencadeia processos neuroquímicos com efeitos em quatro áreas da vida humana: temperamento, stresse, imunidade e interações
sociais;
– no final da II Guerra Mundial, os músicos foram chamados ao hospital para ajudarem na recuperação das vítimas de guerra;
– estudos defendem que o canto favorece a aprendizagem de uma língua estrangeira;
– a atividade musical durante o envelhecimento ajuda a manter a saúde física e mental.

Página 312
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.

1.1. Sugestão de resposta (adaptação do Exame):


Quando Scarlatti vai ser iniciado no “segredo”, mostra-se: indiferente – “Não parecia curioso” (l. 1); calmo – “olhava tranquilo” (l. 2); cúmplice –
“disse, sorrindo, e o músico respondeu, em tom igual” (ll. 5-6).
1.2. Scarlatti refere a semelhança da máquina com uma ave e trata-a como um instrumento musical. Por fim, revela algumas dúvidas relativamente ao
voo da passarola: “se houver forças que façam levantar isto, então ao homem nada é impossível” (ll. 22-23).
2.1. O narrador discorda de Scarlatti, na medida em que as características de Baltasar não são iguais às de Vulcano (este é coxo e não maneta) e ele não
perderá Blimunda.
3.1. A referência a uma trindade terrestre remete para a associação divina: Pai, Filho e Espírito Santo, que, neste caso, pressupõe a conjugação de
esforços das três personagens para fazer subir aos céus a passarola. Assim, Bartolomeu representa o conhecimento, que se conjuga com o engenho e a
técnica de Baltasar e, também, com a magia e a intuição de Blimunda.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Texto de opinião.

2. Tópicos de resposta:
– Baltasar e Blimunda - figuras centrais de um amor total e verdadeiro, que transgride as normas sociais;
– amor carnal que consuma a relação amorosa;
– relação de cumplicidade, respeito e fidelidade;
– Blimunda rejeita ver Baltasar por dentro, pois confia nele;
– perante o desaparecimento de Baltasar, Blimunda não desiste de o procurar, durante nove anos.

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Texto de opinião

Página 313
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – debate.

1.1. Baltasar e Blimunda evidenciam uma grande alegria e euforia por verem o seu sonho concretizado.

2. Tópicos para o debate:


– baixa representatividade dos jovens nas instituições;
– saída tardia de casa dos pais;
– envolvimento em causas sociais e ambientais;
– insegurança face ao futuro.

Página 317
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1.1. a) eufórico; b) vitorioso; c) alegre; d) chora como uma criança; e) calma; f) mostra discernimento.
2.1. Inicialmente, quando a passarola levanta voo, o padre mostra-se eufórico. Assim que percebe que a máquina de voar evidencia problemas em
manter-se no ar, fica paralisado pelo choque, até voltar a liderar o grupo. Ao abandonar Lisboa, sente medo e inquietação e será o primeiro a perceber
que a passarola irá cair. Deste modo, fecha a vela e espera pela morte de forma resignada e indiferente. Quanto caem, em Monte Junto, reage de forma
pouco lúcida e, assim que o casal adormece, tenta queimar a passarola, desaparecendo de seguida.
3.1. As alusões à obra Os Lusíadas conferem um carácter épico à ação e apresentam uma proximidade entre o voo da passarola, que desperta o medo
do desconhecido, e a viagem à Índia, narrada por Camões.

Página 318
4.1. “como uma laranja na palma da mão” – comparação; “é um disco metálico retirado da forja para arrefecer” – metáfora; “branco, cereja, rubro,
vermelho” – gradação.
5. O voo da passarola simboliza a concretização de um sonho e a libertação de uma sociedade que oprime a inovação e a ciência.

Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Página 319
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 12: Expressão – texto oral; opinião.

1.1. Tópicos de resposta:


– a capa da revista reproduz uma réplica da taça do mundo, feita com petróleo, relacionando-se com o título “Os mundiais mais sujos”;
– muita da força laboral do Catar corresponde a migrantes oriundos de África e Ásia, cujos direitos humanos não são respeitados, sendo
controlados pelos empregadores;
– os trabalhadores envolvidos na construção das infraestruturas para o Mundial 2022 eram sujeitos a trabalhos forçados, sob condições climatéricas
extremas e viviam em condições precárias;
– ocorreram milhares de mortes em dez anos, desde que o país foi selecionado para a organização do Mundial;
– estes dados e a imagem da capa corroboram as palavras de José Saramago, evidenciando a “cegueira da razão” e a valorização do “triunfo do
agora”.

