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Português, 11.

º ano

Guia do Professor
Págs. 12-13

Aprendizagens Essenciais
EL 11: projeto de leitura.
O 11: Expressão – pontos de vista.

Pensa fora da caixa


1.1. A – Tailândia; B – Estados Unidos; C – França; D – China; E – Sri Lanka; F – Rússia.
1.2. Sugestão de resposta:
O aluno poderá apresentar como argumentos: o ambiente em que se lê; a concentração que se confere à leitura; a leitura como momento de partilha; a leitura como ato reflexivo; o prazer
de ler.

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – tema.
O 11: Expressão – tema; pontos de vista.

1.1. A leitura é um processo eterno, uma vez que nunca seremos um leitor perfeito, completo. Para Afonso Cruz, o leitor, quanto mais lê, mais vai aprimorando a capacidade de
interpretação.
1.2. Tópicos de resposta:
– o “leitor literal” pode ser perigoso porque não tem capacidade de interpretação;
– não é capaz de interpretar e fazer juízos de valor sobre aquilo que lê. Tome-se como exemplo a dificuldade em interpretar um texto de opinião ou um editorial quando não se têm hábitos
de leitura;
– acredita em tudo o que lê, não sendo capaz, por exemplo, de identificar notícias falsas.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Apreciação crítica.
L 10: Cartoon.

1. Tópicos para a apreciação crítica disponíveis no Dossiê do Professor – Materiais de apoio e no Manual Digital.

Págs. 14-15

Leitura | Gramática (retoma)


Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião; leitura crítica e autónoma; tema e pontos de vista; intencionalidade comunicativa.
G 10: Orações subordinadas; anáfora como mecanismo de coesão; valor modal; funções sintáticas.

1.1. O tema do texto é a falta de hábitos de leitura.


1.2. A leitura começa por ser apresentada como algo menos cativante do que outros entretenimentos. No entanto, o narrador apresenta vários argumentos para comprovar que a tese inicial
não é válida: cita Antonio Basanta, para mostrar que há sempre tempo para ler. Por outro lado, cita Henry Miller para mostrar que, sendo uma atividade exigente, a leitura deve ser um
processo lento e ponderado. Acrescenta que a leitura pode ser contagiosa, tal como uma peste ou a religião, referindo-se às palavras de Héctor Abad Faciolince. Termina fazendo um apelo
à leitura.
1.3. Tal como uma peste, também a literatura pode ser contagiosa, transmitindo-se por via oral e ficando alojada nos livros.

1.3.1. Resposta livre.

Nota: o ícone G assinala os itens que incidem sobre conteúdos gramaticais.

2. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – “que parecem bastante mais apelativos”.

3. “leitores”.

1
3.1. Trata-se da anáfora.
4. Modalidade apreciativa.

5. a) 3. b) 1. c) 3.

Pág. 17

Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.
E 11: Apreciação crítica; texto de opinião.

Perfil dos Alunos


O professor poderá organizar um DAC em função das obras selecionadas ou temas dominantes.

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Projeto de leitura

Págs. 18-19

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Fahrenheit 451, de Ramin Bahrani (2018).
1. a) temperatura a que o papel dos livros incendeia e começa a queimar; b) no passado, apagavam fogos; no presente, queimam livros; c) o facto de serem proibidos; d) os livros alteram
as pessoas, fazem-nas ficar descontentes e infelizes.
3.1. Sugestão de resposta:
a) O mundo dos livros.
b) A destruição dos livros.
c) Momentos de dúvida.
d) Os livros são lixo.
e) Curiosidade.
f) Educação.
g) Benjamin Franklin.
h) Domínio da tecnologia.
i) Revolucionários / Enguias.

4. Sugestão de resposta:
O aluno poderá apresentar as cenas em que os livros são destruídos e os leitores perseguidos como as mais impressionantes, devido ao facto de essa realidade lhe ser alheia.

5. Sugestão de resposta:
– as diferentes perspetivas presentes nos livros vão ao encontro ou colidem com as sensibilidades de cada leitor;
– através da leitura somos transportados para um outro mundo;
– a tecnologia está a dominar o mundo e a sobrepor-se aos livros.

6. Sugestão de resposta:
O aluno poderá apresentar como argumentos: por um lado, as ideologias presentes nos livros podem levar a desentendimentos; por outro lado, a vontade de adquirir conhecimento, bem
como a paixão pelos livros, nunca irá desaparecer.
7.1. Tópicos de resposta:
– a artista criou uma instalação artística inspirada na Torre de Babel, feita com livros, por um lado, porque Buenos Aires, na Argentina, foi a capital Mundial do Livro 2011, e, por outro lado,
para unir todos os povos através do livro;
– o capitão Beatty faz referência à Torre de Babel para explicar a Montag que o objetivo de fazer desaparecer as várias línguas consiste numa estratégia para eliminar a confusão e os mal-
entendidos provocados pela linguagem.
8.1. Sugestão de resposta:
– a tecnologia exerce atualmente total domínio na vida humana;
– a falta de leitura é um obstáculo à imaginação;
– o livro é um objeto que funciona como um escape aos problemas do dia a dia;
– através dos livros, adquire-se conhecimento sobre várias realidades.

Págs. 22-23

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, se organize um debate ou um ciclo de debates sobre o discurso de ódio, que poderá funcionar como um domínio de autonomia
curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como História, Desenho, Inglês, Francês, Espanhol, Geografia, Economia.

1.1. A – Discriminação pela nacionalidade;


B – Discriminação pelo género;
C – Discriminação pela cor de pele;

2
D – Discriminação pela orientação sexual;
E – Discriminação económica.

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – discurso político.
O 11: Expressão – pontos de vista; exposição oral.

1.2. a) tsunami de ódio;


b) líderes políticos; instituições de ensino; media; sociedade civil, atores religiosos; sociedade, em geral;
c) as instituições de ensino devem focar-se na alfabetização digital, porque os jovens são alvos fáceis para os extremistas que navegam na Internet;
d) cada pessoa deve insurgir-se contra o discurso de ódio, tratar todos com dignidade e aproveitar as oportunidades para espalhar a bondade.
1.3. Resposta livre.
2.1. Resposta livre.
Por exemplo: impactante; inclusivo; reflexivo.
Nota: este cartaz integra o movimento #respectbattles, uma campanha protagonizada por cinco figuras do hip-hop português, cujo objetivo é combater crimes e o discurso de ódio. Para
além dos cartazes, a campanha contempla vídeos, disponíveis no sítio da APAV.

Págs. 26-27

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: contextualizar textos literários; aquisição de saberes relacionados com as obras literárias.

Verifica
1. A oratória de Vieira considera aspetos estilísticos como o “jogo dos sinónimos e antónimos” e a “interpretação alegórica”, que vão ao encontro da retórica, de que Vieira foi professor e
que valoriza aspetos estilísticos, como as inflexões de voz, o porte, o andar, a posição das mãos, de entre outros. Ora, este facto faz da pregação um “espetáculo teatral”, de acordo com a
estética que o Barroco apresenta, enquanto arte da sugestão, da representação e do cenográfico.
2. (B)

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: contextualizar textos literários.

Verifica
1. (A)

Pág. 29

Pré-leitura | Oralidade

Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.

1.1. O cronista manifesta desaprovação relativamente à vandalização da estátua de padre António Vieira.
1.2. Padre Grande.
2. Verdadeiras: a); d).
Falsas: b) O jesuíta era odiado pelos colonos portugueses do Maranhão e considerado herético pelo Santo Ofício. c) Padre António Vieira explicou aos homens do seu tempo a causa das
diferentes colorações da pele. e) Segundo o cronista, aqueles que se movem no “lado escuro do mundo” são incapazes de perceber a mensagem de padre António Vieira.

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Sermão de Santo António

Págs. 30-31
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Articulação entre frases; processos de coesão textual.

1. b) doutrina; c) ouvintes ou crentes; d) “não salga” (l. 5); e) “se não deixa salgar.” (l. 6); f) “os pregadores não pregam a verdadeira doutrina” (ll. 6-7); g) “os ouvintes […] a não querem
receber.” (ll. 7-8); h) “os pregadores dizem uma coisa e fazem outra;” (l. 9); i) “os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem que fazer o que dizem.” (ll. 10-11); j) “os pregadores se
pregam a si e não a Cristo;” (l. 11); k) “os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites.” (ll. 12-13).
2. O conceito predicável é “Vos estis sal terrae” e, alegoricamente, significa que os pregadores (“Vos” ) são o sal da terra, isto é, são responsáveis por conservar o bem e passá-lo para os
seus ouvintes (“terrae” ), para que estes o conservem.

3
3. O orador, através de um paralelismo, serve-se das conjunções coordenativas disjuntivas e copulativas com o objetivo de colocar várias hipóteses e, assim, perceber qual a origem da
corrupção da terra: os pregadores ou os ouvintes.
4.1. As interrogações retóricas têm por objetivo captar a atenção do auditório, pois implicam uma mudança de tom do orador e, ao mesmo tempo, uma reflexão por parte dos ouvintes.
5. O argumento de autoridade “Quod si sal evanuerit, in quo salietur? Ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatur foras, et conculcetur ab hominibus”
(ll. 16-17), neste caso as palavras de Cristo, confere credibilidade à argumentação produzida por padre António Vieira.
6. a) O ritmo musical resulta das repetições anafóricas e do paralelismo introduzido pela conjunção disjuntiva “ou”; b) A quebra de ritmo surge com a pergunta retórica (“Não é tudo isto
verdade?”) e posterior afirmação do orador (“Ainda mal.” ); c) Estas oscilações de ritmo captam a atenção dos ouvintes e são um bom exemplo das estratégias da retórica.
7. (A)

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Coordenação e subordinação

Pág. 33

8. a) lançá-lo fora; b) ser pisado por todos; c) mudar o púlpito; d) mudar o auditório; e) imitar Santo António e pregar aos peixes.
9.1. O orador refere que Santo António foi generoso, persistente, determinado, crente, convicto, …
9.2. Santo António foi sal da terra e do mar, ao contrário dos “Santos Doutores da Igreja”, que foram, apenas, sal da terra.
10. Padre António Vieira revela que o sal da sua doutrina, “qualquer que ele seja, tem tido nesta terra uma fortuna […] parecida à de Santo António em Arimino” (ll. 52-53), isto é, queixa-
-se de os seus ouvintes não quererem seguir a sua doutrina.
11. A invocação com que o pregador encerra o primeiro capítulo, “Ave Maria” (l. 63), tem por objetivo invocar Nossa Senhora (algo comum nas pregações) e, por outro lado, o facto de Maria
significar “Senhora do mar” (l. 62) adequa-se à situação de padre António Vieira, que se encontrava junto do mar a pregar, dirigindo-se, alegoricamente, aos peixes.
12. (D)
13. “cidade de Arimino” (l. 29).

Pág. 34

Aprendizagens Essenciais
G 11: Processos de coesão textual (gramatical e lexical); progressão temática, coerência e coesão.

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Processos de coesão textual

Págs. 36-37

Verifica
1. A) 3. B) 1. C) 4. D) 2. E) 5.
2.1.1. (B);
2.1.2. (C);
2.1.3. (A).
2.1.4. (D).
2.2. Coesão gramatical referencial, através de uma elipse.

Págs. 38-39
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Processos de coesão textual.

1. a) conservar o são; b) preservar o são para que não se corrompa; c) louvar o bem; d) repreender o mal; e) louvar as virtudes; f) repreender os vícios.
2. a) são os únicos animais que não se domam nem domesticam (ll. 16-17);
b) não acreditam no homem e fogem dele (ll. 23-26); c) são serviçais e deixam-se amansar (ll.17-19); d) reconhecem que dependem do sustento do homem (ll. 22-23); e) louva o facto de
estarem longe dos homens porque “quanto mais longe dos homens, tanto melhor” (ll. 26-27; 37-39).

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Págs. 40-41

3. Os peixes devem manter-se afastados dos homens para evitarem o cativeiro. Apesar de o homem proporcionar o sustento aos animais, serve-se deles. O pregador dá o exemplo do cão.
Este tem direito a um osso, mas é levado, pela trela, para onde não quer ir. Também os tigres e os leões têm direito a receber comida, mas estão presos.
3.1. O objetivo global do sermão é defender os índios do Maranhão e condenar a sua exploração. Assim, tal como os peixes se devem afastar do ser humano, também os índios se devem
manter longe dos colonos.
4. A gradação diz respeito ao afastamento ou isolamento crescente dos peixes: “mares e rios” < “pegos” < “grutas”, ou seja, parte do local menos isolado para o mais isolado. Esse facto é
valorizado pelo pregador, que exorta os peixes a afastarem-se do ser humano.
5. Coesão lexical através de reiteração.

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. Tema: racismo.


Para provar que o racismo existe, os intervenientes apresentam argumentos como a diferença com que olhamos uns para os outros ou o facto de haver pouca diversidade nas pessoas com
quem convivemos. Apresentam-se exemplos pertinentes: o facto de se usarem expressões como “Um olho no burro outro no cigano” ou “Ele é black” ou de se contarem piadas racistas
mostra que o preconceito existe. O músico Ary Rafeiro dá o exemplo de uma situação em que o filho de cinco anos reproduz as palavras racistas do pai. Conclui-se que, apesar de haver
muita informação, há ainda muito a fazer e que não é necessário discutir se o racismo existe ou não, mas sim decidir o que fazer para o eliminar da sociedade.

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Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: contextualizar textos literários.

Verifica
1. (C)
2. Existe uma relação de causa e efeito entre os dois segmentos, pois o facto de Vieira ter criticado os colonos do Maranhão de forma tão assertiva leva a que ele se tenha visto obrigado a
abandonar os territórios onde pregou o sermão.
3. Através da alegoria, padre António Vieira indica características dos peixes que representam, alegoricamente, características morais.

Pág. 43

Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias.
G 11: Articulação entre frases.

1. a) “peixezinho tão pequeno no corpo e tão grande na força e no poder” (ll. 3-4); b) “não sendo maior de um palmo, se se pega ao leme de uma nau da Índia, apesar das velas e dos
ventos e de seu próprio peso e grandeza, a prende e amarra mais que as mesmas âncoras” (ll. 4-6); c) “O leme da natureza humana é o alvedrio; o piloto é a razão: mas quão poucas
vezes obedecem à razão os ímpetos precipitados do alvedrio?” (ll. 10-11); d) estabelecer uma analogia entre a sua força e a força das palavras de Santo António, sendo determinante na
moderação dos impulsos.
2.1. Os vícios são a soberba – “com as velas inchadas do vento” (l. 14), a vingança – “fúria, até que composta a ira e ódio” (ll. 20-21), a cobiça – “sobrecarregada até às gáveas e aberta
com o peso por todas as costuras, incapaz de fugir, nem se defender” (ll. 22-23) – e a sensualidade – “sempre navega com cerração, sem sol de dia, nem estrelas de noite, enganados do
canto das sereias” (ll. 27-28).
2.1.1. As naus encontraram a salvação, seguindo as palavras de Santo António. Por esta razão, estabelece-se uma analogia entre a força da palavra de Santo António e a força da rémora,
que, apesar da sua pequenez, consegue mudar o rumo das naus.
3. (B)

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Sermão de Santo António

Págs. 44-45

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11 – Compreensão: discurso político.

1.2. Na intervenção, está presente a dimensão ética e social, bem como o carácter persuasivo do discurso. Destaca-se:
– o uso do vocativo – apóstrofe inicial;
– frases com valor imperativo – “Isto tem de parar”;
– o recurso a interrogações retóricas – “Porque é que a palavra se tornou tão desconfortável?”;
– o uso de anáforas – “Julgo que é correto poder tomar decisões acerca do meu corpo. Julgo que é correto que as mulheres se envolvam nas decisões que afetam a minha vida. Julgo que
é correto que, socialmente, eu receba o mesmo respeito que um homem.”

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Discurso político
Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 11: Discurso político.

1. A metáfora sugere a ideia de que Kamala Harris sente a responsabilidade do cargo que ocupa, honrando o esforço de outros políticos anteriores a si.

2. A oradora tenciona apelar para o sentimento patriótico dos ouvintes, despertando no auditório um impulso para agir com o objetivo de concretizar a “aspiração americana”.

3. “Durante o movimento pelos direitos civis, o Dr. King lutou pela justiça racial e pela justiça económica. A aspiração americana foi o que conduziu as mulheres desta nação, ao longo da
história, a exigirem direitos iguais […]” (ll. 16-19) – partilha de valores; “a coragem de ver além da crise, de fazer o que é difícil, de fazer o que é correto, de nos unirmos, de acreditarmos
em nós mesmos, de acreditarmos no nosso país, de acreditarmos no que podemos fazer juntos.” (ll. 28-30) – apelo ao bem comum.
4. Para além da dimensão ética e social, identifica-se também a capacidade de expor e argumentar, apresentando argumentos e exemplos (ll. 13-23). Estão, também, presentes marcas de
eloquência, como a enumeração (ll. 5-11) ou a anáfora (l. 24).

Págs. 46-47
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias; leitura autónoma de partes de obras; recursos expressivos.

1. O pregador critica a exploração social dos pobres pelos poderosos, a antropofagia social. Ao apresentar o principal defeito dos peixes – comerem-se uns aos outros –, critica a
exploração do ser humano, pois os peixes grandes comem os pequenos (ll. 4-5), o que concretiza o “Grande escândalo […]” (l. 3).
2. O verbo comer ocorre várias vezes, sugerindo a ideia de exploração do ser humano pelo seu semelhante, conforme o exemplo do segundo parágrafo. Para Vieira, a antropofagia não
deveria ser uma prática comum entre os seres humanos civilizados, daí que a repetição desta forma verbal, associada ao seu valor polissémico, destaque a vasta dimensão da antropofagia
social que o pregador pretende criticar.
3. Para captar a atenção do auditório, o pregador, no último parágrafo, associa a apóstrofe à interrogação retórica. Vieira tenta atingir dois dos objetivos da eloquência – delectare, movere.
O pregador concretiza a função do sermão de delectare, através do uso da apóstrofe, da interrogação retórica e das frases exclamativas. Contudo, o seu objetivo é alcançar o movere, para
que os homens deixem de se explorar, alterando os seus comportamentos.

Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião.
1.1. No capítulo IV do sermão, Vieira critica o facto de os homens se prejudicarem uns aos outros, sendo que, tal como os peixes, os grandes comem os pequenos. No artigo, Portugal é
visto como um peixe pequeno que, segundo Eduardo Lourenço, entrou tardiamente na Europa contemporânea. O país é associado àquele que está sentado a um “cantinho da mesa” dos
ricos e a uma ervilha, quando comparado à “maçã de Nova Iorque”. Esta analogia demonstra a desigualdade existente entre povos e nações.

1.2. O texto demonstra a atualidade das palavras de Vieira, uma vez que os peixes grandes continuam a comer os peixes pequenos, pois as desigualdades sociais continuam presentes na
atualidade.

Págs. 48-49

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – debate.

1.1. a) A luta de Martin Luther King Jr. e o ódio que gerou num conjunto de pessoas.
b) A história avança através da luta das pessoas.
c) A relação que temos com o passado nunca é a que queremos.
d) Há uma incompreensão genérica sobre o passado.
e) Retirar símbolos de poder faz parte do processo de instalação de uma nova ordem, mas não é o que está a acontecer.
f) A retirada da estátua de Saddam Hussein, de Lenine ou mesmo de Salazar correspondeu à destruição de símbolos de poder, quando se quis instaurar uma nova ordem.
g) A simplificação permanente das figuras históricas é preocupante, pelo que devemos defender o direito a uma certa ambiguidade.

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Debate

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Artigo de opinião

6
Pág. 51

Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião.
G 11: Processos de coesão textual.

1.1. (C)
1.2. (B)
1.3. (D)
1.4. (C)
1.5. (A)
1.6. (B)

2. Coesão lexical, por substituição, hiperónimo por hipónimos.

Págs. 52-53

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Texto de opinião – planificação; textualização; revisão.

1. Tópicos de resposta:
– A memória, porque se relaciona com o passado, estabelece a ligação entre o presente e esse passado;
– Lembrar o passado (mesmo aquele de que o ser humano não se orgulha) é uma forma de evitar a sua repetição, construindo-se um presente melhor;
– Existe uma incompreensão genérica do passado, pelo que, muitas vezes, quem comete estes atos de vandalismo não tem conhecimento profundo sobre a figura histórica que pretende
atingir. É o caso da vandalização da estátua de padre António Vieira;
– Cada pessoa é fruto do passado e dos erros cometidos, bem como das lutas que se travaram e das aprendizagens que se conseguiram;
– A vandalização de monumentos não altera o passado;
– É o conhecimento do nosso passado que nos ajuda a evoluir no presente.

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Texto de opinião
Avaliação
Rubrica de Escrita – Texto de opinião

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – seleção e registo de informação.

1.1. A curta-metragem apresenta uma visão negativa do ser humano, visto como alguém que explora os animais, desrespeita a natureza, não tem qualquer tipo de preocupação ambiental,
não olha a meios para atingir os fins, pensa apenas em si e busca apenas o poder, destruindo tudo o que o rodeia.

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Sermão de Santo António

Pág. 54
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
E 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Processos de coesão; progressão temática; funções sintáticas.

1. a) “uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?!” (ll. 4-5);
b) apesar de serem muito pequenos, emitem um som muito forte – “porque haveis de roncar tanto?” (l. 6); c) os roncadores representam as pessoas arrogantes, presunçosas e que exibem
a sua soberba. d) “Mas o fiel servo de Cristo, António, […] ninguém houve jamais que o ouvisse falar em saber ou poder, quanto mais blasonar disso. E porque tanto calou, por isso deu
tamanho brado.” (ll. 43-46).
2. O orador apresenta esta afirmação para reforçar que quem tem poder habitualmente fica em silêncio, não precisa de se exibir ou autopromover.
3. Por exemplo: coesão lexical por reiteração – “regra geral” – e coesão gramatical interfrásica – “Contudo”.

Pág. 56

4. a) “porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados que jamais os desaferram.” (ll. 51-52).
b) colam-se aos maiores, aproveitando-se deles. c) estes peixes representam as pessoas oportunistas e o parasitismo social. O orador critica o aparelho colonial português, porque não há
nenhum vice-rei ou governador que parta para as conquistas sem ir rodeado de uma larga comitiva. d) “Mas António também se fez menor, para se pegar mais a Deus.”
(ll. 90-91).

7
5. Através desta frase, o pregador apela a que os pegadores deixem de ser parasitas do seu hospedeiro ou acabarão por morrer com ele, pagando pelos pecados que ele cometer.

