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- Bom dia.

O livro que vou apresentar é “O Jardim dos


Animais com Alma”, de José Rodrigues dos Santos.

- José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em


Moçambique. É sobretudo conhecido pelo seu trabalho
como jornalista, carreira que abraçou em 1981, na Rádio
Macau.
- Doutorado em Ciências da Comunicação, é professor da
Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, tendo
ocupado por duas vezes o cargo de Diretor de Informação
da televisão pública. É um dos mais premiados jornalistas
portugueses, galardoado com dois prémios do Clube
Português de Imprensa e três da CNN, entre outros.
- A Editora do livro é a Gradiva.
- A imagem presente na capa do livro é uma pintura de
Hieronymus Bosch, pintor dos séc. 15 e 16, onde se
recorre à utilização de figuras simbólicas complexas,
originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais
eram consideradas obscuras mesmo no seu tempo. Essa
pintura chama-se “O Jardim das Delícias Terrestres” e faz
parte de um tríptico que descreve a história do Mundo a
partir da criação, apresentando o paraíso terrestre e o
Inferno nas asas laterais, mas que não são visíveis nesta
capa pois essa imagem demostra apenas uma parte do
painel esquerdo do tríptico.
- Maria Flor, a protagonista, é considerada suspeita pelo
homícidio de Noé Vandenbosch, um etólogo belga cujo
objetivo era aprender a comunicar com animais e provar
para o mundo que os animais não devem ser considerados
inferiores à espécie humana. Flor, que era também sua ex-
assistente, é prendida pela Judiciária, enquanto Tomás
Noronha, historiador e seu marido, tenta econtrar o
verdadeiro criminoso que se encontra por trás do
homícidio.

Este livro foca-se na inteligência, emoção e consiência


animal. Noé Vandenbosch discorda completamente com
as teorias behavioristas, que por sua vez explicam que os
animais não sentem emoções e todos os seus atos podem
ser explicados como reflexos automáticos, ou seja, os
animais não sentem dor e, por isso, são considerados
objetos que podem ser torturados, usados e mortos
apenas para o prazer e diversão do Homem, o “ser
superior”. Surge ainda a teoria dos rosacruz, um
movimento filosófico que defende que o Homem não está
separado do resto da vida, antes forma uma unidade com
ela. E a linha que separa os seres humanos dos animais e
das plantas não passa de uma convenção. Assim, pode-se
supor que Bosch, o pintor da imagem presente na capa,
fazia parte do movimento dos rosacruz.

- A minha personagem favorita foi a Guida, uma chimpanzé


que sabia falar em língua gestual, gostava de ler revistas,
tinha uma personalidade deveras interessante e que
estava no “Jardim dos Animais com Alma”, um projeto não
lucrativo de Noé. Infelizmente, devido às dívidas que Noé
tinha com o banco, foram-lhe retirados todos os animais e
este, junto com Maria Flor, decidiu planear um assalto
para resgatar as pobres criaturas, aprisionadas em jaulas
muito estreitas, em frigoríficos e que corriam o perigo de
serem contaminadas doenças como a SIDA, HIV, Covid-19,
entre outras, para fins científicos.
- Acabar de ler para flr sb a transcrição (Ler oq ta na ultima
pag do livro”
- Com a leitura do livro, aprendi muitas coisas sobre os
animais. Antes de ler esse livro, nunca realmente me
questionei sobre as capacidades dos animais, em termos
de inteligência, emoção e consciência. Percebi que o ser
Humano tem tendência a achar-se superior e, por isso,
adota as teorias behavioristas para inferiorizar os animais,
porque sente-se ameaçado com as capacidades
subestimadas dos mesmos. Aprendi também que os
Humanos não são a única espécie capaz de pensar e
comunicar: os animais, apesar de não possuírem as
devidas cordas vocais para aprender a língua humana,
comunicam das mais diversas e surpreendentes formas.
- Apesar de eu ter adorado imenso o livro e este ser um dos
meus livros favoritos até agora, existem 2 aspetos
negativos que considero relevantes.

O primeiro aspeto negativo é a forma de como o autor


descreve os diálogos. Na minha opinião, estes foram
demasiado formais, o que fez com que as personagens
parecessem menos credíveis e eu tivesse mais dificuldade
em sentir empatia com a história.

O segundo aspeto negativo foi este livro não ser conseguido


como romance, devido à demasiada informação científica,
muito descritiva. Eu gostei da informação dada, mas senti que a
própria história do livro estava a ser ocultada.

- Mesmo assim, o tema deste livro é, sem dúvida, da maior


relevância: a importância da vida animal, aceitá-los como
seres conscientes, capazes de sentir o que nós sentimos,
seja felicidade, dor ou até ciúmes.
- Este é um livro que, na minha opinião, todos devem ler,
mas que não sei se vaõ querer ler, porque, se for bem
entendido, vai obrigá-los a fazer um profundo exercício de
reflexão sobre muito do que tem por adquirido.
- Isso será um dos livros com mensagens mais importantes
que vocês irão ler a breve prazo.

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