Página 322
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.
G 10: Processos fonológicos.
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

1. O narrador adota um tom moralista e subjetivo, pretendendo dar voz a todos os trabalhadores anónimos, que foram os responsáveis pela
concretização do sonho de D. João V.
2. Os trabalhadores não conseguiam executar o seu trabalho em segurança, expostos a condições de trabalho desumanas, a acidentes e à morte.
3. Uma rainha, descontente por ter perdido o seu papel de mulher e ser só rainha, procura um ermitão, para a ajudar a voltar a ser mulher. Após várias
conversas, o ermitão e a rainha acabam por fugir, para tentarem ser apenas homem e mulher.
3.1. A rainha da história de Manuel Milho aproxima-se da realidade da rainha D. Maria Ana, pois o seu casamento, uma relação contratual, leva a que a
rainha nunca se sinta verdadeiramente mulher.
4.1. Através deste trocadilho, o narrador pretende demonstrar que haverá sempre quem sofra e seja explorado no seu trabalho.
5. O narrador tem uma “anacrónica voz”, na medida em que narra e comenta os acontecimentos com o conhecimento e os valores de alguém
contemporâneo.
6. O transporte da pedra envolveu mais de 600 homens, que, durante oito dias, tiveram de a transportar, de forma desumana, sofrendo acidentes e até
uma morte. Quando Baltasar chega ao convento e percebe que esta pedra, em comparação com o edifício, é muito pequena, sente que o sacrifício que
fizeram ao transportá-la não se justifica.
7. a) Síncope; b) Palatalização; c) Sonorização.
8.1. Extensão semântica.

Página 323
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Artigo de opinião

Página 324
Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
L 12: Artigo de opinião.
G 12: Funções sintáticas; modalidades de reprodução do discurso; processos irregulares de formação de palavras.

2.1. (B)
2.2. (D)
2.3. (A)
2.4. (C)
2.5. (D)
2.6. a) Empréstimo (não adaptado); b) Extensão semântica; c) Sigla.

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Modalidades de reprodução do discurso
Processos irregulares de formação de palavras

Página 325
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: contextualizar textos literários.

Verifica
1. Relativamente à História, o romance Memorial do Convento introduz uma visão diferente, crítica e reflexiva, considerando que a edificação do
convento de Mafra, apesar de resultar de um desejo régio, é fruto do esforço dos construtores.
2. A expressão significa que a visão crítica que a contemporaneidade revela, acerca do passado, não tem como propósito repetir os modelos que
existiram, mas sim refletir acerca deles.

Página 326
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – identificação de informação explícita e dedução de informação implícita.
O 12: Expressão – pontos de vista.

1.1. Ao conhecer Blimunda num auto de fé, Baltasar pode viver um amor leal e apaixonado, unindo-se física e espiritualmente e concretizando, juntos, o
sonho de construção da passarola.

Página 328
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento: interpretar obras literárias.
G 10: Valores semânticos.

1. Blimunda era conhecida por “Voadora”, porque contava uma estranha história, de terra em terra, sobre um engenho voador.
2. Blimunda transportava o espigão de ferro de Baltasar, que simbolizava a fidelidade que mantinha relativamente ao seu companheiro.
3.1. O número sete remete para a ideia de totalidade e de renovação, após o final de um ciclo, neste caso o encontro de Baltasar no auto de fé (“Seis
vezes passara por Lisboa, esta era a sétima” – l. 37). Por sua vez, o número nove associa-se a um fim e a um recomeço (“Nove anos procurou Blimunda”
– l. 19). A conjugação dos dois números está ligada ao reencontro e à união eterna de Blimunda e de Baltasar.
4.1. Esta referência temporal remete para a circularidade da obra, uma vez que Blimunda e Baltasar se conheceram há vinte e oito anos, num auto de fé.
Neste momento final do enredo, Blimunda encontra novamente Baltasar, num auto de fé.
5. A última frase do excerto remete para a união eterna de Baltasar e Blimunda, uma vez que Blimunda recolhe a vontade do seu companheiro, ficando
espiritualmente consigo.
6. a) Notívago; noturno; b) População; popularidade; c) Ocular; oculista.

Página 329
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 12: Apreciação crítica.

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Apreciação crítica

Página 330
2.1. O autor faz esta afirmação pois, com este romance, José Luís Peixoto presta homenagem a José Saramago, dialogando com algumas das suas obras,
ou seja, “alimentando-se” da sua literatura.
3. Tal como as pinturas cubistas são marcadas pelas formas geométricas, apresentando as figuras a três dimensões, também nesta obra é possível
identificar várias obras de José Saramago (ll. 18-20). Assim, a comparação mostra que, a partir de Autobiografia, o leitor terá outra perspetiva da obra
saramaguiana.
4. Segundo o autor, José Luís Peixoto, com este obra, confunde “ […] ainda mais as fronteiras sempre ténues entre realidade e ficção, vida e obra” (ll. 35-
36). Esta afirmação associa-se ao poema “Autopsicografia”, que aborda o tema do fingimento artístico, assumindo que “O poeta é um fingidor”, no que
diz respeito à criação literária.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 12: Exposição sobre um tema.
EL 12: Comparar textos de diferentes épocas.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
Em Memorial do Convento, de José Saramago, e n’Os Lusíadas, de Luís de Camões, apresenta-se uma caracterização da figura do rei muito
diferente.
Na verdade, a figura de D. João V é retratada de forma caricatural, irónica e trocista, até. A intenção do autor é demonstrar que os defeitos de
carácter do rei o expõem como alguém cuja ação prejudica os seus súbditos. Exemplos desta visão caricatural são a forma como o rei se relaciona
com a rainha e a infantilidade da construção de uma miniatura da basílica de S. Pedro.
Por outro lado, Camões apresenta uma visão da figura régia repleta de esperança na juventude do monarca, dando sugestões didáticas de como
deve ser a ação governativa de D. Sebastião, como, por exemplo, sugerindo ao rei que esteja presente junto dos seus súbditos, dando destaque aos
mais experientes.
Em suma, os autores apresentam perspetivas diferentes do exercício do poder régio.