Pág. 58

6. a) “Dir-me-eis, voador, que vos deu Deus maiores barbatanas que aos outros de vosso tamanho.” (ll. 117-118). b) os voadores usam as suas características físicas de forma ambiciosa:
“Pois porque tivestes maiores barbatanas, por isso haveis de fazer das barbatanas asas?!” (ll. 118-119). c) estes peixes representam a ambição desmedida, a vaidade e a ostentação,
características de vários seres humanos. d) “Não estendeu as asas para subir, encolheu-as para descer;” (ll. 165-166).
7. Os voadores, tal como Simão Mago e Ícaro, perante diferentes situações, foram demasiado ambiciosos. A consequência das suas atitudes levou-os a fins trágicos, nomeadamente a
morte, no caso dos voadores e de Ícaro.
8. Por exemplo: “Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? […] Se acaso vos não conheceis, olhai para as vossas espinhas e para as vossas escamas, […]” (ll. 113-116).
9. Através das interrogações retóricas presentes nas linhas 158, 161-162 e 165, o orador introduz novos elementos que relaciona com a informação já referida, captando a atenção do
auditório.

Págs. 60-61

10. a) “capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma
mansidão.” (ll. 175-177). b) “é o maior traidor do mar” (l. 179); “o polvo é o que abraça e mais o que prende.” (ll.187-188); “escurecendo-se a si, tira a vista aos outros” (l. 190). c) o polvo
representa a traição, a hipocrisia e a falsidade, criticando-se aqueles que enriquecem, enganando os demais. O pregador compara o polvo a Judas, considerando-o pior que este. d) “Mas
ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano. E sabei também
que, para haver tudo isto em cada um de nós, bastava antigamente ser português, não era necessário ser santo.” (ll. 210-213).
11. A expressão “hipocrisia tão santa” associa duas ideias contraditórias, identificando-se a antítese e, também, a ironia. Esta relaciona-se com a expressão “aparência tão modesta”,
destacando-se, neste caso, o advérbio de intensidade “tão”, que confere um tom irónico à afirmação. Desta forma, o pregador critica os falsos e os hipócritas, alegoricamente representados
pelo polvo.
12. Modificador restritivo do nome.

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: contextualizar textos literários.
E 11: Apreciação crítica.

Páginas cruzadas
Tópicos de resposta:
– a imagem apresenta dois homens que seguram um cartaz com a ilustração de um peixe; o homem mais forte e corpulento envolve com os braços outro homem mais baixo, que assume
uma posição submissa; os cartazes ilustram esta dinâmica: o cartaz usado pelo homem mais alto mostra um peixe maior, de olhar agressivo, boca aberta e dentes afiados, parecendo
engolir o peixe do outro cartaz, pequeno e inofensivo.
– o cartoon revela uma crítica ao abuso de poder que alguns homens exercem sobre outros. Esta análise surge ilustrada no sermão de Vieira, sobretudo através da alegoria entre os peixes
e os homens que se “comem uns aos outros”, ou seja, a crítica aos homens que se aproveitam do seu semelhante. Também na epopeia camoniana surge a crítica ao homem e às suas
ações de espoliação do seu semelhante, como, por exemplo, no canto VIII, o julgamento ao poder do ouro que a todos corrompe e que tem impacto “quanto no rico, assi como no pobre”.

Manual Digital

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Os Lusíadas
Apreciação crítica
Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica

Págs. 62-63

Em Exame
2. Tópicos de resposta:
– delectare – o pregador sensibiliza o auditório através da função emotiva;
– processo retórico ilustrativo do delectare – a alegoria que estrutura a caracterização do polvo, através, por exemplo, da comparação (“O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece
um monge”, l. 3) e da construção anafórica (“Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo, faz-se pardo”, ll. 10-11);
– movere – apelo ao auditório por parte do orador para que este altere o seu comportamento;
– processo retórico ilustrativo do movere – o uso do imperativo (“Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade”, l. 18).
Exemplo de resposta:
O excerto concretiza dois dos objetivos da eloquência – delectare e movere.
Por um lado, através do delectare, o pregador sensibiliza o auditório, pelo recurso à alegoria, que se concretiza pela comparação (“O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um
monge”, l. 3) e construção anafórica (“Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo, faz-se pardo;”, ll. 10-11). Por outro lado, através do uso do
imperativo (“Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade”, l. 18), percebe-se o apelo feito ao auditório por parte do orador para que este altere o seu comportamento, concretizando-se
assim um dos objetivos da eloquência, o movere.
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – seleção e registo de informação relevante.

8
1.1. Tópicos de resposta:
a) perseguições na Segunda Guerra Mundial; leis de Jim Crow; Apartheid;
b) barreiras que as pessoas têm de enfrentar na educação, no emprego, na saúde, na justiça, na cultura; pessoas discriminadas, excluídas, estigmatizadas, atacadas ou até assassinadas;
c) há que pôr fim ao racismo e à discriminação, apelando a que cada cidadão contribua para a mudança necessária. Para tal, é essencial promover uma educação de qualidade para todos,
desenvolver o conhecimento e o pensamento crítico para melhor se compreender o passado, incentivar a diversidade cultural, valorizar as gerações mais jovens; d) a responsabilidade de
agir para a mudança está em cada um de nós – “Diga o que pensa! Aja!”.
Intenção persuasiva: depois dos exemplos e das críticas, apresentam-se propostas e incentiva-se à ação através do uso de frases imperativas.

Págs. 64-65
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Padre António Vieira, Sermão de Santo António: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Articulação entre frases.

1.1. O orador afirma que os peixes devem agradecer a Deus por terem sido excluídos do sacrifício do seu sangue e vida, devendo-Lhe respeito e reverência por esta escusa. Os peixes
nunca são animais escolhidos para os sacrifícios rituais, porque, como não vivem fora da água, chegariam mortos ao altar. Todavia, há muitos homens que chegam ao altar mortos, ou seja,
em pecado mortal. Desta forma, o orador conclui que os peixes são beneficiados em relação aos homens, “porque melhor é não chegar ao sacrifício, que chegar morto”.
2. a) “Louvai, peixes, a Deus, os grandes e os pequenos” (ll. 15-16);
b) “O motivo principal de serem excluídos os peixes foi porque os outros animais podiam ir vivos ao sacrifício, e os peixes geralmente não, senão mortos;” (ll. 8-10).
3. a) 1.; b) 2.; c) 4.
4. O orador recorre a estratégias persuasivas eficazes:
– inicia a peroração com uma referência ao conteúdo do sermão, afirmando que fará a “última advertência” (l.1);
– utiliza argumentos de autoridade como a referência ao texto do Antigo Testamento;
– recorre aos peixes como exemplo para mostrar aos homens que devem mudar o seu comportamento, sob pena de chegarem a Deus com a alma morta (ll. 8-13).
5. (D)

Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Pág. 66

Manual Digital

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Revisão da Unidade 1

Págs. 68-69

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 1 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. O peixe torpedo apresenta como característica principal o facto de, no momento em que está a ser pescado, se defender através da produção de descargas elétricas que fazem tremer o
braço do pescador, obrigando-o a largar a cana. Neste sentido, o peixe simboliza o arrependimento que os homens devem ter face à sua ação corrupta, tremendo ao ouvir a pregação e
alterando o seu comportamento. Ao estabelecer um paralelismo entre a simbologia do peixe torpedo e os homens, o pregador critica o facto de estes não se arrependerem da sua ação
(“Pois é possível que, pescando os homens coisas de tanto peso, lhes não trema a mão e o braço?!”, ll. 15-16).
2. (A)

3. Santo António, através da sua palavra, fez tremer vinte e dois pescadores, ou seja, conseguiu demovê-los de ter comportamentos desonestos e corruptos. Assim, o orador eleva o valor e
a força da doutrina pregada pelo santo que encaminha quem o ouve para o bem.

Pág. 70

Grupo I – Parte B
4. Tópicos de resposta:
– contexto histórico: o sermão foi proferido por Vieira no Brasil, em São Luís do Maranhão, tendo como finalidade repreender as ações corruptas dos colonos que escravizavam os indígenas
para proveito próprio;
– crítica às ações do auditório: através de uma alegoria, o orador denuncia os defeitos gerais dos peixes para acusar os homens de se aproveitarem uns dos outros, sendo mais grave o facto
de serem “os grandes que comem os pequenos”, ou seja, “os pequenos são o pão quotidiano dos grandes”; todos os defeitos dos peixes enunciados pelo pregador têm o seu correspondente
nos comportamentos dos homens, que também são “roncadores” inconsequentes, “pegadores” parasitas, “voadores” ambiciosos e traidores como o “polvo”.

9
Págs. 72-73
Leitura e Gramática

Grupo II
1. (D)
2. (B)
3. (B)
4. (C)
5. (A)
6. (D)
7. (C)

Escrita
Grupo III

Tópicos de resposta:
– a ciência e a técnica são muito importantes e estão, inquestionavelmente, na base do progresso da humanidade. Veja-se o desenvolvimento da robótica e da inteligência artificial, que têm
por base todas as conquistas que se foram fazendo ao nível do conhecimento científico e tecnológico;
– na base de todas as conquistas feitas está o sonho, o grande impulsionador do progresso. É a ânsia de obter melhores condições de vida e até de vencer a fragilidade humana que leva a
humanidade a progredir e a ter a ousadia de ultrapassar até as questões éticas inerentes à criação dos robôs e à manipulação genética, por exemplo.

Págs. 74-75

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Invictus, de Clint Eastwood (2009), cuja didatização foi pensada de acordo com o conteúdo de Educação Literária
abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor, caso o entenda, aceder ao filme, na íntegra, através de várias plataformas.
1. O filme retrata a ação pacífica de Nelson Mandela, enquanto presidente da África do Sul. Através do râguebi, o desporto nacional, o país une-se, quebra as barreiras raciais e as guerras
civis dão lugar à tolerância numa luta comum: vencer o campeonato mundial de râguebi. Padre António Vieira, através do Sermão de Santo António, também apela à boa ação dos
pregadores para que, seguindo o exemplo de Santo António, espalhem a doutrina e lutem contra a corrupção existente no Brasil.

2.1. Nelson Mandela, licenciado em direito, fundou a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), que lutava contra as leis do Apartheid. Acusado de conspiração, Mandela foi
condenado a prisão perpétua. Com a condenação internacional do Apartheid, Mandela é libertado e ao sair da prisão faz um discurso que apela à reconciliação do país. Em 1993, Mandela
recebe o Prémio Nobel da Paz pela sua luta pelos direitos civis e humanos. Em 1994, é eleito presidente da África do Sul e termina com o longo período de opressão vivido no país.
Padre António Vieira, de origem mestiça, nasceu em Portugal e foi com seis anos para o Brasil (Baía). Tornou-se o mais importante pregador português, sendo diplomata em várias cortes
europeias e, mais tarde, missionário no Maranhão, onde lutou contra a opressão dos índios por parte dos colonos portugueses. Ambas as figuras se caracterizam pela luta pelo bem-
-estar dos seres humanos.
3.1. (D)
3.2. (A)
3.3. (B)
4.1. (A)

Págs. 78-79
Pensa fora da caixa
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, se crie um podcast, que poderá funcionar como um domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do
decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão participar neste projeto disciplinas como História, Inglês, Francês, Espanhol, Geografia, Economia.

1.1. Exemplo A – Aristides de Sousa Mendes salvou milhares de vidas, concedendo vistos a judeus que, perseguidos pelos nazis, seriam exterminados. Para isso, teve a coragem de
desafiar o regime de Salazar, mas não desistiu de heroicamente lutar pelo outro. Exemplo B – Carolina Beatriz Ângelo lutou pelo direito ao seu voto, levando a que se abrissem
precedentes quanto ao papel político da mulher na sociedade. Para isso, enfrentou heroicamente o tribunal, não desistindo de lutar pelo que acreditava ser justo.
1.2. b); f); h); j); l).

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Voluntariado.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – exposição oral.

1. a) dar a conhecer histórias inspiradoras;


b) são histórias de altruísmo e entrega ao outro;
c) o amor é para ser partilhado e celebrado;
d) tornar o mundo melhor – compromisso cívico.
2.1. A – Limpar o lixo das praias; B – Proteger os animais; C – Plantar uma árvore; D – Distribuir alimentos; E – Apoiar os mais velhos; F – Reciclar.

Pág. 80

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: contextualizar textos literários.

10
Págs. 82-83

Nota: A leitura da obra pode ser acompanhada da visualização da adaptação cinematográfica Quem és tu?, de João Botelho (2001), podendo o professor, caso o entenda, aceder ao filme
na íntegra, através de várias plataformas.

Pré-leitura | Oralidade

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.

1. Exemplo de resposta:
a) atriz de teatro, cinema e televisão; encenadora; frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa; fundou vários grupos de teatro; fez teatro; fundou a Barraca
em 1975; é uma das mais prestigiadas e premiadas atrizes portuguesas; … b) peça dos meados do século XIX, 1843, que apresenta características de drama romântico e da tragédia; c)
apaixonado por teatro; criou o Teatro Nacional, o Conservatório Nacional e um instituto que fiscalizava a qualidade do teatro; foi ministro da cultura e diplomata; …
d) patriotismo; presença de um herói patriota com um fim trágico (morte social e clausura no convento); e) regra das três unidades: tempo (um dia), ação (uma ação), lugar (um lugar); f) duas
ações diferentes; passam-se vinte e um anos; dois espaços diferentes.

Nota: A fixação do texto segue a edição mencionada na referência bibliográfica. Contudo, para efeitos didáticos, a ortografia foi atualizada.

Manual Digital

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Frei Luís de Sousa

Págs. 84-85

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Articulação entre frases; processos de coesão textual.

1. a) ao fim da tarde; b) final do século XVI (1599); c) sala luxuosamente decorada com vasos, flores, tapeçarias, cadeiras, tamboretes, com duas janelas viradas para um terraço e voltadas
para o rio Tejo. Duas portas e a presença de um retrato de um cavaleiro; d) a decoração sugere um local próprio da alta sociedade (nobreza), que se revela culta (livros), mas também
religiosa (retratos); e) a decoração da sala configura um espaço confortável e luminoso, acolhedor e feliz.
2.1. Nos excertos das duas obras, é possível compreender que D. Inês e D. Madalena amam os seus companheiros. Contudo, D. Inês amava sem preocupações, contrariamente a D.
Madalena, que vivia com “contínuos terrores” (ll. 23-24), não usufruindo plenamente do seu amor.
3.1. No primeiro momento (ll. 18-21), D. Madalena revela serenidade, paz e até felicidade. No entanto, a partir da linha 21, em particular a partir do uso do conector “Mas”, a personagem
feminina demonstra medo e angústia.
3.2. “Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha!” (ll. 25-26).
4.1. As frases inacabadas, os pontos de exclamação, as interrogações e as interjeições marcam um discurso tipicamente romântico, em que D. Madalena transmite um estado emocional
angustiado. Neste monólogo, percebe-se que D. Madalena vive um conflito interior, na medida em que ama o seu marido, mas o passado atormenta-a.
5. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa (“que ainda me não deixaram […] o seu amor”) e oração subordinada adjetiva relativa restritiva (“que me dava o seu amor”).
6. c)
7.1. “o” – “o estado em que eu vivo” (l. 23); “ele” – Manuel de Sousa Coutinho.
7.2. Coesão gramatical referencial.

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Processos de coesão textual

Pág. 91
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G: Atos de fala.
1.1. a) Personagem romântica que vive angustiada pela possibilidade do regresso do seu primeiro marido, D. João de Portugal. Casada em segundas núpcias com Manuel de Sousa
Coutinho, de quem tem uma filha, Maria; b) Fidalgo, bom português, casado com D. Madalena e pai de Maria. É um cavaleiro de Malta; c) Jovem de treze anos, bastante madura e
perspicaz para a sua idade. Fisicamente frágil; d) Primeiro marido de D. Madalena, a quem amava profundamente. Honrado cavaleiro e fidalgo; e) Escudeiro, amigo e confidente de D.
Madalena. Nutre por Maria uma afeição muito especial; f) Batalha de Alcácer Quibir; g) Tentativas de encontrar D. João de Portugal; h) Casamento de D. Madalena com Manuel; i)
Nascimento de Maria; j) Momento em que decorre a ação.
2. “Às palavras, às formais palavras daquela carta […] ‘vivo ou morto, Madalena, hei de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste mundo’” (ll. 142-146).

3. Os apartes de Telmo revelam a sua crença no facto de que D. João de Portugal estará vivo (“Terá…” – l. 43) e de que Maria terá um destino trágico.

4.1. Telmo considera que Maria poderia ter nascido em “melhor estado” (l. 91) , isto é, não correndo o risco de poder ser considerada filha ilegítima.

5. A expressão “Muitas letras” explicita a situação de Manuel de Sousa Coutinho ser um estudioso e humanista, alguém que é dotado de uma cultura assinalável. O vocábulo “letras” implica
a noção de pessoa culta.
6. Ironia, que acentua a desaprovação de Telmo perante o casamento de D. Madalena.

7. Ato de fala compromissivo.

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Atos de fala

11
Págs. 92-93

Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 11: Apreciação crítica; leitura crítica e autónoma; expressão de pontos de vista.

1. a) “Miguel Loureiro encena a peça que subiu pela primeira vez ao palco em 1843, e é baseada na vida de Frei Luís de Sousa (1555-1632), o nome adotado pelo frade Manuel de Sousa
Coutinho” (ll. 9-12).
b) “Uma versão que, diz, não contém todo o original do autor romântico, que ‘suavizou’, tentando ‘secar as ideias de excessos emotivos’, tanto ‘os choros’, como a ‘constante lamúria de
algumas personagens’.” (ll. 19-21).
c) “O encenador assegura que pegou neste drama em três atos, ‘acreditando na lenda que está por trás dele, nas linhas de pensamento que o texto tem sobre a questão do sebastianismo,
a questão da saudade, a questão de uma projeção de Portugal que se cumpre ou não sobre um projeto político diferente para o país’.” (ll. 16-19).
d) “Excetuando ‘duas ou três frases mais pietistas’ e ‘um ou outro gesto mais expressivo’, a encenação não se excede em lamúrias, choros ou gritos, pautando-se antes pelo comedimento
e contenção.” (ll. 22-24).

2. Tópicos de resposta:
– relação entre o título do texto e o último parágrafo, em que se destaca o carácter romântico da obra;
– exploração da metáfora de “não fazer dietas nos sentimentos”, expressando pontos de vista.

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Apreciação crítica

Aprendizagens Essenciais
G 11: Deíticos.

Verifica
1. a) faluas; falua; b) Madalena; c) Telmo; Frei Jorge; Madalena; Frei Jorge.

2. a) antes de véspera (l. 212); quase noite (l. 213); b) aqui (l. 218); aí (l. 221).
3. a) deítico pessoal; b) deítico temporal; c) deítico espacial; d) deítico pessoal.

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Deíticos

Págs. 94-95

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – apresentação de opiniões; troca de pontos de vista.

1.1. O tema reflete o mito do Sebastianismo, uma vez que faz referência ao desaparecimento de D. Sebastião, na batalha de Alcácer Quibir, e ao nascimento da lenda em torno do seu
regresso – “E uma lenda nasceu / Entre a bruma do passado / Chamam-lhe o desejado / Pois que nunca mais voltou”.

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Áudio
“A Lenda D’El-Rei D. Sebastião”, Quarteto 1111

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.
G 11: Deíticos.

1. A expressão refere-se às crenças sebastianistas de Telmo e do povo, que surgem a propósito da conversa entre D. Madalena, Maria e Telmo sobre a batalha de Alcácer Quibir e do
desaparecimento de D. Sebastião. Para o povo, el-rei não morreu e voltará para libertar a nação do domínio filipino.
2. D. Madalena acredita na morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir, invocando como autoridades o cunhado Frei Jorge e Lopo de Sousa (l. 13). Contudo, fica muito apreensiva e aflita
perante a possibilidade do regresso do rei, pois, se este voltasse, o primeiro marido, que desaparecera em circunstâncias idênticas, também poderia regressar e trazer a tragédia ao seu
seio familiar. Por sua vez, Maria defende que D. Sebastião se encontra vivo, argumentando que, se o povo tem esta crença, é porque é verdadeira: “Voz do povo, voz de Deus […] alguma
coisa há de ser” (ll.15-16).
3. O patriotismo evidencia-se na personagem de Maria e nas referências que faz a D. Sebastião. Além disso, na segunda réplica, Maria destaca o patriotismo do pai – “Meu pai, que é tão
bom português, que não pode sofrer estes castelhanos […]” (ll.19-20).
4. “Meu pai, […] em ouvindo duvidar da morte do meu querido rei D. Sebastião… […] Ó minha mãe, pois ele não é por D. Filipe; não é, não?” (ll. 19-25).

Págs. 96-97

5. Maria, durante os seus sonhos, tenta compreender as atitudes e falas de seus pais, pois tem a perceção de que estes lhe escondem algo de grave. Além disso, tenta descobrir o
significado das suas visões.
6.1. O facto de as flores murcharem nas mãos de Maria representa a efemeridade da vida, constituindo um presságio.

12
7. Maria é uma menina que gosta de estudar e ler. Além disso, mostra-se muito preocupada com a sua mãe, uma vez que, mal a vê a chorar, muda de conversa e de atitude para não a
preocupar mais.
8. “cá” – deítico espacial; “me” – deítico pessoal; “agora” – deítico temporal.

Pág. 98

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – apresentação de opiniões.

1.1. Ambos os intervenientes começam por concordar que uma sexta-feira, 13, é dia de azar. Porém, reconhecem que as pessoas têm um lado supersticioso e uma visão desconfiada da
vida. Os azares acontecem e as pessoas não têm a capacidade de os controlar, independentemente do dia da semana, e recorrem aos infortúnios para justificarem
o que de mal lhes acontece, acabando por retirar de si as responsabilidades.
1.2.1. Resposta livre: os alunos poderão considerar que D. Madalena foi procurada pelo azar, uma vez que esperou o tempo suficiente pelo aparecimento do corpo do seu marido, não
o encontrou e, mesmo assim, o azar bateu-lhe à porta. Por outro lado, poderão crer que D. Madalena procurou o azar, porque se casou com Manuel de Sousa Coutinho sem ter uma prova
da morte do seu primeiro marido.

Págs. 102-103
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.
G 11: Progressão do texto; articulação entre frases.

1. a) assustada, supersticiosa, submissa, …; b) racional, conselheiro da família; c) débil, curiosa, patriota, …; d) determinado, patriota, racional, …; e) Frei Jorge avisa D. Madalena de que
os governadores em nome de Filipe pretendem ir viver para a casa da sua família. D. Manuel tenciona impedi-lo, referindo que terão de abandonar a casa e partir para a antiga casa de
D. Madalena.
2.1. Manuel de Sousa Coutinho pretende sair do seu palácio e mudar-se com a sua família para a casa de D. João de Portugal. Assim, as suas atitudes caracterizam-se pela determinação,
ao defender os seus valores e princípios morais, bem como pela firmeza e racionalidade. Por outro lado,
D. Madalena está receosa em relação à mudança.
3. Ao intercalar a segunda pessoa do singular (“nunca te vi assim”, “Que tens tu na consciência”) com um registo de maior formalidade (“D. Madalena de Vilhena, lembrai-vos de quem sois
e de quem vindes, senhora”) e voltando ao tom mais íntimo (“querida mulher”), Manuel de Sousa Coutinho, por um lado, lembra a
D. Madalena a sua situação de esposa, demonstrando-lhe o carinho e afeto que nutre por ela. Por outro lado, não a deixa esquecer a sua condição social, que a obriga a uma atitude digna,
perante as circunstâncias.
4.1. Manuel de Sousa Coutinho utiliza o vocábulo com o intuito de dar um exemplo de oposição à presença filipina.
5. A frase não tem coerência, na medida em que não respeita o princípio da não contradição. Na verdade, não é plausível que alguém fique aterrorizado por memórias felizes.
6. “Há de saber-se no mundo” – oração subordinante; “que ainda há um português em Portugal” – oração subordinada substantiva completiva.

