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A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL

(Introdução)
Por corrupção entende-se suborno, alteração, sedução. Concretamente
para este trabalho, suborno será o termo mais apropriado para o
desenvolvimento do tema proposto.
A corrupção não é um mal só de agora, nem um exclusivo de Portugal. É
um flagelo que alastra por todo o mundo, desde os países mais pobres,
aos mais poderosos e não se restringe apenas a uma determinada classe
social e/ou profissional, antes pelo contrário. Tornou-se uma prática de tal
modo comum entre as mais altas esferas nacionais, designadamente
prestigiados dirigentes governamentais, empresariais, banqueiros, até ao
mais humilde funcionário público, que já quase ninguém se espanta
sempre que surge, através dos órgãos de comunicação social, uma
denúncia sobre práticas fraudulentas. Naturalmente que esta atuação não
honra ninguém, muito menos o país, mas parece que essas entidades não
se deixam intimidar por tribunais, quanto mais, pela opinião pública.
Desenvolvimento
Segundo alguns entendidos no assunto, o problema da corrupção em
Portugal, além de questão legal, é de cultura cívica, pois a sociedade ainda
estaria muito firmada em satisfazer as suas necessidades básicas. Ou seja,
o tipo de corrupção a que o nosso país é propenso, foi construído
socialmente ao longo do tempo, através de troca de favores, de simpatia,
de prendas e hospitalidade, não sendo, necessariamente, assente na troca
de dinheiro e de decisões. Fica a ideia de que os portugueses tenderiam a
considerar “corruptos” apenas os atos que estivessem próximos da
definição penal, sendo permissivos com os outros comportamentos, como
o tráfico de influências (correspondente ao que comummente se designa
de “cunha”), favorecimento e patrocinatos políticos, desde que estes
tenham uma “causa justa”, ou “interesse coletivo” como objetivo.
Portugal integrava, no final de 2019, uma lista de 15 países com baixo
nível de cumprimento das recomendações anticorrupção dirigidas a
deputados, juízes e procuradores, segundo o relatório GRECO, Organismo
do Conselho da Europa Contra a Corrupção. Em 31 de dezembro de 2019,
Portugal só tinha implementado integralmente uma das 15
recomendações emitidas pelo Grupo de Estados Contra a Corrupção. Das
restantes 14 recomendações, 8 foram implementadas parcialmente e 6
recomendações não foram sequer implementadas.
De acordo com o presidente da Associação de Transparência e
Integridade, trata-se de “uma política de correr atrás do prejuízo”,
destacando que Portugal “não tem iniciativa” e só atua “em reação” ou
em resultado de “escândalos concretos que provocam uma febre
legislativa para alterar regras”.
Nos últimos anos, a PJ já investigou e fez detenções em diversas áreas,
designadamente na administração da Saúde, a messes militares, o Caso de
Tancos, a escolas de condução, Serviços Secretos, Autarquias, Segurança
Social, Clubes de Futebol, ou Banca, dando origem a mega processos,
cujas ramificações não são ainda claras.
O caso piora quando, entre os corruptos ou os corrompidos, estão aqueles
mesmos que deveriam ser o garante da limpidez da vida nacional e os
guardiões supremos da legalidade – os Juízes. Os casos que envolvem o
coração da magistratura, sejam do Ministério Público, ou ainda mais
grave, nos Tribunais da Relação, são devastadores para a credibilidade e
para o sentimento do português comum.
Conclusão
Há que ter esperança, num futuro mais justo. Parece que as coisas estão a
melhorar. Segundo o índice de Perceção de Corrupção, elaborado pela
Transparência Internacional, Portugal ocupava, no ano de 2020, a 33ª
posição na lista dos países menos corruptos em escala mundial e obteve
61 pontos num conjunto de 176 países.

Bibliografia:
- Wikipédia
- Obsrvador.pt/2021

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