Página 331
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia
e Flexibilidade Curricular, se o professor o pretender desenvolver com a turma.

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa
Página 333
3. Tópicos de resposta:
– padre Bartolomeu Lourenço: pregador, autor de sermões muito famosos, sendo até comparado a padre António Vieira; atravessa um momento
de perda de fé que causa dificuldade na construção do sermão;
– a ironia “que Deus haja e o Santo Ofício houve” (l. 36) realça, através do jogo com o verbo haver, a dimensão espiritual de padre António Vieira,
que merece o descanso eterno (“Deus haja” ), apesar de ter tido um destino negativo e injusto, a prisão pelo Santo Ofício, que o “houve”.
Exemplo de resposta:
Na última frase do excerto, o narrador apresenta outra faceta do padre Bartolomeu Lourenço, para além da de mentor da passarola: a sua atividade
de pregador, autor de sermões muito famosos, sendo até comparado a padre António Vieira. No entanto, esta sua faceta de orador exímio é posta
em causa, uma vez que o padre não consegue produzir um discurso plausível e eloquente. De facto, este apresenta dificuldade na construção do
sermão por atravessar um momento de perda de fé, que o leva a temer ser descoberto pelo Santo Ofício. Deste modo, a ironia presente em “que
Deus haja e o Santo Ofício houve” (l. 36) realça, através do jogo com o verbo haver, a dimensão espiritual de padre António Vieira, que merece o
descanso eterno (“Deus haja” ), apesar de ter tido um destino negativo e injusto, a prisão pelo Santo Ofício, que o “houve”.

Página 335
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Revisão da Unidade 4 – Memorial do Convento

Página 336
Nota: testes de avaliação sobre a unidade 4 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Interativo. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no
Dossiê do Professor.

Avaliação
Gerador de testes interativo

Página 337
Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. No primeiro parágrafo, estão presentes duas linhas de ação. Por um lado, a referência à delimitação do terreno e às pedras portuguesas remete
para a linha de ação da construção do convento (“Estas pedras são o primeiro alicerce do convento”, l. 3). Por sua vez, através da passagem do casal
por Mafra, identifica-se a linha de ação protagonizada por Baltasar e Blimunda (“não falou Blimunda, não lhe falou Baltasar, apenas se olharam”,
ll. 11-12).
2. A metáfora “olharem-se era a casa de ambos”, presente na linha 12, realça a plenitude e a cumplicidade do amor vivido entre Baltasar e Blimunda,
em que o simples ato de se olharem se traduz em proteção, segurança e conforto. Em contraste, o casamento régio é determinado por procuração, sem
amor (“tanto lhes fazia gostarem-se como não”, ll. 23-24), tendo a rainha a única função de dar herdeiros à coroa.
3. (B)

Página 339
Grupo I – Parte B
4. No diálogo, intervêm o Escudeiro, o Moço e Inês. O Escudeiro dirige-se ao Moço, delegando nele a responsabilidade de vigiar e enclausurar Inês na
sua ausência, apesar de não o recompensar. Deste modo, evidencia o seu carácter falso, opressivo e tirano, remetendo a esposa a uma existência
submissa. Por sua vez, o diálogo entre o Escudeiro e o Moço é revelador da pelintrice e falsidade do Escudeiro, que nem dinheiro tem para alimentar o
Moço, sendo ridicularizado, enquanto representante deste tipo social.
5. No monólogo, Inês responsabiliza-se por ter optado pela aparente “discrição” e ter acreditado que, enquanto escudeiro, o pretendente fosse
cavaleiro, honrado e respeitador, “em suas casas macios, / e na guerra lastimeiros” (vv. 49-50). No entanto, percebeu o seu engano, constatando que a
mesma pessoa que “mouros mata” (v. 52) também “sua mulher maltrata, / sem lhe dar de paz um dia!” (vv. 53- 54), vendo o seu ideal de amor
frustrado.
6. (D)

Parte C

7. Tópicos de resposta:
– Os Lusíadas, de Luís de Camões: o poeta critica a sociedade sua contemporânea, lamentando os seus vícios. Assim, censura:
– Canto V: o desprezo das artes e das letras e a consequência da falta de incentivo a novos heróis;
– Canto VII: a falta de reconhecimento do seu trabalho e mérito, aspeto inviabilizador do incentivo a futuros escritores;
– Canto VIII: o poder corruptor do ouro, que tudo compra, levando a traições e atrocidades cometidas pelo ser humano;
– Canto X: a decadência moral do país e a falta de reconhecimento pátrio;
–…

Página 341
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (A)
2. (B)
3. (D)
4. (C)
5. (A)

Página 342
6. (D)
7. (B)