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Voluntariado.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. Com apenas 11 anos, a sua casa foi alvo de um ataque dos talibãs e Nadia ficou desfigurada e com a sobrevivência da família a seu cargo. Numa sociedade em que as mulheres eram
privadas de todos os seus direitos, decidiu disfarçar-se de rapaz e, durante 10 anos, viveu como um homem para poder sobreviver, perdendo a sua identidade. Atualmente, tenta tirar o maior
número de pessoas do Afeganistão, libertando-as do poder dos talibãs. Enviou um tweet ao governo espanhol, para pedir auxílio para retirar meninas do Afeganistão. Identifica-se com a dor
das mulheres afegãs. As suas cicatrizes representam o seu passado, a dor (física e psicológica) por que passou e que não vai esquecer, impelindo-a a não desistir de salvar vidas.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Págs. 104-105
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1. O anúncio da chegada dos governadores faz com que os acontecimentos se precipitem: o incêndio e a mudança para o palácio de D. João, que aproxima a família do desenlace trágico.
2. A repetição do advérbio “já” evidencia a ideia de urgência, de não haver tempo a perder, contribuindo para um efeito de aceleração da ação.

3. Esta afirmação de Manuel de Sousa Coutinho constitui um indício trágico, uma antevisão da catástrofe que se abaterá sobre a sua vida a partir daquele momento.

4. Manuel de Sousa Coutinho é um patriota, pois recusa subjugar-se aos que representam o domínio filipino sobre os portugueses – “Ilumino a minha casa […].Suas Excelências podem vir,
quando quiserem.” (ll. 23-24).
5. A perda do retrato de Manuel de Sousa Coutinho assume-se, no final do ato I, como um presságio da catástrofe que se irá abater sobre a família.

Escrita

13
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Voluntariado.

Aprendizagens Essenciais
E 11: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– associação entre solidariedade e responsabilidade para com o próximo; visão da solidariedade como um dos valores fundamentais do século XXI; 1.º argumento: para se realizarem, as
pessoas precisam de cooperação mútua; exemplo: situações de solidariedade durante a pandemia da COVID-19;
– 2.º argumento: as pessoas comprometem-se de modo desinteressado; exemplo: voluntariado jovem no Banco Alimentar contra a fome; relação com a posição assumida por Manuel de
Sousa Coutinho: enquanto resistente ao opressor, Manuel de Sousa Coutinho sacrifica os seus bens pela solidariedade ao seu país.

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Texto de opinião
Avaliação
Rubrica de Escrita – Texto de opinião

Págs. 106-107

Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião; leitura crítica e autónoma; expressão de pontos de vista.
G 11: Deíticos.

2. O texto explicita a relação existente entre a guerra e o amor, sendo que o autor defende que, tal como na época da guerra do Vietname, o amor acabou por triunfar, também hoje continua
a ser necessário mostrar o poder do amor em todas as guerras.
3. O artigo apresenta um discurso valorativo, recorrendo a juízos de valor explícitos – “a prepotência aberrante dos Estados Unidos da América e uma insensibilidade épica não só às
preocupações como à existência do resto do mundo.” (ll. 12-14); “Não basta denunciar os vários ódios que proliferam” (ll. 22-23).
4. Resposta livre: o aluno pode especular sobre se o amor representa o outro lado da guerra. Deve fundamentar a sua opinião com um argumento.

5. a) deítico temporal; b) deítico pessoal; c) deítico temporal.

Manual Digital

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Artigo de opinião

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Voluntariado.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – apresentação de opiniões; troca de pontos de vista.

1.1. a) angústia; medo; respeito; b) a humanidade deixou de ser humanista e o humanismo é o que distingue o homem das outras espécies. O humanismo deixou de existir e a humanidade
substituiu-o por máquinas; c) espera-se que a humanidade dê certo, que os déspotas e as máquinas que controlam o mundo não a derrubem.
1.2. A espera provoca angústia e medo, exatamente os sentimentos experienciados por D. Madalena, que vivia dominada pelos “contínuos terrores”, atormentada pela espera do regresso
do seu primeiro marido.

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Frei Luís de Sousa

Págs. 112-113
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Deíticos.

1.a) Almada, palácio de D. João de Portugal; b) sala antiga, com uma decoração pesada e escura (grandes retratos e reposteiros). Existe uma tribuna voltada para a capela da Senhora da
Piedade; c) a decoração remete para um local próprio da alta nobreza (brasão da família); d) a decoração da sala sugere um espaço triste, melancólico, fechado e sem luz.
2. Maria é culta e inteligente (“[…] é o princípio daquele livro tão bonito que minha mãe diz que não entende; entendo-o eu.” – ll. 18-19). Acredita em presságios e agouros (“[…] eu agora é
que faço de forte e assisada […] tanta fé neles.” – ll. 36-38).
3. “disfarçando o terror de que está tomado”; “cobrando ânimo e exaltando-se” (ll. 42-44).
4. No início do ato II, Maria demonstra-se comovida e orgulhosa por ser filha de um pai tão valente e patriota, tal como os heróis clássicos, que eram dotados de ousadia, valentia e sentido
patriótico.
5. As interjeições e o uso da enumeração. O uso reiterado de interjeições (“oh!”, ll. 25, 38 e 39) demonstra o carácter emotivo de Maria. A enumeração, nas linhas 24-25 (“[…] Aquele
palácio a arder, aquele povo a gritar, o rebate dos sinos, aquela cena toda… […]”), demonstra a admiração que Maria tem pelo seu pai.
6. Telmo hesita relativamente às informações que procura dar a Maria sobre o retrato.

14
7. a) 3; b) 4.

8.1. Existem três quadros no fundo da sala em que se encontram Telmo e Maria: o quadro de Luís de Camões, de D. Sebastião e o de D. João de Portugal.
Relativamente ao quadro de Luís de Camões, a admiração de Maria advém da adoração que a menina tem pelo poeta e que lhe foi incutida por Telmo. Quanto ao de D. Sebastião, o
fascínio de Maria prende-se com a história do rei, que ela tanto idolatra, e em cuja morte não acredita. Por fim, no que se refere a D. João de Portugal, o seu interesse é proveniente da
reação perturbada de sua mãe ao ver aquele quadro.
9.1. Manuel de Sousa Coutinho encontra-se escondido até que a fúria dos governadores se acalme. A afronta do incêndio leva a que tenha de ir a sua casa disfarçado e de forma oculta.

10.1. Através desta afirmação de Maria, as suas premonições são confirmadas, uma vez que, sem ninguém lho afirmar, já sabia que o retrato era de D. João de Portugal.

11.1. Maria revela ter consciência de que, se D. João estivesse vivo, ela não teria nascido. A didascália também sugere que, se D. João regressasse, Maria sofreria a vergonha de ser filha
ilegítima.
12.1. (A).

12.2. (B).

Pág. 114

13. a) Manuel de Sousa Coutinho; b) me – Maria; o – o terror de D. Madalena; c) no retrato; d) Manuel de Sousa Coutinho e Maria; e) Alcácer Quibir; f) nos meus braços.

Págs. 118-119

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.

1. a) Frei Jorge informa Manuel de Sousa Coutinho de que já não terá de se esconder, pois não corre perigo de retaliações por parte dos governadores;
b) Maria pede ao pai para ir com ele a Lisboa e visitar a tia Joana de Castro, por quem tem uma grande admiração; c) D. Madalena surge bem-disposta e restabelecida, após oito dias de
cama; d) D. Madalena volta a ficar muito apreensiva e preocupada por saber que ficará sozinha naquele dia (sexta-feira), uma vez que Manuel de Sousa Coutinho e Maria irão a Lisboa.
2. D. Madalena revela, inicialmente, alguma alegria, que dura pouco tempo, principalmente quando se apercebe de que aquele dia é sexta-feira e de que a família a quer deixar sozinha para
ir a Lisboa. Os apelos à razão vindos da parte de Manuel de Sousa Coutinho têm algum efeito positivo. Contudo, na hora da despedida, D. Madalena volta a revelar um grande desassossego
e tristeza, pressentindo que esta será a última vez que estará perto da sua família.
3. Maria revela uma adoração pela condessa de Vimioso e pela sua história. Por sua vez, Madalena, apesar de admirar a sua força, ainda se sente mais desesperada, pois tem receio de
que possa ter de se separar do seu marido, Manuel de Sousa Coutinho, tal como a condessa. De certa forma, esta história é uma premonição de um desfecho inesperado para a família.
4. Frei Jorge, que até ao momento se tinha mantido afastado de agouros e presságios, deixa-se envolver pelo clima criado e também ele começa a adivinhar que uma tragédia se aproxima.
5. Madalena teme muito aquele dia, pois foi numa sexta-feira, em anos distintos, que tiveram lugar os três acontecimentos mais importantes da sua vida: casou pela primeira vez com D. João
de Portugal, viu a primeira vez Manuel de Sousa Coutinho e teve lugar a batalha de Alcácer Quibir, em que desapareceram o seu marido e o rei D. Sebastião.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Apreciação crítica.

1.1. Tópicos para a apreciação crítica disponíveis no Dossiê do Professor – Materiais de apoio e no Manual Digital.

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Áudio
“Destino”, Carminho
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Apreciação crítica
Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica

Págs. 124-125

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.
E 11: Apreciação crítica.

1. “É um pobre velho peregrino” (ll. 11-12), “Nunca vi tão formosas barbas de velho e tão alvas.” (ll. 21--22).
2. O Romeiro confirma ser português, tendo vivido vinte anos nos “Santos-Lugares” e passado por muitas provações. Refere, ainda, que não tem família, contando, apenas, com um único
amigo.
3. Com a afirmação “Ninguém!” associada ao facto de apontar para o quadro de D. João de Portugal, Frei Jorge compreende que D. João de Portugal está vivo e é o Romeiro.

4. Por um lado, Telmo Pais alimenta o Sebastianismo de Maria, emprestando-lhe livros sobre o rei e a batalha. Por outro lado, D. Madalena vive atormentada perante a possibilidade de
D. João não ter morrido na batalha de Alcácer Quibir. Por isso, as referências a D. Sebastião angustiam-na.

5. a) deítico pessoal;
b) deítico espacial;
c) deítico temporal.

Páginas cruzadas
Tópicos de resposta:
15
– a imagem apresenta um nobre cavaleiro numa pose serena. No peito, nota-se uma corrente de ouro delicada, que suporta uma medalha, parcialmente escondida nas vestes da figura.
Destaca-se a serenidade expressiva do rosto, o olhar penetrante, a posição da mão, prestes a empunhar a espada, símbolo de poder e força. Os detalhes das rendas do punho e do
guarda-mão dourado da espada são notáveis.

– o retrato evidencia o porte nobre e altivo de um membro da nobreza, cujas qualidades são evidentes na figura de D. João de Portugal, conforme Telmo o perspetiva. Também na crónica
de Fernão Lopes se traça o retrato do Mestre de Avis como uma figura cujo discernimento e capacidade de liderança são próprios de uma nobreza digna do seu nome, capaz de
representar Portugal nos momentos mais decisivos.
– Em suma, o retrato deste cavaleiro, da autoria de El Greco, associa-se ao carácter quer de D. João de Portugal quer do Mestre de Avis.

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Apreciação crítica

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Direitos Humanos.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – apreciação crítica.

1.1. Exemplo de resposta: Na pintura de René Magritte, intitulada Os Amantes, o casal representado no quadro tem um pano a cobrir o rosto de cada um, de modo que o beijo partilhado
seja anónimo. Por sua vez, na capa da revista Vogue, o casal vê-se impossibilitado de partilhar um beijo caloroso e íntimo, devido às medidas de restrição impostas para travar a
transmissão do coronavírus. Nas duas imagens, o casal está impedido de viver livremente o seu amor. Do mesmo modo, D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho veem o seu amor
proibido pelas regras sociais da época.

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Frei Luís de Sousa
Avaliação
Rubrica de Oralidade – Apreciação crítica

Pág. 129
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.

1. a) Alta noite;
b) Almada, parte baixa do palácio de D. João de Portugal; c) Espaço vasto, sem ornamentos, presença de objetos religiosos (esquife, uma cruz, hábito, …) e ligação direta à igreja de S.
Paulo dos Domínicos; d) Isolamento (há pouca iluminação, sem qualquer saída para o exterior), abandono (sem quaisquer ornamentos) e morte (presença de uma cruz).

Pág. 130

2. Manuel de Sousa Coutinho sente-se responsável perante o que aconteceu – “Fui eu o autor de tudo isto, o autor da minha desgraça e da sua desonra deles…”, ll. 37-38.

3. As personagens vivem um momento doloroso, causado pela tragédia que se abateu sobre a família. Esse ambiente de dor e tristeza relaciona-se com o próprio espaço em que decorre a
ação. A didascália inicial do ato III sugere um ambiente fúnebre, com adereços relativos à religião e à morte.
4. Esta cena inicial do ato III antecipa o desfecho trágico dos acontecimentos. Deste modo, antevê-se a morte de Maria, quando Manuel refere que ela lançou o sangue todo que tinha no
coração. Para além disso, ao dirigir-se a Deus, Manuel suplica a morte para Maria, antes que “este mundo infame e sem comiseração” (l. 86) a recrimine e a despreze pela “desgraça do
seu nascimento” (l. 87). Por fim, Manuel, a quem Jorge incentiva a entregar-se a Deus com resignação, deseja a morte como fim para o seu sofrimento.
5. Neste momento de desespero, Frei Jorge desempenha um papel fundamental em relação ao irmão: é o seu amparo e, com a serenidade que revela, tranquiliza-o, fornecendo-lhe
informações sobre o estado de saúde de Maria. Para além disso, assume-se como conselheiro de Manuel, ao recomendar-lhe que se entregue a Deus porque “[…]Ele fará o que em sua
misericórdia sabe que é melhor.” (l. 98).

Pág. 134

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.
G: Atos de fala.

1. Telmo questiona-se sobre o desejo que sempre alimentara de ver regressar D. João, principalmente porque tem consciência de que o amor que sente por Maria superou o que sentia
pelo seu antigo amo, vivendo, assim, um conflito interior. Contudo, conclui que teme perder Maria e, por isso, oferece a sua vida em troca da dela.
2. A fala do Romeiro mostra que este ouviu o monólogo de Telmo e que pensou que o seu pedido era por sua causa, uma vez que não sabia da existência de Maria, por isso o Romeiro
previne-o de que Deus pode castigá-lo.
3. As razões que o Romeiro aponta para explicar a sua aparência são os vinte anos de cativeiro (l. 61), uma noite dura (ll. 62-63) e, por fim, o sol da Palestina (ll. 63-64).
4.1. O Romeiro percebe que D. Madalena tudo havia feito para o encontrar e, nesse sentido, sente-se “injusto, duro e cruel”, pois está a destruir uma família inocente, não tendo pensado
nas consequências dos seus atos.
5. O equívoco surge quando D. João julga que D. Madalena está a chamar por si e revela o amor que sente por ele. Contudo, D. Madalena refere-se a Manuel de Sousa Coutinho. O Romeiro,
inicialmente, sente-se esperançoso. No entanto, ao ouvir o nome de Manuel, fica furioso e pretende confrontar Madalena, mas acaba por se acalmar e continua decidido a evitar a separação
do casal.
6. a) ato de fala diretivo;
b) ato de fala expressivo;
c) ato de fala assertivo.

16
Págs. 136-137

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.

1. D. Madalena é dominada pela emoção, não aceitando a evidência de que D. João está vivo, ao questionar a veracidade das palavras do Romeiro: “[…] não daríamos nós, com
demasiada precipitação, uma fé tão cega, uma crença tão implícita a essas misteriosas palavras de um romeiro, um vagabundo… um homem enfim que ninguém conhece?” – ll. 25-27. Por
seu lado, Manuel de Sousa Coutinho evidencia uma atitude racional, explicando à esposa que a união entre os dois é já impossível – “Oh! Madalena, Madalena! não tenho mais nada que te
dizer. Crê-me, que to juro na presença de Deus: a nossa união, o nosso amor é impossível” – ll. 30-32.
2. Frei Jorge revela ser possuidor de um elevado estatuto moral. Recusa a proposta apresentada por Telmo. Deste modo, o religios o demonstra ser, acima de tudo, fiel aos seus princípios
morais, baseados em valores como a justiça e a verdade.
3. a) 4; b) 3.

4. D. Madalena, num primeiro momento, suplica a Deus o amparo de que necessita neste momento de dor. Assim, entrega a sua filha aos desígnios de Deus. Por fim, sabendo que Manuel
de Sousa Coutinho já se encontra na igreja para a cerimónia da tomada do hábito, submete-se, resignadamente, ao destino e à vontade de Deus e acompanha Jorge – “E eu vou”
– l. 71.

5. Frei Jorge dirige-se a D. Madalena tratando-a por “minha irmã”, numa clara alusão à nova vida da sua cunhada, que está na iminência de entrar na vida religiosa, sendo deste modo que
Frei Jorge já a considera.

Pág. 139
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa: interpretar obras literárias.

1.1. Maria dirige a sua revolta contra Deus, que permite que aconteça uma desgraça na sua família. De seguida, revela estar contra todos os que participam na cerimónia, considerando-os
como membros de uma sociedade hipócrita, que condena inocentes e nada faz para corrigir as suas injustiças. Por fim, manifesta-se contra o facto de os casamentos serem indissolúveis, o
que a transforma numa filha ilegítima.
2. Ao proferir essas palavras, Maria aponta como causa da sua morte a vergonha a que foi sujeita pela ação dos seus progenitores. Com efeito, a ilegitimidade do casamento de Manuel e
de D. Madalena, pelo facto de D. João de Portugal se encontrar vivo, ditou a desonra da filha e levou a que o casal decidisse enveredar pela vida religiosa, para procurar expiar a sua culpa
aos olhos de Deus.
3.1. (B).

3.2. (C).

Págs. 140-141

Escrita
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
E 11: Exposição sobre um tema.

1.1. Tópicos de resposta:


Nobreza de carácter do soldado Milhões:
– soldado português enviado para a Flandres na Primeira Guerra Mundial;
– enfrenta as ofensivas das tropas alemãs para salvar os seus companheiros, recusando-se a abandoná-los e colocando a sua vida em risco.
Virtudes de cavaleiro de D. João de Portugal:
– amor ao rei e à pátria, tendo acompanhado
D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir;
– luta contra os inimigos da fé cristã;
– sofrimento em cativeiro (ato II, cena XIV; ato III, cena V).

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Exposição sobre um tema
Avaliação
Rubrica de Escrita – Exposição sobre um tema

Em Exame
2. Tópicos de resposta:
– elementos trágicos: o desafio (hybris – “Mas eu!…”, l. 8), o sofrimento (pathos – “contínuos terrores”, l. 9), o destino (“[…] a fortuna não deixa durar muito…”, l. 5), …
– dimensão trágica: o estado melancólico e assustado da personagem faz adivinhar a presença de um destino firme e inflexível, ao qual não poderá escapar, já que Madalena teve a ousadia
de casar uma segunda vez sem a certeza da morte do primeiro marido, desafiando a ordem instituída.
Exemplo de resposta:
Esta obra romântica apresenta elementos trágicos. Assim, através do estado melancólico e assustado da personagem ao repetir “maquinalmente […] o que acaba de ler” (l. 3), adivinha-se a
presença de um destino firme e inflexível (“[…] a fortuna não deixa durar muito…”, l. 5). Este receio surge face à consciência de D. Madalena de ter desafiado (hybris) o destino ao casar uma
segunda vez sem a certeza da morte do primeiro marido (“Mas eu!…”, l. 8), vivendo em sofrimento (pathos – em “contínuos terrores”, l. 9).

Págs. 142-143
17
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o professor
o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Manual Digital

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Revisão da Unidade 2

Pág. 145

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 2 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

Págs. 146-147
Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. O excerto insere-se na exposição do II ato. Manuel de Sousa Coutinho, que se encontrava escondido, por temer represálias em virtude do incêndio do seu palácio, visita Maria. Esta
dialoga com o seu pai, que lhe revela a identidade do cavaleiro, acabando por tecer elogios a D. João de Portugal.
2. No final da cena, Maria toma consciência da sua situação, uma vez que, se
D. João de Portugal não tivesse morrido na batalha de Alcácer Quibir, ela não teria nascido. Para além disso, tendo em conta a sua crença no Sebastianismo e considerando a sua
perspicácia e a sua capacidade intuitiva, constata que o regresso de D. Sebastião poderia corresponder ao regresso de D. João de Portugal, o que conduziria à sua desgraça. Daí que tente
encontrar proteção junto de seu pai, como se comprova pela didascália “(escondendo a cabeça no seio do pai)” (l. 29), bem como pela exclamação final – “Ai, meu pai!” (l. 29).
3. Maria é uma personagem que se caracteriza pela sua maturidade, patriotismo e curiosidade intelectual, mas foi fortemente atingida pela doença. Acreditava no regresso de D. Sebastião.
Esta crença de Maria no
Sebastianismo reveste-se de ironia trágica, uma vez que o regresso de D. Sebastião poderia significar o regresso de D. João de Portugal e a destruição da sua família.

4. a) 1; b) 3; c) 2.

Grupo I – Parte B
5. Proposta de textualização:
Almeida Garrett defendia os ideais liberais e, através da literatura, pretendia mostrar o carácter simbólico de certas personagens da História, assumindo, assim, uma atitude de afirmação
patriótica.
Em Frei Luís de Sousa, o dramaturgo apresenta personagens com valor patriótico, como é o caso de Manuel de Sousa Coutinho e D. João de Portugal. O primeiro resiste à ocupação de
sua casa pelos governadores em nome do monarca espanhol, incendiando-a num ato de resistência, exaltando, assim, o patriotismo e a nobreza de carácter. Para além disso,
simbolicamente, esta atitude revela-se uma crítica à política vigente. Outra personagem que surge, também, revestida de forte dimensão patriótica é D. João de Portugal. Este
acompanhara o rei D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir, mas no seu regresso diz ser “Ninguém”, representando, por isso, o Portugal do passado.
Para concluir, Garrett põe em cena figuras e acontecimentos históricos, mas confere-lhes um carácter simbólico, exaltando sentimentos patrióticos.

Págs. 148-149
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (B)
2. (D)
3. (B)
4. (C)
5. (A)
6. (D)
7. Sujeito.