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– o mal no mundo tem profundas origens históricas, na medida em que, ao longo da História, o ser humano tem assistido às mais perversas ações
contra outros seres humanos; por exemplo, o Holocausto, o inominável atentado aos judeus, em que um grupo é dizimado aos olhos de todo o
mundo; a consciência desta brutalidade é importante para que estas ações não se repitam;
– o ser humano, a título individual, tem uma ação crucial para impedir que o mal se perpetue no dia a dia, assumindo uma atitude de denúncia e
intervenção; veja-se o caso da violência doméstica, em que, ao longo dos anos, muitas situações eram conhecidas mas ignoradas, deixando as
vítimas à mercê do agressor; neste sentido, as campanhas de sensibilização ajudam a mudar mentalidades e levam a população a agir;
–…

Página 343
Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Ensaio sobre a cegueira, de Fernando Meirelles (2008), cuja didatização foi
pensada de acordo com o conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor, caso
o entenda, aceder na íntegra, através de várias plataformas.
2. a) Cegueira: no sentido literal, remete para as pessoas que não conseguem ver; no sentido metafórico, mostra como se pode olhar sem ver, cego para
a verdade e a realidade; b) Tristeza, revolta, angústia, perplexidade, incompreensão; c) O vírus que afetou toda a população no filme remete para a
atualidade: a Covid--19; a crise de valores que emerge em situações-limite; d) A crítica social prende-se com a cegueira metafórica que domina o ser
humano, que não quer ver realmente o que se passa à sua volta.
3.1. (B)
3.2. (A)

4. Tópicos de resposta:
— o enredo apresenta uma distopia em que a humanidade é atacada por um vírus desconhecido e fica cega, uma cegueira branca;
— o elenco é constituído por personagens de várias nacionalidades, raças, de diferentes classes sociais e de várias idades, sendo que no filme não
possuem nome. Este anonimato permite alargar a crítica, mostrando que o vírus não escolhe pessoas;
— as várias cenas do filme ocorrem com rapidez, desde o aparecimento do primeiro cego até à quarentena dos cegos no manicómio e a fuga final.
— no final, de forma brilhante, a visão é recuperada da mesma forma que foi perdida, ou seja, de um momento para o outro, o ser humano deixa de
ver, é dominado pela cegueira, mas depois vê, lançando a esperança para que o ser humano, para além de olhar, veja e, para além de ver, também
repare.

Página 346
Aprendizagens Essenciais
O 10: Compreensão – documentário; reportagem.

Aplica | Documentário
1. Marcas de género do documentário: proximidade com o real: o documentário é conduzido pela voz de José Saramago; informação seletiva e
representativa: o escritor explica que Memorial do Convento pode ser considerado um manifesto contra o poder da Coroa e da Igreja, lendo-se excertos
selecionados da obra; diversidade de registos: opinião do escritor sobre Portugal e D. João V expressa na 1.ª pessoa, enquanto autor e enquanto
português.

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Documentário
Reportagem
Página 347
Aplica | Reportagem
1. Marcas de género da reportagem: variedade de temas: trabalho remoto; desemprego jovem em Portugal; multiplicidade de intervenientes: Carmo
Costa; Vânia Fonseca; Luísa Veloso; alternância entre 1.ª (entrevistados) e 3.ª pessoas (repórter); informação seletiva: condições de trabalho remoto
em Portugal; desemprego jovem; dados estatísticos; vantagens e riscos de Portugal ser visto como um paraíso digital; relação entre o todo e as partes:
apresentam-se diferentes perspetivas sobre Portugal estar a transformar-se num paraíso digital.

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – discurso político; debate.

Aplica | Discurso político


1.1. Trata-se de um discurso de natureza argumentativa, proferido por uma entidade que ocupa um cargo de natureza política. Capta a atenção do
público, fazendo uso de uma linguagem apelativa e mantendo um discurso assertivo e persuasivo, em que o presidente da Ucrânia apresenta
argumentos para mostrar que o seu país sairá vitorioso da invasão russa.

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Discurso político

Página 348
Aprendizagens Essenciais
O 12: Compreensão – debate.

Aplica | Debate
1.1. No excerto, evidenciam-se as seguintes marcas de género do debate: presença de moderador, que inicia o debate e dá a palavra aos
participantes; respeito pelo princípio de cortesia por parte de todos os intervenientes; apresentação de argumentos para fundamentar a opinião,
por parte de Afonso Eça; apresentação de contra-argumentos, por parte de João Pedro Videira.

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Debate

Página 349
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – exposição sobre um tema.

Aplica
2. Algumas marcas: elucidação do tema – Modernismo português –, devidamente comprovado com exemplos ao nível da pintura e da literatura;
carácter demonstrativo e objetivo; enunciação na 3.ª pessoa; frases de tipo declarativo; concisão e objetividade; formas verbais no presente do
indicativo.

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Exposição sobre um tema

Página 350
Aprendizagens Essenciais
O 10/11: Expressão – exposição oral.

Aplica

1.2. Tópicos de resposta:


– descrição do mural: em primeiro plano, predomínio do azul e vermelho, em dois jovens abraçados, a olhar para o infinito; ambos agarram, cada
um com a sua mão, um corta-cavilhas, com que terá sido cortado o cadeado que sai do coração do jovem; em segundo plano, os prédios e um
avião, remetendo para uma cidade a preto e branco;
– interpretação: o abraço dos jovens e o cadeado solto remetem para a liberdade, uma vez que o coração não está trancado, estará pronto
(“Ready” – título da obra) para partir em busca de um sonho.

Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral
Página 351
Aprendizagens Essenciais
L 10: Relato de viagem.

Aplica
1.1. a) “Esta tarde é de outubro.” (l. 1); “pedregosa margem espanhola do Douro” (ll. 6-7); “Neste momento” (l. 11); “há de estar em Bragança, no
Museu do Abade de Baçal” (l. 12).
b) Momentos narrativos: “O viajante abre a janela do quarto […] de muita sorte” (ll. 1-3). Momentos descritivos: “o que vê é a pedregosa margem
espanhola do Douro, de tão dura substância que o mato mal lhe pôde meter o dente” (ll. 6-8).
c) “Sem dúvida, pode abanar a cabeça e murmurar: ‘Como o mundo é pequeno…’.” (ll. 14-15).

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Relato de viagem

Página 352
Aprendizagens Essenciais
L 10: Cartoon.

Aplica

1. Trata-se de um cartoon icónico, que questiona a uma situação do quotidiano, aludindo a uma situação social, a violência contra as mulheres. As luvas
de boxe representam o sexo masculino, penduradas no ícone, que representa o sexo feminino. Trata-se, portanto, de um tema atual ,que continua a ser
marcante para a sociedade.

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Cartoon

Página 354
Aprendizagens Essenciais
L 11: Discurso político.

Aplica
1.1. “a UNESCO está empenhada em salvaguardar a educação, a cultura, a ciência e a informação, pois são as sementes de uma paz duradoura“ (ll.
7-9); “A UNESCO prossegue este compromisso na área da educação” (l. 14).
1.2. Capacidade de expor e argumentar, apresentando argumentos (ll. 23-24) e respetivos exemplos (ll. 14--18); carácter persuasivo, através do uso de
verbos no modo conjuntivo – “a UNESCO apela a todos os atores da sociedade para que se comprometam a defender e a trabalhar pela paz” (ll. 25-26).
1.3. Faz-se um apelo à sociedade para que se comprometa a defender e a trabalhar pela paz (ll. 25-27).

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Discurso político
Síntese

Página 356
Aprendizagens Essenciais
L 10: Exposição sobre um tema.
E 10: Síntese.

Aplica

1.1. Algumas marcas de género:


– apresentação de informação factual: “Os investigadores provaram recentemente que é possível estabelecer uma ligação entre memristores e
neurónios biológicos. O trabalho foi publicado na ACS Applied Eletronic Materials.” (ll. 7-8);
– fundamentação das ideias com exemplos: “Estes dispositivos podem ser implantados no cérebro para fomentar a neuroestimulação em pacientes
com doença de Parkinson ou epilepsia, por exemplo.” (ll. 9-10);
–frases de tipo declarativo; formas verbais no presente do indicativo: “O objetivo é guardar a informação e transferi-la para um conjunto neuronal,
repondo a memória que foi guardada.” (ll. 15-17);
– léxico especializado: “fabricação dos memristores” (ll. 4-5); “rede neuromórfica” (l. 15).
1.2. Proposta de textualização:
Uma equipa de neuroinvestigadores trabalha sobre a possibilidade de associar componentes eletrónicos ao cérebro humano, tendo provado que é
possível estabelecer uma ligação entre memristores e neurónios biológicos. Com o objetivo de possibilitar a reposição de memórias, a vantagem
desta nova fase da investigação é que pode levar a terapêuticas inovadoras para distúrbios neurológicos. (54 palavras)

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Exposição sobre um tema
Síntese

Página 357
Aprendizagens Essenciais
L 10/11/12: Apreciação crítica.

Aplica
1.1. Apresentação do objeto – obra conjunta de Annie Ernaux – e a sua descrição sucinta (ll. 9-10); apresenta uma linguagem valorativa –
“surpreendeu […] honestidade.” (ll. 23--25); “O tema […] ‘paixão simples’” (ll. 26-27). Para além disso, faz um comentário final.

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Apreciação crítica

Página 358
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Artigo de opinião
Texto de opinião

Página 359
Aprendizagens Essenciais
L 11/12: Artigo de opinião.
E 11/12: Texto de opinião.

Aplica

1.1. Algumas marcas de género:


– apresentação de argumentos e respetivos exemplos: argumento: “é indisputável que a ciência dilatou e continua a alargar o prazo de validade
humano de forma substancial” (ll. 6-8); exemplo – “A título de exemplo, em julho deste ano foi inaugurado, em Cambridge, Inglaterra, um laboratório de
biotecnologia, Altos Labs, devotado ao retardamento do envelhecimento […]” (ll. 16-17);
– discurso valorativo: “Esta solução coloca questões complexas.” (l. 23); “A resposta na minha modesta opinião é negativa […]” (l. 26);
– linguagem expressiva através do uso de interrogações retóricas: “O ser humano pode ser qualificado como tal se vive in machina? Trata-se da mesma
pessoa ou de um clone sem conhecimento dos pensamentos, sentimentos e atos da pessoa clonada?” (ll. 23-25);
– mobilização de vocabulário adequado ao tema: “imortalidade virtual” (l. 19); “substituição gradual de partes do cérebro por chips” (ll. 20-21); “prolongar
a longevidade” (l. 31).
1.2. Tópicos de resposta:
– riscos da imortalidade;
– problemas de envelhecimento;
– inteligência artificial / emoções;
– forma como o ser humano encara a vida e a morte;
– epicurismo e estoicismo.