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– conceito de patriotismo – atualidade ou anacronismo no contexto da sociedade atual;
– associação do conceito de defesa dos valores patrióticos a movimentos extremistas;
– pertinência de defender a pátria num mundo que, em termos de cidadania, se quer sem fronteiras;
– em defesa da pátria, pode deixar-se para trás o valor da família;
– colocar a pátria acima de tudo pode pôr em risco a segurança e a paz.

Págs. 150-151

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Aristides de Sousa Mendes, de João Correa e Francisco Manso (2011), cuja didatização foi pensada de acordo
com o conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor, caso o entenda, aceder ao filme, na íntegra, através de várias
plataformas.
1. Tanto a capa do livro como a capa do filme têm em comum: a centralidade da personagem masculina; o título consiste no nome do protagonista; o ar sério das figuras masculinas.

18
2. O filme retrata a coragem e a determinação de um homem que enfrentou o poder político para salvar milhares de vidas do extermínio nazi. Também em Frei Luís de Sousa, Manuel de
Sousa Coutinho revela ousadia e firmeza ao lutar contra o domínio e opressão filipinos.
3. O filme apresenta a ação heroica de Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal, durante a Segunda Guerra Mundial. Com coragem e determinação, o cônsul desobedeceu a Salazar,
que o proibiu de passar vistos aos refugiados. Acreditava que as suas ações eram as corretas e, por isso, salvou mais de 30 000 judeus. Apesar desta sua ação tão significativa, morreu na
miséria.
4.1. V

4.2. F

4.3. V
4.4. F

4.5. V

4.6. F

4.7. V

4.8. F

4.9. V

4.10. V

4.11. V

5.1. Sugestão de resposta:


Ao passar mais de 30 000 vistos, Aristides de Sousa Mendes salvou mais de 30 000 pessoas, ou seja, salvou mais de 30 000 vezes o universo. Assim, esta frase consiste numa justa
homenagem, pois realça o importante papel do cônsul nas milhares de vidas que salvou da morte certa, nos campos de extermínio nazis.

Págs. 154-155

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, os alunos escrevam uma carta aberta. Este projeto poderá funcionar como um domínio de autonomia curricular (DAC), como
preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como História, Inglês, Francês, Espanhol e Filosofia.
1.1. A – Liberdade de imprensa
B – Liberdade de circulação
C – Liberdade religiosa
D – Liberdade de expressão
E – Liberdade de escolha

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – seleção e registo de informação relevante.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. a) a agressão de que tinha sido vítima Maria Teresa Horta devido à publicação do livro Minha Senhora de Mim, que acabaria por ser proibido e censurado pelo regime vigente; b)
nunca revelar quem tinha sido a autora de cada texto; c) separar as autoras dos seus pares, provocar a rutura; as verdadeiras motivações eram políticas; d) o livro foi oferecido a três
escritoras que lutavam pelos direitos das mulheres: Simone de Beauvoir, Marguerite Duras e Christiane Rochefort. Isto levou a que as feministas se unissem e fizessem pressão no
exterior, o que acabou por impedir que as escritoras portuguesas fossem presas; e) em Portugal, o livro acabou por ser vendido às escondidas e, durante 25 anos, esteve esgotado em
Portugal. É um livro mal-amado no país, mas amadíssimo no estrangeiro.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Págs. 156-157

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: contextualizar textos literários.
Nota: No Manual Digital, disponibilizam-se recursos didáticos para a abordagem de Viagens na Minha Terra e AAbóbada, de modo a que o professor selecione a obra que melhor se
adeque ao perfil dos seus alunos.

Pré-leitura I Oralidade

Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – identificação de informação explícita.

1.1. Camilo Castelo Branco nasceu em 1825. Foi romancista, poeta, cronista e dramaturgo. Publicou cerca de 130 títulos. Em 1860, foi preso com Ana Plácido na Cadeia da Relação do
Porto, ambos acusados do crime de adultério. Esteve preso na cela 12, onde, em apenas 15 dias, escreveu Amor de Perdição.
1.2. O programa abre com a frase “Juízes machistas, ide ver se chove”, entoada no largo Amor de Perdição, junto à Cadeia da Relação do Porto, 150 anos depois da prisão de Camilo. Tal
ocorreu numa manifestação convocada a propósito da desvalorização da violência contra uma mulher, por parte de um juiz.
19
Verifica
1. Camilo Castelo Branco e o seu tio, Simão, tiveram uma vida de boémia, envolvendo lutas, duelos. Ambos foram presos por vários motivos (adultério, no caso de Camilo, desacatos
violentos no caso de Simão).

Pág. 158

Manual Digital

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Amor de Perdição

Págs. 160-161

Nota: O manual disponibiliza na íntegra e devidamente didatizados a introdução, os capítulos I, IV e X e a conclusão da obra, mencionados no Anexo 1 do documento Aprendizagens
Essenciais, 11.º ano, Português.
Alguns excertos do capítulo XIX encontram-se didatizados no Dossiê do Professor e nas Páginas de atividades.
De acordo com as Aprendizagens Essenciais, o professor deverá escolher cinco de entre as secções acima referidas, podendo selecionar as que melhor se adequem ao perfil dos seus
alunos.
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Deíticos; valor modal; articulação entre frases; valores semânticos.

1.1. a) Simão António Botelho; b) Domingos José Correia Botelho (pai de Simão); c) D. Rita Preciosa Caldeirão Castelo Branco (mãe de Simão Botelho); d) Amor de Simão, que o conduziu
ao degredo e ao afastamento da família.

Págs. 162-163
2. O narrador pretende apelar ao sentimento das leitoras, uma vez que relata acontecimentos que têm por base uma história comovente e trágica. Assim, dirige-se, particularmente, às
leitoras, pois considera que estas são mais sensíveis e, por consequência, a história de Simão Botelho comovê-las-á.
3. O narrador expressa “amargura” (l. 35), “respeito” (l. 35) e “ódio” (l. 35).
3.1. Camilo Castelo Branco escreveu esta obra, enquanto estava preso na Cadeia da Relação no Porto, por ter cometido adultério com Ana Plácido. Assim, a história de Simão Botelho
(seu tio) é-lhe familiar, pois foi julgado, também, por amor. Por isso, respeita os que lutam e sofrem em nome do amor, mas sente ódio por aqueles que são injustos e hipócritas.
4. “Amou, perdeu-se, e morreu amando.” (l. 25).
5. a) 2; b) 1.
6. a) “fiz” – deítico pessoal e temporal; b) “eu” – deítico pessoal; “aqui” – deítico espacial.
7.1. Modalidade apreciativa.
8. a) oração subordinada substantiva completiva.
b) oração subordinada adverbial condicional.
c) oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
9.1. No contexto em que ocorre, o vocábulo adquire um valor semântico associado à intempestividade e intensidade emocional próprias da juventude.

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Deíticos
Valores modais

Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião; leitura crítica e autónoma; expressão de pontos de vista.

2. Partindo da tese “Os tempos já não são o que eram” (l. 1), o artigo traça o retrato de uma sociedade em que já não há amores impossíveis, uma vez que tudo é facilmente concretizável.
Para tal, aponta como exemplos a forma simples como se concretiza um divórcio ou a forma rápida como se encurta a distância. Acrescenta, ainda, que, atualmente, as famílias não têm
tempo para proibir relacionamentos.
3. Segundo a autora, tendo em conta que o ser humano é um eterno insatisfeito que vive numa sociedade em que não há lugar para o sacrifício, só se sente verdadeiramente feliz quando
vê os seus desejos realizados, corroborando a opinião do psicanalista Contardo Calligaris. No entanto, apesar de tudo parecer fácil, vive-se numa cultura de insatisfação, pelo que se torna
difícil para o ser humano atingir a felicidade.
4. O discurso valorativo está presente em expressões como “Os tempos já não são o que eram” (l. 1) e “viver-se uma história de amor, por mais difícil que possa parecer, não é um bicho de
sete cabeças” (ll. 10-12).
5. Resposta livre.

Pág. 164
Pré-leitura | Oralidade

Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – discussão de pontos de vista.

1.1. Tópicos de resposta:


– descrição do cartoon: tema do casamento infantil; sensação de aprisionamento, que salienta a fragilidade da criança em relação à situação em que se encontra; emoção retratada da
criança;
– atualidade do tema – pode ser comprovada com os dados apresentados;
20
– troca de pontos de vista – resposta livre.

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Amor de Perdição

Págs. 166-167
Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.
G 11: Funções sintáticas; processos de coesão textual; articulação entre frases.

1.1. a) Fernão Botelho associa-se ao regicídio;


b) Domingos Botelho forma-se em Coimbra;
c) Domingos Botelho torna-se juiz em Cascais; d) Domingos Botelho é transferido para Vila Real e nasce o seu filho Simão.
1.1.1. a) 4; b) 1; c) 3; d) 2.
2.1. Domingos Botelho é um nobre de província, pouco favorecido quanto aos “dotes físicos” e, também, inseguro. Por sua vez, D. Rita Preciosa é uma dama do paço de Lisboa, bastante
formosa, mas também caprichosa, sarcástica e autoritária.
3.1. A cidade de Vila Real é vista como um espaço rural atrasado, principalmente aos olhos de D. Rita, que estava habituada a viver no conforto da capital.

4.1. “ […] dos amores de sua feição e molde, que imolou ao capricho da rainha” (ll. 51-52) – demonstra o casamento por conveniência, como foi o caso de Domingos Botelho e de D. Rita
Preciosa, que acaba por se casar para fazer a vontade à rainha; “– Ah! sim? Cuidei que o tempo parara aqui no século doze…” (l. 71) – revela a arrogância e sentimento de superioridade
da nobreza lisboeta, neste caso através da personagem de D. Rita.
5. O narrador é subjetivo, pois comenta as ações e toma partido relativamente às personagens – “glória, na verdade, um pouco ardente” (ll. 47-48); “ficamos pensando que seria ela própria
rainha.” (l. 87) .
6. a) modificador apositivo do nome; b) modificador;
c) complemento do nome; d) complemento direto;
e) complemento do adjetivo.

7.1. “la” – refere-se à nora – coesão textual gramatical referencial (anáfora).

Págs. 170-171

8. a) 15 anos com aparência de 20; c) forte de compleição; e) corajoso; f) agressivo; g) rebelde / indisciplinado.
9. A relação de Simão com os pais é distante e pouco afetuosa. Simão demonstra, ainda, ter uma ligação fria com os irmãos, mantendo, apenas, proximidade com a irmã mais nova, Rita.
10. Simão é um jovem impulsivo e rebelde, mas que defende os mais desfavorecidos e clama por justiça. Veja-se o exemplo da rixa em que se envolveu para defender um criado de seu
pai que fora espancado por partir umas vasilhas (ll. 195-198).
11.1. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – modificador restritivo do nome.
11.2. Oração subordinada substantiva completiva – complemento direto.

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Coordenação e subordinação

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Segurança, Defesa e Paz.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – apreciação crítica.

1.2. Tópicos de resposta:


• introdução:
– apresentação do objeto a apreciar – filme Cartas da Guerra, realizado por Ivo Ferreira;
• desenvolvimento:
– descrição do objeto: atores – Miguel Nunes, Margarida Vila-Nova e Ricardo Pereira; baseado na obra D’este viver aqui neste papel descripto: Cartas da Guerra, de António Lobo Antunes;
– apreciação, através de linguagem valorativa – beleza da apresentação; suavidade; intimismo; singularidade; delicadeza da voz em off, a par de um cenário de guerra;
• conclusão: apreciação final.

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Apreciação crítica
Avaliação
Rubrica de Oralidade – Apreciação crítica

Págs. 174-175
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.

21
G 11: Deíticos.

1. a) “Teresa ergueu-se sem lágrimas, e entrou serenamente no seu quarto.” (l. 83). b) “Teresa adivinha que a lealdade tropeça a cada passo na estrada real da vida, e que os melhores fins
se atingem por atalhos onde não cabem a franqueza e a sinceridade.” (ll. 12-16). c) “Teresa maravilhou-se da quietação inesperada de seu pai e desconfiou da incoerência.” (ll. 94-95).
d) “– Meu pai… – continuou ela, chorando, com as mãos erguidas – mate-me; mas não me force a casar com meu primo!” (ll. 70-72). e) “É escusada a violência, porque eu não caso!…”
(l. 72).

2. Nas falas de Tadeu de Albuquerque, é notório o autoritarismo – “Mas repara, minha querida filha, que a violência de um pai é sempre amor. Amor tem sido a minha condescendência e
brandura para contigo. Outro teria subjugado a tua desobediência com maus-tratos, com os rigores do convento, e talvez com o desfalque do teu grande património.” (ll. 42-45). Quando
Teresa afirma que não quer casar, Tadeu revela toda a sua prepotência – “– Hás de casar! Quero que cases! Quero!… Quando não, amaldiçoada serás para sempre, Teresa! Morrerás
num convento!” (ll. 74-76).
3. Ao longo do diálogo, as intervenções de Tadeu de Albuquerque mostram uma preocupação com a defesa da honra – “Nenhum infame há de aqui pôr um pé nas alcatifas de meus avós.”
(ll. 76-77) e “não és minha filha, não podes herdar apelidos honrosos, que foram pela primeira vez insultados pelo pai desse miserável que tu amas!” (ll. 78--80). Determinado, afirma que já
não vê Teresa como sua filha (ll. 77-78).
4. a) deítico espacial;
b) deíticos temporais;
c) deítico espacial; d) deítico temporal; e) deítico pessoal.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– poder patriarcal instalado durante séculos conduziu a situações de desvalorização da mulher;
– lugares de chefia são maioritariamente ocupados por homens – exemplo: em certos países de cultura ocidental, a necessidade de impor quotas para que certos cargos de chefia (por
exemplo, deputados) sejam ocupados por mulheres;
– disparidades salariais entre homens e mulheres – exemplo: em Portugal e em muitos países europeus, na iniciativa privada e em trabalho diferenciado, duas pessoas de género diferente
recebem salário diferente, com prejuízo para a mulher;
– os casamentos na infância continuam a ser uma realidade, bem como a mutilação genital feminina – exemplo: a situação em certos países árabes ou em certas culturas (Índia).

Verifica
1. O tema comum a ambos os textos é o conflito geracional entre pais e filhos relativamente à ideia do casamento. Os pais, pragmáticos e conservadores, defendem a ideia de um
casamento por conveniência. Os filhos, sonhadores e idealistas, procuram a união pelo amor, sem constrangimentos sociais.

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Texto de opinião
Avaliação
Rubrica de Escrita – Texto de opinião

Págs. 176-177
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.
E 11: Exposição sobre um tema.

1. Após receber a carta enviada por Teresa, Simão reage furiosamente. No entanto, ao ler a carta três vezes conseguiu refrear os ânimos e mostrar que o seu carácter menos impulsivo se
consegue sobrepor aos seus ímpetos de jovem rebelde.
2. Simão evidencia sentimentos contraditórios, em consequência da intensidade e da impulsividade do amor que revela por Teresa. Assim, a esperança de uma maior proximidade de
Teresa deixa-o feliz, mas também o perturba.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
O tema do amor-paixão é retratado na literatura portuguesa em vários dos seus períodos e autores. Assim, é possível encontrá-lo na poesia trovadoresca, particularmente nas cantigas de
amor, e em obras de Camilo Castelo Branco, do século XIX, como Amor de Perdição. Com efeito, nas cantigas de amor, o sofrimento amoroso – coita de amor – resulta de uma atitude de
resignação do trovador perante a inacessibilidade da amada. Para além disso, o código do amor cortês impõe uma atitude de obediência e de submissão por parte do trovador. Por
exemplo, composições poéticas como “Se eu podesse desamar”, de Pero da Ponte, retratam o desejo do “eu” de se libertar do sofrimento amoroso. Já em Amor de Perdição, de Camilo
Castelo Branco, o amor de Simão e Teresa está condenado ao fracasso, pelos constrangimentos sociais impostos. Se, por um lado, o sentimento tem, por exemplo, um efeito transformador
em Simão, tornando-se sociável e comprometido com os seus objetivos académicos, por outro, condu-lo inexoravelmente para a tragédia pessoal, arrastando consigo Teresa, que é
impelida pelo pai para a vida conventual. Concluindo, é possível encontrar o tema do amor-paixão abordado em diferentes perspetivas, na literatura portuguesa.

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Avaliação
Rubrica de Escrita – Exposição sobre um tema

Pág. 178
Pré-leitura | Oralidade

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 11: Expressão – discussão de pontos de vista.
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.

1.1. Mariana entrega-se à sua paixão por Simão sem esperar nada em troca. O seu espírito de sacrifício é tal que, mesmo amando Simão, ajuda-o a comunicar com Teresa. Assim, tal
como na letra da canção, também Mariana não se importa de manter o seu amor platonicamente, fazendo tudo o que o seu amado lhe pede. Contudo, não é capaz de lhe prometer que
deixará de o amar.

22
1.2. Resposta livre.

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Áudio
“Prometo não prometer”, Luísa Sobral e Salvador Sobral
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Amor de Perdição

Pág. 183
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.
G 11: Processos de coesão textual; valores semânticos.

1. Há uma crítica ao clero, uma vez que a obra se constitui, também, como uma crónica da mudança social e, nesse sentido, no diálogo entre o padre e a prioresa percebe-se que alguns
comportamentos do clero são colocados em causa, nomeadamente o voto de castidade (por exemplo, pelos comentários do padre em relação a Mariana) e a vida regrada (contrariada pelo
consumo de vinho).
2. Mariana dirige-se ao convento, onde se encontra com Teresa, com o intuito de lhe entregar uma carta de Simão. Simão e Teresa mantinham um amor proibido. Por sua vez, Mariana
ama Simão e, mesmo sabendo que iria conhecer Teresa (o que a deixava desconfortável e até com alguns ciúmes), coloca o seu amor por Simão em primeiro lugar e tudo faz para o ver
feliz e para o ajudar, ainda que isso implique que o seu amado seja feliz com Teresa.
3.1. João da Cruz considera que este amor de Simão por Teresa é exagerado e fá-lo perder o discernimento, na medida em que, na sua opinião, a um homem rico e fidalgo como Simão
não faltarão mulheres bonitas e com dote e que, se o destino o quiser, Teresa há de ser sua.

Pág. 184

4. a) 1; b) 2.
5. Quando é surpreendido por Mariana, Simão reflete sobre a dedicação da jovem, que considera seu “anjo da guarda” (ll. 233-234). Os seus pensamentos sugerem, também, que ele
próprio assume que deveria seguir os conselhos de prudência anteriormente dados pela filha de João da Cruz.
6. Coesão textual gramatical interfrásica.

Manual Digital

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Processos de coesão textual

Págs. 188-189

7. A expressão destaca os traços de carácter de Baltasar: a arrogância e a prepotência e, simultaneamente, a pequenez moral de quem se compraz no sofrimento dos outros, como
acontece com a repreensão que dirige a Tadeu, culpando-o pela ousadia de Teresa.
8. b) impulsivo; c) violento; d) honrado / corajoso; f) hipócrita; g) irónico; h) violento; j) irritado; k) arrogante; l) corajoso; m) solidário.

9. Simão revela várias características que o aproximam do herói romântico. Primeiramente, o amor exacerbado por Teresa, que o conduz à morte. De seguida, o sentido de justiça e o
sentimento de honra, quando assume o erro que cometeu e é preso.
10.1. Simão percebe que, desde o dia em que foi separado de Teresa, o seu destino de desgraça e de tragédia já estava traçado. A antecipação deste desfecho trágico já havia sido
referida pelo narrador, logo no início da obra, quando menciona que o amor de Simão o levará à perdição e à morte: “Amou, perdeu-se, e morreu amando.”
11. a) coesão textual gramatical referencial (anáfora); b) coesão textual gramatical temporal.
12.1. No contexto em que ocorre, o vocábulo adquire um valor semântico que reflete a ansiedade que Teresa evidencia, perante a situação em que se encontra, pressionada pelo pai para
casar com Baltasar.

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Valores semânticos

Verifica
1. a) herói romântico; b) personagem; c) excecional; d) crenças; e) enérgico; f) instável; g) sociedade; h) revoltar-se; i) conflito; j) rebeldia; k) família; l) amor; m) ideal; n) narrador; o)
maturidade; p) idade; q) Desobedecendo; r) orgulho; s) rejeitar; t) coragem.

Págs. 190-191

Em Exame
2. Exemplo de resposta:
A determinação e rebeldia de Teresa fazem com que esta personagem encarne o papel de heroína romântica.
De facto, Teresa, ao longo da obra, apresenta uma transformação. Inicialmente, a personagem representa a pureza angelical e a fragilidade, parecendo uma vítima indefesa. No entanto,
pela liberdade de amar Simão, contraria o pai e recusa casar com Baltasar Coutinho. A personagem assume a desobediência à autoridade paterna até às últimas consequências, revelando
ser corajosa e firme nas suas convicções. Assim, não se conformando com um casamento escolhido por vontade paterna, aceita e prefere a clausura num convento como punição,
revelando que está “mais livre que nunca”, porque a “liberdade de coração é tudo”. Por amor, a fidalga, de trato fino e superior, é tomada pela emoção e impulsividade.
Em suma, o amor-paixão que Teresa sente por Simão dá-lhe forças para enfrentar o poder prepotente do pai, definindo-a como uma heroína romântica.

Pré-leitura | Oralidade

23
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – identificação de informação implícita.

1.1. A cena final representa o momento em que Romeu, acreditando que Julieta está morta, decide pôr fim à sua vida. Ao acordar e ver que Romeu está morto,
Julieta mata-se também, cravando um punhal na barriga. Desta forma, os dois amantes acabam por morrer vítimas do ódio das suas famílias, representando um amor intenso e trágico. Esta
injustiça está, também, subjacente à história trágica de Simão e Teresa, sendo notória no carácter heroico dos protagonistas que, desde o início, enfrentam os preconceitos das famílias e a
repressão por parte de uma sociedade que não os deixa viver o amor de forma sublime.

Pág. 194

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição: interpretar obras literárias.
G 11: Funções sintáticas.

1. a) “Considero-te perdida, Teresa.” (l. 170); “Não posso ser o que tu querias que eu fosse.” (l. 173); b) “Se eu pudesse ainda ver-te feliz neste mundo;” (l. 35); “Era criança há três anos,
Simão” (l. 48); c) “Tudo, em volta de mim, tem uma cor de morte.” (l. 171); “Poderia viver com a paixão infeliz; mas este rancor sem vingança é um inferno.” (l. 178); “teu esposo do Céu”
(l. 181); d) “É já o meu espírito que te fala, Simão. A tua amiga morreu.” (l. 14); “perdoa à tua esposa do Céu” (ll. 17-18); “A vida era bela, era, Simão, se a tivéssemos como tu ma
pintavas nas tuas cartas, que li há pouco!” (ll. 39-40).

2. Mariana revela-se dedicada a Simão – “Mariana, que levantava a cabeça ao menor movimento dele.” (l. 74); “– O Anjo da compaixão sempre comigo! – murmurou ele.” (l. 107) – e capaz
de se sacrificar para o acompanhar – “– Se o não incomodo, deixe-me aqui estar, senhor Simão.” (l. 80).

Págs. 196-197

3. A reação de Mariana acompanha o estado de agonia crescente de Simão. Assim, inicialmente Mariana declara estar pronta para morrer se o mesmo acontecer a Simão – “– Morrerei,
senhor Simão.” (l. 131). Depois, com o crescente aumento da febre, Mariana acusa a reação à debilidade de Simão – “Mariana tinha envelhecido” (l. 146). Quando a jovem decide
apertar o embrulho com as cartas de Teresa e de Simão à cintura, parece indiciar ter tomado uma decisão fatídica. Finalmente, durante o funeral de Simão, a atitude apática de Mariana
é estranha e só compreensível pela decisão já tomada de se atirar ao mar – “ […] e parecia estupidamente encarar aqueles empuxões que o marujo dava ao cadáver […]” (ll. 189-190).
4. a) vocativo; b) sujeito; c) predicado; d) modificador.

Manual Digital

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Funções sintáticas
Págs. 198-199

Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o professor
o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Manual Digital

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Revisão da Unidade 3

Pág. 201

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 3 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

Págs. 202-203
Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. O amor entre Simão e Teresa é caracterizado como um amor-paixão, ou seja, um amor intenso, que provoca sofrimento e angústia e que leva à perdição e à morte (“para sempre te
perdi”, l. 10). Por esse motivo, é um amor que se reveste de um carácter trágico, como a expressão “pedra sepulcral” (l. 17) evidencia.

2.1. Existe uma identificação entre o narrador e Simão, uma vez que também Camilo é preso por amor. Nesse sentido, a intervenção do narrador, através de comentários afetivos, mostra
simpatia e compreensão relativamente aos sentimentos de Simão e ao seu “amor desditoso” (l. 6).
3. A carta é o meio de comunicação utilizado pelos amantes. Através dela, Simão revela a Teresa a sua decisão final: confessar que não acederá ao seu pedido – “Não esperes nada,
mártir” (l. 19) – e que optará pelo desterro em vez dos dez anos de prisão – “Não me peças que aceite dez anos de prisão” (l. 28).

4. Neste excerto, Simão critica a sociedade hipócrita e preconceituosa do seu tempo. De facto, a personagem recusa a defesa do poder patriarcal, do materialismo e dos valores
retrógrados em detrimento da dimensão humana – “Abomino a pátria, abomino a minha família” (l. 22).
Grupo I – Parte B
5. Tópicos de resposta:
Em Amor de Perdição, o código de honra social opõe-se ao código de honra sentimental:
– o amor entre Teresa e Simão colide com os interesses familiares;
– a autoridade paterna, através das personagens de Tadeu de Albuquerque e de Domingos Botelho, é representativa dos valores tradicionais caducos;

24
– a rebeldia dos heróis rompe com o passado, enfrentando corajosamente o poder repressivo em nome do amor, como é exemplo a clausura de Teresa num convento;
– a crítica aos valores da aristocracia e das instituições familiares é denunciada pelo interesse, intransigência, frieza e alheamento face à felicidade e ao amor.

Págs. 204-205

Leitura e Gramática
Grupo II
1. (A)
2. (C)
3. (B)
4. (D)
5. (A)
6. (B)
7. (B)
8. Deítico pessoal.

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– as figuras tanto dos heróis e heroínas como dos anti-heróis e anti-heroínas marcam desde sempre a sociedade, levando a que assumam um papel demasiado determinante na tomada de
decisões;
– o herói ou anti-herói pode assumir alguma relevância na vida de pessoas mais inseguras, mas esse traço de carácter é um aspeto a trabalhar, porque o ser humano é dono do seu
destino; também o livre-arbítrio e a vontade de cada um são essenciais para se tomar decisões, levando a ultrapassar medos e aspirações dos outros.

Págs. 206-207

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme Um Amor de Perdição, de Mário Barroso (2008), cuja didatização foi pensada de acordo com o conteúdo de
Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor, caso o entenda, aceder ao filme, na íntegra, através de várias plataformas.
2. 1. f); 2. d); 3. a); 4. k); 5. g); 6. e); 7. l); 8. b); 9. c); 10. j); 11. i); 12. h).

3. Através do artigo indefinido “Um”, acrescentado ao título do filme, o realizador realça o facto de este consistir numa adaptação da obra de Camilo, mostrando que também na atualidade
há amores de perdição.
4. a) Simão, irmã de Simão, Teresa, pais de Simão, pai de Teresa, Baltasar Coutinho, João da Cruz e Mariana; b) atualidade, século XX; c) estrato social elevado das famílias Botelho e
Albuquerque e origem humilde de João da Cruz e Mariana; d) irmã de Simão, Rita; e) telemóvel; f) leitura de excertos do livro Amor de Perdição, por Simão e pela irmã, Rita; g) rivalidade
entre famílias, corrupção, preconceito social, discriminação, patriarcado, …

Págs. 210-211

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, os alunos se transformem em fact-checkers e produzam um e-book colaborativo. Este projeto poderá funcionar como um
domínio de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018. Poderão integrar este DAC disciplinas como História, Inglês, Francês, Espanhol,
Economia e Geografia.
1.1. As palavras de Audrey Azoulay confirmam os dados estatísticos apresentados. Tendo em conta que 83 % dos cidadãos europeus considera que a desinformação é uma ameaça à
democracia europeia, a UNESCO revela preocupação em dotar os cidadãos de competências de literacia mediática, para que não sejam manipulados ou induzidos em erro.

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 2: Media.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais; avaliar argumentos.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. O aluno deve apresentar criticamente a intervenção do jornalista, tendo em conta os tópicos propostos:
a) ser bom profissional implica que, quando se apresenta um telejornal, se fale dos acontecimentos sem sensacionalismos e sem expressar juízos de valor;
b) alertar as pessoas para os acontecimentos, denunciando situações erradas; c) assume-se como um jornalista que não é um robô e, como tal, afirma ser alguém que é contra a violência
doméstica e contra a violência contra os animais, por exemplo, defendendo o humanismo e os direitos humanos.
1.2. Um jornalista tem o poder de alertar para os acontecimentos errados da sociedade, mas também o dever de o fazer.

2.1. Resposta livre.

Págs. 212-213

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Contextualizar textos literários.

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais; avaliar exposições orais.
EL 11: Contextualizar textos literários.
25
1.1. Um grupo de jovens escritores e intelectuais – que incluía Eça de Queirós – pretendia realizar em Lisboa dez conferências democráticas com o objetivo de difundir novas ideias a nível
literário, político e social.
1.2. Houve uma reação violenta, surgindo na imprensa uma polémica entre os defensores da liberdade de expressão e reunião e os que apoiavam a suspensão das conferências.
1.3. Os setores mais conservadores apoiaram a suspensão deste evento, fazendo valer a sua visão sobre a sociedade portuguesa e impondo-a a um grupo de escritores e intelectuais
renovadores, que tinham uma visão de renovação cultural para o Portugal do século XIX.

Págs. 214-215

Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião.

Nota: No Manual Digital, disponibilizam-se recursos didáticos para a abordagem de A Ilustre Casa de Ramires, de modo a que o professor selecione a obra que melhor se adeque ao perfil
dos seus alunos.

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais; avaliar argumentos de intervenções orais.

1.1. Para a designer, a sua ilha, nomeadamente “os seixos da ilha” são grandiosos. Ao contrário de outras personalidades que aportaram na Madeira, Nini partiu da Madeira para a
descoberta do mundo. O facto de afirmar que o seu coração “é a Madeira” mostra todo o valor simbólico e emotivo que atribui à ilha que a viu nascer.
1.2. Nini justifica a “essência da Madeira” com o carácter cosmopolita da ilha. Desde o chá inglês à gaiola de inspiração chinesa, os madeirenses, enquanto povo que gosta de receber,
sempre lidaram muito bem com os estrangeiros, o que a designer considera ser uma das razões que fazem da Madeira “um lugar querido no mundo inteiro”.

Manual Digital

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Os Maias

Pág. 217
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.

1. a) “[…] um pobre quintal inculto, abandonado às ervas bravas, com um cipreste, um cedro, uma cascatazinha seca, […] na lenta humidade das ramagens silvestres” (ll. 23-26).
b) “[…] o cipreste e o cedro envelhecendo juntos como dois amigos tristes […]” (ll. 55-56).
c) “[…] a Vénus Citereia parecendo agora, no seu tom claro de estátua de parque, ter chegado de Versalhes […]” (ll. 56-57).
d) “E desde que a água abundava, a cascatazinha era deliciosa […]” (l. 58).
2. Afonso da Maia regressa a Lisboa, pois pretende estar junto do seu neto, que estava formado em Medicina e queria exercer a sua profissão na capital.
3. Afonso da Maia era baixo de “ombros quadrados e fortes” (l. 62). Além disso, era bem-disposto, sereno e, segundo as palavras de Vilaça, um verdadeiro patriarca.
4. Vilaça relembra a Afonso uma lenda que denunciava que as paredes do Ramalhete eram sempre fatais aos Maias.

Pág. 219
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.

1. b) Aprendizagem baseada na cartilha e na memorização. c) Pedrinho estava um homem, mas ficara pequeno e nervoso. d) Desenvolveu-se lentamente e sem curiosidades, não se
interessava por livros, animais, flores…

Págs. 220-221

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.
G 11: Funções sintáticas.

1. As características físicas de Maria Monforte espelham os seus traços psicológicos. A roupa que usa aponta para um gosto requintado e luxuoso, de alguém que gosta de atrair sobre si
as atenções. Por outro lado, os seus olhos de um “azul sombrio” (l. 29) e a sua face “grave e pura como um mármore grego” (l. 28) revelam o seu carácter firme e sombrio.
2. Maria suscita reações antagónicas em Sequeira e em Afonso. O primeiro fica paralisado, “com a chávena de café junto aos lábios”
(l. 33), de olhos muito abertos, fascinado com a beleza de Maria. Pelo contrário, Afonso fica cabisbaixo, sem fazer qualquer comentário.
3. Pedro está deslumbrado pela sua amada e todos os seus atos demonstram que Maria Monforte o controla e o domina.

4. a) “lhe” – refere-se a Maria Monforte e desempenha a função sintática de complemento indireto.


b) “o” – refere-se a Pedro da Maia e desempenha a função sintática de complemento direto.

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Funções sintáticas

26
Pré-leitura | Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 2: Media.
Aprendizagens Essenciais
L 11: Leitura crítica e autónoma.
O 11: Expressão – troca de pontos de vista.

1.1. Alguns dados de apoio ao debate:


– os media podem prevenir o suicídio em três níveis de intervenção: universal (dirigida à comunidade); seletiva (dirigida a grupos vulneráveis); indicada (dirigida a indivíduos com
vulnerabilidades especiais);
– a disseminação correta da informação e consciencialização da população – vantagem essencial do jornalista;
– as reportagens não sensacionalistas podem minimizar o risco de imitação;
– a criação de condições para que estas temáticas passem a estar em destaque nos domínios social e político.

Pág. 223
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.
G 11: Articulação entre frases; funções sintáticas.

1. Afonso lia tranquilamente, quando foi interrompido pela entrada abrupta de Pedro. Com a notícia trazida pelo filho, Afonso deixa transparecer um misto de emoções: terror, inquietação,
preocupação, … À desordem emocional acabam por se sobrepor os sentimentos de compaixão, de ternura e de amor paterno. De seguida, as atenções de Afonso canalizam-se para o neto,
revelando carinho, mas muita preocupação.
2. Pedro surge abruptamente numa sombria tarde de dezembro, de grande chuva. As condições climáticas simbolizam a tristeza da personagem.
3. Afonso surge como um homem possuidor de autodomínio, que controla as suas emoções e que é racional. Contudo, revela ser capaz de perdão, procurando proteger sempre o seu filho,
acarinhando-o na adversidade. Pedro é uma personagem dominada pelo sentimentalismo, um homem abatido, derrotado.
4. a) Oração subordinada adverbial causal.
b) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
4.1. Sujeito.

Págs. 224-225
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Desenvolvimento Sustentável.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – apresentar opiniões.

1. a) Ir à tropa, tocar piano ou falar francês já não serão tão úteis devido ao surgimento de novas profissões; b) A escolarização passou a ter início mais cedo e prolongou-se até mais tarde
(12.º ano ou dezoito anos); c) A população portuguesa está cada vez mais escolarizada e a imagem da educação mais valorizada.
1.1. Os alunos poderão expressar a sua opinião relativamente:
– à importância das aprendizagens clássicas na sociedade atual;
– ao valor da escola e das mudanças sociais que advêm do prolongamento da escolarização.

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.

1.1. Ninguém concordava com a educação de Carlos. Consideravam-na excessivamente rigorosa e sem qualquer dimensão religiosa.
2. Por exemplo: b) valorização das regras, do rigor e do método; desvalorização do catolicismo; d) superproteção; chantagem afetiva; e) perspicácia, vivacidade;
f) comportamentos de dependência dos adultos, tornando-se fraco.
3. a) Mostrar o carinho que Vilaça tinha por Carlos.
b) Ridicularizar a educação de Eusebiozinho, bem como a sua dependência da mãe e da tia.
4. O advérbio reforça a inatividade de Eusebiozinho e ajuda a caracterizá-lo como uma criança demasiado protegida.

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Os Maias

Págs. 226-227
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.
O 11: Expressão – apresentar opiniões.

1.1. O protagonista tem poucas preocupações, sendo assuntos relacionados com futebol uma delas. Gosta de comer bem e de apanhar banhos de sol, revelando ser alguém que aprecia
“as coisas boas da vida”. Afirma que passa os dias a procrastinar mas, por outro lado, pede que o salvem, pois sente que precisa que alguém o arranque do marasmo em que se encontra –

27
“Mas quem me salva e me arranca do buraco”. Vive, portanto, um dilema interior entre a manutenção de uma vida de boémia e o assumir de uma vida profissional.

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Áudio
“Inércia”, Afonso Cabral

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.

1. A decoração do consultório de Carlos é demasiado luxuosa e requintada. Assim, relaciona-se com o carácter dândi de Carlos da Maia.
2. As diferentes sensações caracterizam o ambiente da cidade de Lisboa. Assim, as sonoridades, o ritmo lento, a luminosidade e a claridade contribuem para um ambiente agradável, mas
favorável à inércia.
3. A expressão final ilustra a consciência de Carlos sobre a sua ociosidade, tendo ficado duas horas no consultório sem nada fazer. Tal facto demonstra a sua predisposição para a
inatividade e para o diletantismo, pois é incapaz de se comprometer com os seus projetos.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Texto de opinião.

1. Tópicos de resposta:
– o valor de uma nação é medido pelo facto de apresentar pessoas geniais em diferentes áreas;
– o facto de Portugal ter autores de obras literárias reconhecidas e traduzidas por todo o mundo faz com que o país seja valorizado e conhecido como sendo um país de poetas; somos o
país da língua de Camões e também a pátria de José Saramago;
– a valorização da arte assume igual importância numa nação desenvolvida científica e tecnologicamente, como se verificou com o aparecimento da COVID-19 – tanto foi crucial o
empenho dos cientistas e investigadores para a descoberta da vacina, por exemplo, como a presença da música e da arte para a saúde mental das pessoas.

Pág. 228

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.

1.1. No final do século XIX e início do século XX, Portugal era um país pobre e rural, sobretudo no Norte, o que levou a que muitos portugueses emigrassem. Muitos partiram para o Brasil,
onde a escravatura acabara de ser abolida e era necessária mão de obra, partindo seduzidos pelo crescimento económico da antiga colónia portuguesa. Regressavam, normalmente,
adultos e ricos.

Págs. 230-231

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
1.1. A descrição de Maria Monforte e de Maria Eduarda permite compreender que estas mulheres eram sublimes e se assemelhavam a deusas, deixando Pedro e Carlos extasiados
perante a sua beleza.
2. Dâmaso é baixo, gordo e provinciano. Na descrição de Dâmaso é utilizada uma adjetivação, para realçar os seus traços físicos, e uma comparação, que reforça o seu provincianismo:
“um rapaz baixote, gordo, frisado como um noivo de província” (l. 19).
2.1. Dâmaso, ao ver Carlos, manifesta um deslumbramento e uma atenção exagerados.
3.1. O excesso de sentimentalismo é evidente pelo modo como Alencar exprime as emoções, pela forma como recorda Pedro da Maia e pela maneira teatral como intervém.
3.2. Alencar era amigo íntimo dos pais de Carlos e frequentador assíduo da casa de Arroios.
4. a) Ega, Cohen, Carlos, Alencar, Dâmaso, Craft e Maria Eduarda (não intervém, mas surge no hotel).
c) Crítica literária (confronto entre os ideais do Realismo e do Ultrarromantismo); a crise financeira do país (bancarrota) e a política nacional (a importância de implementar novas reformas,
na perspetiva do Cohen, e a necessidade da invasão espanhola, na opinião de Ega).

Verifica

1. O Impressionismo é uma corrente artística que procura explicitar a impressão sugerida pela cor, luz ou forma. N’Os Maias, a descrição dos espaços dá destaque a esses elementos,
como se pode ver na descrição de Sintra: “[…] longas flechas de sol.” (ll. 8-9); ”[…] todo salpicado de manchas do sol […]” (ll. 10-11).

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.

1.1. A personagem criada pelo humorista critica aspetos que considera que devem ser tidos em conta para manter a etiqueta à mesa, por exemplo: a maneira como as pessoas falam (“o
comer está na mesa”); a forma como as pessoas comem; o facto de os homens não se levantarem quando estão à mesa e chega uma senhora; o facto de se perguntar, no fi nal, se é
necessário ajudar.
O humorista pretende, assim, criticar aqueles que agem como se fossem de uma classe social a que não pertencem.

Pág. 233
Educação Literária | Gramática

28
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.
G 11: Funções sintáticas; deíticos.

1.1. Neste evento, há um desinteresse generalizado da sociedade lisboeta (“Um garoto ia apregoando desconsoladamente programas das corridas que ninguém comprava. A mulher da água
fresca, sem fregueses […]” – ll. 12-14). Além disso, os espaços estão decorados de forma grosseira, revelando improviso e provincianismo (“[…] tosca guarita de madeira, armada ali de
véspera […]” – ll. 5-6; “[…] abertura escalavrada num muro de quintarola […]” – ll. 17-18).
2. O narrador critica a sociedade lisboeta, que não se sabia comportar perante as corridas de cavalos. Desde as roupas desajustadas, aos espaços pouco cuidados e à dificuldade em
perceber como se processam as apostas, este evento social foi votado ao fracasso.
3. b) jaquetões claros, chapéus de coco, de sobrecasaca e binóculo a tiracolo; c) falavam baixo, passeavam pela relva, fumando, e olhavam “languidamente” as senhoras; d) as senhoras do
High Life, as dos camarotes de S. Carlos, as das terças-feiras dos Gouvarinhos; e) vestidos sérios de missa e chapéus emplumados à “Gainsborough” (l. 39); f) comportavam-se como se
estivessem a ver uma procissão, debruçadas no rebordo a olhar vagamente.
4. a) F – complemento direto; b) F – deíticos espaciais.

Págs. 234-235

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Apreciação crítica.

1.2. Tópicos de resposta:


Descrição do objeto: a apresentação dá a conhecer o espaço e o tempo (Lisboa, 1875), destacando a personagem de Carlos da Maia e o seu grande amigo João da Ega. Através destas
duas personagens faz-se, por um lado, a ligação a vários episódios da crónica de costumes – as corridas no hipódromo, o jantar no Hotel Central, o sarau no Teatro da Trindade, o episódio
da imprensa – bem como à intriga principal, revelando a paixão de Carlos por Maria Eduarda, a brasileira.
Comentário crítico: genial o modo como a apresentação do filme assume o romance como tendo as características do teatro e da tragédia, levando o espectador a inferir que está perante
uma obra dramática (a banda sonora, o cair do pano, a reação do público e os aplausos finais); brilhante a sequência de ações da crónica de costumes a acompanhar a vida de Carlos da
Maia até ao aparecimento e paixão pela brasileira ao cair do pano, em tragédia; realista no modo como ilustra a época oitocentista a nível dos adereços, da roupa e da linguagem.

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Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – exposição sobre um tema.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. a) o amor reforça circuitos que nos permitem crescer bem; a carícia, o afago ou o abraço modificam o perfil neurotransmissor do ser humano; b) a paixão torna o ser humano mais
generoso e menos egoísta, devido à libertação da hormona da oxitocina; c) é possível morrer de amor devido à infelicidade que a perda de quem se ama pode provocar. O amor é uma
emoção de tal modo poderosa que, se é anulada, a tristeza que se lhe segue pode levar à morte.
1.2. Resposta livre. Os alunos poderão abordar temas como:
– as reações químicas provocadas pelo amor;
– a hipótese de o amor ser comandado pelo cérebro;
– a importância das emoções para o crescimento saudável do ser humano.

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Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Págs. 236-237
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.
G 11: Valores semânticos; funções sintáticas.

1.1. Neste encontro, Carlos e Maria Eduarda estão apaixonados um pelo outro e entusiasmados com a visita que vão fazer a casa de Craft:
– “[…] ficaram um instante, à porta do gabinete, apertando sofregamente as mãos, sem falar, comovidos, deslumbrados.” (ll. 4-5); Carlos – “[…] contemplando-a, enlevado” (l. 7);
Maria Eduarda – “[…] deixando calmar o alvoroço do seu coração” (l. 9).
2. O nome “Toca” associa-se a uma realidade que é própria dos animais selvagens. Sugere, também, um ambiente secreto e escondido, indo ao encontro da prática imoral que ocorre no
seu interior.
3.1. Maria Eduarda sentiu-se desagradada com os “amarelos excessivos” (l. 29) e com a “cabeça degolada” (ll. 31-32) de S. João Baptista.
3.2. A tapeçaria em que “os amores de Vénus e Marte” (l. 19) surgem representados – estas divindades são meios-irmãos (ambos filhos de Júpiter) e Vénus é casada com Vulcano,
mantendo uma relação adúltera com Marte. O olhar ameaçador da coruja – testemunha do ato carnal que decorrerá naquele espaço.
4.1. No contexto em que ocorre, o vocábulo “tabernáculo” adquire um valor semântico associado à pureza e inocência dos dois amantes, inconscientes da situação familiar que os impede,
social e moralmente, de concretizarem fisicamente o amor que sentem um pelo outro. Por isso, esse vocábulo surge associado a “profanado”, adjetivo que simboliza a concretização do
incesto entre Carlos e Maria Eduarda.
5. a) Complemento do nome; b) Sujeito; c) Complemento oblíquo; d) Complemento indireto; e) Predicativo do sujeito; f) Modificador; g) Modificador restritivo do nome; h) Predicativo do
complemento direto; i) Complemento do adjetivo; j) Complemento direto.
6. a) e b) Maria Eduarda; c) “esta casa” (ll. 11-12).

29
Pág. 238

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – interpretar textos orais.