Página 360
Aprendizagens Essenciais
EL 10: Poesia trovadoresca.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– cantigas de amigo: manifestação de estados de espírito como saudade (“Sedia-m’ eu na ermida de Sam Simion”), inquietação pela ausência do amigo
(“– Ai flores, ai flores do verde pino”) ou ressentimento (“Levad’, amigo, que dormides as manhanas frias”);
– cantigas de amor: coita de amor, provocada pela inacessibilidade da amada (“Se eu podesse desamar”), e louvor à “senhor” (“Quer’eu em maneira de
proençal”).

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Poesia trovadoresca

Página 361
Aprendizagens Essenciais
EL 10: Crónica de D. João I.

Aplica
1. Tópicos de resposta:
– papel do povo na luta por um bem comum, impedindo o domínio castelhano;
– capítulo XI: união do povo, dirigindo-se aos paços da rainha para salvar o Mestre;
– capítulo CXV: papel do povo na defesa da cidade de Lisboa durante o cerco, manifestando espírito de patriotismo;
– capítulo CXLVIII: capacidade de sacrifício do povo, durante o cerco de Lisboa, resistindo, apesar das provações e do sofrimento.

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Crónica de D. João I

Página 362
Aprendizagens Essenciais
EL 10: Farsa de Inês Pereira.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– jovens que anseiam a liberdade através do casamento (Inês Pereira);
– função protetora das mães;
– função social das alcoviteiras;
– vida imoral dos clérigos (Ermitão);
– relações de poder e opressão dos maridos sobre as mulheres (Brás da Mata sobre Inês);
– oposição entre o ser e o parecer (Brás da Mata).

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Farsa de Inês Pereira

Página 363
Aprendizagens Essenciais
EL 10: Luís de Camões, Rimas.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– a experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor (“D’Amor e seus danos” ) – beleza do amor e seus efeitos contraditórios como tema universal e
intemporal;
– reflexão sobre a vida pessoal (“Erros meus, má fortuna, amor ardente” ) – infortúnio e sofrimento do ser humano como tema transversal a todas as
épocas da humanidade;
– mudança (“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” ) – o ser humano continua a assistir à inevitável mudança do mundo.

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Rimas

Página 364
Aprendizagens Essenciais
EL 10: Luís de Camões, Os Lusíadas.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– reflexões do Poeta – momentos em que Camões reflete sobre os valores e princípios do Portugal do seu tempo;
– desprezo pelas artes e pelas letras (canto V) mantém-se atual, de acordo com notícias que indicam um orçamento reduzido para investir na cultura em
Portugal, corroborado pelos baixos índices culturais do povo português;
– poder corruptor do dinheiro (canto VIII) continua a fazer parte do quotidiano, com os vários casos de corrupção que chegam à justiça.

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Os Lusíadas

Página 365
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– alegoria do Sermão de Santo António – parte de uma realidade figurada, para mostrar os comportamentos incorretos dos seres humanos;
– louvores e repreensões aos peixes – exemplificar com alguns peixes a crítica social subjacente;
– alegoria como estratégia central do sermão, aproximando os peixes dos seres humanos.

PowerPoint®
Sermão de Santo António

Página 366
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– ato I: agouros de Telmo, que recusa aceitar o desaparecimento de D. João de Portugal;
– ato II: mudança para o palácio onde Madalena vivera com D. João, concentrando a ação num espaço antigo, triste e melancólico;
– ato III: morte física de Maria (catástrofe – característica da tragédia grega) – desenlace final.

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Frei Luís de Sousa

Página 367
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– Simão Botelho – herói romântico, determinado em lutar para conseguir viver livremente o seu amor com Teresa;
– intolerância às injustiças sociais – intervém violentamente na defesa do criado que foi espancado por “quebrar algumas vasilhas”;
– defesa da liberdade pessoal, não controlando os impulsos que lhe toldam a razão – por amor a Teresa, assassina Baltasar Coutinho.

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Amor de Perdição

Página 368
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– através dos eventos sociais, revelam-se os vícios e defeitos da sociedade portuguesa oitocentista;
– jantar no Hotel Central: crítica ao atraso cultural;
– corridas no hipódromo: crítica à imitação dos modelos estrangeiros;
– jantar do conde de Gouvarinho: crítica à mediocridade e à falta de cultura dos responsáveis políticos;
– sarau no Teatro da Trindade: ausência de espírito crítico.

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Os Maias
Página 369
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– dualidade na poesia de Antero: a sua obra é marcada, por um lado, pela inquietação e ansiedade, que configuram a angústia existencial, e, por outro
lado, pela busca incansável do Ideal, que traria a felicidade;
– Exemplos de poemas: “O Palácio da Ventura” configura a angústia existencial, pois o “eu” nada encontra onde esperava encontrar o seu ideal de
felicidade; “A um poeta” remete para as configurações de um ideal, destacando o poema a missão social da poesia, pois o “eu” desafia os poetas a
assumirem o seu papel de intervenção na sociedade, denunciando e lutando contra as injustiças, na demanda por um mundo melhor.