1.1. O tema musical retrata o momento de separação de dois amantes, aquando do nascer do Sol. Esta separação angustia o “eu”, que deseja “poder estender a noite” para se manter com
a sua amada. A chegada do Sol corresponde à quebra do segredo de ambos, empurrando os amantes para a realidade. Para evitar essa quebra, o “eu” decide “fechar a janela”. Da mesma
forma, a Toca era, para Carlos e Maria Eduarda, o local da transgressão, de onde ambos não queriam sair, pois era o espaço onde viviam intensamente o amor.

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Áudio
“Meu amor” – Camané

Págs. 240-241

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento G 2: Media.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – selecionar e registar informação relevante.

1.1. a) A desinformação é uma das maiores crises do século. b) O jornalista é importante para a manutenção da democracia e da liberdade. c) Portugal está no TOP 10 da liberdade de
imprensa a nível mundial; na Internet, o dinheiro que se recebe de publicidade depende do número de cliques que uma notícia tem; mais de 60 % dos portugueses consome informação
através das redes sociais; os jornais vendem menos e escrevem títulos mais sensacionalistas para venderem mais. d) Consumir apenas jornalismo sério.

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
E 11: Exposição sobre um tema.

1. A metáfora traduz o efeito da violência com que Carlos recebe a notícia da Corneta do Diabo.
2. A adjetivação contribui para a caracterização de um jornalismo decadente: “um pouco murcho” (l. 24) – o adjetivo mostra a vergonha com que Palma aceita o suborno de Carlos para
revelar o autor do artigo infame; “agitado com o tinir do ouro” (ll. 27-28) – o adjetivo evidencia o entusiasmo de Palma com o dinheiro do suborno; “pesado monograma de prata sob uma
enorme coroa de visconde” (ll. 28-29) – o adjetivo mostra o carácter ostentador da personagem, associado à sua futilidade.
3. O adjetivo “sôfrego” (l. 30) contribui para evidenciar a expectativa com que Ega procurava o responsável pelo artigo difamador de Carlos.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização: O retrato da mulher amada é um dos temas da poesia camoniana, podendo, também, ser abordado a propósito da caracterização de Maria Eduarda, n’Os
Maias.
Por um lado, nas Rimas, de Camões, a figura feminina é retratada como um ser angelical, com características que a colocam num patamar superior, dada a sua perfeição e qualidades,
quer físicas quer psicológicas. É possível encontrar esses traços em sonetos como “Um mover d’olhos, brando e piadoso” ou “Ondados fios d’ouro reluzente”. Por outro lado, n’Os Maias,
Maria Eduarda é retratada como um ser superior, com um “passo soberano de deusa”, sobressaindo da burguesia lisboeta, com um “cabelo castanho, quase louro à luz”, destacando-se o
“esplendor da sua carnação ebúrnea”. Concluindo, é possível encontrar pontos comuns na estética renascentista camoniana e na prosa queirosiana, no que respeita ao retrato da mulher
amada.

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Rimas
Exposição sobre um tema
Avaliação
Rubrica de Escrita – Exposição sobre um tema

Págs. 242-243

Aprendizagens Essenciais
G 11: Modalidades de reprodução do discurso.

Verifica
1. Discurso direto: “– Vossa Excelência tem às onze horas a caleche do Torto, que a senhora mandou cá estar para ir a Lisboa…”
Discurso indireto: “Mas Melanie, passando então com um jarro de água quente, disse que a senhora ainda se não vestira, que talvez nem fosse a Lisboa…”
Discurso indireto livre: “Uma contrariedade, justamente nesse dia em que ele precisava ficar livre – ele e a sua bengala!”

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Modalidades de reprodução do discurso

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – selecionar e registar informação relevante.

1.1. a) A sociedade não revela grande interesse pela música erudita da época (sonatas, quartetos, música de câmara, entre outros).
b) O teatro S. Carlos era o grande espaço de consagração social, onde as pessoas iam para verem e serem vistas, um espaço de negócios, amores e política. c) O fado era visto como um

30
símbolo do atraso social da época, tendo em conta a sua sentimentalidade excessiva. d) Segundo Rui Vieira Nery, a banda sonora d’Os Maias é constituída por ritmos de dança ligeiros e
peças de entretenimento doméstico.

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Os Maias

Pág. 245

Educação Literária | Gramática

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias.
G 11: Modalidades de reprodução do discurso.

1. A caracterização do tio de Dâmaso sugere a notícia terrível de que é portador, como se pode ver pelos elementos “barbas de apóstolo, todo de luto” (l. 2).
2. Ega reage com horror ao aperceber-se de que Maria Eduarda é irmã de Carlos, segundo as palavras de Guimarães.
3. Afonso da Maia expressa um sofrimento atroz, ao perceber que Maria Eduarda é irmã de Carlos, uma vez que tinha conhecimento do caso existente entre eles.
4. Carlos revela um comportamento imoral, fruto da incapacidade de controlar as suas paixões. A sua hereditariedade e o meio decadente de Lisboa, em que se movimenta, contribuem
para a consumação do incesto consciente.
5. a) Discurso direto; b) Citação.

Pág. 246
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – avaliar argumentos das intervenções orais.

1.1. N’Os Maias é notória a ideia de portugalidade, pois, ao mesmo tempo, é um romance tradicional, mas também sociológico, que traça um retrato social do Portugal do seu tempo, que
se mantém atual. Isto porque é possível, ainda hoje, identificar alguns dos tipos sociais presentes na obra, nomeadamente políticos demagogos ou banqueiros. Um Portugal pouco
produtivo, mas bastante consumista, que, segundo o realizador, cem anos depois, se mantém semelhante. Na última cena do filme, Portugal fica reduzido a um país que não luta pelo poder
ou pela glória, não se esforça, a não ser para comer.

Págs. 248-249

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Eça de Queirós, Os Maias: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Modalidades de reprodução do discurso; deíticos.

1. A repetição do adjetivo explicita a perceção de que o espaço social da cidade se mantém igual, na perspetiva de Carlos, apesar de se terem passado dez anos. A própria personagem
verbaliza esta ideia, ao qualificar as pessoas e não o espaço físico, numa perspetiva crítica, na enumeração das linhas 12 e 13.
2. Ega responde à crítica de Carlos, argumentando que o espaço físico urbano evoluiu naquele intervalo de tempo.
3. Ega critica o facto de Alencar, um poeta ultrarromântico, no final do século, ser considerado um expoente máximo das artes no país. Tal facto só evidencia o atraso civilizacional e o
marasmo da sociedade portuguesa.
4. Ega constata a frustração resultante da incapacidade de se concretizarem objetivos na vida. Nesse sentido, quer ele quer Carlos foram incapazes de agir sobre si próprios e de serem
donos do seu destino. Contudo, Carlos defende uma filosofia que abraça o determinismo da existência e a aceitação plácida dos eventos.
5. Discurso indireto livre.
6. a) deítico espacial;
b) deítico pessoal;
c) deítico espacial.

Em Exame
1.2. Tópicos de resposta:
– personificações: “subúrbio adormecido ao sol” – ll. 1-2, capítulo I; “esfiado saudosamente, gota a gota” – ll. 4-5, capítulo XVIII.
– expressividade: remete para a calma e isolamento que caracterizam as redondezas do Ramalhete, bem como para a afetividade ao traduzir o barulho harmonioso da cascata e,
consequentemente, a nostalgia por tempos passados.
Exemplo de resposta:
As personificações presentes nos dois textos (“subúrbio adormecido ao sol” – ll. 1-2, capítulo I; e “esfiado saudosamente, gota a gota” – ll. 4-5, capítulo XVIII) remetem para a calma, isolamento
e sentimentalidade inerentes ao Ramalhete e às redondezas. Assim, através das personificações, salienta-se a afetividade associada ao espaço ao ilustrar um ambiente calmo, isolado, onde
se realça um barulho harmonioso da cascata e, consequentemente, a nostalgia por tempos passados.

Págs. 250-251

Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o professor
o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Manual Digital

31
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Revisão da Unidade 4

Pág. 255

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 4 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

Pág. 256

Educação Literária
Grupo I – Parte A
1. O excerto apresenta o episódio das corridas no hipódromo, inserindo-se na crítica de costumes. Assim, através da descrição feita pelo narrador, realça-se a desordem que pauta os
eventos sociais, como o caso das corridas, que junta a burguesia lisboeta, caricaturada como desorganizada, conflituosa e desonesta.
2. (C)
3. A presença do discurso indireto livre nas linhas 15 a 17 reforça a caricatura feita ao espaço, reproduzindo as palavras críticas e o tom negativo utilizado pela personagem ao denunciar a
corrupção existente nas corridas e ao sugerir a violência como solução.

Grupo I – Parte B
4. Tópicos de resposta:
– as circunstâncias que levaram à separação dos irmãos e o desconhecimento da existência um do outro;
– o facto de Carlos ignorar os sinais que ia tendo de semelhança entre o seu nome e o de Maria Eduarda, a caracterização de Maria Eduarda, que, tal como Carlos, se distingue na
sociedade pelos seus traços físicos, sociais e intelectuais; a referência de Maria Eduarda a Carlos de que este é parecido com a mãe dela;
– a descrição dos espaços como o Ramalhete, cujas paredes pareciam ser fatais para a família Maia, e ainda a Toca (a simbologia do nome do espaço; a decoração profana do quarto; …);
– ….

Págs. 258-259

Leitura e Gramática
Grupo II
1. (D)
2. (A)
3. (B)
4. (C)
5. (B)
6. (A)
7. (C)

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– o acesso rápido à informação alterou definitivamente o nosso dia a dia, trazendo tanto efeitos positivos como negativos a nível pessoal e social;
– efeitos positivos: desfaz as fronteiras e obstáculos ao generalizar o acesso ao conhecimento; por exemplo, aceder a conteúdos basilares como os Direitos Humanos, aprofundar
conhecimentos sobre a realidade de outros países;
– efeitos negativos: socialmente, aumenta a possibilidade de manipulação da opinião pública, através, por exemplo, das fake news, como acontece nas campanhas eleitorais;
pessoalmente, potencia a capacidade de denegrir a imagem do outro com um boato ou uma mentira,
que depois é difícil de desmontar.

Págs. 260-261

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do filme A Herdade, de Tiago Guedes (2019), cuja didatização foi pensada de acordo com o conteúdo de Educação
Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do filme, podendo o professor, caso o entenda, aceder ao filme, na íntegra, através de várias plataformas. No caso do
filme A Herdade, este também apresenta a versão minissérie, através da divisão do enredo em quatro episódios.
2.1. Sugestão de resposta: a) O pai de João Gonçalves assiste ao suicídio de um dos filhos. b) O suicídio por enforcamento na herdade da família. c) João Gonçalves revela ter uma
personalidade carismática e forte. d) As tensões políticas adensam-se com a iminência do fim da ditadura e o início da democracia. e) Teresa desconhece que António, com quem tem uma
relação amorosa, é seu irmão. f) António já sabe que o seu amor por Teresa consiste numa relação incestuosa, partindo sem se conseguir despedir.

3. Sugestão de resposta:
(1) Ramalhete
(2) analepse
(3) intriga secundária
(4) Pedro da Maia
(5) amor
(6) Maria Monforte
(7) a filha
(8) João Gonçalves
(9) carácter
(10) português
(11) inglês
(12) Eusebiozinho

32
(13) Carlos da Maia
(14) forte
(15) religião
(16) incesto
(17) separados
(18) absolutismo
(19) liberalismo
(20) Afonso da Maia
(21) XIX
(22) XX
(23) a repressão política
(24) o adultério
(25) o papel da mulher
(26) as dificuldades económicas
4. Tópicos para a apreciação crítica disponíveis no Dossiê do Professor – Materiais de apoio e no Manual Digital.

Págs. 264-265

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se, num trabalho interdisciplinar, a criação de um vídeo que ajude a combater o estigma associado às doenças mentais. Este projeto poderá constituir um domínio
de autonomia curricular (DAC), como preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como Biologia e Geologia, Matemática, Inglês, Francês, Espanhol, Educação Física.

1.2. Tópicos para debate:


– posição que Portugal ocupa na Europa em relação à prevalência de doenças mentais;
– percentagem da população portuguesa que, em 2019, apresentava sintomas depressivos;
– percentagem de portugueses que sofrem de uma perturbação psiquiátrica;
– acesso a cuidados de saúde adequados.

Manual Digital

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Debate

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Saúde.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – exposição sobre um tema.

1.2. As pessoas têm tendência a considerar que as personalidades mais suscetíveis são as que sofrem de doenças mentais, acreditando-se que ter uma doença mental é sinónimo de
fragilidade.
1.3. A sociedade tende a estigmatizar este tipo de problemas, pois associa as pessoas que sofrem de doença mental à incapacidade que têm de gerir o dia a dia ou à sua fragilidade.
1.4. Para João Bessa, o artista é alguém que tem, ao mesmo tempo, uma grande força e uma grande fragilidade. Esta antítese vai ao encontro da afirmação de Chester Bennington, uma
vez que também ele assume que a sua cabeça é “um bairro problemático” e que, por isso, não pode estar só perante os seus problemas, revelando a sua fragilidade.

Págs. 266-267

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos: contextualizar textos literários.
Nota: O Anexo 1 do documento Aprendizagens Essenciais, 11.º ano, Português, determina a seguinte distribuição: Sonetos Completos (escolher dois poemas). Ao apresentar-se um leque
mais alargado de textos no manual, o professor poderá selecionar os que melhor se adequem ao perfil dos seus alunos.

Verifica
1.1. (a) – 1858 – frequenta a Universidade de Coimbra e forma-se em Direito, em 1864.
– 1866 – viaja para Paris e para os EUA.
– 1874 – adoece gravemente – longos períodos de depressão.
– 1879 – adota duas meninas órfãs.
– 1881 – reside em Vila do Conde.
– 1891 – sofre de transtorno bipolar e suicida-se, na cidade natal.

(b) – 1865 – publica Odes Modernas – polémica da Questão Coimbrã. A poesia torna-se a voz da revolução. Publicação do folheto Bom Senso e Bom Gosto, afrontando o escritor
romântico António Castilho.
– 1880 – primeira edição de Sonetos.
– 1886 – publicação de Os Sonetos Completos.
– Principais temáticas: a angústia existencial e as configurações do Ideal.

(c) – 1870 – funda a secção portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores.


– 1871 – Conferências Democráticas do Casino – com o objetivo de modernizar o país.
– Líder da Geração de Setenta, cuja influência se estende até à queda da monarquia.

33
Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Saúde.
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. Tópicos de resposta:


– através da poesia, é possível conhecer-se a faceta mais sensível e humana da realidade de uma época;
– a poesia e os poetas, caracterizados pelo sentimento, podem assumir um papel de intervenção na sociedade, na medida em que, através das suas palavras, podem denunciar e lutar
contra situações de injustiça e por uma sociedade melhor.

Págs. 268-269

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Funções sintáticas.

1. b) “Posto à sombra dos cedros seculares”; c) “Como um levita à sombra dos altares”; d) “Longe da luta e do fragor terreno”. e) “é tempo! O sol, já alto e pleno, / Afugentou as larvas
tumulares”; f) “é a grande voz das multidões”; g) “São teus irmãos, que se erguem! são canções”; h) “Mas de guerra… e são vozes de rebate”; i) “Um mundo novo espera só um aceno”;
j) “espada de combate”.
2. Na primeira quadra, o “eu” caracteriza o poeta como alguém que se encontra num estado de letargia, estagnado e afastado da sociedade – “Longe da luta e do fragor terreno” (v. 4).
3. Os segmentos contribuem para retratar a situação de inércia do poeta, adormecido, no mundo das sombras. Por outro lado, a expressão latina constitui um desafio que o “eu” lança ao
poeta, para intervir na sociedade.
4. Na segunda estrofe, a referência a “[…] sol, já alto e pleno” (v. 5) relaciona-se com uma sensação visual. O “eu” pretende demonstrar que o poeta tem de agir na sociedade, pois já é
tempo. Na terceira estrofe, os segmentos “grande voz das multidões” (v. 9), “canções” (v. 10) e “vozes de rebate” (v. 11) remetem para uma sensação auditiva, através da qual o “eu” incita
o poeta à ação, imitando os seus “irmãos”.
5. 1. d); 2. g); 3. b); 4. f); 5. e); 6. a); 7. c).

6.As formas verbais no imperativo – “Acorda” (v. 5); “Escuta” (v. 9), “Ergue-te” (v. 12) e “faze” (v. 14) – contribuem para o tom exortativo do poema, para o desafio que o “eu” propõe aos
poetas. As frases exclamativas e as reticências revelam, também, o estado de espírito agitado que caracteriza o “eu”.
7. Vocativo.

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Funções sintáticas

Verifica
1. O estilo da poesia de Antero de Quental caracteriza-se pelos seguintes aspetos:
– uma inspiração profunda, marcada pelo sofrimento e emoção intensa – “soluços e agonias” (l. 2);
– um apurado sentido estético, atento às formas, aos pormenores e de grande sensibilidade – “A sua poesia é escultural e hierática” (l. 7);
– um predomínio da razão, que conduz a imaginação do poeta – “a sua imaginação paira librada nas asas de uma razão especulativa” (l. 11).

Págs. 270-271

Verifica
1. a) 2.; b) 3.
2. Apolíneo – relacionado com a contemplação da beleza e da harmonia. Relativo a Apolo, deus da luz, das artes, do Sol;
Dionisíaco – associado à exaltação trágica e patética da vida. Relativo a Dioniso (Baco, na mitologia romana), deus dos ciclos vitais, da espontaneidade. Esta dicotomia associa-se aos
temas dos sonetos de Antero de Quental, que se caracterizam por estas duas perspetivas filosóficas antagónicas.

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – apreciação crítica.

1.1. Tópicos de resposta:


– tamanho do busto desproporcional em relação ao corpo;
– a figura humana não consegue sustentar a cabeça, vergando-se face ao seu peso excessivo, ou tenta entrar na cabeça;
– análise: domínio da razão, tendo em conta o tamanho do busto; tentativa, por parte da figura humana, de entrar em si, no seu intelecto.

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Os Sonetos Completos

Págs. 272-273
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Funções sintáticas.

1. b) “[…] que a virtude prevalece”; c) “[…] as nações / Buscam a liberdade […]”; d) “[…] podem sofrer e não se abatem”.

34
2. O “eu” pede à razão que ouça o seu pedido, “Mais uma vez” (v. 2), o que significa que já, no passado, lhe dirigira uma prece. Caracteriza-se como alguém livre de dogmas e que a
valoriza – “que te apetece” (v. 3), rendido apenas a ela – “só a ti submissa” (v. 4).

3. A apóstrofe – “Razão” – identifica a entidade a quem o sujeito poético se dirige. A anáfora – “por ti” – destaca a importância que a “razão” assume enquanto fundamento para a
transformação social. O título do poema justifica o recurso à apóstrofe e à anáfora, pois todo o texto se centra na glorificação da razão.
4. A razão:
– dá um rumo à realidade em constante mudança – “[…] a poeira movediça / De astros e sóis e mundos permanece;” (vv. 5-6);
– fortalece a virtude e o heroísmo – “a virtude prevalece, / E a flor do heroísmo medra e viça.” (vv. 7-8);
– é o fundamento para a busca de uma utopia – “[…] as nações / Buscam a liberdade […]” (vv. 9-10, metonímia);
– dá alento aos que lutam em seu nome – “ […] que combatem / Tendo o teu nome escrito em seus escudos!” (vv. 13-14).

5. Trata-se de um soneto, composto por duas quadras e dois tercetos, com versos decassilábicos, como se pode comprovar pela escansão, por exemplo, do verso 1 – Ra / zão, / ir / mã / do
A / mor / e / da / Jus / ti [ça]. Quanto ao acento silábico, os versos são predominantemente graves (exceto os versos 9 e 10, que são agudos). O esquema rimático é abba / abba / ccd / eed.
A rima é emparelhada nos 2.º e 3.º versos das quadras e nos 1.º e 2.º versos dos tercetos, interpolada nos 1.º e 4.º versos das quadras. É consoante e predominantemente rica.
6. a) modificador; b) predicado; c) complemento do adjetivo.

Verifica
1. b)

Aprendizagens Essenciais
E 11: Exposição sobre um tema.

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
Quer em Antero de Quental quer em Luís de Camões é possível encontrar visões da realidade que se opõem. Por um lado, a obra poética de Antero é marcada pela busca de um ideal, em
que o “eu” propõe a transformação social, para a qual o poeta assume um papel fundamental, pautando-se por uma perfeição ética, em busca da justiça social e do bem. No soneto “A um
poeta”, é possível identificar o desafio que o “eu” lança aos poetas, cuja intervenção artística tem sempre, necessariamente, uma consciência cívica e social. Por outro lado, em Camões, o
poeta denuncia as injustiças e a falta de ética, numa sociedade em que os bons são castigados e os maus beneficiados, num mundo cada vez mais caótico, de que até Deus se parece ter
esquecido, sendo governado pela Sorte ou pelo acaso, como se pode comprovar no soneto “Verdade, Amor, Razão, Merecimento”. Em suma, ambos os autores apresentam uma
perspetiva da realidade, que, neste caso, é antagónica, pois se em Antero é evidente um otimismo e um idealismo utópico, em Camões é clara uma perspetiva de desalento e de crítica.

Manual Digital

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Rimas

Págs. 274-275

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 1: Saúde
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – exposição sobre um tema.

1.1. Para a psiquiatra, as pessoas afirmam que não sabem ler poesia porque se trata de uma leitura que tem rasgos que se expressam por imagens, através de palavras que produzem,
dentro de cada um de nós, imagens que nos permitem construir catedrais mentais.
1.2. Na poesia, as palavras são apenas auxiliares de algo que já temos, de algo que está dentro de nós e que se expressa através de uma imagem poética, daí a importância de sermos
capazes de nos ouvir.

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos: interpretar obras literárias.
G 11: Articulação entre frases; funções sintáticas.

1. b) “[…] a maior nau ou torre”; d) “[…] eu vi o mundo […] / Perder a cor […]”; e) “pálido”.
2. Nos dois primeiros versos, há uma contradição, uma vez que o “eu” conhece “a Beleza que não morre”, isto é, uma realidade perfeita, motivo de alegria. Contudo, o sujeito poético fica
triste.
3. Os dois conceitos – “Beleza que não morre” e “ideia pura” – associam-se a uma realidade idealizada.
4. Ao longo do poema, a “luz” associa-se à realidade idealizada e à perfeição. Contudo, a “luz” vai diminuindo, convertendo-se em “sombras”, pois o “eu” percebe que está
irremediavelmente condenado a viver na “imperfeição” (v. 11).
5. O sujeito poético sente-se triste, uma vez que recebeu o “batismo dos poetas”, ou seja, é um poeta e, como tal, tem de criar poesia. Contudo, o seu ofício tem de ser executado com
“a imperfeição” (v. 11). Daí a sua angústia.
6. O título do poema refere-se à angústia e à tristeza que o “eu” sente ao constatar que vive numa realidade imperfeita e que não consegue alcançar a “Beleza” (v. 1) e a “ideia pura” (v. 9).
7. A pintura de Van Gogh apresenta um homem velho, em sofrimento. Por sua vez, ao longo do soneto, o sujeito poético demonstra estar inquieto e angustiado por viver num mundo
incompleto e imperfeito.
8. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
8.1. Sujeito.
9. a) sujeito subentendido; b) sujeito simples; c) sujeito simples; d) sujeito subentendido.