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Os Sonetos Completos

Página 370
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– estruturação do poema, seguindo uma ordem cronológica;
– referências a Camões e a Os Lusíadas, símbolos de um passado glorioso de Portugal;
– subversão da matéria épica, pois o “eu” revela o seu desalento face à realidade que observa;
– desfasamento entre a realidade observada e a realidade desejada.

PowerPoint®
“O Sentimento dum Ocidental”

Página 371
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, poesia do ortónimo e dos heterónimos.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– Fernando Pessoa, ortónimo e heterónimos;
– temas da poesia de Fernando Pessoa ortónimo;
– temas da poesia dos heterónimos;
– diversidade dos heterónimos: bucolismo de Alberto Caeiro, Classicismo de Ricardo Reis e modernidade de Álvaro de Campos.

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Fernando Pessoa, poesia do ortónimo
Fernando Pessoa, poesia dos heterónimos

Página 372
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Fernando Pessoa, Mensagem.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– D. Sebastião como o mito que representa o drama de um país decadente;
- crença no regresso messiânico de D. Sebastião, após o seu desaparecimento na batalha de Alcácer Quibir;
– D. Sebastião como símbolo do sonho que conduz o ser humano a ultrapassar os seus limites.

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Mensagem, Fernando Pessoa
Página 373
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Contos.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– “Sempre é uma companhia” – isolamento do interior alentejano; dureza das condições de vida;
– “George” – emigração; visão da mulher; solidão;
– “Famílias desavindas” – estratificação social; corrupção; subornos.

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“Sempre é uma companhia”, Manuel da Fonseca
“George”, Maria Judite de Carvalho
“Famílias desavindas”, Mário de Carvalho

Página 374
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Poetas contemporâneos.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– Ana Luísa Amaral: representações do contemporâneo – responsabilidade cívica; maternidade; condição feminina. Tradição literária – linhas
intertextuais com poetas como Jorge de Sena ou Fernando Pessoa.
– Eugénio de Andrade: representações do contemporâneo – sonho de liberdade; solidão; palavra. Tradição literária – lirismo medieval; poesia popular
portuguesa.
– Miguel Torga: representações do contemporâneo - dor humana; luta pela liberdade; repressão. Tradição literária – intertextualidade com Mensagem,
de Fernando Pessoa.

PowerPoint®
Poetas contemporâneos – Ana Luísa Amaral, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Manuel Alegre

Página 375
Aprendizagens Essenciais
EL 12: José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– deambulação de Ricardo Reis pela baixa lisboeta;
– encontro de uma Lisboa bem diferente daquela que Camões cantara, sendo a deambulação geográfica o ponto de partida para a viagem literária, com
reminiscências da poesia de Cesário e Camões;
– conversas entre Ricardo Reis e Fernando Pessoa.

PowerPoint®
O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

Página 376
EL 12: José Saramago, Memorial do Convento.

Aplica

1. Tópicos de resposta:
– reinado de D. João V e sua megalomania;
– casamentos por conveniência (D. João V e D. Maria Ana);
– exploração do povo (construção do convento de Mafra; transporte da pedra de Pêro Pinheiro);
– Inquisição e autos de fé (referência a Sebastiana de Jesus e condenação de Baltasar).

PowerPoint®
Memorial do Convento, José Saramago
Página 377
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Elementos constitutivos do texto poético.

Página 378
Aprendizagens Essenciais
EL 12: Analisar o valor de recursos expressivos para a construção do sentido do texto.

Página 381
Aprendizagens Essenciais
G 10: Origem, evolução e distribuição do português no mundo.

PowerPoint®
Origem, evolução e distribuição geográfica do português no mundo

Página 382
Nota: Poder-se-á assistir ao discurso do secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa, que reafirma a missão da CPLP de unir esforços para continuar a
valorizar a língua portuguesa no mundo.
Hiperligação: https://secretariadoexecutivo.cplp.org/

Página 383
Aprendizagens Essenciais
G 10: Processos fonológicos.

Nota: O professor pode dar aos alunos mnemónicas de apoio ao estudo dos processos fonológicos:
Supressão – ASA (tira)
Inserção – PEP (põe)

PowerPoint®
Processos fonológicos

Página 384
Aprendizagens Essenciais
G 12: Processos irregulares de formação de palavras.

Página 385

Aplica

1. a) Sigla; b) Amálgama; c) Extensão semântica.


2. a) Ateliê (empréstimo adaptado; os restantes são empréstimos não adaptados); b) OHCHR (sigla; os restantes são acrónimos); c) Motard (empréstimo
não adaptado; os restantes são truncações).

PowerPoint®
Processos irregulares de formação de palavras

Aplica
1.1. Arcaísmos ortográficos: “ficarom”; “quiserom”; “poserom”. Arcaísmo sintático: “nas vilas que por Castela tomarom voz”.

Página 386
Tema: Empreendedorismo.

Nota: Em algumas secções das Páginas de consulta, os exemplos de frases ou palavras que servem as explicações gramaticais, bem como os exercícios,
contêm informações relevantes para os alunos, sobre temas de interesse cultural universal.

Página 392

Aplica

1.1. diminuição – nome comum; escolar – adjetivo qualificativo; mais – advérbio de quantidade e grau; sempre – advérbio de tempo; Alguns – pronome
indefinido; outros – pronome indefinido; seus – determinante possessivo; que – pronome relativo; enfrentam – verbo transitivo direto; para –
preposição simples; quer – locução coordenativa disjuntiva; vaticina – verbo transitivo direto; é – verbo copulativo; que – pronome relativo; e –
conjunção coordenativa copulativa; uma – determinante artigo indefinido; Isto – pronome demonstrativo; que – conjunção subordinativa substantiva
completiva.

Página 393
Aprendizagens Essenciais
G 10: Processos de formação de palavras.

Aplica

1. a) pré-aviso – palavra formada por derivação por prefixação; as restantes palavras são formadas por composição. b) revista – palavra simples; as
restantes palavras são formadas por derivação por sufixação.
2. a) Derivação não afixal; b) Conversão; c) Conversão; d) Derivação não afixal.

PowerPoint®
Processos de formação de palavras

Página 394
Aprendizagens Essenciais
G 11: Valores semânticos.

Aplica

1. a) Avesso; adverso; b) Cátedra; cadeira; c) Clamar; chamar; d) Leal; legal; e) Parábola; palavra; f) Padre; pai.
2. a) significado antigo: rude; significado atual: rígido; b) significado antigo: abundância; significado atual: imitação; c) significado antigo: capacidade
criadora; significado atual: invenção; fiel; d) significado antigo: que oprime; significado atual: que não admite delongas; e) significado antigo: notícia,
novidade; significado atual: recente, jovem; f) significado antigo: desejo, vontade; significado atual: habilidade.

PowerPoint®
Valores semânticos

Página 395
Aprendizagens Essenciais
G 10/11/12: Funções sintáticas.
Tema: Direitos Humanos.

PowerPoint®
Funções sintáticas
Página 399
Aplica

1. a) Complemento do nome. b) Complemento do adjetivo; predicativo do sujeito. c) Complemento do nome; predicativo do complemento direto. d)
Sujeito; modificador restritivo do nome. e) Complemento do advérbio. f) Modificador apositivo do nome; modificador. g) Complemento do advérbio.

Página 400
Aprendizagens Essenciais
G 11: Divisão e classificação de orações.
Tema: Interculturalidade.

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Coordenação e subordinação

Página 403
Aplica

1. a) Uma vez que a cultura é dinâmica e se transforma ao longo dos tempos – oração subordinada adverbial causal; b) que é necessário que os cidadãos
reflitam mais sobre ela – oração subordinada adverbial consecutiva; que os cidadãos reflitam mais sobre ela – oração subordinada substantiva
completiva; c) que modelou o mundo nos últimos 50 anos – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; d) Se bem que se reconheça a diversidade
étnico-cultural – oração subordinada adverbial concessiva.
2. a) 3; b) 2; c) 3; d) 1; e) 4; f) 1.

Página 404
Aprendizagens Essenciais
G 10: Valores modais.

Tema: Saúde mental.

Aplica

1. a) Modalidade epistémica, valor de certeza.b) Modalidade epistémica, valor de probabilidade.c) Modalidade deôntica, valor de obrigação.

PowerPoint®
Valor modal

Página 405
Nota: Apesar de o valor temporal não constar explicitamente das Aprendizagens Essenciais, os autores entendem que é um conteúdo gramatical que
deve ser integrado na abordagem do valor aspetual.

Página 406
Aprendizagens Essenciais
G 12: Valor aspetual.

Tema: Saúde mental.

Aplica

1. a) 2; b) 1; c) 4; d) 5; e) 3.

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Valor aspetual
Página 407
Aprendizagens Essenciais
G 10: Registos de língua.

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Registos de língua

Página 408
Aprendizagens Essenciais
G 10: Anáfora como mecanismo de coesão e progressão do texto.

G 11/12: Processos de coesão textual (gramatical e lexical).

Tema: Ambiente.

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Processos de coesão textual

Página 409

Aplica

1. a) 5; b) 3; c) 6; d) 2; e) 4; f) 1.

Página 410
Aprendizagens Essenciais
G 11/12: Modalidades de reprodução do discurso.

Aplica

1.1. Discurso indireto livre: “Ah, se a mulher não vem aviar o rapazito é porque não quer, pois está a ouvir muito bem o que se passa ali na loja!” (ll. 3-4).
O enunciado mantém a expressividade do original, bem como as características do discurso direto, com ausência do verbo introdutor. Discurso direto:
“– Cinco tostões de café!” (l. 1). O enunciado apresenta a reprodução literal da enunciação, respeitando as marcas de pessoa, tempo e espaço da
enunciação original.

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Modalidades de reprodução do discurso

Página 411
Aprendizagens Essenciais
G 10: Atos de fala.
Tema: Altruísmo.

Aplica

1. a) Ato de fala assertivo. b) Ato de fala declarativo. c) Ato de fala diretivo. d) Ato de fala compromissivo. e) Ato de fala expressivo.f) Ato de fala
compromissivo.g) Ato de fala expressivo.

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Atos de fala

Página 412
Aprendizagens Essenciais
G 11: Deíticos.
Aplica

1.1. Deítico espacial.


1.2. a) “logo” e “já” (l. 7); b) “Esta” (l. 1).

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Deíticos

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