Págs. 276-277

Leitura
Aprendizagens Essenciais
35
L 11: Apreciação crítica; leitura crítica e autónoma.

1. O objeto desta apreciação crítica é o filme Joker, de Todd Phillips.


2. “Estamos perante uma obra-prima que trouxe consigo o desconforto da realidade.” (l. 25); “Nada na elevação desta sublime criação é inocente.“ (l. 27); “Que qualidade cinematográfica,
da frieza da imagem à sonoridade calorosa.” (l. 29).
3. Trata-se de um filme que aborda o tema das doenças mentais e do bullying, confrontando o espectador com uma realidade que, segundo a autora, habitualmente se ignora, por ser
desconfortável.
4. Através da construção anafórica presente no antepenúltimo parágrafo – “A escolha das analogias […]
A representação subliminar de uma poesia.” (ll. 29-31), a autora enumera os aspetos que mais apreciou no filme, apresentando, assim, uma linguagem e uma construção que vão ao
encontro do carácter valorativo de uma apreciação crítica.
5. No último parágrafo, as formas verbais “Vejam”, “revejam”, “voltem”, “guardem” e “esqueçam” encontram-se no presente do conjuntivo com valor imperativo. Uma vez que a apreciação
crítica é um texto informativo e argumentativo, ao usar este modo verbal no final desta apreciação, a autora tenta persuadir os leitores a verem o filme.

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Apreciação crítica.

2. Proposta de textualização:
Joker, realizado por Todd Phillips, em 2019, é o filme que traz ao grande ecrã o regresso de Joaquin Phoenix, vencedor do óscar de melhor ator.
A apresentação cumpre, sem dúvida, o seu objetivo: levar o cinéfilo a uma sala de cinema para ver este filme no grande ecrã. De facto, os diálogos, a banda sonora e a fotografia são os
ingredientes fundamentais que convidam a que se assista a este filme.
Centrado na personagem principal, deixa antever um Arthur Fleck incapaz de se integrar na sociedade que o envolve, incapaz de lidar com o sofrimento, mas aparentemente capaz de
provocar o medo e de cometer as maiores atrocidades, pelo menos assim nos parece fazer crer o realizador. O certo é que, em apenas pouco mais de dois minutos, ficamos com a certeza
de que não estamos perante mais um filme de super-heróis, mas sim perante a história de um homem que, certamente, nos deixará desconfortáveis.
(164 palavras)

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.

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Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Págs. 278-279

Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – apreciação crítica.

1.2. Tópicos de resposta:


– mulher (autorretrato de Frida Kahlo) que dorme numa cama de dossel;
– a mulher encontra-se coberta, mas envolta numa planta trepadeira;
– na parte superior da cama, vê-se um esqueleto, também envolto numa planta trepadeira;
– a cama parece flutuar e o fundo é difuso, assemelhando-se a nuvens, associando-se ao mundo onírico;
– fusão entre o onírico e a morte: o quadro representa o sonho, em que a morte surge representada por um esqueleto.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de Oralidade – Apreciação crítica
Áudio
“O palácio da ventura”, Filipa Pais

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Antero de Quental, Sonetos Completos: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Processos de coesão textual; funções sintáticas.

1.1. Um cavaleiro está em busca do “palácio encantado da Ventura” (v. 4); os “desertos” (v. 2) sugerem o espaço físico; o espaço psicológico está presente na referência ao
“Sonho” (v. 1); o tempo coloca a ação no presente – “sou um cavaleiro andante” (v. 1).

2.1. O “cavaleiro andante” tem de ultrapassar os desertos, os sóis e a noite.


3. O estado de espírito do sujeito poético altera-se, nos dois primeiros versos da segunda estrofe. Assim, a conjunção “Mas” destaca o contraste entre as duas estrofes.
4. O “eu” considera-se um “Vagabundo”, por estar continuamente a vaguear. Por outro lado, a referência ao “Deserdado” sugere que o sujeito poético se considera um ser a quem lhe foi
retirado tudo.
5. Antítese: “Abrem-se as portas d’ouro, com fragor… / […] / Silêncio e escuridão – e nada mais!”, que mostra a discrepância entre a ilusão do aspeto exterior do palácio e a desilusão e a
dor do seu interior.
6.1. O cavaleiro representa, alegoricamente, o percurso de vida e os diferentes entraves e desilusões que o ser humano tem de enfrentar. Com efeito, há a menção de que “o ideal da
cavalaria simboliza a busca e a evolução espiritual”. Esta trajetória percorrida pelo cavaleiro é uma tentativa de encontrar um sentido para a vida do “eu”.
7. “O palácio encantado da Ventura” (v. 4).
7.1. Coesão gramatical referencial, através da anáfora.
8. a) complemento direto; b) modificador restritivo do nome; c) complemento do nome; d) modificador restritivo do nome; e) complemento do nome; f) modificador apositivo do nome; g)
modificador restritivo do nome; h) complemento oblíquo; i) sujeito; j) complemento direto.

36
Manual Digital

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Processos de coesão textual

Págs. 280-281

Leitura
Aprendizagens Essenciais
L 11: Discurso político; leitura crítica e autónoma; ideias principais.

1. O tema deste discurso são as causas da decadência dos povos peninsulares. Os três motivos para a decadência são a transformação do catolicismo, com o Concílio de Trento, o
estabelecimento do absolutismo e a expansão do império português.

2. b) linhas 11 a 30; c) linhas 31 a 33.

3. a) “desempenhámos” (l. 8); b) “Quais as causas dessa decadência, tão visível, tão universal, e geralmente tão pouco explicada?” (ll. 11-12);
c) “Examinemos” (l. 12); d) “Meus Senhores” (l. 6); e) “Ora” (l. 14); “O primeiro […]. O segundo […]. O terceiro” (ll. 15-16).
4. As Conferências do Casino foram fundamentais para a cultura portuguesa, na medida em que se inseriram num projeto mais vasto de mudança social. Os temas, sendo sensíveis para as
autoridades e questionando os valores vigentes, levaram à sua proibição. Contudo, Eduardo Lourenço considerou o discurso de Antero de Quental, na segunda conferência, uma revolução
cultural.

Manual Digital

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Discurso político

Págs. 282-283

Em Exame
2. Tópicos de resposta:
– apóstrofes: “oh sol” (v. 10), “Oh nuvens do Ocidente, oh coisas vagas” (v. 12); – interpretação do seu sentido: o sujeito poético exorta elementos que configuram a sua visão ao entardecer
– sol, nuvens; realça a aproximação e identificação entre o “eu” e esses elementos; reconhecimento de um estado psicológico melancólico e de desalento, simbolicamente representado pelo
sol e nuvens, ao entardecer, que simboliza o fim – “[…] apagas / Teu facho, oh sol… […]” (vv. 9-10).
Exemplo de resposta: As apóstrofes presentes nos tercetos – “oh sol” (v. 10) e “Oh nuvens do Ocidente, oh coisas vagas” (v. 12) – traduzem a exortação do sujeito poético a elementos que
configuram a sua visão do entardecer. Assim, através delas, o “eu” cria um efeito de diálogo e destaca a existência de uma aproximação e identificação entre si e esses elementos. Para além
disso, há o reconhecimento de um estado psicológico melancólico e de desalento, representado pelo sol e pelas nuvens, que, naquele momento do dia, simbolizam, também, o fim – […]
apagas / Teu facho, oh sol… […]” (vv. 9-10).

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o professor
o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Págs. 284-285

Manual Digital

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Revisão da Unidade 5

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 5 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Educação Literária

Grupo I – Parte A
1. O sujeito poético descansará o seu coração na mão direita de Deus, o que simbolicamente representa que o “eu” é um dos eleitos, dos escolhidos de Deus, pois apenas estes, segundo
a Bíblia, se poderiam sentar à direita de Deus.
2. Nestes versos, o sujeito poético revela-se desiludido e triste, uma vez que abandona lentamente a “Ilusão”, isto é, os sonhos que não conseguiu concretizar.
3. O “eu” revela que desistiu do “Ideal” e da “Paixão”, pois sente que os seus sonhos foram alimentados de forma transitória durante a sua vida como “as flores mortais” (v. 5). Por outro
lado, no terceto, o sujeito poético compara o seu coração, que representa os impulsos passionais contingentes e transitórios, a uma criança protegida pela mãe, retratando, assim, uma
atitude de confiante abandono, rumo à Verdade e ao Absoluto, livre dos constrangimentos do real.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

37
Pág. 286
4. a) 3; b) 1.

Grupo I – Parte B
5. Tópicos de resposta:
– a angústia existencial, na poesia de Antero, centra-se no foro individual, através da ânsia metafísica e de uma busca desesperada do infinito. As permanentes questões metafísicas levam
o poeta a constantes flutuações de espírito, criando uma angústia existencial, marcada pelo pessimismo e pelo desalento – o poema “Velut umbra” é um exemplo deste conflito interior; –
esta angústia também advém do foro social, na medida em que o poeta está consciente da desordem e da confusão do mundo e das sociedades. A defesa de ideais socialistas levam-no a
preocupar-se com os problemas sociais e a desejar a justiça social, que, ao não se concretizar, provoca em Antero, novamente, desânimo e angústia – o poema “Hino à razão” demonstra a
preocupação social do poeta e o seu comprometimento com a justiça.

Págs. 288-289
Leitura e Gramática
Grupo II
1. (C)
2. (B)
3. (B)
4. (A)
5. (D)

6. a) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva;


b) Coesão gramatical referencial – anáfora.

7. Modalidade epistémica.

Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– As novas tecnologias potenciam a ausência de contacto físico e de interação social presencial entre os jovens, uma vez que permitem que estes estejam, a partir de casa, em contacto
permanente com o mundo que os rodeia, quer em situações de aprendizagem quer em lazer. Veja-se o exemplo do ensino a distância e dos jogos online. Este distanciamento e a facilidade
nos contactos à distância têm, frequentemente, como consequência o desenvolvimento de quadros de ansiedade por parte dos jovens perante situações novas ou de convivência com os
seus pares, pois não conseguem ser tão bem-sucedidos nem controlar todas as variáveis como com a proteção e o conforto de um dispositivo eletrónico;
– Em pleno século XXI, as novas tecnologias e as redes sociais trouxeram uma evolução sem paralelo. Contudo, a possibilidade de isolamento, a dificuldade na comunicação presencial, a
complexidade na socialização e, ainda, a ansiedade revelam que o uso dos meios digitais tem de ser equilibrado, de modo a ser salutar para os seus utilizadores.

Págs. 290-291

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo da curta-metragem No limiar do pensamento, de António Sequeira, cuja didatização foi pensada de acordo com o
conteúdo de Educação Literária abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a curta-metragem, podendo o professor, caso o entenda, visualizá-la.
1. Sugestão de resposta:
a) passagem para o interior de algo; ponto que constitui um limite, geralmente inicial; b) marca; c) doença mental complexa, caracterizada, por exemplo, pela incoerência mental;
d) diligente, zeloso, responsável por alguém.
1.1. Assunto: o problema do estigma social face à doença mental. Objetivo: combater o estigma da doença mental.
2.1. O título – No limiar do pensamento – explicita o conteúdo da curta-metragem, na medida em que remete para o interior do pensamento, ou seja, da mente humana.
4. a) Madalena: mãe de Dinis e Leonor, divorciada, enfermeira, tenta equilibrar o trabalho e a família, mas a esquizofrenia de Dinis torna esta tarefa muito difícil.
b) Dinis: adolescente, diagnosticado com esquizofrenia, vê o seu sonho de ir para a universidade condicionado pela doença.
c) Leonor: irmã de Dinis, não compreende muito bem a situação e até começa a ter medo de algumas reações do irmão.
5.1. Esta história é contada pelo ponto de vista da mãe. Cria-se uma ligação emocional mais forte com o espectador, realçando-se as dificuldades e a vulnerabilidade do cuidador.

6. O facto de a família abandonar o café, após uma crise de Dinis, mostra a dificuldade vivida por todas as famílias que convivem diariamente com a doença mental.

7.1. O tema do poema é a angústia existencial.

7.2. O sujeito poético apresenta dúvidas e inquietações relativamente a si próprio e aos outros, que lhe provocam um estado emocional de conflito. Também a personagem Dinis mostra
momentos de perturbação e incerteza face à sua vida e ao seu destino.
7.3. O verso 12 realça o estado emocional de tormento do sujeito lírico, que também é vivido pela personagem. Dinis vive num conflito interior devido à doença mental que não consegue
controlar.

Págs. 294-295

Pensa fora da caixa


Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o professor
o pretender desenvolver com a turma.
Nesta unidade, propõe-se que, num trabalho interdisciplinar, os alunos sejam empreendedores sociais. Este projeto poderá funcionar como um domínio de autonomia curricular (DAC), como
preconizado no artigo 9.º do decreto-lei n.º 55/2018.
Poderão integrar este DAC disciplinas como História, Inglês, Francês, Espanhol, Geografia,Biologia e Geologia, Física e Química.
2. A – Greta Thunberg – ativista ambiental sueca;
B – Amika George – fundadora da campanha #FreePeriods, natural do Reino Unido; C – Natasha Mwansa – defensora dos direitos das crianças, natural da Zâmbia; D – Autumn Peltier
– indígena anishinaabe defensora da água potável da Primeira Nação de Wiikwemkoong; E – Mohamad Al Jounde – defensor dos direitos das crianças, natural da Síria; F – André Oliveira e
38
Sofia Oliveira – ativistas pelo clima portugueses; G – Emma González – defensora do desarmamento, fundadora do grupo Never Again, natural da Florida; H – Alexandria Villaseñor, ativista
climática norte-americana.

Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.

1.2. 1. F; 2. E; 3. G; 4. D; 5. H; 6. B; 7. A; 8. C.

Pág. 296

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde,
“O Sentimento dum Ocidental”: contextualizar textos literários.

Págs. 298-299

Verifica
1. O poema representa uma viagem por Lisboa até ao amanhecer, a propósito dos 300 anos do falecimento de Luís de Camões. Cesário representa a cidade como um turbilhão de agitação
social e económica, mas também como um espaço de doença e degradação. Através d’“O Sentimento dum Ocidental”, alcança-se uma dimensão espacial da cidade, pela confluência entre
espaços, tempos, mundo real e mundo imaginário.

Préleitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – seleção e registo de informação.
O 11: Expressão – discussão de pontos de vista; debate.

1.1. a) lugar mais ocidental da Europa; b) cidade banhada pelo Tejo de onde partiram portugueses para todo o mundo; lugar onde história e modernidade se fundem; cidade luminosa com
miradouros e monumentos; c) uma cidade sustentável, uma cidade verde; d) construção de um mundo mais justo, mais fraterno e mais solidário.
2.1. Tópicos de resposta:
– a Lisboa do vídeo é luminosa, ativa, cheia de vida, enquanto a do poema parece sufocar o sujeito poético;
– a cidade não reflete as desigualdades sociais no vídeo, ao contrário do que ocorre no poema;
– a representação de Lisboa transmite uma mensagem positiva, ao contrário da cidade que Cesário Verde retrata no seu poema.

Manual Digital

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“O Sentimento dum Ocidental”

Págs. 300-301
Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”: interpretar obras literárias; recursos expressivos.

1. a) “ao anoitecer” (v.1);


b) “o fim da tarde” (v. 25);
c) “ao jantar” (v. 28).
1.1. O subtítulo destaca a atmosfera urbana que o sujeito poético tenciona evidenciar, do final da tarde, enquanto deambula pela cidade.
2.1. O sujeito poético, através da deambulação e do recurso às sensações visuais, olfativas e auditivas, descreve de forma negativa o espaço que o rodeia, comprovando que, “ao anoitecer”,
a cidade se torna mais lúgubre. A associação destes aspetos, captados pelas sensações do “eu”, acentua a imagem de uma cidade agoniante e opressiva.
3. A enumeração de cidades europeias ocorre numa ordem lógica de afastamento crescente da cidade de Lisboa, sugerindo um desejo progressivo de evasão do “eu” do espaço urbano em
que se encontra.
4.1. “Ocorrem-me em revista exposições, países: / Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!” (vv. 11-12); “E evoco, então, as crónicas navais: / Mouros, baixéis, heróis, tudo
ressuscitado!” (vv. 21-22).
5. O sujeito poético estabelece um contraste entre o passado – as “soberbas naus” – e o presente – os “botes”. Este contraste, de natureza implicitamente crítica, acentua a decadência do
Portugal presente face ao irrepetível passado glorioso.
6. A referência a Camões tem por objetivo convocar o imaginário épico do poema. Com efeito, o “eu”, confrontado com uma cidade opressora, evoca momentos do passado associados à
glória do país: as navegações, as batalhas e a própria imagem de Camões, que nada para vencer o naufrágio e salvar a sua obra maior, Os Lusíadas.
7. A sinestesia associa sensações auditivas – “tinir” (v. 27) – e visuais – “Flamejam” (v. 28). A combinação de sensações contribui para uma perspetiva da realidade burguesa, abastada e
ociosa.
8. a) 3; b)1; c) 2.

39
Págs. 302-303

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Apreciação crítica.

1.1. Tópicos de resposta:


– descrição do objeto: vídeo de homenagem a Carlos do Carmo pelo Grammy Carreira (Lifetime Achievement Award), em que vários cantores portugueses interpretam o tema “Lisboa
menina e moça”, do fadista premiado;
– relação entre a Lisboa do poema e a Lisboa da canção: a Lisboa do poema
sufoca o “eu”, fazendo-o sentir-se numa prisão. O sujeito observa a vida citadina que, por um lado, o inspira mas, por outro, o perturba, tendo em conta a opressão e as desigualdades. A
Lisboa da canção apaixona o sujeito, pois é bela e luminosa;
– comentário crítico: o vídeo é dinâmico, apresenta diferentes interpretações, uma vez que os intérpretes pertencem a géneros musicais distintos; é também positiva a articulação entre
planos (primeiro plano – cantor; plano de fundo – diferentes pontos da cidade de Lisboa).

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Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica
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Apreciação crítica

Pré-leitura | Oralidade
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – dedução de informação implícita.

1.2. A arte urbana é uma manifestação de intervenção, uma vez que, através dela, se evidenciam preocupações sociais e ambientais, como acontece, por exemplo, nas obras de Bordalo.
Há obras que prestam, ainda, homenagem a quem já partiu, como é o caso da obra de Vhils, dedicada a Amália Rodrigues.
2.1. O “eu” sente-se doente devido à triste cidade por onde deambula. A visão do “épico de outrora” fá-lo convocar o passado glorioso de Portugal, mas mantém-no melancólico, pois essas
glórias não estão plasmadas na Lisboa do presente.

Págs. 304-305
Educação Literária | Gramática
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Divisão e classificação de orações; processos de coesão textual.

1. O som do bater nas grades das cadeias (“Toca-se às grades, nas cadeias.”, v. 1) faz o “eu” sentir-se atormentado, chocado, angustiado. Assim, o carácter doentio e degradado da cidade
provoca no sujeito poético um estado melancólico (“E eu desconfio, até, de um aneurisma, / Tão mórbido me sinto, ao acender das luzes”, vv. 5-6). Além disso, as prisões, a Sé e as
cruzes originam sentimentos de tristeza, sofrimento e morbidez (“À vista das prisões, da velha Sé, das cruzes, / Chora-me o coração que se enche e que se abisma”, vv. 7-8).
2. O sujeito poético considera que as duas igrejas são símbolos de aspetos reprováveis do clero, fazendo-o evocar o carácter sombrio e implacável da Inquisição.
3. a) hipérbole – reforça o estado anímico do sujeito poético; b) personificação – acentua a visão negativa e pessimista por parte do sujeito poético relativamente à cidade de Lisboa.
4. a) “Enlutam-me, alvejando, as tuas elegantes, / Curvadas a sorrir às montras dos ourives” (vv. 35-36) – mulheres burguesas; “E mais: as costureiras, as floristas / Descem dos magasins,
causam-me sobressaltos;” (vv. 37-38) – mulheres do povo; b) “Inflama-se um palácio em face de um casebre.” (v. 28); c) “Brônzeo, monumental, de proporções guerreiras, / Um épico de
outrora ascende, num pilar!” (vv. 23-24).
5.1. Os dois autores, Eça de Queirós e Cesário Verde, através das suas obras, eternizaram fragmentos, elementos, figuras humanas e padrões sociais do século XIX. As descrições e
imagens de ambos são produto de olhares atentos, que nos permitem compreender, pela literatura, a sociedade portuguesa.
6. Neste poema, o primeiro verso de cada quadra é decassilábico e os restantes três são alexandrinos. A rima é sempre interpolada e emparelhada (por exemplo ABBA).
7.1. “que abateu no terremoto” – oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
8. (D)
9. “as costureiras, as floristas” (v. 37).

Págs. 306-307

Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião.

1. O tema do artigo é o papel dos jovens na resposta aos desafios impostos pela sociedade, sendo que o autor considera que aqueles devem ser valorizados, uma vez que correspondem
ao motor que impulsiona o desenvolvimento social.
2. O autor argumenta que esta é uma geração mais resiliente, apresentando como exemplo o facto de os jovens terem mais capacidade de adaptação à mudança e serem mais criativos (ll.
23-25). Argumenta, também, que as novas gerações estão mais sensíveis em relação a políticas de sustentabilidade, diversidade e inclusão. Como exemplo, refere o facto de desejarem
ser agentes de mudança, defenderem o bem comum e dedicarem-se a causas sociais (ll. 30-31).
3. Na conclusão (ll. 35-38), o autor confirma que os jovens são o motor da sociedade, apresentando as valências que possuem (informação e potencial) e que farão deles os líderes do
futuro.

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Artigo de opinião

40
Pré-leitura | Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 11: Expressão – discussão de pontos de vista.

1.1. O tema retrata a Lisboa dos trabalhadores que têm de, diariamente, apanhar o cacilheiro para trabalharem na outra margem do Tejo. São, sobretudo, mulheres que fazem limpezas
domésticas e que são indiferentes às pessoas da capital.
1.2. A mulher do cacilheiro é uma mulher imigrante, empregada de limpeza, que é a matriarca da família. Representa todas aquelas mães que, vivendo com dificuldade, se adaptam às
vivências de uma cidade que as ignora, que ignora os seus problemas familiares, vendo-as apenas como uma força de trabalho.
2.1. O poeta destaca os trabalhadores, que se distinguem pelo seu trabalho honesto (4.ª estrofe).

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Áudio
“A mulher do cacilheiro”, Capicua
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“O Sentimento dum Ocidental”

Págs. 308-309

Educação Literária
Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”: interpretar obras literárias.

1.1. Com o avançar da noite, os candeeiros a gás iluminam as ruas, o que motiva o poeta a atribuir o subtítulo “Ao Gás” a esta parte do poema.
2.1. a) “As burguezinhas do Catolicismo / Resvalam pelo chão minado pelos canos” (vv. 9-10); b) “E lembram-me, ao chorar doente dos pianos, / As freiras que os jejuns matavam de
histerismo” (vv. 11-12); c) “[…] armações fulgentes” (v. 40); d) “Tornam-se mausoléus […]” (v. 40).
3. À semelhança de Cesário, Balthus retrata o ambiente citadino, bem como os seus tipos sociais e os problemas associados à sociedade.
3.1. Tanto no poema como na imagem, as personagens vagueiam pela cidade agitada e movimentada, mas cada figura é descrita como estando isolada das restantes, como é o caso das
“impuras” ou do professor de latim, no poema de Cesário. Por sua vez, na pintura, há a descrição de uma situação de violência de género, que é ignorada pelos restantes, o que evidencia e
agudiza a solidão vivenciada pelas pessoas que habitam a cidade.

Oralidade
Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. Espaços: passeios de lajedo, hospitais, lojas, esquinas, padaria, cutileiro, casas de confeção, longas descidas, …
Referências temporais: “A noite pesa […]” (v. 1); “Apagam-se nas frentes / Os candelabros […]” (vv. 37-38).
Personagens: as impuras, as burguesinhas, o forjador, o ratoneiro imberbe, a lúbrica pessoa, a velha de bandós, os caixeiros, o cauteleiro e o professor de latim.
Sentimentos do sujeito poético: oprimido, desejo de evasão, …
Crítica social: hipocrisia dos burgueses, que contrasta com o trabalho árduo do povo; as injustiças sociais.

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Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Págs. 310-311

Escrita
Aprendizagens Essenciais
E 11: Texto de opinião.

1.1. Sugestões de resposta:


a) – promove oportunidades qualificadas de trabalho e de produção de valor;
– fomenta a inovação e a criatividade;
– fornece mais serviços, mais comércio e mais mobilidade.
b) – provoca níveis de competitividade elevados;
– exige muitas horas de trabalho;
– cria pressão e imposição de resultados.
c) – desenvolve padrões de vida saudável, através da oferta de espaços públicos de qualidade;
– potencia uma cultura de abertura e diálogo intercultural.
d) – intensifica a pegada ecológica e carbónica;
– lidera os processos de aumento do consumo e do desperdício;
– provoca efeitos nefastos na saúde física e mental;
– favorece a presença de ruído e de menor qualidade do ar.
e) – procura urbana por serviços de interesse geral numa base de diversidade e diferenciação;
– permite o exercício dos direitos, oportunidades de acesso à habitação, educação, saúde, segurança e justiça.
f) – potencia a exclusão, a vulnerabilidade e o isolamento social;
– fomenta a fragmentação social, a individualidade pela falta de dinâmicas de solidariedade.

41
Manual Digital

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Texto de opinião

Verifica
1. (C)

2. A expressão refere-se à multiplicidade de tipos sociais, especialmente das classes sociais mais baixas, que viviam na cidade de Lisboa, à época de Cesário Verde. O excerto de Maria
Filomena Mónica enumera alguns desses tipos sociais mencionados por Cesário Verde.

Pág. 312
Pré-leitura I Oralidade

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – dedução de informação implícita.
O 11: Expressão – exposição oral.

1.1. No primeiro painel, observam-se cenas da vida ribeirinha num dia de descanso. No segundo painel, destaca-se uma varina nos estaleiros navais. No último painel, veem-se malabaristas
e saltimbancos. Tal como no poema de Cesário, também esta tapeçaria apresenta fragmentos que se desenrolam junto ao cais – “Ou erro pelos cais a que se atracam botes.”
(v. 20, I – Ave Marias, p.298). Tratando-se de um domingo lisboeta, o enfoque está no momento de descanso dos habitantes da cidade, com os saltimbancos e malabaristas – “Um trôpego
arlequim braceja numas andas;” (v. 30, I – Ave Marias, p. 298). Está também presente a varina. Assim, a multiplicidade de tipos sociais e o espaço onde a cena se desenrola permitem a
associação com o poema de Cesário.
2.1. “Horas Mortas” corresponde a um tempo em que nada acontece, um tempo morto. De facto, a cidade está adormecida, o que intensifica no sujeito poético o desejo de evasão.

Págs. 314-315

Educação Literária | Gramática


Aprendizagens Essenciais
EL 11: Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”: interpretar obras literárias; recursos expressivos.
G 11: Processos de coesão textual.
E 11: Exposição sobre um tema.

1. a) “[…] astros com olheiras, (v. 3); b) “A dupla correnteza augusta das fachadas;” (v. 10).

2. a) 1.; b) 1.; c) 3.

3. Coesão textual gramatical referencial, através de uma anáfora.

4. “Eu” (v. 19).

Páginas cruzadas
Proposta de textualização:
A perspetiva da mulher enquanto personagem determinada e dona do seu destino é sugerida quer em Gil Vicente quer em Cesário Verde.
Com efeito, na Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, Inês é perspetivada como uma personagem dinâmica, com motivações próprias, que se deseja emancipar do controlo da Mãe, através
do casamento. Já n’“O Sentimento dum Ocidental”, de Cesário Verde, as varinas são perspetivadas como heroínas, firmes e decididas na sua atitude.
Em suma, em ambas as obras é possível encontrar uma figura feminina que é representada como determinada e cuja vontade se sobrepõe aos condicionalismos sociais que a rodeiam.

Verifica
1.1. (B)
1.2. (D)
2. A expressão destaca a coragem e sugere a grandiosidade das varinas, cuja condição social, contudo, é miserável. Perante tantas adversidades na vida, mostram-se animadas e são
percecionadas pelo “eu” como destemidas e fortes.

Págs. 316-317

Manual Digital

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Discurso político

Leitura
Cidadania e Desenvolvimento
G 3: Empreendedorismo (social).
Aprendizagens Essenciais
L 11: Discurso político.
G 11: Deíticos; processos de coesão textual; divisão e classificação de orações.

2.1. (B)
2.2. (C)
2.3. (A)
2.4. (D)
2.5. (C)

42
2.6. (C)
3.1. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa;
3.2. Oração subordinada adverbial condicional.

Manual Digital

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Processos de coesão textual Deíticos
Coordenação e subordinação

Págs. 318-319

Em Exame
2. Exemplo de resposta:
Comentário
O cartoon mostra a injustiça social no mundo, onde muitos vivem uma vida de privação e miséria. De facto, a carga pesada que o migrante empurra com grande dificuldade, no meio de um
cenário hostil, mostra o sofrimento de todos aqueles que têm de procurar um local seguro para viver. Do mesmo modo, também Cesário Verde denuncia a injustiça social existente no meio
urbano. No seu poema, refere tipos sociais que vivem miseravelmente. Veja-se a referência a pessoas marginalizadas como os operários, as varinas ou o velho professor de latim.
Conclusão
Concluindo, a imagem apresentada é, sem dúvida, pertinente, pelo modo como traduz o sofrimento dos desfavorecidos, tal como em “O Sentimento dum Ocidental”, texto em que o poeta
denuncia as duras condições vividas pelos mais desfavorecidos, na cidade.
Nota: No caderno Manual de operacionalização de projetos, disponibiliza-se toda a informação sobre o projeto proposto, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, se o
professor o pretender desenvolver com a turma.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica Pensa fora da caixa

Págs. 320-321

Manual Digital

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Revisão da Unidade 6

Nota: testes de avaliação sobre a Unidade 6 disponíveis no Dossiê do Professor e no Manual Digital. Fichas de trabalho por domínio disponíveis no Dossiê do Professor.

Manual Digital

Avaliação
Gerador de testes interativo

Págs. 322-323

Educação Literária

Grupo I – Parte A 1. (D)


2. A cidade é apresentada pelo sujeito poético como um espaço não só opressor, onde os habitantes vivem “emparedados” (v. 25), mas também soturno e silencioso. Neste sentido, o
ambiente descrito tem um efeito negativo no “eu” lírico, provocando-lhe espanto – “[…] espantam-me […]” (v. 8) – e náusea – “Nauseiam-me […]” (v. 30).
3. A personificação presente na primeira estrofe – “[…] astros com olheiras,” (v. 3) – sugere o momento temporal de noite profunda que o “eu” pretende retratar, destacando-se os tipos
sociais como os bêbedos – “[…] tristes bebedores” (v. 32) – e um ambiente hostil, que domina a perceção do espaço urbano – “[…] os cães parecem lobos.” (v. 36).

Grupo I – Parte B
4. Proposta de textualização:
Na deambulação pelas ruas de Lisboa, Cesário Verde analisa e critica a vida moderna e urbana. Com efeito, na caracterização do espaço, confinador e destrutivo, o poeta revela a sua
consciência face ao aprisionamento e opressão vividos na cidade, onde habitam “os emparedados”, “sem árvores”, no “vale […] das muralhas”. Também na referência aos “prédios
sepulcrais”, o sujeito poético realça a morte ainda em vida dos habitantes da cidade e a impossibilidade de fuga. Para além disso, através da tentativa de evasão a este espaço, Cesário
revela a decadência e miséria vividas na cidade, onde somente com a evocação de locais longínquos, como, por exemplo, o passado glorioso dos Descobrimentos, é possível transpor a
realidade presente, degradante e doentia (“Enleva-me a quimera azul de transmigrar”). Concluindo, a caracterização da cidade de Lisboa surge, neste poema, através do olhar subjetivo,
crítico e disfórico de Cesário Verde.

Págs. 324-325
Leitura e Gramática

Grupo II
1. (A)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (D)
6. a) Complemento do nome. b) Predicativo do sujeito.
7. Lexical.

43
Escrita
Grupo III
Tópicos de resposta:
– com a união de esforços entre todos é possível combater muitos dos problemas do presente da humanidade, como é o caso do impacte ambiental: reciclar, evitar o desperdício de água e
até diminuir o consumo de carne são exemplos de ações individuais que atuam em função de um interesse coletivo;
– a vontade do ser humano sempre levou a que alcançasse grandes feitos e a verdade é que, unindo esforços, conseguiu conquistas impensáveis e extraordinárias em função do outro;
veja-se a criação de ONG como a AMI e a UNICEF, organizações cruciais no âmbito da solidariedade social que ilustram claramente o provérbio popular “a união faz a força”.

Págs. 326-327

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade, opcional, propõe o visionamento ativo do documentário Eu sou Greta (2020), cuja didatização foi pensada de acordo com o conteúdo de Educação Literária
abordado nesta unidade. Disponibiliza-se a apresentação do documentário, podendo o professor, caso o entenda, aceder ao documentário, na íntegra, através de várias plataformas.
1. De acordo com a apresentação do filme, a protagonista decide entrar em manifestação, devido à indiferença dos adultos e dos governantes relativamente à situação-limite do planeta.
Greta Thunberg não conseguiu ficar indiferente às catástrofes climáticas e decidiu agir por sua conta, de modo a chamar a atenção para o problema.
3.1. Alguns dos sentimentos são: angústia, medo, desolação, frustração e indignação.
3.2. Cesário Verde, ao longo do seu poema, através de expressões disfóricas, como “Triste cidade!”, do “desejo absurdo de sofrer” em que “tudo cansa!”, numa cidade caracterizada pelos
“nebulosos corredores”, revela um estado de melancolia e frustração. É um estado de espírito que vai ao encontro dos sentimentos despertados pelas imagens.

4.1. Sugestão de resposta:


a) As cenas em que a protagonista se refugia no campo, próxima de cavalos e dos seus cães; b) As viagens que a ativista faz pelo mundo, recusando o avião, mostrando perseverança e
coragem na missão que abraçou de combater as alterações climáticas;
c) O sofrimento, indignação e revolta sentidos por Greta face os desastres climáticos.
5.1. Tópicos de resposta:
– a postura da jovem ativista (a expressão do olhar);
– o ar de confiança que transmite, em contraste com a sua juventude;
– o ambiente marinho que rodeia Greta, lembrando que os oceanos são um dos ecossistemas mais ameaçados pela ação humana;
– o predomínio da cor azul, associada à água e à Terra;
– o ar determinado da ativista junto à costa portuguesa realça o respeito e a admiração pela força do mar;
– o olhar desafiador da jovem sublinha o seu papel de liderança na luta pelas questões ambientais.

Págs. 330-331

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – discurso político, debate.

Aplica
1. Exemplo de resposta: Trata-se de um discurso político, uma vez que é de natureza argumentativa, pois Malala mostra que a luta das mulheres no Afeganistão continua. Revela valores
éticos, de igualdade de oportunidades e de acesso aos direitos humanos para todos. Capta a atenção do público, usando o vocativo, mantendo um discurso assertivo e fazendo pequenas
pausas que convidam à reflexão.

Manual Digital

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Discurso político
Debate

Aprendizagens Essenciais
O 11: Compreensão – exposição sobre um tema.

Aplica | Debate
2. Presença de moderador e participantes; respeito pelo princípio de cortesia; apresentação de argumentos por parte de Paula Allen; precisão da intervenção de Paula Allen; apresentação
de factos por parte do agente da PSP.

Aplica | Exposição sobre um tema


2. Algumas marcas: elucidação evidente do tema – emancipação feminina, devidamente comprovado com exemplos; carácter demonstrativo e objetivo; enunciação na 3.ª pessoa; formas
verbais no pretérito perfeito do indicativo.

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Exposição sobre um tema

Págs. 332-333

Aprendizagens Essenciais
O 11: Expressão – exposição oral.

Aplica
1.1. Tópicos de resposta:
– Descrição da pintura: jovem de vestido branco engraxa as botas pretas do pai, sentada num quarto sem mobília;
– Interpretação: um dos braços da jovem está completamente dentro da bota; o gato espreita como que amedrontado pela iminência da chegada de alguém a qualquer momento; a solidão
da jovem no seu quarto remete para o poder patriarcal e afastamento da filha da vida social por imposição da figura paterna;

44
– Associação do quadro ao título.

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Avaliação
Rubrica de Oralidade – Exposição oral

Aprendizagens Essenciais
L 11: Discurso político.

Manual Digital

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Discurso político

Pág. 335

Aplica
1.1. “Assim se formou, sem fronteiras nem interdições, uma cadeia de vozes juvenis que reviveram uma história de aventura e de ousadia, acerca de uma flor que era preciso salvar, acerca
da Terra em que ela vivia e dos cuidados que com essa Terra havemos de ter.” (ll. 4-8); “Porque a grande literatura e a grande arte são do seu tempo, mas são também da gente que vem
depois dele, gente que há de responder a duradouras mensagens de interpelação e de subversão.” (ll. 21-23).
1.2. Carácter persuasivo, como se comprova pelo apelo final; marcadores discursivos contrastivos – “todavia”, “contudo”; capacidade de expor e argumentar.

1.3. Carlos Reis apela ao auditório a que participe ativamente na celebração do centenário de José Saramago.

Págs. 336-337

Aprendizagens Essenciais
L 11: Apreciação crítica. E 11: Apreciação crítica.

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Apreciação crítica

Aplica
1.1. O texto faz a descrição sucinta do objeto – “A série Glória fica para a história: é a primeira produção portuguesa original para a Netflix.” (l. 1); apresenta uma linguagem valorativa – “A
sua importância é aqui manifestamente exagerada.” (ll. 4-5); “Tal como é empolada a atividade do KGB […]” (l. 6). Para além disso, faz uma apreciação final – “Glória ainda está longe do
ideal, mas o caminho faz-se por aqui.”

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Avaliação
Rubrica de Escrita – Apreciação crítica

Pág. 338

Aprendizagens Essenciais
L 11: Artigo de opinião.
E 11: Texto de opinião.

Manual Digital

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Artigo de opinião
Texto de opinião

Págs. 340-341

Aplica
1.1. Algumas marcas:
• antecipação do tema através do título;
• apresentação de argumentos e respetivos exemplos:
–“A viagem está presente, pois, desde os primórdios da literatura” (argumento, l. 15); – “As tabuinhas de argila, que contam a história do rei de Uruk, anteriores à Bíblia […]”
(exemplo, ll. 7-8);
– “[…] tem também uma presença fundamental na literatura portuguesa.” (argumento, ll. 15-16);
– “Fernão Mendes Pinto […]trouxe do Oriente o extraordinário relato de uma epopeia em tom menor […]”; “Camões […] fez da viagem de Vasco da Gama a saga fundadora da identidade
nacional.” (exemplos, ll. 16-17 e 18-19).
• discurso valorativo: “Ler e viajar (em certo sentido, sinónimos) são as melhores formas que temos de sair da nossa zona de conforto, confrontando-nos com o desconhecido.” (ll. 31-32).
1.2. Tópicos de resposta:
– Vantagens da leitura (para os jovens, para a sociedade);
– Pertinência da leitura, numa época em que tudo é de fácil e rápido acesso através das ferramentas digitais;
– Em tempos em que a informação é imediata e volúvel, fará sentido a leitura de um livro, ato que implica tempo e concentração?;
– Terá a humanidade alguma coisa a aprender com a leitura, por exemplo, dos clássicos?

Manual Digital

Avaliação
45
Rubrica de Escrita – Texto de opinião

Aprendizagens Essenciais
E 11: Exposição sobre um tema.

Manual Digital

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Exposição sobre um tema

Págs. 342-343

Aplica
1. Para orientar o trabalho de pesquisa dos alunos, o professor poderá sugerir sítios como:
– leme.gov.pt;
– internetsegura.pt;
– ensina.rtp.pt;
– pt.unesco.org.

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de Escrita – Exposição sobre um tema

2. Tópicos de resposta:
– aumento da desinformação sobre temas de saúde durante a pandemia da COVID;
– rápida disseminação de textos, imagens e vídeos sobre o novo vírus;
– surgimento de correntes negacionistas a nível internacional;
– influência negativa que a desinformação pandémica pode ter na saúde dos cidadãos;
– tentativas por parte da União Europeia e dos estados-membros para combater o aproveitamento da crise, propondo medidas concretas de combate à desinformação.

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Elementos constitutivos do texto poético.

Pág. 344

Aprendizagens Essenciais
EL 11: Analisar o valor de recursos expressivos para a construção do sentido do texto, designadamente: adjetivação, gradação, metonímia, sinestesia.

Pág. 347

Tema: Desenvolvimento Sustentável.


Nota: Em algumas secções das Páginas de consulta, os exemplos de frases ou palavras que servem as explicações gramaticais e os exercícios contêm informações relevantes para os
alunos, sobre temas de interesse cultural universal.

Págs. 356-357

Aplica
1.1. b)
1.2. d)
1.3. c)

Aprendizagens Essenciais
G 11: Valores semânticos.

Aplica
1. a) Duplo; dobro.
b) Íntegro; inteiro.
c) Cogitar; cuidar.
d) Consílio; conselho.
e) Grau; gradual.
f) Solitário; solteiro.
2. a) significado antigo: servidor; criado; significado atual: responsável por um ministério. b) significado antigo: desditoso; significado atual: desprezível. c) significado antigo: peregrinação a
Roma; significado atual: peregrinação a um qualquer lugar de culto; conjunto de pessoas em passeio a um determinado lugar. d) significado antigo: desejo; vontade; significado atual:
habilidade. e) significado antigo: matéria escrita; significado atual: documento legal escrito. f) significado antigo: desafinado; significado atual: insensato; irascível.

Manual Digital

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Valores semânticos

Págs. 358-359

Aprendizagens Essenciais

46
G 11: Funções sintáticas.
Tema: Saúde mental.

Manual Digital

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Funções sintáticas

Págs. 364-365

Aplica
1. a) predicativo do sujeito.
b) modificador restritivo do nome. c) complemento do adjetivo. d) complemento do nome. e) complemento direto. f) modificador restritivo do nome.
g) predicativo do complemento direto. h) complemento indireto.
Aplica
2.1. a) modificador restritivo do nome; b) modificador; c) modificador; d) complemento oblíquo; e) complemento do adjetivo; f) modificador apositivo do nome; g) predicativo do sujeito; h)
sujeito; i) modificador restritivo do nome.

2.2. (A)

Pág. 366

Aprendizagens Essenciais
G 11: Divisão e classificação de orações.
Tema: Liberdade.

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Coordenação e subordinação

Págs. 370-371

Aplica
1.1.1. c)
1.1.2. d)
1.1.3. a)
1.1.4. a)
1.2. a) oração subordinada adverbial final.
b) oração subordinada adverbial temporal.
c) oração subordinada adverbial concessiva.
d) oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
1.3. “Se a memória não me atraiçoa” – oração subordinada adverbial condicional.

Tema: Ambiente.
Nota: O Dicionário Terminológico não contempla o valor de possibilidade, no âmbito da modalidade epistémica, mas sugere-se a sua inclusão.

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Valores modais

Págs. 372-373

Aplica
1.
1. C; 2. A; 3. F; 4. D; 5. E;
6. B.
2. a) modalidade epistémica, valor de certeza
b) modalidade deôntica, valor de obrigação
c) modalidade apreciativa d) modalidade apreciativa; modalidade deôntica, valor de obrigação

Aprendizagens Essenciais
G 11: Processos de coesão textual (gramatical e lexical); progressão temática, coerência e coesão.
Tema: Discurso de ódio.

Págs. 374-375

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Processos de coesão textual

47
Págs. 376-377

Aprendizagens Essenciais
G 11: Progressão temática.
Tema: Discurso do ódio.

Aplica
1.
1. c); 2. b); 3. d); 4. e).
2.1.1. a)

2.1.2. c)
2.1.3. c)

Págs. 378-379

Aprendizagens Essenciais
G 11: Modalidades de reprodução do discurso.
Tema: Desinformação.

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Modalidades de reprodução do discurso

Aplica
1.1. Discurso direto:
ll. 10-13.
Discurso indireto: ll.14-15.
Citação: ll. 14-17.
1.2. Ega perguntou a Cruges se não lhe parecia. O maestro murmurou timidamente que sim, que talvez, tinha estado bêbedo. De seguida, Ega perguntou a Dâmaso se, francamente, não
lhe parecia. Este balbuciou que sim, que tinha estado bêbedo.
1.3. a) 1; b) 2; c) 1.

Págs. 380-381

Tema: Altruísmo.
Nota: Apesar de os atos de fala estarem explicitamente previstos nas Aprendizagens Essenciais do 10.º ano, os autores entendem incluí-los neste suplemento, uma vez que ao longo do
manual ocorrem vários itens de gramática que abordam este tópico.

Aplica
1. a) Assertivo.
b) Expressivo.
c) Compromissivo.
d) Diretivo.
e) Declarativo.

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Atos de fala

Aprendizagens Essenciais
G 11: Deíticos.
Tema: Altruísmo.

Aplica
2. a) “hoje” – advérbio com valor temporal; “para sempre” – locução adverbial com valor temporal.
b) “estas” – determinante demonstrativo; “na cerimónia” – expressão com valor de lugar.

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Deíticos

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